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Língua Portuguesa
II. Sindéticas - as que são introduzidas por conjunções coordenativas; podem ser:
1. Aditivas - apresentam soma de ideias:
Ele fala e dança.
2. Adversativas - apresentam oposição de ideias:
O jovem está contente, mas não tem nenhum motivo especial.
3. Alternativas - apresentam alternância ou exclusão de ideias:
Ele estuda ou ele trabalha?
4. Conclusivas - apresentam conclusão de um raciocínio:
Ele é bondoso, logo todos o estimam.
5. Explicativas - apresentam justificativa à ideia anterior:
Ele vencerá na vida, pois é um lutador.
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LÍNGUA PORTUGUESA
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo I – Orações coordenadas e orações subordinadas
substantivas.
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo II – Orações Subordinadas Adjetivas.
Regência Verbal
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma preposição ou não.
Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal.
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode ser empregada
antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos da frase (Na Rua dos Bobos, residia um grande
poeta). Outras vezes, ela deve ser empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes
relativos (O ideal a que aspira é nobre).
Alguns verbos e seu comportamento:
ACONSELHAR (TD e I)
Ex.: Aconselho-o a tomar o ônibus cedo / Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo
AGRADAR
No sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tem preposição).
Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro / Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.
No sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a").
Ex.: As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
AGRADECER
TD e I com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Ex.: Agradecer-lhe-ei os presentes / Agradeceu o presente ao seu namorado
AGUARDAR (TD ou TI)
Ex.: Eles aguardavam o espetáculo / Eles aguardavam pelo espetáculo.
ASPIRAR
No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição).
Ex.: Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.
No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição "a").
Ex.: Ele aspira à carreira de jogador de futebol
ASSISTIR
No sentido de ver ou ter direito (TI - prep. A).
Ex.: Assistimos a um bom filme / Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.
No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com a prep. A).
Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. / Minha família sempre assistiu ao Lar dos
Velhinhos.
No sentido de morar é intransitivo, mas exige preposição EM.
Ex.: Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília.
ATENDER
Atender pode ser TD ou TI, com a prep. a.
Ex.: Atenderam o meu pedido prontamente. / Atenderam ao meu pedido prontamente.
No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) pede objeto direto
No sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto indireto com a preposição a.
CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica, certifica alguém de
algo.
Certifico-o de sua posse / Certifico-lhe que seria empossado / Certificamo-nos de seu êxito no concurso /
Certificou o escrivão do desaparecimento dos autos
CHAMAR
TD, quando significar convocar.
Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.
TI, com a prep. POR, quando significar invocar.
Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.
TD e I, com a prep. A, quando significar repreender.
Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula / Chamei-o à atenção.
Pode ser TD ou TI, com a prep. A, quando significar dar qualidade. A qualidade (predicativo do objeto)
pode vir precedida da prep. DE, ou não.
Ex.: Chamaram-no irresponsável / Chamaram-no de irresponsável / Chamaram-lhe irresponsável /
Chamaram-lhe de irresponsável.
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CHEGAR, IR (Intrans.)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de. Porém a
indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e não complementação.
Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de destino, e DE, na indicação de procedência.
No emprego mais frequente, usam a preposição A e não EM.
Ex.: Cheguei tarde à escola. / Foi ao escritório de mau humor.
Se houver ideia de permanência, o verbo ir segue-se da preposição PARA.
Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília.
Quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então exigem EM.
Ex.: Cheguei ao ônibus da empresa. / A delegação irá ao voo 300.
COGITAR
Pode ser TD ou TI, com a prep. EM, ou com a prep. DE.
Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral / Hei de cogitar no caso / O diretor cogitou de demitir-se.
COMPARECER (Intrans.)
Ex.: Compareceram na sessão de cinema. / Compareceram à sessão de cinema.
COMUNICAR (TD e I)
Admite duas construções alternando algo e alguém entre OD e OI.
Ex.: Comunico-lhe meu sucesso / Comunico meu sucesso a todos.
