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A revitalização urbana teve seu início na década de 1960, com o Partido Comunista Italiano.
Ao longo desse período histórico, a revitalização perdeu seu verdadeiro proposito, pois foram
realizadas várias ações com vista em recuperar áreas degradadas, e não foi levada em
consideração seu real valor de identidade cultural.
No decorrer do processo de revitalização, foi dada uma maior ênfase aos espaços públicos,
como áreas verdes de recreação que criam ambientes agradáveis a todos que ali se instalaram
ou que os rodeiam.
Para Vaz (2006), a revitalização envolvem muitos atores e setores, e pode ser realizada das
mais variadas formas, dentre elas:
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Segundo Vaz (2006), o processo de revitalização deverá seguir critérios políticos, funcionais,
sociais e ambientais, visando uma intervenção que proporcione nova vitalidade ao local.
Segundo Delphim (1999), para que se aplique esta metodologia, deve-se primeiro realizar um
levantamento, elucidando as questões inerentes ao processo de desenvolvimento do trabalho
de revitalização.
Nos anos de 1980 e 1990, a revitalização abandona o seu cunho social, e passa a ser visto
como uma política pública. Encarada assim a revitalização pode ser entendida como
reabilitação de áreas urbanas degradadas, conforme a especulação imobiliária local,
subsidiada pelas empresas privadas. Com a realização do ECO 92 (Ecologia - 92, Cúpula da
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Terra ou Rio 92 como também ficou conhecida), a idéia de revitalização é retomada por duas
frentes. A primeira, baseada na concepção mais abrangente do planejamento urbano, assume a
escala territorial, em relação à cidade, organizando os ambientes naturais e construídos. Já a
segunda, prevê leituras urbanas, tanto morfológicas quanto tipológicas, baseadas nas questões
de estrutura física, ambiental e cultural. Desta forma, a revitalização perde a sua generalidade,
passando a privilegiar locais com potencial de transformação (ZANCHETI, 2000).
PRAÇA URBANA
Praça é qualquer espaço público urbano livre de edificações e que propicie convivência e/ou
recreação para seus usuários. Normalmente, a apreensão do sentido de "praça" varia de
população para população, de acordo com a cultura de cada lugar (WIKIPEDIA, 2008). Em
geral, este tipo de espaço está associado à idéia de prioridade ao pedestre e da não
acessibilidade de veículos, porém esta não é uma regra.
A partir do século XVIII, o Brasil tenta se reaproximar do meio ambiente natural, fazendo
com que os jardins fossem adaptados, buscando estimular a nossa sustentabilidade ao
paisagismo (ANGELIS,2006, p.23).
Desta forma segundo Angelis (2006, p. 24), Um dos primeiros jardins construídos no Brasil
foi o Passeio Público do Rio de Janeiro. Iniciou-se a sua construção em 1779, por ordem do
vice-rei D. Luís de Vasconcelos, que incumbiu a Valentim da Fonseca e Silva, o projeto de
um jardim público para servir a população da cidade. Contudo, a criação das primeiras praças
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no Brasil foi determinada pela igreja, tendo em vista que estas, a princípio, eram uma
extensão dela (CRUZ, 2003).
Segundo Cruz (2003), as praças brasileiras, na época do Brasil colônia, possuíam um cunho
religioso, além de comercial, sendo os jardins restritos às propriedades religiosas, a quintais
ou funções de pesquisas. Já as praças ajardinadas eram destinadas ao lazer contemplativo, e
seguiam normas hierarquizadas de comportamento no local.
Com a evolução do estilo Eclético Colonial para o Moderno, as praças brasileiras passam por
um momento de transição, no qual se destaca a figura de Roberto Burle Marx, até atingir o
modelo de praças contemporâneas que por sua vez, apresentam características multifuncionais
e atualmente passam por um processo de revitalização e valorização histórica (CRUZ, 2003).
