Geografia Agrária – Conceitos e temas
trabalhadores que possuem registro em
Trabalho familiar – Praticada pelos
membros da família, em geral em pequenas e
médias propriedades. Quando há bons índices
de produtividade e rentabilidade, os membros
da família não dependem de complementar a
renda com outras atividades, o que ocorre
bastante em países europeus e asiáticos.
Quando a família precisa complementar a renda
para subsistência, busca emprego em cidades,
ou trabalho temporário em propriedades rurais
maiores retornando ao campo apenas quando é
necessário o trabalho na propriedade familiar.
*** Os agricultores familiares são sensíveis ao
estimulo do mercado, absorvem tecnologia
moderna e produzem eficientemente podendo,
portanto, produzir alimentos e matérias-primas
em quantidade e qualidade requeridas pela
expansão do setor urbano-industrial. São
setores intensivos em mão-de-obra, e por isso
mesmo desempenham um papel essencial para
elevação do poder de barganha do trabalho em
países com grande população rural pouco
qualificada, sobretudo ao reduzir a pressão da
oferta de mão-de-obra nos centros urbanos.
No Japão, a importância estratégica de
modernizar a agricultura sem produzir uma
massa de desempregados era percebida como
vital para o enfrentamento do desafio ocidental.
Além disso, a permanência das relações
comunitárias de caráter feudal representou um
traço cultural especifico que facilitou a
articulação de um conjunto de políticas visando
à modernização a partir da agricultura familiar.
Trabalho temporário – Trabalho sem
vínculo trabalhista, onde a remuneração é por
tarefa ou período de trabalho, comum nas
grandes propriedades rurais nas épocas de
plantio ou colheita. Durante a entressafra, o
trabalhador (também chamado de boia-fria ou
peão) busca outras formas de remuneração ou
se desloca entre diferentes áreas rurais
segundo a sazonalidade das safras
(trabalhadores “volantes”). É comum que sua
contratação seja feita por “gatos”, que não
registram os funcionários e intermediam seu
pagamento. Em algumas regiões do centro-sul
do Brasil, sindicatos fortes e organizados
passaram a fazer essa intermediação,
garantindo melhor remuneração, levando
refeições para os bóias-frias e serviços de
assistência médica. Em países onde há
alternativas melhores de educação e emprego,
a menor disponibilidade de trabalhadores rurais
explica a menor exploração do trabalhador
temporário.
Trabalho assalariado – São
carteira, recebendo, portanto, salário e
garantias trabalhistas como férias, descanso
semanal remunerado, aposentadoria, etc. Em
geral não são muitos, mas quase sempre com
algum nível de qualificação
Parceria e arrendamento – Parceiros e
arrendatários “alugam” a terra em que
produzem, pagando em dinheiro
(arrendatários) ou com parcela da produção
(parceiros).
Posseiro – aquele que ocupa terras
sem possuir título de propriedade ou permissão
do dono da mesma.
Grileiro- pessoa que se apodera ou
procura se apossar de terras alheias, mediante
falsas escrituras de propriedade.
Colono ou agregado – recebe o direito
de morar e cultivar subsistência na fazenda
onde trabalha, sem remuneração em dinheiro.
Trata-se de uma relação de trabalho não
capitalista, mas proibida no Brasil pela atual
legislação trabalhista.
Escravidão por dívida – Ocorre
quando os custos de transporte, moradia e
alimentação do trabalhador rural são maiores
que o seu salário, ficando ele aprisionado na
fazenda sob vigilância de jagunços fortemente
armados. Trata-se de uma situação altamente
irregular e criminosa segundo a legislação
brasileira, e apesar disso, ainda comum em
diversas áreas do país.
