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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA

SELEÇÃO MESTRADO 2024

Semear Floresta e Semear Resistência: Araucaria angustifolia e seu manejo e


conservação pelos povos Jê do Sul do Brasil

Maria Octavia Nóbrega Costa


Semear Floresta e Semear Resistência: Araucaria angustifolia e seu manejo e
conservação pelos povos Jê do Sul do Brasil

Introdução

Este projeto procura pesquisar os significados culturais da Araucaria angustifolia para


os indígenas Jê do sul, das etnias Kaingang e Laklanõ-Xokleng, que habitam os estados
de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Com ele, busca-se também investigar
iniciativas de preservação e ações atuais de reflorestamento desta espécie nos territórios
tradicionalmente ocupados por estes povos e compreender as dimensões
socioecológicas dessas iniciativas, a saber como estes esforços se entrelaçam com as
visões cosmológicas e identidades.

Foi realizada uma prévia revisão bibliográfica em pesquisa anterior sobre o manejo pré-
colonial da floresta de Mata Atlântica, utilizando principalmente bibliografia
arqueológica e ecológica, reconhecendo o legado para a sociobiodiversidade atual
destas paisagens. A A. angustifolia se mostra presente junto a ocupação humana do sul
do Brasil há alguns milhares de anos, inclusive, com o primeiro registro documentado
por Pontes et al. (2023) de pintura rupestre de árvores desta espécie na região de Piraí
do Sul (PR), reafirmando o que vem sendo demonstrado em pesquisas, que sua ligação
com povos indígenas desde o passado é significativa.

Incentivado por diversas evidências, este projeto se propõe a etnografar o manejo de


paisagens atuais realizado pelos povos destas etnias em suas aldeias, bem como
identificar quais são os esforços de preservação desta árvore tão simbólica para estas
populações, para além das representações ufanistas e de dominação colonial já
conhecidas e disseminadas em contextos não-indígenas.

A Araucaria angustifolia é uma gimnosperma conhecida popularmente como pinheiro-


do-paraná, zág (Xokleng), fág (Kaingang), curi (Guarani), pinheiro-brasileiro, dentre
outras denominações, sendo nativa da Floresta Ombrófila Mista (FOM) no domínio da
Mata Atlântica do Planalto Meridional, encontrada em uma abrangência do estado do
Rio Grande do Sul até alguns registros no estado de São Paulo, no sul de Minas Gerais e
também do Rio de Janeiro. De acordo com a União Internacional para Conservação da
Natureza (IUCN, 2013), a A. angustifolia entrou para a lista de espécies criticamente
ameaçadas de extinção no ano de 2011, podendo desaparecer totalmente até o ano de
2070, e também figura na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de
Extinção do IBAMA desde 2008. De ciclo de vida lento, atinge sua vida adulta somente
após 15 ou 20 anos. Após este período passa a produzir sementes (pinhões) em pinhas,
que não são envoltas por frutos nem desenvolvem flores. Essas características
condicionam sua polinização à disponibilidade de vento e sua dispersão fica limitada a
espécies específicas, como a gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) que, não por acaso,

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também está sob risco de extinção, e os seres humanos, que se alimentam do pinhão,
embora também faça parte da alimentação de outras aves e mamíferos.

A contextualização histórica da região do Planalto Meridional demonstra que esta


possui ocupação humana pelo menos desde o início do Holoceno. Segundo Copé
(2015), sua história pode ser dividida em períodos de ocupações indígenas de grupos
caçadores-coletores a partir do início do Holoceno até o início do período colonial; por
grupos indígenas Kaingang, Laklãnõ-Xokleng e Guarani registrados histórica e
etnograficamente; e pelos habitantes contemporâneos indígenas e não-indígenas da
região.

Conforme Branco et al. (2023), esse território não era inicialmente formado pelas
imensas florestas com araucárias, que os colonizadores europeus encontraram no século
XVIII e XIX. No decorrer dos milênios, principalmente a partir de 1500 AP, foi que a
região passou por uma transformação ambiental: o clima seco se tornou úmido e os
campos, aos poucos, foram sendo povoados por florestas com araucárias. Os ancestrais
dos atuais Jê meridional são conhecidos como Proto-Jê, produziram paisagens com as
araucárias e outras espécies vegetais, animais, fungos, nascentes, rios, cachoeiras,
rochas, montanhas e espíritos. Os campos, gerações após gerações, cederam espaço às
florestas, que os colonizadores passaram a conhecê-la e a explorá-la. Neves (2020)
também sustenta o argumento que, tal qual o caso da castanha-do-pará para a
Amazônia, a expansão da araucária no Planalto Meridional parece ter sido fortemente
ligada à ocupação indígena no passado, demonstrando como esses processos ecológicos
e sociais não podem ser desembaraçados um do outro.