CUSTAR
No sentido de ser difícil será TI, com a prep. A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a
pessoa, que será objeto indireto.
Ex.: Custou-me acreditar em Hipocárpio. / Custa a algumas pessoas permanecer em silêncio.
No sentido de causar transtorno, dar trabalho será TD e I, com a prep. A.
Ex.: Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família
No sentido de ter preço será intransitivo
Ex.: Estes sapatos custaram R$50,00.
DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)
Ex.: Desfrutei os bens de meu pai / Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam
DECLINAR
Declarar, revelar (TD).
Desistir, recusar (TI).
Ex: Declinamos os nomes dos jogadores. Declinamos do convite inesperado.
ENSINAR - TD e I
Ex.: Ensinei-o a falar português / Ensinei-lhe o idioma inglês
ESQUECER, LEMBRAR
Quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.
Ex.: Ela se lembrou do namorado distante. Você se esqueceu da caneta no bolso do paletó
Constrói-se sem preposição (TD), se desacompanhados de pronome.
Ex.: Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lembrou o namorado distante
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LÍNGUA PORTUGUESA
Sinopse:
São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como complemento, estando em
seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.
Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar e prevenir são TD e
I, admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhados do pronome se, não admitem plural.
É que, neste caso, o se indica sujeito indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular.
(Precisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia).
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Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de), acreditar (em),
almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar
(com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer
(a), versar (sobre) - lista de Pasquale e Ulisses.
Regência Nominal
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir complementação para seu sentido
precedida de preposição.
Segue uma lista de palavras e as preposições exigidas merecem atenção especial às palavras que exigirem
preposição A, por serem passíveis de emprego de crase.
Acostumado a, com. Imbuído de, em.
Afável com, para. Imune a, de.
Afeiçoado a, por. Inclinação a, para, por.
Aflito com, por. Incompatível com.
Alheio a, de. Junto a, de.
Ambicioso de Preferível a.
Amizade a, por, com. Propenso a, para.
Amor a, por. Próximo a, de.
Ansioso de, para, por. Respeito a, com, de, por, para.
Apaixonado de, por. Situado a, em, entre.
Apto a, para. Último a, de, em.
Atencioso com, para. Único a, em, entre, sobre.
Aversão a, por.
Ávido de, por.
Conforme a.
Constante de, em.
Constituído com, de, por.
Contemporâneo a, de.
Contente com, de, em, por.
Cruel com, para.
Curioso de.
Desgostoso com, de.
Desprezo a, de, por.
Devoção a, por, para, com.
Devoto a, de.
Dúvida em, sobre, acerca de.
Empenho de, em, por.
Falta a, com, para.
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LÍNGUA PORTUGUESA
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de atividades e
responda os exercícios referentes ao Capítulo III – Regência Verbal e Nominal.
O Simbolismo foi uma escola literária de poetas, que tinham colegas por todo mundo como o francês
Charles Baudelaire, mas tinham pouco reconhecimento e aceitação artística. Vários de seus integrantes morreram
pobres, não tiveram obras publicadas e permaneceram ou permanecem esquecidos até hoje.
Movimento de relações com o Modernismo influência à maioria dos poetas da 1ª fase do Modernismo.
Aqui surgem as primeiras rupturas com os padrões rígidos de composição e restabelecimento da relação entre
poesia e existência, separadas pelos parnasianos.
Referências históricas
Complexo momento de transição para o séc. XX:
1ª GM e Rev. Russa - últimas manifestações simbolistas e primeiras modernistas.
O Brasil não teve momento típico para o Simbolismo - produto de importação européia
Origens estão no Sul (região marginalizada pela elite cultural), palcos da Revolução Federalista
(1893/1895).
Revolta Armada (1893/1894) navios da Marinha (camada monárquica) em oposição ao governo
Floriano
Floriano consolida a república apesar dos movimentos de revolta
Clima marcado por frustrações, angústias, falta de perspectiva, resultando em afastamento do real e
busca do sujeito.
Características
Esta poesia representa uma reação contra toda produção poética anterior.
