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História do Brasil

HISTÓRIA DO BRASIL

Independência da América
Espanhola
Publicado por Maria Clara Cavalcanti
Última atualização: 29/8/2018

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Índice
1) Introdução

2) Contexto Histórico

3) A Independência

4) Primeiros anos da América Espanhola liberta

5) Exercícios

Vídeo-aula

1 de 1

Introdução
Após quase quatro séculos de colonização espanhola
na América, vários fatores externos e internos
levaram à Independência da América Espanhola.

O processo da independência ocorreu ao longo do


século XIX e deu origem a jovens países
republicanos.

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Contexto Histórico
Desde o Século XVI, várias regiões do continente
americano foram colonizadas pelos espanhóis. Essa
colonização não foi um processo pacífico. Povos
como os maias, astecas e incas foram dominados
violentamente nesse processo.

A estrutura social da América Espanhola colonial


estava dividida em chapetones (espanhóis) no topo;
criollos (filhos de espanhóis que nasceram na América
e não detinham os mesmos privilégios que os
chapetones) no centro; e índios, mestiços e
afrodescendentes na base da pirâmide.

A Independência da América Espanhola foi motivada


pela insatisfação colonial com a metrópole, a
desestabilização política pós-Período Napoleônico,
pelas ideias iluministas, entre outras razões. Os
criollos foram os principais agitadores das lutas por
emancipação.

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Causas externas

Em 1813, no começo do século XIX, ocorre a


Independência dos Estados Unidos, a primeira
emancipação ocorrida no continente americano.

As treze colônias, antes pertencentes a Inglaterra e


agora libertas, contagiaram e influenciaram o processo
de Independência da América Espanhola.

Nesse período, a Europa vivia o Período Napoleônico,


onde vários territórios do continente estavam sob o
domínio de Napoleão Bonaparte.

Em meio a crise do trono vivenciada na Espanha,


Napoleão acaba por destituir o governante espanhol
Fernando VII e destina o trono para seu irmão, José
Bonaparte. A legitimidade do irmão de Napoleão
como governante foi questionada tanto pelos
espanhóis, quanto pelos colonos, gerando forte clima
de insatisfação.

Outra influência importante foi o Iluminismo e


suas ideias liberais, contrárias ao Antigo Regime e,
sendo assim, contrárias à dominação absoluta do Rei.

No século XIX, já existiam universidades na América


Espanhola, o que possibilitou o acesso dos criollos
aos ideais iluministas, utilizadas para desestabilizar os
argumentos em torno do pacto colonial. A Revolução
Francesa veio fortalecer esses ideais.

O apoio financeiro da Inglaterra também foi


fundamental para Independência da América
Espanhola.

A potência britânica tinha profundos interesses


comerciais e financeiros que ficavam impedidos de
serem concretizados com o pacto colonial. Por isso,
apoiam as lutas de emancipação na colônia. Outro
apoio importante foi o do Haiti, que já havia se
emancipado e forneceu força militar.

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ou Fies

Causas internas

A relação da colônia com a metrópole começou a ficar


extremamente tensa a partir do século XVIII,
principalmente por conta de algumas medidas
adotadas pela Espanha na busca por enriquecer
apenas a metrópole.

Durante os governos de Carlos III e Carlos VI, a


Espanha aumentou o monopólio dos produtos
comerciais nas colônias. Além disso, em busca de
acúmulo de capital, também centralizou a
administração dos impostos e aumentou o rigor da
cobrança.

É nesse momento também que a Espanha acaba com


o sistema de porto único, inaugurando outros 20
portos na América, que comercializavam produtos
entre a metrópole e a colônia, aumentando também a
quantidade de impostos cobrados.

Essa política desagradou aos criollos (que queriam o


livre comércio, ou seja, comercializar com outros
países) e aos comerciantes espanhóis (que queriam a
exclusividade no sistema de porto único de Sevilha).

A estratificação social que colocava os criollos em


situação de desvantagem com os chapetones criou
muitos conflitos na América Espanhola.

Muitos dos criollos eram comerciantes e desejavam o


livre comércio para o aumento dos lucros. Mesmo o
que não estavam envolvidos com o comércio, lutaram
pela emancipação em busca de maior poder político.

A situação social de índios, escravos e mestiços, com


péssimas condições de trabalho e submetidos
àmiséria, também foi fator importante. Rebeliões
como a de Tupac Amaru (Peru, 1780) e o Movimento
Comunero (Nova Granada, 1781), ocorridas ainda no
século XVIII, ajudaram a desestabilizar a relação
metrópole-colônia.

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A Independência
Entre 1810 e 1833, aproveitando a fragilidade política
da Espanha, dá-se início as Guerras de
Independência da América Espanhola.

Os movimentos de emancipação são divididos pelos


historiadores em três momentos:

os Movimentos Precursores (1780-1810);


as Rebeliões Fracassadas (1810-1816);
as Rebeliões Vitoriosas (1817-1824).

Entre 1810 e 1816, quando Napoleão destrona o Rei


espanhol para dar o poder a seu irmão José
Bonaparte, os criollos da América Espanhola negam a
legitimidade do Rei francês e criam as Juntas
Governativas, que promovem maior autonomia e
independência no governo da colônia.

Esse movimento, que em princípio era de lealdade ao


Rei espanhol, acaba por ganhar contornos
emancipatórios. Entretanto, as rebeliões nesse
período não têm sucesso.

