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SINTAXE
Frase
É todo e qualquer enunciado, do mais simples ao mais complexo, com sentido completo. A
frase pode ser:
Socorro!
Ajudem-no!
Oração
Período
É todo e qualquer enunciado de sentido completo, terminado por pausa gráfica forte e
possuindo pelo menos uma oração. O período pode ser:
TERMOS DA ORAÇÃO
Sujeito
Núcleo do Sujeito
Classificação do Sujeito
4. INDETERMINADO - o que não de pode ou não se quer determinar. O verbo pode estar:
Quebraram a vidraça.
Observação - na frase "Ela e o irmão saíram cedo; só voltarão à noite", embora o verbo da
segunda oração esteja na 3ª pessoa do plural e o sujeito não esteja expresso, sabemos qual
é o sujeito, pois o pronome eles nos remete a Ela e o irmão, sujeito da 1ª oração; trata-se
apenas de um sujeito desinencial.
Precisa-se de operários..
Observação - se o verbo for transitivo direto é voz passiva, tem sujeito (simples ou
composto) e é preciso fazer concordância:
Desta forma, nas situações abaixo os verbos são considerados impessoais e, por conseguinte,
a oração não tem sujeito:
Anoiteceu..
c. ser indicando hora, data, quantidade ou distância (único caso de oração sem sujeito
em que o verbo pode ficar na 3ª pessoa do plural):
É primavera.
Basta de reclamações.
Existem tantas pessoas bondosas! / Devem existir tantas pessoas bondosas! (Verbo pessoal)
Há muitos meninos na praça. / Deve haver muitos meninos na praça. (Verbo impessoal)
PREDICADO
Observação - nas orações com sujeito desinencial, indeterminado ou inexistente (oração sem
sujeito), a oração é formada apenas pelo predicado:
Estou cansado.
Gritaram lá fora.
Predicação Verbal
1. INTRANSITIVO
É intransitivo o verbo que tem sentido completo, não precisando, portanto, de complemento
verbal (objeto). São intransitivos:
chorar
dormir
entrar
voar, etc.
2. TRANSITIVO
É transitivo o verbo que não tem sentido completo e por isso precisa de um complemento
verbal (objeto). O verbo transitivo divide-se em direto, indireto e direto e indireto:
a. direto - é o verbo que se liga a seu complemento (objeto direto) sem o auxílio de
preposição. São transitivos diretos:
abrir
amar
comprar
ver, etc.
b)indireto - é o verbo que se liga a seu complemento (objeto indireto) com o auxílio de
preposição. São transitivos indiretos:
acreditar
concordar
confiar
crer
precisar, etc.
c) direto e indireto - é o verbo que precisa de dois complementos, um sem preposição (objeto
direto) e o outro com preposição (objeto indireto). São transitivos diretos e indiretos:
atear
contar (= narrar)
dar
preferir, etc.
É o verbo cuja função é apenas ligar o sujeito a um estado, qualidade ou atributo. É claro que
haverá sempre, na oração um nome que representará o estado, a qualidade, ou o atributo.
Esse termo chama-se predicativo. Exs.:
Ela é feliz.
Ela é generosa.
andar
continuar
estar
ficar
parecer
permanecer
ser
tornar-se
Classificação do Predicado
PREDICATIVO
Ele é vendedor.
Classificação do Predicativo
COMPLEMENTOS DO VERBO
Por motivos puramente estilísticos, como, por exemplo, para chamar a atenção sobre o
próprio objeto direto, pode esse termo aparecer repetido na oração.
Não é exigência verbal, é apenas uma forma enfática que pode ser retirada da oração sem
qualquer ônus para o entendimento.
A esse pleonasmo é dado o nome de objeto direto pleonástico, justamente por ser a repetição
do objeto direto normal.
Pode o verbo intransitivo ser usado transitivamente (sempre transitivo direto, jamais
indireto). A mudança de predicação só é possível se usarmos como objeto direto
complemento representado por substantivo do mesmo radical do verbo (termo cognato) ou
substantivo que pertença ao mesmo grupo de idéias do verbo e é comum que tal
complemento venha acompanhado de expressão qualificadora.
Não é raro encontrar o objeto direto precedido de preposição. Nesses casos, a preposição não
é exigência do verbo, mas necessidade estrutural do próprio termo núcleo do objeto direto.
Beba do leite.
Elogiamos a todos.
j. com numerais:
Louvamos a Deus.
c) quando os pronomes pessoais mim, ti, si, nós, vós, ele(s), ela(s) exercem função de
objeto direto:
Quando não representado por pronome átono, virá obrigatoriamente regido de preposição
exigida pelo verbo.
Confie neles.
Por uma questão de estilo ou quando se quiser realçar o objeto indireto, costuma-se repetir
esse termo. Nesse caso, uma das formas é necessariamente um pronome pessoal átono. Ao
termo que repete o objeto indireto dá-se o nome de objeto indireto pleonástico.
Termos da Oração
COMPLEMENTO NOMINAL
É o termo que completa o sentido de um nome incompleto do mesmo modo como o objeto
completa o verbo. Vem sempre acompanhado de preposição.
1. completando substantivos:
2. completando adjetivos:
3. completando advérbios:
AGENTE DA PASSIVA
É o termo que, na voz passiva analítica (com auxiliar), designa o ser que realiza a ação
verbal da qual o sujeito é o paciente. O agente da passiva vem sempre precedido de
preposição:
Este quadro foi pintado por Renoir.