Nega Realismo e suas manifestações - contra materialismo, cientificismo e racionalismo.
Valoriza as manifestações metafísicas e espirituais – subjetivismo.
Eu = universo (também critica o eu “sentimentalóide” dos românticos).
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Autores
Cruz e Sousa (1861-1898)
Filho de ex-escravos foi criado por um Marechal e sua esposa como um filho e teve educação de qualidade.
Perseguido a vida inteira por ser negro, culminando com o fato de ter sido proibido de assumir um cargo de juiz só
por isso. É ativo na causa abolicionista. Morre jovem de tuberculose, vítima da pobreza e do preconceito.
Uma de suas obsessões era cor branca, como mostra a passagem a seguir:
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
de luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incenso dos turíbulos das aras..."
É considerado neorromântico simbolista, pois valoriza os impulsos pessoais e sua condição de indivíduo
sofredor como fonte de inspiração poética. Suas poesias sempre oferecem dificuldade de leitura. Trata-se de um
poeta expressivo, apelidado de “Cisne Negro” ou “Dante Negro".
“Alma! Que tu não chores e não gemas
Teu amor voltou agora.
Ei-lo que chega das mansões extremas,
Lá onde a loucura mora!”
Prenuncia duas tendências que marcam a poesia moderna: sondagem psicológica, pela expressão do mundo
interior e invenção linguística, pela preferência a estruturas conscientemente elaboradas.
Obras Principais:
Poesia: Broquéis (1893), Faróis (1900), Últimos Sonetos (1905).
Poesia em prosa: Tropos e Fantasias (1885), Missal (1893), Evocações (1898).
Em sua obra a presença constante da morte da mulher amada, os tons fúnebres de cemitérios e enterros, a
nostalgia de um medievalismo romântico, além do seu famoso marianismo (culto a Virgem Maria). Sua obra
prenuncia o surrealismo
Seus versos tinham musicalidade e sutileza para a atmosfera religiosa que inspiravam como mostra a
passagem a seguir.
"O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
E a catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
Como um astro que já morreu."
Obras Principais:
Poesia: Setenário das Dores de Nossa Senhora (1899), Dona Mística (1899), Câmara Ardente
(1899), Kiriale (1902), Pauvre Lyre (1921), Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte (1923), Poesias (Nova
Primavera, Escada de Jacó, Pulvis, 1938).
Prosa: Mendigos (1920)
Sinopse
Marco inicial = publicação de Missal e Broquéis, ambos de Cruz e Sousa - obras inaugurais em 1893.
Marco final = 1922 com a realização da Semana de Arte Moderna.
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Literatura Modernista
Pré – modernismo
Painel de época
Reflexão sobre a realidade brasileira.
Denúncia, protesto e compromisso social.
União do tradicional; com o moderno.
Momento de transição da literatura.
Momento de transição da literatura Acadêmica para literatura Moderna.
Autores
I. Euclides da Cunha
Análise científica da sociedade brasileira: Os Sertões foi a obra que se destacou no pré –
modernismo.
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II. Expressionismo:
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III. Cubismo
Decomposição da realidade em figuras geométricas.
Manifesta-se a partir de 1917, na literatura.
Seu divulgador foi Appolinaire.
Decomposição da imagem em diferentes planos.
Desintegração da realidade gerando uma poesia ausente de lógica.
Linguagem caótica.
IV. Dadaísmo
Surge em 1916, em Zurique.
Promove certo terrorismo cultural.
Contraria todos os valores vigentes até então.
Valoriza o niilismo (descrença absoluta)
Mundo ilógico.
Cultua a realidade mágica da infância.
Seu principal divulgador foi Tristan Tzara.
V. Surrealismo
Surge em 1924 com o Manifesto Surrealista de André Breton.
Propõe que o homem se liberte da razão, da crítica, da lógica.
Adere à filosofia de Sigmund Freud.
Expressa o interior humano investigando o inconsciente.
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo IV – Literatura – Simbolismo e Pré - Modernismo.
