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O
B Dar uma definição de agricultura.
Identificar os factores que condicionam a prática da agricultura.
J Factores Naturais
Factores humanos
Caracterizar a Agricultura tradicional
E Caracterizar a Agricultura Moderna
Caracterizar os diferentes tipos de agricultura
O início da evolução histórica da agricultura é certamente a “arte de domesticar plantas e animais”. O estudo
das origens da domesticação tanto de plantas como de animais tem de considerar, desde o início, as
primeiras economias produtoras de alimentos vegetais e animais do Velho Mundo.
Os grupos humanos enraízam-se e introduzem na paisagem um elemento novo, os seus estabelecimentos: as
povoações, as culturas e outras formas de utilização do solo que lhes asseguram a subsistência.
Admite-se hoje, que o centro mais antigo de domesticação de plantas e animais é o Próximo Oriente e que
esta domesticação foi uma invenção única que ocorreu na área, que é ocupada por Israel, Jordânia, Síria,
Turquia, Irão e Iraque.
Do próximo Oriente teria irradiado a agricultura com o arado para a Europa; para Leste até à Índia China e
Sudeste asiático.
TIPO CARACTERÍSTICAS
É a forma mais primitiva de praticar agricultura, baseia-se na queima de floresta
para o arroteamento de terras e utilização das cinzas como fertilizante. O
Itinerante sobre esgotamento dos solos obriga ao deslocamento das populações, pratica-se a poli
queimada cultura com instrumentos rudimentares sendo a organização das terras
comunitária. Existe em regiões de fraca densidade populacional e grande
disponibilidade de território.
Desenvolve-se em regiões com maior densidade populacional nos planaltos de
Sedentária de sequeiro Africa é mais intensiva e minuciosa que a anterior, recorre à rotação de culturas e
ao pousio, a fertilização dos solos é feita com estrume do gado.
Pratica-se no Norte de Africa nas regiões de Oásis, há uma grande intensidade de
De oásis ocupação do solo, num sistema de poli cultura e com grande divisão da
propriedade.
Desenvolve-se no Sudeste asiático e está de acordo com as condições climáticas
desta região (quente e húmida). Utiliza grande quantidade de mão-de-obra, pois
Da Ásia das monções existe muita população, asa tarefas são simples mas minuciosas e intensivas, o
arroz é produzido em sistema de monocultura.
Existe nas regiões tropicais e tem características de agricultura moderna. A
produção destinada ao mercado internacional utiliza processos modernos para
De plantação produção de matérias-primas de interesse industrial (café, borracha, cacau) é
explorada por grandes empresas multinacionais.
Praticada em extensas propriedades de forma muito regular, elevada mecanização
Tipo Norte-Americano em sistema de monocultura com uma especialização regional muito acentuada.
CONCEITOS BÁSICOS:
ESPAÇO RURAL – Engloba tudo o que é visível no campo e que está ligado à actividade agrícola ( parcelas cultivadas,
unidades pecuárias, habitações, áreas florestais, unidades industriais, o comércio e os serviços)
ESPAÇO AGRÁRIO – Limita-se aos espaços destinados às actividades agrícolas, como as parcelas cultivadas, os
campos com gado, o espaço inculto, e as construções relacionadas com a actividade.
MORFOLOGIA AGRÁRIA
Tamanho das parcelas – Minifúndio – pequenas e Latifúndio – grandes
Forma das parcelas – Regulares ou irregulares
Delimitação – Campos abertos (Openfield) ou campos fechados (Bocage).
POVOAMENTO
Concentrado – Aldeias grandes mas muito distanciadas umas das outras (tipo Alentejo)
Agrupado ou disperso – Quando as habitações se encontram espalhadas um pouco
por todo o espaço dando origem a uma certa continuidade do povoamento.
SISTEMA DE CULTURAS
Associação de culturas – Monocultura (uma única cultura com o objectivo de
maximizar a produção ao mínimo de custo) ou Poli cultura (várias culturas em
simultâneo mais usuais na agricultura de subsistência)
Intensidade de utilização do solo – Sistema intensivo (a terra é cultivada
continuamente recorrendo-se à rega e adubação. Sistema Extensivo – recorrem ao
pousio com rotação de culturas não utilizando a totalidade do solo
CONCENTRADO
DISPERSO
A actividade agrícola em Portugal conheceu desde os seus primórdios, um quadro de condicionalismos que criou várias
dificuldades que perduram até aos nossos dias.