Os grileiros se aproveitam a fragilidade de
nossa fiscalização para destruir a
vegetação das terras públicas, em sua
maioria devolutas e tradicionalmente
ocupadas, buscando consolidar processos
de grilagem. Contam, desde o princípio,
com a perspectiva de posterior
regularização fundiária sobre as terras
griladas, ou mesmo com a conivência dos
Cartórios de Imóveis, e com a anistia do
desmatamento ilegal, mesmo sobre áreas
de reserva legal obrigatória de imóveis
rurais já regularizados. É um ciclo
histórico de fogo, desmatamento,
grilagem e anistia, baseado na certeza da
impunidade, e aprofundado por governos
que desmontam os órgãos de fiscalização
e monitoramento e armam as classes
proprietárias rurais para avançar com os
conflitos no campo. O Estado brasileiro
tem buscado há décadas institucionalizar
a grilagem de terras através de diferentes
ações. As medidas de flexibilização da
regularização fundiária e ambiental em
múltiplas escalas adotadas na última
década, a ausência de fiscalização nos
registros de propriedades rurais nos
cartórios de imóveis, bem como a atuação
conivente de diversos setores do Sistema
de Justiça com a apropriação ilegal de
territórios tradicionais promovem
diretamente o aumento do desmatamento,
e impactam os modos de vida dos povos
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Agricultura tradicional
Agricultura de subsistência
As agriculturas de subsistência e de
autossubsistência se caracterizam pelo baixo
nível técnico em pequenas unidades de
produção. São exemplos de atividades
agrícolas com baixa intensidade. São pequenas
e médias propriedades ou posseiros
trabalhadores normalmente com a utilização de
mão de obra familiar. Normalmente ocorre em
áreas em que as terras são poucos valorizados,
que não interessam à agricultura comercial. A
agricultura de subsistência em geral está
vinculada aos mercados urbanos locais. O
agricultor e sua família cultivam algum produto
que será comercializado num mercado
próximo, mas o dinheiro que recebem é
suficiente apenas para garantir a subsistência
deles; por muitas vezes os indivíduos são
obrigados, em períodos do ano, a se
empregarem como trabalhadores volantes
(boia-fria), a fim de complementar a renda.
Não há excedente de capital que lhes
permita buscar uma melhoria nas técnicas
de cultivo e aumento de produtividade.
Agricultura de roça (ou itinerante)
A agricultura itinerante (ou de roça) é
uma técnica utilizada por muitos agricultores no
mundo, em regiões onde a agricultura é
descapitalizada. Os agricultores usam toda uma
gama de conhecimentos transmitidos
oralmente sobre a agricultura tradicional há
séculos. Temos no cultivo da mandioca e de
suas variedades, na África e na América a
origem deste sistema. Essa técnica é utilizada
em pequenas e médias propriedades ou
parcelas de grandes latifúndios e por posseiros
– normalmente com a utilização de mão de obra
familiar.
Ocorre mais em áreas em que as terras
são poucos valorizadas, que não interessam à
agricultura comercial. Essa produção se
caracteriza por ser uma produção de
subsistência. O agricultor e sua família
cultivam algum produto que será
comercializado num mercado próximo, mas o
dinheiro que recebem mal garante a sua
subsistência.
O baixo nível técnico e a ausência de
insumos agrícolas, bem como o próprio
desconhecimento do uso de técnicas somado à
falta de assistência técnica e de recursos,
contribuem para a manutenção deste método
de produção onde
não há a conservação do solo.
No sistema tradicional, chamado
“corte-queima”, o agricultor derruba uma
floresta virgem, queima a matéria orgânica e
planta nessa área (chamada “roça”), durante
um período de um a três anos. As cinzas
resultantes das queimadas fornecem nutrientes
e matéria orgânica, que aumentam o pH e o
solo se torna mais fértil do que antes da
queimada. Resumindo, as cinzas acabam por
gerar uma fertilidade maior que a fertilidade
natural do solo, entretanto esta fertilidade,
além de artificial é temporária.
Após alguns anos de cultivo, há uma
diminuição da fertilidade natural do solo,
geralmente exposto à erosão, principalmente
em áreas tropicais. As chuvas, pelo seu
escoamento superficial, acabam por “carregar”
as cinzas, levando a “fertilidade” embora, o que
vai causando uma gradativa diminuição do
rendimento da terra. Com a queda da
produtividade busca-se uma área próxima e há
novo desmatamento, seguido de mais uma
queimada, dando início a um novo ciclo.
Agricultura de jardinagem
O sistema de jardinagem surgiu em
condições muito específicas no Sul e Sudeste
asiático, caracteriza-se pelo uso intensivo de
mão de obra e uma abundante produção
agrícola de arroz nas planícies aluvionares.
O uso de máquinas é restrito, entretanto
não significa a ausência de técnicas, através da
seleção de sementes, da utilização de
fertilizantes, de técnicas tradicionais mais
eficientes de irrigação e de técnicas que evitam
o desgaste do solo, como o terraceamento.