Observações:
Vende-se um barco.
Termos da Oração
ADJUNTO ADNOMINAL
1. ao sujeito:
2. ao predicativo:
3. ao objeto direto:
Traga o jornal.
4. ao objeto indireto:
5. ao complemento nominal:
6. ao agente da passiva:
7. ao aposto:
8. ao vocativo:
Meu Deus, ajuda-nos.
Observações:
Definição de Regência
Dentro da estrutura frasal, as palavras são interdependentes, isto é, umas dependem de outras. Podemos assim dizer
que a frase é uma seqüência de termos subordinantes e subordinados (termos que completam, modificam, estão na
dependência de subordinantes).
• O verbo e seus complementos. Neste caso, diz-se que a regência é verbal. Exemplo:
Nos dois primeiros exemplos, a relação de dependência entre os verbos e os complementos é feita
diretamente, isto é, sem auxílio de preposições. Nos dois outros exemplos, com o auxílio de preposições.
As preposições desempenham papel relevante no capítulo da regência. O uso correto das preposições é um
indicador seguro do conhecimento da língua.
Casos de Regência
São apresentados a seguir casos de regência em que se verifica divergência entre o que preceitua o ensino
tradicional e a realidade lingüística atual.
A abordagem que se faz desses casos diverge consideravelmente da realizada pela maioria dos manuais de cultura
idiomática, que privilegiam apenas as regências primárias, originárias, não registrando, por isso, as fortes tendências
evolutivas nesta área. Dá-se atenção, nesta apresentação, às inovações sintáticas observadas na realidade lingüística
atual, tendo como base as pesquisas de Luiz Carlos Lessa e Raimundo Barbadinho Neto, amplamente aproveitadas por
Celso Pedro Luft em seu "Dicionário Prático de Regência Verbal".
Na apresentação dos aspectos normativos da língua, como em qualquer apreciação de fatos lingüísticos, há que se
observar o que é preferível, o que é tolerável, o que é admissível, o que é aceitável, o que é grosseiro, o que é
inadmissível, deixando de lado a dicotomia elementar, o primitivismo lingüístico que observa a língua sob o prisma
estreito de "certo" x "errado".
1 - Agradar (desagradar)
2 - Aspirar
3 - Assistir
4 - Assistir
Sentido: Presenciar.
De acordo com o ensino tradicional:
Verbo: Transitivo indireto
Preposição: a
Exemplo: Assisti ao filme.
Observação: Esta é a regência primária, original.
De acordo com a realidade lingüística atual:
Verbo: Emprega-se também como transitivo direto.
Exemplo: Assisti o filme.
Observações:
- É uma evolução regencial sob a pressão de semântica de "ver" - verbo transitivo direto.
- A forma passiva "o filme foi assistido" comprova a transitivação do verbo.
- De acordo com luft, o mais que se pode é aconselhar a sintaxe original, tradicional.
5 - Chegar
6 - Ir
7 - Morar
8 - Namorar
Sentido: Cortejar.
De acordo com o ensino tradicional:
Verbo: Transitivo direto
Exemplos:
- Namorar alguém.
- Namorá-lo.
Observação: Esta é a regência primitiva.
De acordo com a realidade lingüística atual:
Verbo: Transitivo indireto
Preposição: com
Exemplo: Namorar com alguém.
9 - Obedecer (desobedecer)
10 - Pagar
11 - Pisar
12 - Preferir
13 - Querer
14 - Sentar
15 - Visar
De acordo com o ensino tradicional: - Não se contrai a preposição e o artigo neste tipo de construção.
Exemplos:
- Há possibilidade de o chefe se atrasar.
- Está na hora de o trem partir.
- Apesar de ele se mostrar indiferente, é muito solidário.
- Isso se deve ao fato de o português ser assim.
De acordo com a realidade lingüística atual: - É natural a contração da preposição com o artigo ou com o pronome.
Exemplo: Está na hora do trem partir.
Que é Crase
Observe o que acontece quando pronunciamos as palavras "casa amarela": o "a" final de "casa" e o "a" inicial de
"amarela" contraem-se, e as duas palavras soam como uma só / casaamarela/. Essa contração denomina-se de "crase".
1. Dirijo-me a a sala.
2. Dirijo-me a aquela sala.
3. Aquela é a sala a a qual me dirijo.
4. Esta sala é idêntica a a do prédio 7.
onde
• em 1., 2. e 3., o verbo "dirigir" requer a preposição "a": quem se dirige se dirige a algum lugar;
• em 1., a palavra "sala" aceita o artigo "a": A sala é ampla;
• em 2., a palavra "aquela" inicia com "a";
• em 3., o pronome relativo é "a qual", "as quais", sempre acompanhado pela partícula "a".
• em 4., o adjetivo "idêntico" requer a preposição "a": uma coisa é idêntica a outra. O segundo "a" é o
pronome demonstrativo "a", equivalente a "aquela".