De maneira breve, menciono os povos que pretendo pesquisar colaborativamente neste


estudo, os Laklãnõ-Xokleng e Kaingang, povos da família linguística Jê. Antes da
colonização, estes povos percorriam diversos territórios conforme os ciclos estacionais,
porém, com o avanço dos invasores europeus, passaram a ter a mobilidade cada vez
mais restrita, e passaram a sofrer sucessiva espoliação territorial. Para os Laklãnõ-
Xokleng, Dos Santos (1997) aponta que durante séculos dominaram as florestas que
cobriam as encostas das montanhas, os vales litorâneos e as bordas do planalto sul,
nômades, viviam de caça e coleta na mata atlântica e nos bosques de pinheiros, tendo o
pinhão como um dos principais recursos alimentares. Urban (1978) registrou a
importância de rotas e trilhas para obtenção da semente. Nos seus usos tradicionais,
Criri (2015) identifica o Zág do, prática onde o pinhão é colocado sem casca em um
balaio forrado com folha de caeté, após pronto o balaio é colocado em uma lagoa onde
fica por meses e depois retirado para fazer pratos típicos, entre outras formas de
utilização que esta pesquisa busca conhecer melhor. Todavia, após a chamada
“pacificação” em 1914 e a construção da Barragem Norte nos anos 1970, os recursos
florestais foram sendo cada vez mais explorados pelos moradores da região, causando
uma diminuição considerável da população de araucárias (Dos Santos, 1993).

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Os Kaingang, por sua vez também têm sido estudados por vários pesquisadoras/es por
um longo período. Entre os primeiros, Baldus (1937) identificou ser o oeste do planalto
dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul o seu habitat
tradicional. Ele também documentou a organização social das duas "metades"
exogâmicas Kamé e Kairu complementares, onde membros de uma só podem casar com
membros da outra. Baldus identificou também que, dentre as plantas consumidas,
encontrava-se o pinhão da araucária, que figurava em diversos momentos nas práticas
rituais do povo. Crépeau (1997), outro estudioso dos Kaingang, pesquisou o Kiki Koj, o
“culto aos mortos”, no qual cada metade trata os mortos da outra, a fim de lhes liberar e
permitir deixar o cemitério onde eles estavam confinados desde a morte. Tendo
observado durante a realização do ritual, que mulheres, uma de cada metade, são
encarregadas de desenhar com o carvão de uma árvore, o pinheiro da araucária no rosto
da criança pertencente à metade Kamé. Há também narrativas orais sobre a relação da
árvore com a gralha-azul, como a descrita por Salvador e Fonseca (2022).

Estes e outros aspectos cosmológicos das etnias serão aprofundados durante a pesquisa,
visando compreender a relação que estas construíram com a planta, realizando atenta
revisão dos trabalhos realizados sobre esses povos. Buscando um entendimento mais
amplo sobre a preservação desta espécie ameaçada, partindo de uma abordagem com
base em informações coletadas em campo, em algumas aldeias selecionadas, assim
como no ambiente acadêmico da UFSC, no curso de Licenciatura Intercultural Indígena
do Sul da Mata Atlântica (LII), que tem no corpo discente estudantes Kaingang,
Laklãnõ-Xokleng e Guarani. E, se possível, em cooperação com o projeto Ação Saberes
Indígenas na Escola (ASIE) da UFSC e estudantes Kaingang e caso haja, Laklãnõ-
Xokleng de cursos da UFPR. Através de observação participante, entrevistas e uma
revisão sistemática da bibliografia, se intentará documentar como os esforços de
reflorestamento se alinham com as visões de mundo, identidades e práticas sustentáveis
nestes contextos indígenas.

Justificativa e caracterização do problema de pesquisa

Em tempos de mudanças climáticas drásticas e de intensas discussões acerca da atuação


humana sobre o ambiente e seus recursos, seja na contribuição para o aceleramento
deste processo ou sua mitigação, este trabalho busca ir ao encontro daquilo que
lideranças indígenas, como Ailton Krenak (2019), invocam como “ideias para adiar o
fim do mundo”, e divulgar as contribuições de povos originários para frear a catástrofe
ambiental. Oliveira (2015), em seu trabalho com os Wapichana, observou que na
medida que indígenas têm seus estilos de vida essencialmente baseados no manejo de
recursos naturais, suas práticas tradicionais de manejo ambiental fazem deles
observadores meticulosos dos ciclos anuais, por conseguinte das mudanças ambientais e
climáticas.