CONDICIONALISMOS FÍSICOS:
Portugal possui um quadro natural que não é o
mais favorável à prática da agricultura. O RELEVO
CONDICIONALISMOS
FÍSICOS
CONDICIONALISMOS
HUMANOS
Portugal manteve até bastante tarde uma forte tradição rural com grande importância das actividades
agrícolas no contexto da economia.
Esta tendência só se inverteu na última década com a retracção da superfície agrícola relativamente às outras
classes consideradas.
Esta evolução foi acompanhada de uma diminuição do Produto Agrícola Bruto (PAB) no contexto do PIB não
significando porém uma diminuição do nível de produção agrícola.
Para esta evolução muito contribuiu as alterações ocorridas após a adesão de Portugal à CEE hoje União
Europeia, devido à aplicação de fundos comunitários que transformaram este sector:
A população activa passou de cerca de 1,5 milhões para 600 000 em 2001.
A média de superfície por exploração aumentou de 6,69 hectares para 9,29 mostrando uma
tendência para o emparcelamento.
Existe uma tendência geral para a diminuição das culturas praticadas. Resulta das alterações
introduzidas pela PAC preconizando incentivos à não produção de acordo com a aptidão dos solos.
EXPLORAÇÕES.
DA
A evolução recente da produção agrícola em Portugal resultou da adesão de nosso país à União Europeia
e da integração da nossa agricultura na PAC, foram os mecanismos desta, os fundos enviados e a sua
aplicação, que alteraram o panorama do sector agrícola.
C Os cereais com maior importância em Portugal são o trigo, o milho, o centeio e de certo modo o arroz.
E
R
Este grupo de culturas tem vindo a perder importância no contexto da produção vegetal do país.
E O trigo aparece em todo o país com destaque para o Alentejo.
A O milho nas regiões mais húmidas do litoral.
I O centeio domina em Trás-os-Montes.
S
O arroz na Beira litoral e no Ribatejo.
V É a cultura que domina na maioria das explorações.
I
N Tem vindo a diminuir a área cultivada sobretudo após a adesão à UE.
H Adapta-se a uma grande variedade de climas.
A Os vinhos de qualidade têm vindo a ganhar cada vez mais importância.
A
Z
E
A Oliveira exige clima quente e seco por isso encontra-se no Alentejo Trás-os-Montes e beira interior.
I
T
Esta cultura tem vindo a perder importância devido ao envelhecimento dos olivais, à falta de mão-de-obra
E e equipamento especializados.
B
A Tem uma área de cultivo bastante significativa pois adapta-se a quase todos os tipos de solo.
T
A Existe um maior cultivo em Trás-os-Montes, Beira Litoral e Ribatejo e Oeste.
T
A Faz parte da alimentação diária de 90% da população portuguesa.
H
O
R
T
A superfície cultivada tem vindo a aumentar motivada pelos apoios que vêm da União Europeia.
O
F Os hortícolas dominam no Ribatejo e Oeste e Beira Litoral, as frutas estão distribuídas de forma
R
especializada pelas regiões de acordo com as condições climáticas.
U
T
I
CARACTERÍSTICAS DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS
Estende-se de Entre Douro e Minho até à As culturas são feitas de forma intensiva
Beira Litoral. sem recurso a pousio praticando a poli
Predomina a pequena propriedade cultura. As produções mais importantes
(minifúndio). As propriedades são são: o milho, o feijão e as hortaliças, a
transmitidas de pais para filhos o que leva vinha aparece associada com outras
Atlântico
a uma fragmentação da propriedade. culturas. A paisagem agrícola é o campo-
prado onde se associa a criação de gado e a
agricultura. A utilização intensiva da terra
NORTE leva à existência de um povoamento
disperso.
Estende-se de Trás-os-Montes até à parte Junto à aldeia cultivam-se os produtos
interior da Beira Alta. hortícolas que precisam de rega, mais
A dimensão das explorações embora seja afastados ficam os cereais (centeio e
Interior
superior à região anterior, também trigo). O sistema de cultura é o
predomina a pequena propriedade. afolhamento bienal com pousio (esta
parcela é usada para alimentar o gado).
O número de explorações agrícolas é Predomina a agricultura extensiva baseada
inferior ao Norte Litoral mas domina a no cultivo do trigo e na prática do pousio. A
grande propriedade – Latifúndio. produção de cereais é quase toda feita em
sistema de sequeiro, é possível vermos
associações deste cereal com cevada e
Alentejo
aveia. É possível ver campos arborizados
(azinheira, sobreiro, oliveira) a que se
chama Montado. O povoamento é
SUL concentrado com um número pequeno de
proprietários agrícolas.