Nesses casos, também ocorre a contração de duas vogais: a + a. A contração é sinalizada pelo acento grave
(`). Por isso as frases devem ser reescritas assim:
1. Dirijo-me à sala.
2. Dirijo-me àquela sala.
3. Aquela é a sala à qual me dirijo.
4. Esta sala é idêntica à do prédio 7.
Os casos de crase assinalada na escrita com acento grave são, pois, os seguintes:
A correta utilização do acento indicativo de crase é uma questão de análise do enunciado. Trata-se de averiguar se
ocorre a preposição "a" e o artigo feminino "a(s)", antes, evidentemente, de uma palavra feminina.
Todo falante da língua reconhece, normalmente, a ocorrência (ou não) da preposição "a" nos enunciados, exigida
por certos substantivos, adjetivos, advérbios e verbos.
Além de analisar a ocorrência ou não da preposição "a", deve-se observar se a palavra é feminina e se admite o
artigo "a".
Todo falante tem competência para saber se a palavra feminina aceita ou não o artigo "a(s)". Faça seu teste,
colocando ou não o artigo antes das palavras:
Você constata facilmente que apenas os itens 6., 7. e 8. admitem artigo: basta elaborar uma frase com os referidos
itens:
2.3 Conclusão
Como dissemos há pouco, o correto emprego do acento indicativo de crase depende da análise do enunciado: trata-
se de observar
• ocorre a preposição. Para tanto, faça o seguinte raciocínio: quem vai vai a algum lugar, assim você
observa a presença da preposição "a";
• a palavra é feminina;
• a palavra admite artigo "a'. Faça uma outra frase e comprove: "Brasília é muito linda" e não "A Brasília é
muito linda". Assim você conclui que a palavra feminina não admite artigo.
Conclusão: não ocorrem dois "ás" no enunciado, mas apenas um, que é a preposição "a". Portanto,sem
acento indicativo de crase. A não-ocorrência de um dos "ás" pode ser sinalizada mediante a seguinte
visualização:
Vou a Ø Brasília
Você deve ter concluído que ocorre a crase antes de "Bahia", "China" e "Alemanha"
Se você analisar o enunciado e raciocinar, a maioria das regras torna-se dispensável; ou você mesmo pode
formulá-los.
Como você pode constatar, não há acento indicativo de crase, porque ocorre apenas um "a", que é a
preposição, uma vez que os verbos não admitem artigo, fato assinalado pelo símbolo Ø.
Regra: Não ocorre acento indicativo de crase antes de verbos, pois não admitem artigo.
Regra: Não ocorre acento indicativo de crase quando o "a" estiver no singular e a palavra feminina seguinte
estiver no plural: o "a" é apenas preposição, exigida pelas palavras que vêm antes, conforme sinalização.
Regra: Não ocorre acento indicativo de crase antes de palavras masculinas, pois não admitem artigo "a". O "a"
dos exemplos é meramente uma preposição.
Observe:
• Cláudia é estudiosa.
A Cláudia é estudiosa.
• Débora é aplicada.
A Débora é aplicada.
• Júlia é assídua.
A Júlia é assídua.
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo antes de nomes próprios femininos.
• Refiro-me à Cláudia.
• Respondo à Débora.
• Dirijo-me à Júlia.
ou
• Refiro-me a Cláudia.
• Respondo a Débora.
• Dirijo-me a Júlia.
• Refiro-me a a Cláudia.
• Respondo a a Débora.
• Dirijo-me a a Júlia.
• Refiro-me a Ø Cláudia.
• Respondo a Ø Débora.
• Dirijo-me a Ø Júlia.
Regra: É facultativo o emprego do acento indicativo de crase antes de nomes próprios femininos, porque é
facultativo o uso do artigo.
Observe:
Como podemos constatar, é facultativo o uso de artigo antes de pronomes possessivos no singular.
Regra: É facultativo o emprego do acento indicativo de crase antes de pronomes possessivos no feminino
singular, porque é facultativo o uso do artigo.
Observe que
Faça agora seu teste: analise os enunciados, raciocine e coloque acento indicativo de crase se for o
caso:
Dada uma frase com esses pronomes, trata-se de analisar se também ocorre a preposição "a"
Observe:
Refiro-me aquilo.
• Quem se refere se refere "a": portanto, ocorre a preposição "a", que vai se contrair com o "a" de "aquilo".
Logo, marcam os a contração com acento indicativo de crase:
Refiro-me àquilo.
Observa-se que o verbo "resolver" não exige preposição: quem resolve resolve algo. Logo, não há acento na
frase:
Faça um teste: analise os enunciados, raciocine e colque acento indicativo de crase quando necessário.
Na frase
• ocorre a preposição "a", exigida, nesse tipo de estrutura, por uma palavra que vem depois, no caso
aludiste: quem alude alude "a";
• o pronome é "a qual", com a partícula "a" integrando o pronome.
Veja melhor:
Observação:
Só o pronome relativo "a qual" tem a partícula "a" integrando-o. Os pronomes "que" e "quem" não se
fazem acompanhar por essa partícula. Atente, pois, para a grafia nas frases:
5. Crase: contração da preposição "a" + o pronome demontrativo "a(s)", que equivale a "aquela(s)"
Na frase a seguir:
o "a" deve ser sinalizado com acento grave, porque é resultante da contração da preposição "a" (uma coisa é
ligada "a" outra) + o pronome demonstrativo "a", equivalente a "aquela". Veja a demonstração:
equivale à frase
em que deve ocorrer a contração dos dois "ás", sinalizada pelo acento grave.