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No que diz respeito aos esforços de proteção da araucária, há, por exemplo, a legislação
estadual catarinense que está em vigor desde 2010, a Lei nº 15.167 que entre outras
tipificações, calcula para cada árvore explorada, deve haver 50 m² de área de plantio
florestal de A. angustifolia. Pesquisas como a de Montagna et al. (2019) mostram que
86% dos fragmentos florestais com a presença de araucária em SC são atualmente
menores que 50 hectares. Portanto, é crucial conservar grandes fragmentos florestais
para manter as populações da espécie, corroborando para a necessidade urgente de
iniciativas que promovam o reflorestamento.

O estudo de Lauterjung (2017) demonstra que o paradigma atual no campo da ecologia,


em certa medida, ainda é afastar o ser humano dos usos da araucária, embora tenha
exemplificado que a forte dependência do uso da espécie, principalmente para a
alimentação de maneira direta (pinhão) ou indireta (atrair fauna), promoveu a sua
expansão. Ele apresentou as práticas realizadas pelos grupos humanos no passado,
sobretudo os Jê do Sul, que permitiram a construção de uma paisagem cultural e,
possivelmente, domesticada, que de maneira consciente ou inconsciente, resultou no
plantio de araucárias e um aumento na sua população, com os usos de alimentação,
atraindo fauna e demarcando territórios. Neste sentido, identificou que o uso de uma
espécie pode ser extremamente benéfica para ambas as partes e ser uma estratégia
complementar para a sua conservação. Montagna et al. (2012, apud Reitz & Klein,
1966) relatam que a madeira de araucária chegou a representar 90% do total exportada
pelo Brasil e originalmente, a área de ocorrência era de 200 mil km², estima-se que
restam apenas 2% de remanescentes devido à exploração.

Para pensar a formação da paisagem da Floresta Ombrófila Mista (FOM), onde se


encontram as araucárias, uma das formulações consideradas nesta pesquisa será a de
Ingold (1993), que caracteriza a paisagem como algo constituído feito um registro e
testemunho duradouro das vidas e obras de gerações passadas que nela habitaram e, ao
fazê-lo, deixam algo de si mesmas; onde a paisagem conta e a paisagem é uma história,
corroborando com estudos que vêm apontando que sua formação, ao menos em parte, é
fruto de manejo de povos que ali viveram e vivem.

Compreendendo a interdisciplinaridade da temática, para a realização desta pesquisa,


pretendo estabelecer um diálogo entre a antropologia das paisagens (Silveira, Cardoso e
Godoi, 2022) e a ecologia histórica (Balée, 2006; Crumley, 2007). Segundo Crumley
(2007), a ecologia histórica permite traçar as relações complexas entre a nossa espécie e
o planeta em que vivemos, a longo prazo. Acompanhando a autora, adotarei também as
compreensões sobre as paisagens florestais de Balée (2006), que a define em um sentido
operacional, com raízes em noções passadas que designaram relações históricas dadas
entre certos grupos de pessoas e ambientes definitivos, frequentemente com um conceito
de tempo profundo e de longa duração. Balée (2008) afirma que essas paisagens
representam heranças culturais e bióticas para os povos indígenas que vivem nelas,
assim como um legado arqueológico de valor histórico para a humanidade
contemporânea e descendentes.

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Outros autores, como Dos Reis et al. (2014), consideram aquelas que são formadas
pelas espécies de A. angustifolia e A. Araucana como paisagens culturais, nas quais a
presença dessas árvores reflete padrões de uso que não servem apenas a propósitos
práticos, mas desempenham um papel fundamental na formação da identidade de
comunidades indígenas que as utilizam. Além disso, nos últimos anos tem havido uma
revalorização cultural e ressignificação da araucária e dos pinhões como símbolos de um
modo de vida que valoriza as tradições e o meio ambiente no sul do país, especialmente
entre os povos indígenas do Sul, que a tomam como símbolo de identidade e
pertencimento étnico (Branco, 2021).