Temos a fixação dos produtores na mesma
área, grande absorção de mão de obra,
acompanhada de uma elevada produtividade. A
produção tem por objetivo abastecer o grande
mercado interno, existente nesses países,
como é o caso chinês.A rizicultura desenvolvida
nesta área está bastante condicionada pelas
condições climáticas asiáticas, no caso, o clima
de monções. Qualquer variação na dinâmica
das monções afeta sua produtividade. Cabe
ressaltar que, na maior parte dos países, são
pequenas e médias propriedades, utilizando
trabalho familiar que executa a produção.
Voltando ao exemplo da China, alguns
especialistas temem que o processo de
abertura parcial da economia, vivido pelo país
a partir dos anos 70, possa gerar o avanço do
processo de modernização do campo e a
consequente liberação de mão de obra.

O sistema de plantation
O sistema de plantation é baseado na
monocultura em grandes unidades de
produção, normalmente latifúndios com a
produção voltada para exportação,
característicos de países periféricos com
economias agroexportadoras.
Hidroponia
A técnica de cultivar plantas sem solo, em que
as raízes recebem uma solução que contém
água e todos os nutrientes essenciais ao seu
desenvolvimento é chamada de hidroponia.
Dentre as vantagens da agricultura
hidropônica, podemos destacar:
1- As plantas não entram em contato com
possíveis pragas do solo, como
bactérias, fungos, lesmas, insetos e
vermes.
2- Elas são mais saudáveis, pois crescem
em ambientes controlados, procurando
atender às exigências da cultura;
3- Os produtos hidropônicos são vendidos
embalados, não entrando em contato
direto com mãos, caixas, caminhões,
etc.
4- As exposições as pragas e doenças é
quase inexistente, o que diminui ou
elimina a aplicação defensivos.
5- Depois de colhidos, os vegetais
hidropônicos duram mais, pois
permanecem com a raiz.
Agricultura Orgânica
É o sistema que não utiliza insumos
químicos como fertilizantes, inseticidas,
herbicidas, nem os geneticamente modificados.
Os insumos utilizados para controle de pragas
e adubação são realizados com matéria
orgânica e controle biológico – uso de
predadores naturais para controlar pragas.
Nesse cultivo, há uma preocupação com
a manutenção do equilíbrio ecológico e a
preservação dos recursos naturais, por meio da
preservação dos solos com um sistema
sustentável e, ainda uma preocupação social
com as práticas utilizadas , as relações de
trabalho e o bem estar dos trabalhadores.
Geralmente é praticada em pequenas
propriedades familiares, o que possibilita a
fixação da população na terra, evitando o êxodo
para as cidades. Além disso, são utilizadas
técnicas como a rotação e associação de
culturas, e, por isso, envolve somente
propriedades poli cultoras, preservando a faixa
de vegetação nativa.
Vale destacar que em muitos países em
que este sistema é aplicado, existe um órgão
fiscalizador e certificador para que os
consumidores tenham a certeza de que o
produto que estão consumindo é realmente
orgânico
AGRICULTURA MODERNA
EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS AGRÍCOLAS E
SUAS CONSEQUENCIAS AGRÁRIAS
O processo vivido pelo Brasil a partir dos
anos 50 representa o avanço das relações
capitalistas de produção e trabalho no campo,
a dita modernização da agricultura. Muitos
autores se referem a este processo como a
capitalização do campo, que foi contraditória e
excludente, uma verdadeira modernização
conservadora.
Por quê? Não seria contraditória
alguma coisa moderna e conservadora ao
mesmo tempo? Essa e exatamente a lógica do
processo: ser contraditório. Isso em diversos
aspectos, pois ao mesmo tempo em que
introduz novas tecnologias agrícolas, não só
mantém a concentração de terras como tende
a acentuá-la, através da expropriação dos
pequenos produtores, sejam proprietários,
parceiros ou posseiros, que dão lugar a uma
produção empresarial.
É contraditório também porque ao
mesmo tempo em que temos o avanço das
relações tipicamente capitalistas de trabalho,
com o assalariamento do trabalhador, as
relações não capitalistas permanecem, são
mantidas porque servem aos interesses de
empresas capitalistas, por exemplo, temos
trabalho familiar e mesmo a escravidão
por dívida, que ainda se mantém explorada
direta ou indiretamente por grandes empresas.
A primeira vista, a modernização que
por que passamos é uma questão técnica, como
uma necessidade da agricultura, que alguns
autores vão chamar de revolução verde. De que
agricultura estamos falando? Qualquer
processo de transformação pode ser ótimo para
uns e péssimo para outros. O processo vivido
pelo Brasil favoreceu através das leis (Estatuto
da Terra, Estatuto do Trabalhador Rural) e das
políticas de credito, os setores ligados a
produção voltada para a exportação(soja,
laranja, pecuária, etc.) em detrimento da
pequena produção voltada para o mercado
interno.