Apresenta dois tipos distintos: a serra e o Na serra predomina o cultivo do trigo
litoral. Enquanto na serra predominam associado a outras árvores características
explorações de grande dimensão de terras do clima mediterrâneo (figueira,
Algarve
pouco férteis, no litoral com mais alfarrobeira). No Litoral surge a poli cultura
população predomina a pequena irrigada com domínio das hortícolas e das
exploração. frutas e da floricultura em estufas.
REGIÕES Propriedade e Exploração da Terra Sistemas de Cultura e principais produções
Se em 1960 ainda havia muitos efectivos a trabalhar na agricultura, o que testemunhava o real atraso tecnológico
deste sector, a partir desta data o decréscimo começou a verificar-se de forma acentuada, devido:
Aos progressos tecnológicos, sobretudo ao nível da mecanização dos campos;
Ao êxodo rural motivado pela procura de trabalho noutros sectores de actividade, primeiro na indústria e depois nos serviços
e no comércio;
Ao envelhecimento da população agrícola;
À fraca capacidade atractiva deste sector, sobretudo da população jovem;
À redução do número de explorações devido à diminuição da população agrícola;
Quando alguém exerce mais do que uma actividade como é o caso de alguns agricultores que
trabalham na indústria ou de pescadores que também são agricultores diz-se que existe
Pluriactividade
Actualmente a pluriactividade permanece no sector agrícola, (apenas 16% se dedica em
exclusivo à actividade agrícola) constituindo um entrave à renovação e modernização do
sector.
No entanto este é um factor que pode contribuir para a fixação da população nas áreas
rurais, poderá constituir uma base económica alternativa invertendo a actual tendência de
abandono das áreas rurais.
Além da pluriactividade outros factores precisam de ser modificados com vista à revitalização do
espaço rural.
A forma de exploração agrícola:
Conta Própria - que domina no nosso país, onde o produtor é também proprietário da exploração.
Arrendamento – as terras são exploradas por produtores mediante o pagamento de uma renda.
A promoção de acções de emparcelamento – Junção de várias parcelas de diferentes proprietários
numa só, passando esta a ser explorada por um único produtor.
Desta forma podemos aumentar a dimensão média das propriedades dando-lhe maior rentabilidade
económica, permitindo a sua mecanização e diminuindo os incultos. No caso dos Latifúndios a divisão
da propriedade irá aumentar a área produtiva e minorar a terra abandonada.
A AGRICULTURA PORTUGUESA E A DEPENDÊNCIA EXTERNA
Florestação;
Promoção do emparcelamento;
Aumento de quotas em alguns produtos agro-pecuários como por exemplo, trigo duro, o tomate, a vinha e o
leite, que são produtos tradicionais na nossa agricultura.
A utilização de plantas transgénicas dá origem a maiores rendimentos, levando por isso à descida dos preços
no mercado mundial.
O aumento da produção devido à concorrência do mercado mundial levou a uma perda de qualidade dos
produtos e o aumento do perigo de poluição dos solos e das águas, provocado pelo abuso dos produtos químicos.
O abandono de terras aráveis, que foi incentivado por directivas da Comunidade é um dos efeitos negativos que
se faz sentir na agricultura portuguesa e foi um dos factores que concorreu para a desertificação do interior do país.
Após a reforma da PAC em 1992 verificou-se uma acentuada crise no sector agrícola português, verificamos que no
período pós 1992 até à actualidade houve uma inversão do crescimento que o sector tinha conhecido entre 1986 e
1992.
A actual PAC não deve servir como desculpa para justificar a crise no sector mas sim ser aproveitada para
aumentar a nossa produtividade e o rendimento dos agricultores, através de medidas como:
A posta em sectores tradicionais como a vinha e a oliveira, valorizando a qualidade relativamente à quantidade e
criando regiões demarcadas.
Apoiar as produções que melhor se adaptam ao nosso clima e das quais podemos retirar vantagens
comparativas, como o sector da horto-fruticultura.
Aproveitar os apoios da PAC para culturas que não sejam excedentárias como a beterraba, a soja, o tomate ou o
tabaco dando-lhe o posterior tratamento industrial.
A Agenda 2000 implica profundas alterações na PAC:
Massificação Qualidade