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A Modernização da Agricultura

O processo de modernização do campo corresponde


à implantação de novas tecnologias e maquinários
no processo de produção no meio rural. Isso significa
que a evolução das técnicas e dos objetos
técnicos provoca uma transformação no que se
refere ao espaço geográfico agropecuário. É claro
que desde a constituição da agricultura o homem foi
gradativamente desenvolvendo novas ferramentas e
procedimentos mais avançados, mas quando
falamos em modernização, falamos em um processo
recente que gerou impactos em larga escala.
Historicamente, a mecanização do campo foi tida
como uma consequência direta das revoluções
industriais, pois essas proporcionaram um avanço
nos meios de produção, atingindo o meio agrário. Foi
ao longo do século XX que tais transformações
ocorreram de maneira mais intensa, proporcionadas
tanto pelo desenvolvimento de maquinários quanto
pelas novas técnicas de manipulação dos bens de
cultivo, muitos deles atrelados à Revolução Verde.
Uma das principais vantagens do processo de
modernização do campo foi o aumento significativo
da produtividade, incluindo a geração e distribuição
de alimentos pelo mundo, o que contrariou
perspectivas pessimistas que acreditavam que o
crescimento populacional superaria a disponibilidade
de recursos. Outro ponto positivo foi a menor
necessidade de utilização de agrotóxicos nas
lavouras em razão da melhoria genética das plantas,
embora eles ainda sejam utilizados em larga escala.
Dos pontos negativos do processo de mecanização
do campo – ou as críticas geralmente direcionadas a
tal ocorrência – destaca-se o desemprego estrutural
gerado entre os trabalhadores rurais. Houve uma
significativa substituição do homem pela máquina
nos sistemas de cultivo, o que intensificou a prática
do êxodo rural, apesar de a modernização agrícola
não ter sido a única responsável por esse processo.

Existem ainda as críticas direcionadas às


transformações genéticas das plantas, outra faceta
da modernização agrária. Muitos segmentos da
sociedade enxergam de forma cética a produção de
alimentos transgênicos ou, em alguns casos, o uso
em demasia de produtos químicos, tais como os
defensivos agrícolas e os agrotóxicos em geral. Tais
críticas, inclusive, aumentaram a visibilidade das
práticas da agricultura familiar, que em geral é
menos mecanizada, e, principalmente, da
agricultura orgânica, cujo princípio é a mínima
utilização de produtos químicos no processo
produtivo.
Por fim, destaca-se como desvantagem da
modernização do campo o aumento das áreas de
cultivo, com o consequente avanço sobre o meio
natural. No Brasil, o avanço da fronteira agrícola ou
agropecuária proporcionou o avanço do espaço
geográfico sobre áreas naturais, ocasionando a
diminuição do ambiente original de vários grupos de
vegetação, notadamente o Cerrado e a Mata
Atlântica.

Existem ainda as críticas direcionadas às


transformações genéticas das plantas, outra faceta
da modernização agrária. Muitos segmentos da
sociedade enxergam de forma cética a produção de
alimentos transgênicos ou, em alguns casos, o uso
em demasia de produtos químicos, tais como os
defensivos agrícolas e os agrotóxicos em geral. Tais
críticas, inclusive, aumentaram a visibilidade das
práticas da agricultura familiar, que em geral é
menos mecanizada, e, principalmente, da
agricultura orgânica, cujo princípio é a mínima
utilização de produtos químicos no processo
produtivo.
Por fim, destaca-se como desvantagem da
modernização do campo o aumento das áreas de
cultivo, com o consequente avanço sobre o meio
natural. No Brasil, o avanço da fronteira agrícola ou
agropecuária proporcionou o avanço do espaço
geográfico sobre áreas naturais, ocasionando a
diminuição do ambiente original de vários grupos de
vegetação, notadamente o Cerrado e a Mata
Atlântica.

Estrutura Fundiária
A estrutura fundiária corresponde ao modo como as
propriedades rurais estão dispersas pelo território e seus
respectivos tamanhos, que facilita a compreensão das
desigualdades que acontecem no campo.

A desigualdade estrutural fundiária brasileira configura como


um dos principais problemas do meio rural, isso por que
interfere diretamente na quantidade de postos de trabalho,
valor de salários e, automaticamente, nas condições de trabalho
e o modo de vida dos trabalhadores rurais.

No caso específico do Brasil, uma grande parte das terras do


país se encontra nas mãos de uma pequena parcela da
população, essas pessoas são conhecidas como latifundiários.
Já os minifundiários são proprietários de milhares de pequenas
propriedades rurais espalhadas pelo país, algumas são tão
pequenas que muitas vezes não conseguem produzir renda e a
própria subsistência familiar suficiente.

Diante das informações, fica evidente que no Brasil ocorre uma


discrepância em relação à distribuição de terras, uma vez que
alguns detêm uma elevada quantidade de terras e outros
possuem pouca ou nenhuma, esses aspectos caracterizam a
concentração fundiária brasileira.

É importante conhecer os números que revelam quantas são as


propriedades rurais e suas extensões: existem pelo menos
50.566 estabelecimentos rurais inferior a 1 hectare, essas juntas
ocupam no país uma área de 25.827 hectares, há também
propriedades de tamanho superior a 100 mil hectares que
juntas ocupam uma área de 24.047.669 hectares.

