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História – 2º ano

Tema: Da Revolução Francesa ao Congresso de


Viena
Subtema: A França de Napoleão Bonaparte
(1799-1815)
Prof. Raphael Rocha de Almeida
Governo do Consulado
 Em 1800, fundou o Banco da França, instituição
estatal.
 Criou um novo padrão monetário, o franco, e
estimulou a indústria e agricultura com
financiamentos.
 Posteriormente, reatou relações com a Igreja e em,
1802, elaborou uma nova Constituição que lhe dava
mais poderes. Enfim, Napoleão foi responsável por
reestabelecer a ordem e, para isso, centralizou
poderes.
 Em 1804, foi promulgado o Código Civil Napoleônico
que, inspirado no Direito Romano, assegurou:
Código Civil Napoleônico (1804)
 Igualdade de todos perante a lei.
 Direito à propriedade privada.
 Casamento civil.
 A Criação dos liceus, a base da reforma da

educação francesa que avançou do século XIX


em diante a fim de assegurar a expansão da
educação pública e gratuita, tanto no nível
básico como superior.
As Independências da
América Espanhola
HISTÓRIA - CMBH
Prof. Raphael Rocha
Junho de 2020.
Precursores nos movimentos de
independência
 1791-1804: Colônia
francesa de São
Domingos (Haiti):
negros se rebelam e
exigem o fim da
escravidão. As lutas
só terminaram em
1804, quando
Napoleão estava no
poder.
Colônias caribenhas
Perfil da Ilha de Saint Domingue
 Dos 800 mil habitantes, 85% eram escravos.
Cerca de 30 mil mestiços e negros livres, os
affranchis, tinha participação importante na
economia local, majoritariamente açucareira. A
elite era formada pelos grands blancs. Reinava
a desigualdade civil do Antigo Regime.
 Com a eclosão da Revolução, mestiços exigem
participação na Assembleia dos Estados-
Gerais. Os brancos se opõe. Homens de cor
livre, como Vincent Ogé, lideram insurreições
escravas contra os brancos.
Revolução “de cor” nas Américas
 Ao mesmo tempo que os girondinos enviam tropas
para Saint Domingue, espanhóis decidem retomar
toda a ilha. Em 1793, com os jacobinos no poder, a
escravidão é abolida. Negros assumem altas-patentes
e lutam contra espanhóis e contra os brancos
inconformados.
 Após a ascensão de Napoleão, a escravidão é
reestabelecida em 1802. Em 1804, o exército rebelde,
composto por negros e mestiços, triunfou e
proclamou a independência. Guerras internas
prosseguiram e brancos fugiram ou foram
massacrados, eventos de grande repercussão nas
América e, sobretudo, no Brasil.
América antes e após as independências
hispano-americanas
Reformas bourbônicas
 Em fins do século XVIII, a Coroa espanhola
adotou uma série de medidas para tornar mais
racional a administração de suas colônias,
tentando impedir, por exemplo, o contrabando
ou colocando na administração chapetones
alinhados à novas diretrizes.
 Essas reformas geraram um crescente clima de
insatisfação entre a elite criolla, excluída das
altas posições.
 Houve, também, aumento de impostos
coloniais.
Início dos movimentos de independência
 Em 1807, a Espanha rompeu o pacto de aliança que tinha
com a França. Napoleão reagiu da forma que ele mais
conhecia: invadiu o reino e destronou o monarca espanhol
Carlos IV, pondo em seu lugar, como novo rei da Espanha,
seu próprio irmão, José Bonaparte.
 Diante da ocupação francesa na Espanha, os criollos, com
a justificativa de que não aceitariam obedecer aos
franceses, formaram em suas colônias juntas governativas,
que na prática significava o seguinte: quem passaria a
governar as colônias seriam os criollos, supostamente fiéis
ao governo de resistência instalado em Cádis.
 Virtualmente, passou a existir liberdade econômica, o que
aproximou as “colônias” ainda mais da Inglaterra.
Quem eram os criollos?
 Eram os membros da elite branca que nasceu
na América. Eles sentiam-se como espanhóis
discriminados por seu nascimento.
 Esse sentimento de inferioridade alimentou

divergências com os chapetones, elite


nascida na Espanha, que ocupava cargos
administrativos na América.
Constituição liberal de Cádiz
 Cádiz foi uma região da Espanha que
ofereceu resistência ao governo francês da
fase napoleônica.
 1812: Proclamação de uma Constituição.

Mesmo antes dessa constituição, as elites


criollas organizaram governos leais a Cádiz.
Mas essas elites tomaram o controle das
instâncias de governo (câmaras municipais,
vice-reinados). Quando Fernando VII tentou
anular essa Constituição, novos conflitos
ocorreram por toda a América.
Movimentos de Independência
México
Em 1810, surgiu um movimento popular
liberado pelo padre Miguel Hidalgo que tentou
incluir na ideia de independência
reivindicações indígenas. Em 1821, logo após o
movimento liberal espanhol, adotou-se no
México a monarquia, derrubada em 1824.
Região do Prata
A Revolução de Maio, iniciada em 1810, depôs
o vice-rei.
Guerras pela independência(síntese)
 1810- 1825: guerras locais pela consolidação das
independências.
 Simón Bolívar, nascido na capitania-geral da
Venezuela, imaginou uma América Latina unida em
uma grande república, mas tratava-se, antes de
um ideal que de uma realidade.
 Participou no Congresso do Panamá em 1826.
 Os líderes criollos locais das guerras contra o
domínio espanhol tornaram-se chefes de unidades
políticas frágeis. E novas guerras se sucederam até
os anos finais da décadas de 1830.
Argentina, nação de caudilhos
 Há, no mínimo, três subdivisões internas
após o grito de independência: Buenos Aires,
Corrientes e Córdoba.
 Partido unitário: defendiam o governo

centralizado por Buenos Aires e o livre-


comércio com a Grã-Bretanha.
 Partido Federal: defendia a autonomia das

províncias.
Motivos da fragmentação
 O sonho de Bolívar, liderança
nas lutas de independência,
fracassou. Por que?
 As antigas unidades
administrativas eram muito
diferentes entre si: prevalecia os
interesses locais. As identidades
criollas eram locais.
 Não havia unidade política e
econômica.
 Os sistemas de comunicação
eram precários.
América espanhola (sec. XVIII-XIX)
Caudilhismo na América Latina
 Caudilho: líder político com interesses
regionais e, geralmente, com forte apelo
popular. Normalmente, era um grande
proprietário de terras.
 Caudilhismo: fenômeno político caracterizado

pelo domínio ou controle político provisório


de um chefe político na luta pela
consolidação do Estado Nacional nos
territórios independentes da América
espanhola.
Ver capítulo 10, sobretudo as páginas 182-183

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