Modelo:
Saiba Mais
1. De ... a
De ... à
Quando se fizer referência a dois elementos (substantivos ou numerais) ligados por "de ... a", não
ocorrerá acento grave antes do segundo elemento:
No entanto, quando se define o primeiro elemento mediante o emprego de "do" / "da", o segundo
inicia com "à" (ou "ao"). É uma questão de paralelismo.
Exemplos:
As turmas da 1ª à quarta série foram convidadas.
Estivemos fora do ar da meia-noite às duas da manhã.
A sala ficará aberta desta terça à sexta-feira.
Não se emprega acento indicativo de crase diante de substantivo feminino usado em sentido geral,
indeterminado, porque, nesse caso, não ocorre o artigo definido "a(s)".
Exemplos:
Observe:
3. A palavra "terra"
3.1 "Terra", significando planeta, é substantivo próprio e admite artigo. Conseqüentemente, quando
houver também a preposição, ocorrerá o fenômeno da crase:
3.2 Diante de "terra", significando "chão firme", "solo", sem especificação, não ocorre acento grave:
4. Expressões adverbiais
4.1 Masculinas. Não se emprega acento grave com expressões adverbiais femininas.
Exemplos:
Matou a sangue-frio.
Navio a vapor.
Ando a pé.
Ando a cavalo.
Carro a gás.
Escrever a lápis.
Vendas a prazo.
Exemplos:
Bater à máquina.
Escrever à mão.
Trancar à chave.
Colocar à venda.
Venda à vista.
Cortar à espada.
5. A palavra "distância"
Se a palavra "distância" estiver determinada, especificada, o "a" deve ser acentuado. Observe:
Estudar a distância.
Ensino a distância.
Escrever a distância.
Curar a distância.
Fotografar a distância.
Estudar à distância.
Ensino à distância.
Concordância Nominal
Quando o adjetivo posposto se refere a dois ou mais substantivos, concorda com o último ou vai facultativamente:
Exemplos:
Ternura e amor humano.
Amor e ternura humana.
Ternura e amor humanos.
Carne ou peixe cru.
Peixe ou carne crua.
Carne ou peixe crus.
Quando o adjetivo anteposto se refere a dois ou mais substantivos, concorda com o mais próximo.
Exemplos:
Mau lugar e hora.
Má hora e lugar.
Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo, este vai para o singular ou plural.
Exemplos:
Estudo as línguas inglesa e portuguesa.
Estudo a língua inglesa e (a) portuguesa.
Os poderes temporal e espiritual.
O poder temporal e (o) espiritual.
Quando dois ou mais ordinais vêm antes de um substantivo, determinando-o, este concorda com o mais próximo ou
vai para o plural.
Exemplos:
A primeira e segunda lição.
A primeira e segunda lições.
Exemplo:
As cláusulas terceira, quarta e quinta.
Quando as expressões "um e outro", "nem um nem outro" são seguidas de um substantivo, este permanece no
singular.
Exemplos:
Um e outro aspecto.
Nem um nem outro argumento.
De um e outro lado.
Quando um substantivo e um adjetivo vêm depois da expressão "um e outro", o substantivo vai para o singular e o
adjetivo para o plural.
Exemplos:
Um e outro aspecto obscuros.
Uma e outra causa juntas.
8. "O (a) mais ... possível" - "Os (as) mais ... possíveis" - "O (a) pior ... possível" - "Os (as) piores ..." - "O (a) melhor
... possível" - "Os (as) melhores ... possíveis"
O adjetivo "possível", nas expressões "o mais ...", "o pior ...", "o melhor ..." permanece no singular.
Com as expressões "os mais ...", "os piores ...", "os melhores ...", vai para o plural.
Exemplos:
Os dois autores defendem a melhor doutrina possível.
Estas frutas são as mais saborosas possíveis.
Eles foram os mais insolentes possíveis.
Comprei poucos livros, mas são os melhores possíveis.
9. Particípio + Substantivo
Exemplos:
Feitas as contas ...
Vistas as condições ...
Restabelecidas as amizades ...
Postas as cartas na mesa ...
Salvas as crianças ...
Observação:
"Salvo", "posto" e "visto" assumem também papel de conectivos, sendo, por isso, invariáveis:
Salvo honrosas exceções.
Posto ser tarde, irei.
Visto ser longe, não irei.
10. Anexo / bastante / incluso / leso / mesmo / próprio + Substantivo
Exemplos:
Vão anexas as cópias.
Recebi bastantes flores.
Vão inclusos os documentos.
Cometeu um crime de lesa-pátria.
Cometeu um crime de leso-patriotismo.
Ele mesmo falou aquilo.
Ela mesma falou aquilo.
Elas próprias falaram aquilo.
Exemplos:
Meias medidas.
Meio litro.
Meia garrafa.
Exemplos:
Ela parecia meio encabulada.
Janela meio aberta.
Observações:
1. Na fala, observam-se exemplos do advérbio "meio" flexionado. Tal fato pode ser explicado pelo fenômeno da
"concordância atrativa", ou por influência do adjetivo a que se refere: "Ela está meia cansada".
Dessa concordância existem exemplos entre os clássicos: "Uns caem meios mortos". (Camões)
2. Em "meio-dia e meia", "meia" concorda com a palavra "hora", oculta na expressão "meio-dia e meia (hora)".
Essa é a construção recomendada pela maioria dos manuais de cultura idiomática.