Precisamos manter em mente que a
agricultura brasileira sofreu um processo de
transformação tecnológica profunda, sem que
tenha ocorrido qualquer modificação na
estrutura agrária, conservando e agravando o
padrão injusto de distribuição de terras. Daí um
dos principais elementos do caráter
conservador da modernização agrícola. Em
suma, vivemos uma reforma agrícola que Os CAI são constituídos por um conjunto
acabou por acentuar a crise agrária. de empresas que estão envolvidas na produção
Esse processo estabeleceu novas agrícola e na sua transformação.
relações entre o meio rural e o meio urbano, Composta por três subssetores:
reforçando o grau de submissão do campo em Indústria para agricultura; atividade
relação a cidade. Onde os setores urbanos, agrícola e indústria da agricultura
que financiam o processo produtivo, (beneficiamento).
consomem e vendem os insumos, Impõem
aos setores rurais algumas condições. Apesar dos ganhos de produtividade
A tecnologia introduzida na agricultura permitidos, a Revolução Verde acabou gerando
causou o processo de industrialização da uma série de efeitos negativos, tanto
agricultura, articulando a produção agrícola a econômicos como sociais, até mesmo
lógica da produção industrial. A melhor noção ambientais. Dentre eles vamos destacar
que explica esse processo e o complexo alguns:
agroindustrial (CAI). O que ocorre e que a a) o aumento do custo de produção pela
agricultura propriamente dita, no contexto da necessidade da compra de tecnologias, levando
modernização, fica “espremida” pelos setores ao endividamento dos produtores e à possível
industriais, tanto a montante quanto a jusante expulsão dos pequenos proprietários
do processo produtivo. endividados;
O desenvolvimento das tecnologias e b) a erosão genética das espécies
modelos de produção rural ao longo da história agrícolas – com o surgimento das sementes de
esteve associado a grandes mudanças sociais, Variedades de Alto Rendimento (VAR), estas
políticas e econômicas em diferentes regiões do acabaram substituindo as chamadas sementes
mundo. Pode-se até mesmo dizer que enquanto crioulas. Com o avanço das VAR a diversidade
as técnicas de produção rural imitaram a de espécies agrícolas diminuiu drasticamente
produção de excedentes alimentares, o no mundo;
crescimento demográfico foi muito limitado em c) a dependência de fertilizantes
quase todas as sociedades e o poder político químicos derivados do petróleo;
das mesmas estava fortemente ligado à d) a contaminação dos solos e da água
disponibilidade de alimentos e matérias primas. com os agrotóxicos;
e) a falta de adaptação de muitas das
Com o tempo e com os avanços técnicos tecnologias à realidade
no meio rural, a finalidade da produção dos países tropicais, pois foram criadas
agropastoril foi se modificando. A produção de para climas mais frios e secos, e para solos
excedentes incentivou a atividade comercial, diferentes. Por isso muitas dessas tecnologias
fortaleceu as relações campo-cidade e mais não foram tão efetivas quanto se esperava e
tarde sustentou a industrialização de muitos ainda geraram o aumento de impactos
países. Um aparente paradoxo da história da ambientais;
agricultura mundial é que os aumentos de f ) a compactação do solo gerado pelo
produção de alimentos e matérias primas são uso de máquinas e o consequente aumento do
inversamente proporcionais ao número de processo erosivo ocasionando a perda do
trabalhadores rurais. horizonte agrícola do solo, o responsável pela
O processo histórico de cercamento de fertilidade do solo;
campos, ocorrido em países europeus no g) a produção voltada para o mercado
século XVIII e, mais tarde, a mecanização de externo em detrimento da produção de
cultivos, explicam tal relação. Outra subsistência;
constatação é que a medida em que avanços h) a esterilidade das sementes
técnicos foram sendo alcançados longo dos transgênicas, obrigando anualmente a compra
séculos XIX e XX , o meio rural foi se tornando de novas sementes por parte do agricultor;
cada vez mais dependente de insumos e das i) a dependência tecnológica;
determinações dos mercados consumidores j) a diminuição da absorção de mão de
urbanos e industriais. obra no setor rural.