Em 1815, após a derrocada de Napoleão Bonaparte,


acontece o Congresso de Viena e o trono da Espanha
volta para o poder de Fernando VII.

Com isso, a autonomia das Juntas Governamentais


coloniais diminui e a Espanha passa a adotar medidas
que visavam restituir a autoridade colonial. Esse
movimento foi o estopim para as revoltas que se
seguiram na América.

Além disso, a Inglaterra - que antes estava ocupada na


guerra contra Napoleão - passa a apoiar a
Independência da América Espanhola.

Entre 1817 e 1824 acontecem as Rebeliões Vitoriosas.


Simon Bolívar e José de San Martins foram dois dos
maiores líderes criollos e organizaram exércitos que
proclamaram a independência de muitas países latino-
americanos.

Mapa da América Espanhola no final do Século XVII, antes das


lutas de emancipação

Primeiros anos da América Espanhola


liberta
Após a emancipação, os caudilhos, influenciadores
locais políticos e militares, acabam tomando conta do
poder na América Espanhola.

Bolívar ajudou na libertação da Venezuela, Colômbia,


Peru, Bolívia e Equador; e propunha a unificação e
integração político-econômica entre os novos países.
Por isso, em 1826, acontece o Congresso do Panamá.

Entretanto, os caudilhos foram contra esse projeto,


uma vez que buscavam garantir cada um a
manutenção da sua influência.

Já San Martins, que ajudou na independência de


Argentina, Chile e Peru, era um republicano. Diferente
do Brasil, que passou muitos anos pós-independência
como uma monarquia, a América Espanhola dividiu-se
em vários países republicanos.

Mas, porque a América Espanhola, diferente do Brasil


e dos Estados Unidos, não se tornou um país só, mas
vários?

questão geográfica: a presença dos Andes no


território dificulta a unidade como país;
influências externas: Estados Unidos e Inglaterra
temiam que a América Espanhola se tornasse uma
nação rica e unida, uma potência que poderia vir a
os ameaçar;
influências internas: os caudilhos queriam manter
seu poderio local, o que não aconteceria no caso
de uma unificação;
histórica fragmentação: desde os princípios da
colonização, a Espanha já havia dividido o território
em vice-reinos e capitanias, o que tornou o território
já extremamente fragmentado, bem antes da
independência.

É importante pontuar que a Independência da América


Espanhola não significou a emancipação econômica
dos países, uma vez que continuaram extremamente
dependentes do comércio com os países europeus.
Além disso, internamente, as estruturas sociais e as
oligarquias permaneceram inalteradas.

Mais opções

Exercícios

EXERCÍCIO 1

(UNESP/2013)

Leia:

É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o


Novo Mundo uma única nação com um único vínculo
que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem
uma só origem, uma só língua, mesmos costumes e
uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só
governo que confederasse os diferentes Estados que
haverão de se formar; mas tal não é possível, porque
climas remotos, situações diversas, interesses
opostos e caracteres dessemelhantes dividem a
América.

(Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. In:


Simón Bolívar: política, 1983)

O texto foi escrito durante as lutas de independência


na América Hispânica. Podemos dizer que:

A - ao contrário do que afirma na carta, Bolívar


não aceitou a diversidade americana e, em sua
ação política e militar, reagiu à iniciativa
autonomista do Brasil.

B - ao contrário do que afirma na carta, Bolívar


combateu as propostas de independência e
unidade da América e se empenhou na
manutenção de sua condição de colônia
espanhola.

C - conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a


unidade americana e se esforçou para que a
América Hispânica se associasse ao Brasil na luta
contra a hegemonia norte-americana no
continente.

D - conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a


diversidade geográfica e política do continente,
mas tentou submeter o Brasil à força militar
hispano-americana.

E - conforme afirma na carta, Bolívar declarou


diversas vezes seu sonho de unidade americana,
mas, em sua ação política e militar, reconheceu
que as diferenças internas eram insuperáveis.

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6 comentários Classificar por Principais

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Mariana Souza
Uma dúvida:
quais eram os principais interesses dos
antagonistas?
Curtir · Responder · Marcar como spam · 23 sem

Eloisa Zamin
Minha dúvida:
porque a água é transparente?
Curtir · Responder · Marcar como spam · 29 sem

Sarah Pelisson Alves


O corpo humano possui cinco sentidos
essenciais e que se complementam. Dentre
eles, a visão é um dos órgãos dos sentidos
mais importantes. Isso porque, é com a
visão que conseguimos ver e enxergar e,
assim, obter as percepções do mundo. O
ato de enxergar é possível graças aos olhos.
Curtir · Responder · Marcar como spam · 28 sem

Vinicius Gomes
Pra mim a água era verde m, q minha mãe
achou mais barato em baixo da ponte,
desde que vim morar a agúa vem com um
cheiro bom de chorume e um gostinho
amargo de queijo, devo me preocupar?
Curtir · Responder · Marcar como spam · 1 · 26
sem

Nicks Sad
Vinicius Gomes Não, tá de boas nem se
preocupa
Curtir · Responder · Marcar como spam · 16 sem

Nilton Ferreira
muito bom
Curtir · Responder · Marcar como spam · 34 sem

Weyne Antonio
Muito bom!
Curtir · Responder · Marcar como spam · 41 sem

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