A construção "meio-dia e meio" também ocorre na fala; a forma "meio" permanece no masculino, por atração ou
influência da forma masculina "meio-dia".
Verbo transobjetivo é o verbo que pede, além de um complemento-objeto, uma qualificação para esse complemento
(= predicativo do objeto).
Exemplos:
Casa dois.
Página dois.
Em construções desse tipo, quando o substantivo não está determindado, as expressões "é bom", "é preciso", "é
proibido" permanecem no singular.
Exemplos:
Maçã é bom para a saúde.
É preciso cautela.
É proibida entrada.
Observação:
Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente:
É proibida a entrada de meninas.
16. Pronome de tratamento (referindo-se a uma pessoa de sexo masculino) + verbo de ligação + adjetivo masculino
Quando um adjetivo modifica um pronome de tratamento que se refere a pessoa do sexo masculino, vai para o
masculino.
Exemplos:
Sua Santidade está esperançoso.
Referindo-se ao Governador, disse que Sua Excelência era generoso.
Quando um adjetivo modifica os pronomes "nós / vós", empregados no lugar de "eu / tu", vai para singular.
Exemplos:
Vós (= tu) estais enganado.
Nós (= eu) fomos acolhido muito bem.
Sejamos (nós = eu) breve.
Concordância Verbal
1. Sujeito Composto
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
• { eu + tu + ele } verbo na 1ª p. p.
• { eu + tu } verbo na 1ª p. p.
• { eu + ele } verbo na 1ª p. p.
• { tu + ele } verbo na 2ª ou 3ª p. p.
Exemplos:
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
a) Com (= e), atribuindo-se a ação verbal a todos os seus elementos = verbo plural;
Exemplo:
b) Com (= em companhia de), realçando-se, mediante o verbo, a ação do antecedente = verbo concorda com o
antecedente;
Exemplo:
Exemplo:
2.3 "Ou"
Exemplo:
Exemplo:
c) quando a ação verbal se apliacar a um dos elementos, com exclusão dos demais = verbo no singular.
Exemplo:
Exemplo:
2.4 "Não só ..... mas também"; "Tanto ...... quanto"; "Não só ..... como"
= verbo no plural ou concordando com o núcleo mais próximo.
Exemplo:
= verbo no plural; o segmento introduzido por "como" fica, em geral, entre vírgulas.
Exemplo:
Exemplos:
= verbo no singular.
Exemplo:
= verbo no singular.
Exemplo:
3.4 "Quem"
3.5 "Que"
Exemplo:
3.6 Coletivo
= verbo no singular.
Exemplo:
Exemplo:
Exemplos:
O Amazonas é um grande rio.
artigo singular verbo no singular
Observação:
Exemplo:
Exemplos:
Exemplo:
3.11 "A maioria de", "a maior parte de", "grande número de" + "nome no plural"
3.12 "Mais de", "menos de", "cerca de", "obra de" + numeral
Exemplos:
= verbo no plural.
Exemplos:
4. Com verbos
4.1 verbo + se
= verbo no singular.
Exemplo:
? Riu-se muito.
verbo intransitivo + se
sujeito indeterminado
(índice de indeterminação do sujeito)
= verbo no singular.
Exemplo:
? Precisa-se de ferramentas.
verbo transitivo indireto + se
sujeito indeterminado objeto indireto
(índice de indeterminação do sujeito)
Observação:
Exemplos:
4.2.1 Verbos que indicam fenômenos da natureza (= chover, nevar, ventar, amanhecer, etc.)
= verbo no singular.
Exemplo:
= verbo no singular.
Exemplo:
4.2.3 Verbos que fazem referência a tempo (haver, fazer, ir, estar, ser)
= verbo no singular.
Exemplos:
Observação:
Nas locuções verbais, os verbos impessoais acima referidos transmitem sua impessoalidade ao verbo anterior,
chamado de auxiliar.
Exemplos:
Exemplos:
Observação:
Exemplo:
4.4 Verbos "existir", "acontecer", "faltar", "sobrar", etc. (empregados normalmente com sujeito posposto)
Exemplo:
Observação:
Numa locução verbal, com verbos dessa natureza, o verbo auxiliar concorda com o sujeito posposto.
Exemplos:
Devem existir razões.
Podem faltar razões.
Devem sobrar razões.
Exemplo:
Exemplo:
4.6.1 Sujeito (= "quem", "tudo", "isso", "isto", "aquilo") + verbo ser + substantivo predicativo plural
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Exemplos:
O tema da aula de hoje foram as figuras femininas da Renascença. (Cyro dos Anjos)
O pessoal da rua Nove era uns privilegiados, como os negros das senzalas. (J. L. do Rego)
4.6.5 "É muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de", etc + preço, peso, quantidade
= verbo no singular
Exemplos:
Exemplos:
= invariável.
Exemplos:
Eu (é que) estudo.
Tu (é que) estudas.
Ele (é que) estuda.