Outra forma de concentração de terras no Brasil é proveniente


também da expropriação, isso significa a venda de pequenas
propriedades rurais para grandes latifundiários com intuito de
pagar dívidas geralmente geradas em empréstimos bancários,
como são muito pequenas e o nível tecnológico é restrito
diversas vezes não alcançam uma boa produtividade e os custos
são elevados, dessa forma, não conseguem competir no
mercado, ou seja, não obtêm lucros. Esse processo favorece o
sistema migratório do campo para a cidade, chamado de êxodo
rural.

A problemática referente à distribuição da terra no Brasil é


produto histórico, resultado do modo como no passado ocorreu
a posse de terras ou como foram concedidas.
A distribuição teve início ainda no período colonial com a
criação das capitanias hereditárias e sesmarias, caracterizada
pela entrega da terra pelo dono da capitania a quem fosse de
seu interesse ou vontade, em suma, como no passado a divisão
de terras foi desigual os reflexos são percebidos na atualidade e
é uma questão extremamente polêmica e que divide opiniões.

Relações de Trabalho na Agricultura


Brasileira
O subaproveitamento do espaço rural brasileiro é caracterizado
por uma baixa produtividade em relação aos outros países que
possui uma agricultura pautada na mecanização. O motivo que
faz o Brasil ter uma baixa produtividade está na predominância
da prática da agropecuária tradicional.

O Brasil é um país extremamente agrícola, quase a metade do


território é ocupada por estabelecimentos rurais. As
concentrações e as relações estão divididas em estrutura
fundiária, latifúndio, minifúndio, expropriação e êxodo rural.

- Estrutura fundiária: Corresponde à maneira como as


terras estão distribuídas no território.

- Latifúndio: São grandes propriedades rurais com


aproximadamente 600 hectares.
- Minifúndio: São pequenas propriedade rurais com
aproximadamente 3 hectares.

- Expropriação: É quando um pequeno proprietário rural


se encontra endividado e é obrigado a vender sua propriedade
para pagar dívidas, geralmente os grandes fazendeiros próximos
adquirem essas terras.

- Êxodo rural: Corresponde ao deslocamento de


trabalhadores rurais que saem do campo com destino aos
centros urbanos, isso pode ocorrer por falta de trabalho no
campo devido à mecanização ou mesmo para buscar uma vida
melhor.

No campo existem as relações de trabalho que são


diversificadas, como mão-de-obra familiar, posseiros, parceria,
arrendatários, trabalhadores assalariados temporários e o
trabalho escravo no campo.

- Mão-de-obra familiar: É a relação de trabalho entre


os entes da família exercendo todas as etapas produtivas.

- Posseiros: São trabalhadores rurais que ocupam e/ou


cultivam terras devolutas.
- Parceria: É a junção entre dois trabalhadores ou
produtores rurais, no qual um possui a propriedade da terra e o
outro apenas a força de trabalho, esse vai cultivar a terra e
depois dividir uma parte da produção com aquele.

- Arrendatário: É quando um agricultor não possui terra,


mas tem recursos financeiros, então arrenda ou aluga a
propriedade por um período pré-determinado.

- Trabalhadores assalariados temporários: São


trabalhadores rurais que recebem salário, mas que trabalham
apenas uma parte do ano, é o que acontece nas colheitas.

- Trabalho escravo no campo: É quando o


trabalhador não tem direitos trabalhistas, não recebe salário,
pois tudo que é utilizado é cobrado, desde a alimentação até as
ferramentas de trabalho, esse fica endividado, fato que o
impede de ir embora.
Em pleno século XXI, esse fato se faz real, principalmente em
estados como Pará, Mato Grosso e Goiás, esses não são únicos
no país.

A reforma agrária é outro problema muito polêmico no país,


contudo convém explicitar o significado de tal expressão.
A reforma agrária tem a finalidade de promover a distribuição
ou reorganização mais justa da terra.

A questão agrária provoca uma grande tensão no campo.


A fixação do trabalhador rural no campo depende de vários
fatores, pois não basta a simples redistribuição de terras para
garantir o sucesso da reforma agrária é preciso facilidade na
obtenção e pagamentos de créditos financeiros, garantia de
preços, condição de transportes, orientação técnica e infra-
estrutura.

As Relações de Trabalho e a
Sociedade
O trabalho é a atividade por meio da qual o ser
humano produz sua própria existência. Essa
afirmação condiz com a definição dada por Karl Marx
quanto ao que seria o trabalho. A ideia não é que o
ser humano exista em função do trabalho, mas é por
meio dele que produz os meios para manter-se vivo.
Dito isso, o impacto do trabalho e do seu contexto
exercem grande influência na construção do sujeito.
Assim, existem áreas do conhecimento dedicadas
apenas a estudar as diferentes formas em que se
constituem as relações de trabalho e seus
desdobramentos na vida de cada um de nós.
Não seria difícil, então, de se imaginar que, quando
as relações de trabalho alteram-se no fluxo de nossa
história, as nossas estruturas sociais também são
alteradas, principalmente a forma como se
estruturavam nossas relações, posições na
hierarquia social, formas de segregação e, em
grande parte, aspectos culturais erguidos em torno
das relações de trabalho.

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