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Figuras de Palavras
Comparem-se estes exemplos:
a) O tigre é uma fera, [fera = animal feroz: sentido próprio, literal, normal].
b) Pedro era uma fera. [fera = pessoa muito brava: sentido figurado, ocasional].
No exemplo B, a palavra fera sofreu um desvio na sua significação própria e diz muito mais do que a
expressão vulgar "pessoa brava". Semelhantes desvios de significação a que são submetidas às palavras, quando se
deseja atingir um efeito expressivo, denomina-se figuras de palavras ou tropos (do grego, tropos, giro, desvio).
São as seguintes figuras de palavra:
Metáfora: É o desvio da significação própria de uma palavra, nascido de uma comparação mental
ou característica comum entre dois seres ou fatos.
O seguinte exemplo colhido em Crônicas Escolhidas de Rubem Braga esclarece a definição:
"O pavão é um arco-íris de plumas" Isto é:
O pavão, com sua cauda armada em forma de leque multicolorido, é um arco-íris de plumas.
Entre os termos pavão e arco-íris existe uma relação de semelhança, uma característica comum: um
semicírculo ou arco multicor.
Observação:
Não confundir metáfora com a comparação. Nesta, os dois termos vêm expressos e unidos por nexos
comparativos (como, tal, qual, etc.):
Nero foi cruel como um monstro. (comparação)
Nero foi um monstro. (metáfora)
Metonímia: Consiste em usar uma palavra por outra, com a qual se acha relacionada. Há
metonímia quando se emprega:
1. O efeito pela causa.
Os aviões semeavam a morte. [= bombas mortíferas].
[as bombas = a causa; a morte = o efeito].
2. O autor pela obra:
Nas horas de folga lia Camões. [Camões = a obra de Camões].
Traduzir Homero para o português não é fácil.
3. O continente pelo conteúdo:
Tomou uma taça de vinho. [= o vinho contido na taça]
A terra inteira chorou a morte do santo pontífice, [= os habitantes da terra].
4. O instrumento pela pessoa que o utiliza:
Ele é um bom garfo. [= comedor].
As penas mais brilhantes do país reverenciaram a memória do grande morto. [= os escritores].
5. O sinal pela coisa significada:
Que as armas cedam à toga [isto é, que a força militar acate o direito].
O trono estava abalado [isto é, o Império].
Os partidários da coroa eram poucos. [= governo monárquico].
6. O lugar pelos seus habitantes ou produtos:
"A América reagiu e combateu." (Latino Coelho).
Aprecio a madeira. [= o vinho fabricado na ilha da Madeira].
7. O abstrato pelo concreto:
A mocidade é entusiasta [mocidade = moços].
"Difícil conduzir aquela bondade trôpega ao cárcere, onde curtiam pena os malfeitores." [bondade = o bom
velho ] (Graciliano Ramos)
8. A parte pelo todo:
Não tinha teto onde se abrigasse. [teto = casa].
Márcia completou ontem vinte primaveras. [primaveras = anos].
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Perífrase: É uma expressão que designa os seres através de algum de seus atributos, ou de um fato
que os celebrizou:
Das entranhas da terra jorra o ouro negro. (= o petróleo)
O rei dos animais foi generoso. (= o leão)
O Poeta dos escravos morreu moço (= Castro Alves)
Os urbanistas tornarão ainda mais bela a Cidade Maravilhosa (= o Rio de Janeiro)
Observação:
À estatística só interessam perífrases com valor expressivo.
Sinestesia: É a transferência de percepções da esfera de um sentido para a de outro, do que resulta
uma fusão de impressões sensoriais de grande poder sugestivo. Exemplos:
Sua voz doce e aveludada era uma carícia em meus ouvidos. (voz: sensação auditiva; doce: sensação
gustativa; aveludada: sensação tátil).
Em seu olhar gelado percebi uma ponta de desprezo.
"O grito friorento das marrecas povoada de terror o ronco medonho da cheia." (Bernardo Élis).
Figuras de Pensamento
Figuras de pensamentos são processos estilísticos que se realizam na esfera do pensamento, no âmbito da
frase. Nelas intervém fortemente a emoção, o sentimento, a paixão.