A sintetização relativa ao emprego do infinitivo tem dado margem a muitas controvérsias. De acordo com Lima
(1972, p. 380):
"Até hoje não foi possível aos gramáticos formular um conjunto de regras fizxas, pelas quais se regesse o emprego
de uma e outra forma [flexionada e não-flexionada]. A cada passo infringem os escritores alguns preceitos tidos por
definitivos; e isso porque, ao lado das razões de ordem gramatical, e interferindo nelas, alçam-se ao primeiro plano
certas condições reclamadas pela clareza, ênfase e harmonia de expressão (Gramática Normativa da Língua
Portuguesa, Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1972)
É por essa razão que o autor fala de "alguns conselhos para o uso do infinitivo".
Seguindo a lição das Gramáticas, apresenta-se aqui um único caso obrigatório de emprego do infinitivo pessoal
flexionado:
Exemplo:
De acordo com a advertência de Rocha Lima, essa regra não se aplica ao caso em que o sujeito do infinitivo é um
pronome pessoal átono, em uma oração introduzida por um dos cinco verbos: "ver", "ouvir", "deixar", "fazer" e
"mandar".
Exemplos:
Viu-os chegar.
(Ele viu que eles chegaram.)
Deixei-os sair.
(Eu deixei que eles saíssem.)
Homônimos e Parônimos
1. Definições
- Parônimos: vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem no sentido.
Ex.:
Cavaleiro: homem a cavalo
Cavalheiro: homem gentil
Cédula - documento
Sédula - feminino de sédulo (cuidadoso)
Censo - recenseamento
Senso - juízo
Cocho - tabuleiro
Coxo - que manqueja
Comprimento - extensão
Cumprimento - ato de cumprir, saudação
Concelho - município
Conselho - parecer
Conjetura - suposição
Conjuntura - momento
Coringa - pequena vela triangular usada à proa das canoas de embono; moço de barcaça
Curinga - carta de baralho
Corisa - inseto
Coriza - secreção das fossas nasais
Coser - costurar
Cozer - cozinhar
Decente - decoroso
Descente - que desce
Descargo - alívio
Desencargo - desobrigação de um encargo
Descriminar - inocentar
Discriminar - distinguir, diferenciar
Despensa - copa
Dispensa - ato de dispensar
Elidir - eliminar
Ilidir - refutar
Eminente - excelente
Iminente - sobranceiro; que está por acontecer
Espiar - espreitar
Expiar - sofrer pena ou castigo
Estasiado - ressequido
Extasiado - arrebatado
Estático - firme
Extático - absorto
Estremado - demarcado
Extremado - extraordinário
Flagrante - evidente
Fragrante - perfumado
Fluir - correr
Fruir - desfrutar
Intenção - propósito
Intensão - intensidade; força
Pleito - disputa
Preito - homenagem
Presar - aprisionar
Prezar - estimar muito
Ratificar - confirmar
Retificar - corrigir
Recreação - recreio
Recriação - ato de recriar
Tráfego - trânsito
Tráfico - negócio ilícito
Viagem - jornada
Viajem - do verbo viajar
Vultoso - volumoso
Vultuoso - inchado
SAIBA MAIS
Existem também expressões que apresentam semelhanças entre si, e têm significação diferente. Tal semelhança
pode levar os utentes da língua a usar uma expressão uma em vez de outra.
A cerca de: a uma distância aproximada de. Mora a cerca de dez quadras do centro da cidade.
• Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo. Ir ao encontro dos familiares.
Ao par: de acordo com a convenção legal, sem ágio, sem abatimentos (câmbio, ações, títulos, etc.).
Além das palavras listadas no capítulo anterior, existem outras formas parônimas e homônimas imperfeitas,
com pronúncia igual (homófonas) e grafia diferente (heterógrafas). É evidente que essa semelhança causa
hesitações e induz a erros no ato de redigir.
1. PORQU S
- Porque: é conjução subordinativa causal; equivale a pois . Ele não veio porque choveu.
- Porquê: é a mesma conjunção subordinativa causal substantivada; é sinônimo de motivo, razão. Não sei o
porquê da ausência dele.
- Por que: é a preposição por seguida de pronome interrogativo que; eqüivale a por que motivo, pelo qual,
pela qual, pelos quais, pelas quais. Por que ele não veio? Eis o motivo por que não veio.
- Por quê: é o mesmo por que anterior, quando em fim de frase. Você não veio por quê?
2. ONDE/ AONDE
OBSERVE:
SINGULAR PLURAL
ELE TEM
ELES T M
ELE VEM
ELES V M
ELE CONTÉM
ELES CONT M
ELES DET M
ELE DETÉM
ELES RET M
ELE RETÉM
ELES SE AT M
ELE SE ATÉM
ELES PROV M
ELE PROVÉM
SINGULAR PLURAL
QUE ELE D QUE ELES D EM
ELE CR ELES CR EM
ELE DESCR ELES DESCR EM
ELE L ELES L EM
ELE V ELES V EM
ELE PREV ELES PREV EM
ELE REL ELES REL EM
ELE REV REV EM
OBSERVAÇÕES:
5. -ISA/-IZ (-IZA)
6. -IZAR/-ISAR
7. -SINHO/-ZINHO
OBSERVAÇÃO:
O sufixo é, na verdade, -inho, que se acrescenta a substantivo com radical que termina em "s": mês(a) + inha =
mesinha
OBSERVAÇÃO:
O sufixo é, na verdade, -INHO, que se liga ao radical mediante a consoante de ligação -Z:
Anel + consoante de ligação -Z + sufixo -INHO = anelzinho.
