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Nome: João Victor de Camargo Rocha Luiz - RM: 56171 - 2ºH Mecatrônica

FARROUPILHA

- GUERRA DOS FARRAPOS -

Conhecida como revolta dos farrapos ou Revolução Farroupilha, a guerra


dos Farrapos foi uma das revoltas provinciais que aconteceram no território
brasileiro durante o período regencial. Sendo a guerra que apresentou mais
ameaça com relação a integridade territorial brasileira É conhecida pelo maior
tempo de duração, sendo ele 10 anos. A Revolta dos Farrapos aconteceu no Rio
Grande do Sul durante o Período Regencial, de 1835 a 1845, portanto, estendeu-
se até parte do Segundo Reinado. Apesar da longa duração dessa revolta (dez
anos), os combates foram de baixa intensidade e concentrados em confrontos de
cavalaria que resultaram em 3 mil mortes.

Foi um movimento de elite, e suas causas imediatas foram a insatisfação


dos estancieiros com os altos impostos sobre o charque local e a escolha arbitrária
de nomes não aprovados pelos estancieiros para o cargo de presidente da
província. O Rio Grande do Sul tinha como principal produto econômico o
charque, carne-seca. O charque gaúcho era produzido pelos charqueadores a
partir da carne bovina vendida pelos estancieiros. Esses grupos faziam parte da
elite econômica dessa província e estavam descontentes com a política de altos
impostos cobrados sobre esse produto pelo governo brasileiro. E o charque era o
alimento dado aos escravos.

A grande exigência dos estancieiros gaúchos era que o produto estrangeiro


recebesse uma taxação como forma de proteger os produtores nacionais e, assim,
tornar os preços do produto gaúcho competitivo. A negligência do governo em
relação à insatisfação dos estancieiros com a política fiscal sobre o charque é,
portanto, a principal razão que deu início à revolta gaúcha. Além da negligência do
governo, também houve a insatisfação com o governo que não queria arcar com
os prejuízos dos estancieiros depois de uma devastação de carrapatos ter atingido
o gado em 1834, e a circulação de ideais republicanistas e federalistas na região
que impactavam, sobretudo, na defesa, por parte dos farrapos, de autonomia
para a província.

Os combates concentraram-se em confrontos de cavalaria, dos quais pode-


se destacar a vitória dos farrapos na Batalha de Seival. No entanto, à medida que a
reação imperial consolidava-se, os farrapos perderam força e partiram para a
guerra de guerrilha. O professor e jornalista gaúcho Juremir Machado da Silva
afirma que os farrapos assumiram essa estratégia a partir de 1842, quando,
segundo ele, o conflito já estava liquidado a favor do Império Brasileiro.

Para conter a revolta na província do Rio Grande do Sul, o governo


brasileiro nomeou Luís Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias (futuro Duque de
Caxias). A ação de Caxias à frente de 12 mil homens foi muito eficiente, pois
conseguiu sufocar os farrapos com ações militares estratégicas e, com a
diplomacia, levá-los à negociação.

DESFECHO:

A paz foi assinada no Tratado de Poncho Verde, em que os farrapos


colocaram fim na revolta e, na condição de derrotados, aceitaram os termos
propostos pelo governo, sendo eles a taxação em 25% sobre o charque
estrangeiro, anistia para os envolvidos com a revolta, incorporação dos militares
dos farrapos ao exército imperial mantendo sua patente. Os provinciano teriam
direito de escolha com relação ao presidente de provínciam e os escravos que
lutaram ao lado dos farrapos seriam alforriados

A Guerra dos Farrapos teve como líder o estancieiro Bento Gonçalves, que,
inclusive, foi o presidente da República Rio-Grandense por algum tempo, e
também temos outros integrantes que são considerados heróis, sendo eles:
· David Canabarro (1796 – 1867)

· Giuseppe Garibaldi (1807 – 1882)

· Antônio de Souza Netto (1801 – 1866)

· Domingos José de Almeida (1797 – 1871)

· José Mariano de Mattos (1801 – 1866)

· Afonso Corte Real (1805 – 1840)

· José Gomes Vasconcelos Jardim (1773 – 1854)

· Onofre Pires (1799 – 1844)

· Joaquim Teixeira Nunes

· Antônio Vicente da Fontoura

· Bento Manuel Ribeiro (1783 – 1855)

· Anita Garibaldi

CONCLUSÃO:

Pode-se concluir que a região do Rio Grande do Sul possuía uma vasta
quantidade de estancieiros, charqueadores, criação de gado (carne bovina) sendo
as principais fontes de renda na época, assim gerando uma boa economia, pois
também utilizavam os escravos para a mão de obra e ao mesmo tempo os
alimentava com o produto vindo do gado.

Depois da Independência do Brasil, por conta da alta dos impostos, os


produtores gaúchos diminuíram a produção e não conseguiram suprir muito bem
a demanda de charque. E quando "estourou" a guerra dos Farrapos, fizeram dos
escravos "aliados" (temporariamente) pois precisavam de força para enfrentar o
problema. Prometeram liberdade para todos, mas isso era uma farça pois após a
guerra eles visaram que a abolição da escravidão nunca foi a prioridade, e não
estava em contexto com a Guerra dos Farrapos. Sendo assim, podemos observar
que em diversos contextos históricos os sere humanos tomaram decisões
egocêntricas, racistas e aproveitadoras ou manipuladoras. Até hoje estas ações
ocorrem na sociedade, apenas provando que a cada dia que passa o homem
caminha a desevolução.

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