A dependência dos produtores rurais Para ajudar nessa expansão das
(setor primário) em relação aos setores “sementes-milagre” vários organismos
secundário (indústrias de equipamentos/ internacionais como a Fundação Ford,
insumos agrícolas e indústrias de Fundação Rockfeller, ONU, empresas
beneficiamento de matérias primas/alimentos) multinacionais e os estados nacionais, passam
e terciário (serviços, comércio e financeiro/ a criar programas de financiamento, essa ação
bancário) levou à consolidação de complexos permitiu a difusão dessa revolução pelos
agroindustriais (CAI), esquematicamente países periféricos.
representado na figura 1.
Ou seja, a revolução verde pode gerar aumento
da produtividade agrícola mas gera aumento da
desigualdade, uma vez que exige capital para
investimento e mão de obra qualificada.
Possível consequência do uso
intensivo de Agrotóxicos:
Desenvolvimento de doenças, como: câncer,
doenças respiratórias, lesões renais, Parkinson.
Impactos ambientais: Contaminação de rios,
aquíferos, solo, ar. Morte da biodiversidade;
Dependência tecnológica; infertilidade do solo
Transgênicos
O desenvolvimento de tecnologia voltada à
melhoria de características de vegetais e
animais por meio da manipulação genética com
objetivo de aumentar a produção é chamada de
biotecnologia. Entre as técnicas utilizadas
temos os enxertos realizados em plantas, os
cruzamentos induzidos de diferentes animais
de criação, a associação de culturas e a seleção
de sementes. Essa evolução levou os cientistas
em 1990, a iniciarem a produção dos
organismos geneticamente
modificados(OGM’s) ou chamados de
transgênicos. Por meio dessas técnicas,
inúmeras vantagens foram alcançadas, como:
1- Ampliação das áreas de cultivo, já que
possibilita cultivar plantas fora do seu
habitat natural, como uvas, trigo e soja
em ambientes tropicais.
2- Aceleração dos processos de
crescimento das plantas e da engorda
dos animais
3- Cultivo de alimentos mais nutritivos
4- Produção de vegetais resistentes a
pragas ou herbicidas, o que levou a
redução do uso desses defensivos,
diminuindo impactos ambientais;
5- Ampliação da durabilidade dos
produtos, ou seja, aumento do intervalo
entre o amadurecimento e a
deterioração, entre outras inovações
que beneficiam produtores e
consumidores.
Contudo, o uso de transgênicos também traz
alguns problemas e criticas por parte de
especialistas, tendo como principais aspectos
negativos:
1- Falta de pesquisas conclusivas sobre o
efeito à saúde humana e ao meio
ambiente quando cultivadas em larga
escala
2- Redução da biodiversidade – erosão
genética
3- Elevação do custo das sementes
4- Dependência tecnológica dos
laboratórios e das empresas fabricantes
de sementes.
Técnicas/modelos sustentáveis de
produção:
1.Fixação biológica de nitrogênio
2.Irrigação por gotejamento:
A irrigação por gotejamento se caracteriza pela
aplicação da água e de produtos químicos numa
fração do volume de solo explorado pelas raízes
das plantas, de forma pontual ou em faixa
contínua (Soares et al. s.d.). O volume de solo
umedecido por um gotejador é denominado
bulbo molhado, cuja forma e dimensões
dependem da vazão do emissor, do volume de
água aplicado por irrigação, da textura e perfil
do solo
3.Sistemas de irrigação por microaspersão
A irrigação por microaspersão caracteriza-se
pela aplicação da água e de produtos químicos,
numa fração do volume de solo explorado pelas
raízes das plantas, de forma circular ou em
faixa contínua. Nesse sistema de irrigação, as
dimensões do bulbo molhado dependem, quase
que exclusivamente, do alcance e da
intensidade de aplicação ao longo do raio do
emissor e do volume de água aplicado por
irrigação.
Caso a irrigação não seja feita de forma
racionada pode gerar como consequencia
ambiental:
Salinização; Desertificação; aumento do custo
de produção; possível seca de rios; custos
maiores com energia e transporte da água do
estado bruto até o consumidor final.
Sistema Agrossilvipastoril
São sistemas de uso da terra e dos recursos
naturais (SAFs- sistemas agroflorestais) que
combinam a utilização de espécies florestais,
agrícolas, e, ou, criação de animais (corte, leite,
eqüinos, ovinos e caprinos), numa mesma
área, de maneira simultânea e, ou, escalonada
no tempo.
Alternativas ao uso dos agrotóxicos:
1- Controle biológico de pragas
2- Biopesticidas
3- Rotação de culturaS