O diminutivo plural se forma de acordo com o seguinte processo:
SUBTRAÇÃO DE + CONSOANTE DE
SUBSTANTIVO PLURAL + SUFIXO -INHO(S)
-S LIGAÇÃO -Z
ANEL ANÉIS ANEI ANEIZ ANEIZINHOS
CORAÇÃO CORAÇÕES CORAÇÕE CORAÇÕEZ CORAÇÕEZINHOs
8. A FIM/AFIM
9. ENFIM/ EM FIM
Maiúsculas
A letra maiúscula é um recurso gráfico utilizado para dois propósitos: assinalar o início do período (em oposição ao
ponto final, que o encerra) e dar destaque a uma palavra, seja ela um substantivo próprio ou não. Uma vez
alfabetizados, não temos dificuldade em utilizar a maiúscula para o primeiro propósito, mas temos dúvidas freqüentes
sobre quando dar ou não destaque à palavra.
O Formulário Ortográfico de 1943, que rege a matéria, não foi suficiente explícito quanto ao estabelecimento de
normas.
Além do mais, dá margem à flexibilidade, quando permite o uso de inicial maiúscula por "especial relevo", por
"deferência, consideração, respeito", quando "se queira realçar", ou na designação de "alto conceito", "altos cargos,
dignidades ou postos." Assim, sempre se poderia justificar o uso de maiúsculas pela "ênfase" ou "destaque".
1. As grandes companhias jornalísticas criam, para vários casos, normas próprias e acabam criando uma tendência.
2. O emprego de maiúsculas em excesso, os negritos, os sublinhados ou os destaques estão caindo de moda, já que
"poluem" o texto.
3. A tendência é, pois, a seguinte:
- mais formalidade, mais deferência, mais ênfase: maiúscula;
- mais modernidade, menos "poluição" gráfica, mais simplicidade: minúscula.
Nunca se pode esquecer, no entanto, da regra taxativa que preceitua o emprego obrigatório de letra inicial
maiúscula nos substantivos próprios de qualquer natureza.
Observação: Se, depois dos dois pontos, vier um simples desdobramento da frase ou uma enumeração (e não uma
citação direta), a palavra começará com minúscula. Exemplo: O contexto do ensino superior brasileiro apresenta, entre
outras, as seguintes grandes tendências: expansão acelerada e interiorização de ensino superior, consolidação da pós-
graduação e melhoria da qualificação do corpo docente.
2. Nas datas oficiais e nomes de fatos ou épocas históricas, de festas religiosas, de atos solenes e de grandes
empreendimentos públicos ou institucionais.
Exemplos: Sete de Setembro, Quinze de Novembro, Ano Novo, Idade Média, Era Cristã, Antigüidade, Sexta-Feira
Santa, Dia das Mães, Dia do Professor, Natal, Confraternização Universal, Corpus Christi, Finados.
Observação: empregue letra minúscula em casos como os seguintes: era espacial, era nuclear, era pré-industrial,
etc.
3. Nos títulos de livros, teses, dissertações, monografias, jornais, revistas, artigos, filmes, peças, músicas,
telas, etc.
Observação: escrevem-se com inicial minúscula os artigos, as preposições, as conjunções e os advérbios desses
títulos.
4. Nos nomes dos pontos cardeais e dos colaterais quando indicam as grandes regiões do Brasil e do mundo.
Observação: Quando designam direções ou quando se empregam como adjetivo, escrevem-se com inicial
minúscula: o nordeste do Rio Grande do Sul; percorreu o Brasil de norte a sul, de leste a oeste; o sudoeste de Santa
Catarina; vento norte; litoral sul; zona leste, etc.
Exemplos: Introdução à Bíblia, Teologia Moral V, Língua Portuguesa I, Filosofia II, História da Psicologia,
Matemática B, Cirurgia IV, Mecânica Geral,etc.
6. Nos ramos do conhecimento humano, quando tomados em sua dimensão mais ampla:
Exemplos: Decreto Federal nº 25. 794; Portaria nº 1054, de 17-9-1998; Lei dos Direitos Autorais nº 9.609; Parecer
nº 03/00; Sessão nº 01/00; Resolução 3/87 CFE, etc.
10. Nos nomes de eventos (cursos, palestras, conferências, simpósios, feiras, festas, exposições, etc.).
Observação: Na designação das profissões e dos ocupantes de cargo (presidente, vice, ministro, senador, deputado,
secretário, prefeito, vereador, papa, arcebispo, cardeal, princesa, rei, rainha, diretor, coordenador, advogado, professor,
engenheiro, reitor, pró-reitor, etc) empregue-se letra minúscula, apesar de a norma oficial determinar maiúscula para
os "altos cargos, dignidades ou postos". Exemplos: reitor, vice-reitor, pró-reitor, chefe de gabinete, assessor, diretor,
vice-diretor, coordenador, professor, etc.
Exemplos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Senhor, Senhora, Dom, Dona, V. Exa., V. Sa., etc.
Exemplos: Rio das Antas, Rio Taquari, Serra do Mar, Golfo Pérsico, Cabo da Boa Esperança, Lagoa dos Quadros,
Oceano Atlântico.
Observação: Segundo a norma oficial, escrevem-se com minúsculas: rio Taquari, monte Everest, etc. Acontece, no
entanto, que tal procedimento poderá trazer confusão quando o acidente geográfico faz parte integrante, indissociável
do nome próprio: Mar Morto, Mar Vermelho, Trópico de Câncer, Hemisfério Sul, etc. Se a opção for sempre pela
maiúscula, a grafia, neste caso, ficará mais fácil.