Eis as principais figuras de pensamento:
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"O rio tinha entrado em agonia, após anos de devastação em suas margens." (Inácio de Loiola Brandão).
Comum é a personificação de conceitos abstratos:
A morte roubou-lhe o filho mais querido.
"Vi a Ciência desertar do Egito. . ." (Castro Alves)
Reticência. Consiste em suspender o pensamento, deixando-o meio velado. Exemplos:
"De todas, porém, a que me cativou logo foi uma . . . uma . . . não sei se digo." (Machado de Assis)
"Quem sabe se o gigante Piaimã, comedor de gente, . . ." (Mário de Andrade)
Como a palavra diz, consiste em retificar uma afirmação anterior. Exemplos:
O sindico, aliás, uma síndica muito gentil, não sabia como resolver o caso.
"O país andava numa situação política tão complicada quanto a de agora. Não minto. Tanto não." (Raquel
de Queirós).
"Tirou, ou antes, foi-lhe tirado o lenço da mão." (M. de Assis).
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo V – Figuras de Linguagem e Figuras de Pensamento.
Figuras de Construção
Compare as duas maneiras de construir esta frase:
Os homens pararam o medo no coração.
Os homens pararam, com o medo no coração.
Nota-se que a primeira construção é mais concisa e elegante. Desvia-se da norma estritamente
gramatical para atingir um fim expressivo ou estilístico. Foi com esse intuito que assim redigiu Jorge
Amado.
A essas construções que se afastam das estruturas regulares ou comuns e que visam transmitir à
frase mais concisão, expressividade ou elegância, dá-se o nome de figuras de construção ou de sintaxe.
São as mais importantes figuras de construção:
Elipse. É a omissão de um termo ou oração que facilmente podemos subentender no
contexto. É uma espécie de economia de palavras.
São comuns as elipses dos pronomes sujeitos, dos verbos e de palavras de ligação (preposições e
conjunções):
João estava com pressa. Preferiu não entrar. [elipse do sujeito ele]
As mãos eram pequenas e os dedos delicados. [elipse do verbo eram]
"As quaresmas abriam a flor depois do carnaval, os ipês em junho." (Raquel de Queirós).
[ isto é: os ipês abriam em junho.]
Nossa professora estava satisfeita, como, aliás, todas as suas colegas.
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Inversão. Consiste em alterar a ordem normal dos termos ou orações com o fim de lhes
dar destaque:
"Passarinho, desisti de ter." (Rubem Braga).
"Justo ela diz que é, mas eu não acho não," (C. Drummond de Andrade).
"Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho não sei." (G. Ramos).
"Tão leve estou que já nem sombra tenho." (Mário Quintana).
Observação:
O termo que desejamos realçar é colocado, em geral, no início da frase.
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Observação:
O anacoluto, fato bastante comum na língua oral, deve ser usado, na expressão escrita, com
sobriedade e consciência.
Silepse. Ocorre esta figura quando efetuamos a concordância não com os termos
expressos, mas com a ideia a eles associada em nossa mente.
A silepse pode ser:
a) De gênero:
Vossa Majestade será informada acerca de tudo.
"Sobre o triste Ouro Preto o ouro dos astros chove." (Olavo Bilac).
"Nuvens baixas e grossas ocultavam Ilhéus, vista dali em mar grande e livre." (Adonias Filho).
"Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito." (Guimarães Rosa).
"Se acha Ana Maria comprido, trate-me por Naná." (Ciro dos Anjos).
b) De número:
"Corria gente de todos os lados, e gritavam." (Mário Barreto).
"O casal de patos nada disse, pois a voz das ipecas é só um sopro. Mas espadanaram, rufaram e
voaram embora." (Guimarães Rosa).
"Está cheio de gente aqui. Tire esse povaréu da minha casa. Que é que eles querem?" (Dalton
Trevisan).
