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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PRESIDENTE CASTELO BRANCO

Disciplina: História Professora: Celoí Pereira Pagel


Turma: 9º

Independência da América Espanhola


O processo de independência da América Espanhola foi liderado pelos criollos, a elite local branca
nascida na Colônia. Esse grupo enriqueceu ao longo dos séculos XVII e XVIII, mas ainda não tinha acesso
aos principais cargos administrativos, que eram controlados pelos chapetones, espanhóis vindos diretamente
da metrópole. A Inglaterra também via com bons olhos as independências latino-americanas, pois assim
poderia aumentar seus mercados consumidores.
Ainda no século XVIII observamos os primeiros movimentos emancipacionistas, época em que se
destacou o líder peruano Tupac Amaru. Ele liderou uma revolta contra a coroa em 1780, mas acabou sendo
derrotado em um verdadeiro banho de sangue, com mais de 80 mil mortos. Foi somente no século XIX que a
ideia de independência encontrou um ambiente favorável gerado pelas guerras napoleônicas e invasão da
península ibérica em 1807. Com o enfraquecimento do poder central, as colônias puderam se organizar por
conta própria, transformando as antigas câmaras municipais (cabildos) em Juntas Governativas, ou juntas
provisórias de governo, que gradativamente foram assumindo o controle das terras e depondo as autoridades
leais a Espanha.
Eram os criollos assumindo os postos dos chapetones. A Venezuela, liderada por Francisco Miranda,
proclamou sua independência em 1811. No entanto, tropas da coroa conseguiram reestabelecer o controle da
região, prendendo e executando Miranda. Com a derrota de Napoleão e a restauração monárquica as portas
para a recolonização total da região estavam abertas, mas, mesmo assim, a Espanha já não era capaz de manter
seus domínios americanos. Entre os anos de 1817 e 1825 ocorreu a Guerra de Independência, quando os
colonos foram liderados por Simom Bolivar e José de San Martin. Bolivar comandou tropas que partiram
da Venezuela e atingiram a Colômbia e o Equador, já San Martin iniciou sua campanha em Buenos Aires e
depois partiu para o Chile e o Peru. Já em 1822 os rebeldes atingiram a vitória, quando os dois líderes se
encontraram em Guayaquil, no entanto, as últimas batalhas se estenderam por mais dois anos. A vitória dos
criollos recebeu o apoio direto da Inglaterra e dos EUA, já motivados pela Doutrina Monroe ( lema “ A
América para os americanos”).
Após as independências, a ideia de Bolivar era a formação de grandes nações na América Latina
que cooperassem entre si (bolivarismo). Com esse intuito foi organizado o Congresso do Panamá em 1826.
Tal projeto não obteve êxito, pois desta vez Inglaterra e EUA se opuseram, além de muitos grupos oligárquicos
apegados ao seu poder local também não serem simpáticos com a idéia de união. O próprio San Martin não
concordava com os princípios bolivaristas.
Por fim, podemos pontuar algumas características do processo de independência na América
Espanhola, que também o diferenciam dos movimentos ocorridos no Brasil:
• Participação popular
• Fragmentação territorial
• Caráter militar acentuado (Guerra de Independência)
• Regime republicano

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