Antigamente as praças encontravam-se nas áreas centrais das cidades, livres de qualquer tipo
de edificação ,hoje a típica praça na cidade brasileira se caracteriza, por ser bastante ocupada
por vegetação e arborização. Quando ela recebe um maior tratamento, ou quando for resultado
de um projeto, ela também costuma possuir equipamentos recreativos e contemplativos (como
playgrounds, recantos para estar, equipamentos para ginástica e cooper, bancos e mesas,
incentivos para educação ambiental, etc).
Segundo Soares e Gomes (2003), observar-se que, com o passar dos anos, as praças sofreram
alterações. Estes espaços que outrora serviam exclusivamente para a reunião de pessoas, e não
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tenham qualquer tipo de vegetação, passam a ser incrementados, tornando-se assim, jardins
urbanos, ou seja, áreas mais agradáveis, tanto esteticamente como funcionalmente.
Para Cruz (2003), estes jardins eram propriedade da igreja, pertenciam aos quintais de
residências, ou apresentavam função de pesquisa e investigação florística, as quais não são
destinadas ao uso público. Já no caso das praças jardins, destinadas ao uso do povo,
abrigavam atividades como as de recreação, lazer contemplativo, convívio público e passeios.
A partir desta concepção inicial, as praças acabam por se dividir em duas tipologias: as praças
clássicas, as quais eram concebidas sobre um traçado reto e geométrico tanto na forma como
no plantio da vegetação, e as praças românticas, com seu traçado orgânico cheio de curvas e
formas diferenciadas que contavam ainda com uma vegetação diferenciada, resultando num
cenário exuberante (CRUZ, 2004).
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade." (Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº
9795/1999, Art 1º.)
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A educação ambiental é uma das ferramentas existentes para a sensibilização e capacitação da
população em geral sobre os problemas ambientais. Com ela, busca-se desenvolver técnicas e
métodos que facilitem o processo de tomada de consciência sobre a gravidade dos problemas
ambientais e a necessidade urgente de nos debruçarmos seriamente sobre eles.
“(...) desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio
ambiente e com os problemas que lhes são associados. Uma população que tenha
conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar,
individual e coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e para a
prevenção dos novos (...)”
( (Capitulo 36 da Agenda 21).
Assim a educação ambiental atua como aliada para a sensibilização ambiental, servindo para a
visualização dos problemas atuais como futuros. Segundo Ab’Saber (1991), a educação
ambiental deve fornecer instrumentos para a sociedade ampliar discussões e ações concretas
em relação as questões ambientais, assim no contexto de educação básica, para ter um
população ao menos no futuro educada para as questões ambientais.
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- Concentrar-se nas situações ambientais atuais e futuras, tendo em conta também a
perspectiva histórica;
Estabelecer uma relação para os alunos de todas as idades, entre a sensibilização pelo
ambiente, a aquisição de conhecimentos, a capacidade de resolver problemas e o
esclarecimento dos valores, insistindo especialmente em sensibilizar os mais jovens sobre os
problemas ambientais existentes em sua própria comunidade;
- Contribuir para que os alunos descubram os efeitos e as causas reais dos problemas
ambientais;
- Utilizar diferentes ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para comunicar e
adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, privilegiando as atividades práticas e as
experiências pessoais (Czapski, 1998).
- Transversal - propõe-se que as questões ambientais não sejam tratadas como uma disciplina
específica, mas sim que permeie os conteúdos, objetivos e orientações didáticas em todas as
disciplinas. A educação ambiental é um dos temas transversais dos Parâmetros Curriculares
Nacionais do Ministério da Educação e Cultura.
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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Existem vários artigos, capítulos e leis brasileiras com importância para a educação
ambiental. Uma das primeiras leis que cita a educação ambiental é a Lei Federal Nº 6938, de
1981, que institui a “Política Nacional do Meio Ambiente”. A lei aponta a necessidade de que
a Educação Ambiental seja oferecida em todos os níveis de ensino.
A Constituição Federal do Brasil, promulgada no ano de 1988, estabelece, em seu artigo 225,
que:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”; cabendo ao Poder
Público “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente”.
A lei estabelece que todos têm direito à educação ambiental. A Educação Ambiental como um
“componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente em todos
os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”.
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