"Minha amiga, flor tem vida muito curta, logo murcham, secam, viram húmus." (José Veiga).
c) De pessoa:
Ele e eu temos a mesma opinião. [ele e eu = nós]
"Aliás todos os sertanejos somos assim." (Raquel de Queirós)
"Os que adoramos esse ideal, nela vamos buscar a chama incorruptível." (Rui Barbosa).
"Os amigos nos rezávamos à sua cabeceira." (Amadeu de Queirós).
"Mas haverá para qualquer de nós, os que lutamos, alguma alternativa?" (Fernando Namora).
"Os que a procuram são inúmeros, pois todos sofremos de alguma coisa; esta ‘água insípida’ tem
uma vastíssima órbita de ação." (Cecília Meireles).
"Ficamos por aqui, insatisfeitos, os seus amigos." (C. Drummond de Andrade).
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"O longo vestido longo da velhíssima senhora frufulha no alto da escada." (C. Drummond de
Andrade).
"Tíbios flautins finíssimos gritavam." (º Bilac).
"Troe e retroe a trompa." (Raimundo Correia).
"Vozes veladas, veludosas vozes." (Cruz e Sousa).
Observação:
As onomatopéias, como nos três últimos exemplos, podem resultar da aliteração (= repetição de
fonemas nas palavras de uma frase ou de um verso).
Figuras de Estilo
Anáfora
Consiste na repetição de uma ou mais palavras no início de diferentes versos ou frases com
objetivo de criar simetria numa estrofe ou numa frase.
Ex.: Nada quero, nada fiz, nada farei.
Passa o rei com seu cortejo.
Passa o Deus no seu andor (M. Quintana).
Eco
Consiste na repetição sonora no fim de palavras próximas. Na poesia é chamada de rima anterior,
é pouco usada na prosa literária e deve ser evitada na prosa não literária.
Ex: Mel se sente é todo lambente. (Guimarães Rosa)
Ironia
Consiste em exprimir o contrário do que se pensa, mas dando a entender o sentido real da
expressão.
Ex.: "... o velho começou a ficar com aquela cor de uma bonita tonalidade cadavérica." (S. Ponte
Preta). A bonita tonalidade cadavérica é a morte.
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LÍNGUA PORTUGUESA
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno
de atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo VI – Figuras de Construção e Figuras de
Estilo.
Modernismo
Características:
Combate ao passadismo; contra os padrões clássicos e tradição.
Irreverência contra o preestabelecido.
Liberdade formal; versos livres; ausência de rima; liberação do ritmo; liberdade de estrofação.
Linguagem coloquial, do dia-a-dia; regionalismo.
Humor, ironia, paródia e poema-piada.
Busca do novo, original, dinâmico refletindo a industrialização, máquinas, motores.
Sem enfeites e rebuscamentos; a simplicidade.
Abstenção de uma postura sentimentalóide.
Preocupação com a observação e análise crítica da realidade.
Consciência nacional.
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Tornou-se vários poetas ao mesmo tempo, com características próprias, biografias próprias, etc.
Escreve como F. Pessoa - ele mesmo e seus heterônimos.
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Literatura Modernista
1ª geração do Modernismo Brasileiro
Características Específicas:
Definições de posições bem determinadas e próprias.
Rompimento com as estruturas do passado.
Caráter anárquico e destruidor.
Nacionalismo.
Pesquisa através da volta às origens.
Tentativa de criar uma língua brasileira; a língua falada nas ruas, pelo povo.
Repensar a história da literatura no Brasil através da paródia e do humor.
Valorização do índio-autêntico brasileiro.
É uma fase rica em manifestos: “Pau - Brasil”, Oswald de Andrade - "Verde-Amarelo", e do
"Grupo da Anta", com Plínio Salgado,
Nacionalismo crítico x utópico.
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LÍNGUA PORTUGUESA
AUTORES
I. MÁRIO DE ANDRADE
Liberdade formal.
Combate à sintaxe tradicional.
Nacionalismo.
Procura da linguagem brasileira.
Tema principal: a cidade de São Paulo.
Expressões ítalo-paulistanas.
Linguagem coloquial.