15. Nos nomes de logradouros públicos (avenida, ruas, travessas, praças, pontes, viadutos, etc.).
Exemplos: Avenida Farrapos, Rua Vicente da Fontoura, Travessa Fonte da Saúde, Parque Farroupilha, Praça São
Sebastião, Praça Dom Feliciano, etc.
Saiba Mais
• Iniciar cada item com maiúscula ou minúscula e terminar sempre com ponto final.
Exemplo:
FRITSCHER, Carlos Cezar et al. Manual de urgências médicas.Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002, p. 521.
• Iniciar cada item com minúscula ou maiúscula e terminar sem nenhuma pontuação.
Exemplo:
"As manifestações clínicas usualmente encontradas na insuficiência respiratória aguda (IRA) são:
- Dispnéia
- Dificuldade em articular frases ou palavras
- Cianose periférica ou central
- Confusão mental (...)"
Ha ver
(no dicio nário )
do Lat. habere, ter v. tr., ter; possuir; obter, conseguir; receber, tomar; julgar; conceber, entender; existir;
acontecer; ter passado, ter decorrido; v. refl., proceder, comportar-se; s. m., em escrituração mercantil, o
lado das contas onde se lançam os pagamentos ou as saídas dos valores; contrapartida do Deve; crédito;
(no pl.) bens; (no pl.) fazendas; (no pl.) riquezas; - por bem: dignar-se; — mister: necessitar.
O verbo haver, conforme o seu significado, pode empregar-se em todas as pessoas ou apenas na 3ª
pessoa do singular.
a) Quando é auxiliar (com sentido equivalente a ter) verbo pessoal, quer junto a particípio, quer junto a
infinitivo antecedido da preposição de.
“O tempo que hei sonhado/ Quantos anos foi de vida!” (Fernando Pessoa)
“Haviam decorrido cinco anos sem nos vermos.” (Camilo Castelo Branco)
“Deixe: amanhã hei de acordá-lo a pau de vassoura!” (Machado de Assis)
“adquirir”.
“Tão nobre és, como os melhores, e rico; porque a ninguém mais que a ti devem de pertencer as terras
que teu avô Digo Álvares conquistou ao gentio para El-Rei, de quem as houvemos nós e nossos pais.” (José
de Alencar)
c) quando é verbo principal, com a forma reflexa, nas acepções de “portar-se”, “proceder”, “comportar-se”,
“conduzir-se”. Exemplos
“Soares houve-se como pôde na singular situação em que se achava.” (Machado de Assis)
“Não vão crer que era pesar nem dor; por ocasião do casamento, houve-se com grande discrição, cuidou
do enxoval da noiva e despediu-se dela com muitos beijos chorados.” (Machado de Assis)
d) quando é verbo principal, também com a forma reflexa, no sentido de “entender-se”, “ajustar contas”:
“Dava Belmiro passagem de graça a gente pobre, e se por acaso aparecia valentão no seu trem, teria que
se haver com ele.” (José Lins do Rego)
e) quando é verbo principal, acompanhado de infinitivo sem preposição, com sentido equivalente a “ser
possível”:
2. É rar o nos escritor es moder nos, mas mu ito fr eqüe nte nos do po rtug uês ant igo e méd io ,
o u so pessoal do v erbo ha ver, como verbo princ ipal, na acepção de:
a) “ter”, “possuir”:
4. Empr ega -se como impe ssoal , isto é, sem s ujeit o, qua ndo sign ifica “e xi stir ”, ou qua ndo
indica te mpo dec orrido . N esses casos , em qualq uer tempo , conjuga -se tão-some nte na 3ª
pessoa do si ngu lar:
“Havia pitangueiras na praia.” (A. F., Schimidt)
5. Qua ndo o verbo ha ver expri me ex istênc ia e v em acompa nhado dos au xil iar es ir , dev er,
poder , etc. , a locução assi m formada é, natur al ment e, i mpessoal:
“Lá e acolá devia haver terríveis cabeças humanas apontando da água, como repolhos de um canteiro,
como moscas grudadas no papel-de-cola.” (Guimarães Rosa)
Distinção essencial
O verbo haver, quando sinônimo de existir, constrói-se de modo diverso deste. Nesta acepção, haver não
tem sujeito e é transitivo direto, sendo o seu objeto o nome da coisa existente ou, a substituí-lo, o
pronome pessoal o (a, os, as). Existir, ao contrário, é intransitivo e possui sujeito, expresso pelo nome da
coisa existente.
Dir-se-á, pois:
Construção do tipo:
“Ali haviam vários deputados que conversavam de política, e os quais se reuniram a Meneses.” (Machado
de Assis)
embora se documentem em alguns dos melhores escritores da língua, especialmente do século passado,
não devem ser hoje imitadas.
Essa frase não traz nenhum impedimento – ao menos do ponto de vista lingüístico. Muitos evitam o uso do
verbo haver com o que, por considerarem espanholismo. Espanholismo que Frei Luís de Sousa usou, que
Padre Antônio Vieira usou, que Alexandre Herculano usou, que nós – portanto – podemos também usar:
(Sacconi)