Neste sentido, busca-se com esta pesquisa compreender os modos como atualmente os
povos Jê do Sul do país têm se relacionado com as araucárias, focando sobre os seus
significados culturais e cosmológicos, assim como as suas iniciativas de preservação e
ações atuais de reflorestamento desta espécie nos territórios que ocupam. Assim,
buscarei compreender as dimensões socioecológicas dessas iniciativas e como estes
esforços se entrelaçam com as visões cosmológicas e identitárias de pertencimento
étnico. Todavia, será preciso considerar os diminutos territórios indígenas em que os
indígenas do Sul do país se encontram atualmente, fruto de histórica espoliação
territorial, e compreender as implicações para a manutenção das áreas florestais de
araucária.

Objetivos

Objetivo geral

Compreender os modos como atualmente os povos Jê do Sul do Brasil têm se


relacionado com a Araucaria angustifolia, focando sobre os seus significados culturais e
cosmológicos, assim como as suas iniciativas de preservação e ações atuais de
reflorestamento desta espécie nos territórios que habitam.

Objetivos específicos

- Compreender as práticas de manejo da Araucaria angustifolia nos territórios indígenas


Laklãnõ-Xokleng e Kaingang.

- Compreender as concepções cosmológicas e rituais relacionadas a Araucaria


angustifolia.

- Compreender o histórico de migração, ocupação e regularização dos territórios


habitados pelos indígenas.

- Compreender a relação da araucária como fonte alimentar e de renda para os


indígenas.

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- Mapear as iniciativas de recuperação e preservação da árvore que ocorrem nas aldeias
indígenas.

- Compreender a formação histórica das paisagens das matas de Araucaria angustifolia


no Sul do país, juntamente com seus processos de florestamento e reflorestamento.

Metodologia e viabilidade da proposta

Para conduzir esse projeto de pesquisa pretendo realizar pesquisa de campo junto as
terras indígenas dos povos Jê no sul do país, os quais serão posteriormente contatados e
apresentados a proposta de pesquisa.

Junto às aldeias farei entrevistas com anciões e também com jovens para saber o que a
A. Angustifolia significa para eles.

Será feita a observação das atividades relacionadas ao manejo da Araucaria


angustifolia, dos rituais relacionados à ela.

Documentar as ações de preservação e conservação em andamento por meio da


observação participante.

Também buscarei entrar em contato com ambos os povos através de alunas/os do curso
de Licenciatura Intercultural Indígena da UFSC, em oportunidades acadêmicas durante
as etapas do Tempo-Universidade, período onde estão presentes no campus de
Florianópolis. Também buscar contato com estudantes indígenas de outros cursos, bem
como os estudantes indígenas da UFPR, para saber o que sabem e pensam sobre a
Araucaria angustifolia.

Através de entrevistas semi-estruturadas, pretende-se conhecer as percepções relativas


aos significados que a árvore tem para estes povos, no intuito de aprofundar o
entendimento que possuem sobre a relevância da preservação e dos sentidos produzidos
pelas coletividades. Assim, sistematizar ações que ocorrem nas aldeias para valorizar e
reflorestar áreas degradadas e locais significativos onde houve desmatamento e se
intenta plantar mudas desta espécie para esta finalidade.

Após este mapeamento, analisar os projetos que estão ocorrendo e entender a dimensão
destas ações para a revitalização cultural de ambas etnias.

Almejando, mediante entrevistas com as/os interlocutoras/es, traçar o perfil de pessoas


que protagonizam estas ações nas aldeias: idade, gênero, ocupação, motivações, entre
outras. Deseja-se acompanhá-las de forma presencial nas aulas sempre que possível,
atividades extra-classe relevantes e nas aldeias durante as atividades realizadas nestes
empreendimentos, mediante aceitação e concordância prévia. Realizando observação
participante dos projetos que estiverem acontecendo nas aldeias, possivelmente

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selecionando uma ou duas em uma Terra Indígena de cada povo, onde a proposta da
pesquisa foi apreciada, como um critério a ser considerado a ocorrência de atividades.

Por haver distâncias geográficas significativas entre a capital do estado e algumas


localidades onde vivem, planeja-se também manter o contato com as pessoas envolvidas
através de redes sociais. Demais questões serão ajustadas no decorrer da pesquisa.

Cronograma

1° Semestre/2024 2° 1° Semestre/2025 2°
ETAPAS
Semestre/2024 Semestre/2025
Cumprimento de X X
Créditos
Revisão X X
Bibliográfica
Idas à Campo X X
Coleta de dados X X X
Análise de Dados X X
Qualificação X
Redação da X X
Dissertação
Defesa X

Bibliografia

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