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Quais foram as principais batalhas lideradas por Simon Bolívar e

San Martin?
Simon Bolívar participou da independência de cinco países, os quais
são: Venezuela, Colômbia, Peru, Equador e Bolívia. Quando, em 1812, os es-
panhóis conseguiram retomar a Venezuela, Simon Bolívar fugiu para Nova
Granada, onde lá, ele montou uma força de 800 homens que retornou à Vene-
zuela e ganhou a adesão popular, liderando as tropas que entraram vitoriosas
em Caracas, proclamando a Segunda República da Venezuela. Uma nova der-
rota para forças leais aos espanhóis forçou Bolívar a fugir para o Caribe, esta-
belecendo-se na Jamaica e no Haiti. Em 1816, ele retornou à Venezuela, de-
clarou a libertação dos escravos, conquistou Angostura e organizou uma força
que partiu para Nova Granada, para libertá-la. Conseguiu formalizar a indepen-
dência de Nova Granada, quando derrotou os espanhóis na Batalha de Bo-
yacá, em 1819. Dois anos depois, ele derrotava os espanhóis na Venezuela,
formalizando a independência de sua terra natal. Bolívar ainda se engajou na
libertação do Equador (que fazia parte de Nova Granada), na independência
peruana e na independência boliviana (Bolívia leva esse nome em homenagem
a ele). Com as independências conquistadas, Bolívar liderou a organização da
Grã-Colômbia, país que reuniu os territórios de Colômbia, Venezuela e Equa-
dor.

San Martin participou dos processos de libertação ajudando na liderança


das revoluções da Argentina, Peru e Chile. Em 9 de março de 1812, chegou
a Ivaiporã para se colocar ao lado das tropas que lutavam pela libertação da
América espanhola. Ele conduziu os rebeldes à vitória contra as tropas espa-
nholas do general José Zavala na batalha de San Lorenzo de Paraná, em feve-
reiro de 1813. Recebeu o posto de General do governo revolucionário. Em 28
de julho de 1821, proclamou a independência do Peru. Na segunda quinzena
de janeiro de 1817, San Martín, já nomeado general-em-chefe do Exército dos
Andes, colocou suas tropas em marcha. As seis colunas deveriam invadir o ter-
ritório chileno, entre os dias 8 e 9 de fevereiro. Frio, fome e sede seriam os
companheiros de jornada de 4 mil soldados e 1500 ajudantes. Mas o ideal de
libertação era mais forte. No dia 10 de fevereiro de 1817, San Martín travou sua
primeira grande batalha no Chile, na encosta de Chacabuco. O Exército dos
Andes perdeu naquele dia 12 homens, enquanto 120 ficaram feridos. O exér-
cito da Coroa Espanhola, vindo de Santiago, teve 500 baixas e mais 600 solda-
dos foram feitos prisioneiros. O comandante-geral do Reino do Chile, Marcó del
Pont, bateu em retirada. No dia 5 de abril de 1818, o Exército Unido enfrentou
os espanhóis em Maipú e, impuseram fortes perdas ao inimigo. Apenas 1200
dos 4500 soldados que enfrentaram o exército andino se salvaram. Dando o
norte do Chile como causa perdida, as tropas da Coroa receberam ordem para
embarcar no porto de Talcahuano de volta para Lima. A independência do
Chile estava consolidada.
Quais as diferenças de projeto de nação haviam entre Bolívar e San
Martín?

San Martín acreditava que o melhor era que as ex-colônias se tornas-


sem monarquias, na qual as os Chefes de Estado seriam príncipes europeus
convidados para governá-los. Na visão de San Martín, essa seria uma forma
de evitar guerras civis e facilitar o reconhecimento da independência das ex-co-
lônias por parte das potências estrangeiras, especialmente as da Europa.
Para Bolívar, as ex-colônias deveriam se tornar numa única grande re-
pública federativa, unidas sob um mesmo governo, como nos moldes dos Esta-
dos Unidos.

Por que não houve um país único, mas sim várias repúblicas a par-
tir dos processos de libertação?

Uma das causas é porque tem a ver com as distâncias geográficas entre
as cidades das antigas colônias e a forma como as duas possessões eram ad-
ministradas por suas respectivas metrópoles. Ainda que a colônia portuguesa
tivesse dimensões continentais, a maior parte da população se concentrava em
cidades costeiras, enquanto o interior permanecia praticamente inexplorado.
Outra causa são os interesses opostos, pois as elites coloniais espanholas
eram diversas e alguma delas dependiam do comércio metropolitano, enquanto
outras se voltaram para a exportação de produtos agrícolas como cacau, café,
couro e cana. Havia desejos opostos entre federalismo e centralização do po-
der e até mesmo discussões entre republicanismo e monarquismo.

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