Pesquisa folclórica.
Principais obras: “Paulicéia Desvairada” (1922); “Lira Paulistana” (1946); “Contos Novos”
(1946); “Amar, Verbo Intransitivo” (1927); “Macunaíma” (1928); “A escrava que não era Isaura” (1925).
Temas populares.
Saudade da infância.
Desejo de libertação.
Principais obras: “A cinza das horas” (1917); “Ritmo Dissoluto” (1924); “Libertinagem” (1930);
“Estrela da Manhã” (1936); “Itinerário de Pasárgada” (1954).
Outros Autores
Alcântara Machado: Brás, Bexiga e Barra Funda.
Cassiano Ricardo: Martim Cererê.
Guilherme de Almeida: A flor que foi um homem.
Menotti del Picchia: Juca Mulato.
Plínio Salgado: O cavaleiro de Itararé.
Raul Bopp: Cobra Morato.
Literatura Modernista
Modernismo 2ª fase (1930-1945)
Características Específicas:
Iniciou com o livro Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade.
Aprofundou os ideais e propostas da 1ª fase.
Verso livre.
Poesia sintética.
Questionamento da Realidade.
Busca o “eu-indivíduo” e o seu “estar no mundo”.
Investigação do papel do artista.
Metalinguagem.
Corrente mais intimista e espiritualizada.
Evidencia-se a fragilidade do Eu.
Domínio da prosa com o Romance regionalista nordestino, social e politicamente engajado.
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b) Ciclo do Cacau: a vida nas fazendas nas regiões de Ilhéus e Itabuna - Cacau, Terras do
Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus.
c) Crônicas de Costumes e depoimentos líricos: novelas, romances com temáticas
amorosas. - Mar Morto, Gabriela Cravo e Canela, A Morte e a Morte de Quincas Berro D’água.
V. Graciliano Ramos
Início do trabalho com a publicação de Caetés (1933).
Atividades subversivas; preso político? Memórias do Cárcere.
Viagem aos países socialistas? Viagem.
Clima de tensão; relações do homem com o meio natural; meio social.
Final trágico: o suicídio.
O homem muitas vezes se animaliza.
A seca, os retirantes, a vida na caatinga.
a) Romances em 1ª pessoa: Caetés, São Bernardo e Angústia: pesquisa da alma humana com análise
da sociedade.
b) Romances em 3ª pessoa: Vidas Secas: visão distanciada da realidade com enfoque nos diversos
modos de ser.
c) Autobiografias: Infância e Memórias do Cárcere: o autor problematiza a si mesmo com temática
humana.
Pós-Modernismo ou 3ª FASE
1945 até os dias de hoje
Características Específicas:
A poesia renova-se.
Surge a poesia concreta, a poesia social e a poesia práxis.
Na prosa temos o romance e o conto em grande desenvolvimento.
Estilo mais objetivo e maior densidade.
Pesquisas e inovações linguísticas.
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Complexidade psicológica.
Tensões entre o indivíduo e a sociedade.
Realismo fantástico.
Regionalismo universal.
II. Concretismo
Fim do verso.
Eliminação da sintaxe tradicional.
Força visual das palavras.
Nova forma de comunicação poética: o gráfico.
Exploração de formas, cores, montagem de palavras.
Principais Poetas: Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Augusto de Campos.
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ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo VII – Literatura – Modernismo, Modernismo
Brasileiro 1ª e 2ª Fase e Pós - Modernismo.
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BIBLIOGRAFIA
TUFANO Douglas, SARMENTO Leila Lauar, Português - Literatura, Gramática, Produção de texto,
Editora Moderna, volume 3º Ano, Ensino Médio.
PONTARA Marcela, ABAURRE Maria Bernadete M., ABAURRE Maria Luiza M., Português -
Contexto, interlocução e sentido, Editora Moderna, volume 3º Ano, Ensino Médio.
PONTARA Marcela, ABAURRE Maria Luiza M., Gramática - Análise e construção de sentido, Editora
Moderna, volume 3º Ano, Ensino Médio.
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