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Período

Regencial
• Contexto
• Regência Trina Provisória
• Regência Trina Permanente
• Política interna
• Economia
• Regência Una de Feijó (LBERAL)
• Regência Araújo Lima (CONSERVADOR)
• Revoltas
 Objetivos/motivações
 Desdobramentos
 Resultados

Nome: Gabriel Gomes de Oliveira


Turma: 203 Data: 18/03/2024
Contexto
• Abdicação de D. Pedro I à coroação de seu filho D. Pedro I
• Governo brasileiro composto pelos próprios brasileiros
• O Brasil seguiu uma linha liberal, conduzido pelos políticos
de oposição ao autoritarismo do Imperado, desejosos de
maior descentralização de poder em favor das províncias
Regência Trina Provisória
• Abdicação de D. Pedro I deixa o trono do país desocupado
• Com o herdeiro tendo apenas cinco anos, é necessária a eleição de uma
regência
• A Constituição de 1824 exigia uma regência de três membros eleita pela
Assembleia Geral, mas os parlamentares estavam de férias no momento da
abdicação
• A falta de parlamentares levou à eleição da Regência Trina Provisória,
composta por Nicolau de Campos Vergueiro, José Joaquim de Campos, e
Francisco de Lima e Silva, que durou de abril a julho de 1831
• A Regência Trina Provisória readmitiu o Ministério dos Brasileiros e
anistiou presos políticos, criticando a postura autoritária de D. Pedro I
• Com o retorno dos parlamentares, a Assembleia Geral finalmente pôde
eleger uma regência permanente
Regência Trina Permanente
• Regência Trina Permanente formada por deputados liberais moderados e
pelo brigadeiro Francisco Lima e Silva, eleita pela Assembleia Geral
• Destaque para o ministro da Justiça, padre Diogo Antônio Feijó, que
defendia um Executivo forte para resolver as tensões políticas
• Feijó assumiu o ministério buscando reduzir a instabilidade política do
início da regência, reflexo das divergências políticas intensificadas após
a abdicação de D. Pedro I
Política Interna
• Restauradores: Os Restauradores buscavam o retorno de D. Pedro I ao Brasil como
forma de alcançar seus objetivos. No entanto, esse sonho foi interrompido em 1834 com
a morte do primeiro imperador brasileiro. O grupo era simpático aos portugueses,
evidenciando uma característica lusófila. Seus membros, oriundos dos setores burocratas
e comerciantes portugueses, acreditavam que um governo liderado por um português
manteria seus cargos e privilégios. Originários do Antigo Partido Português, após a
morte de D. Pedro I, eles se dispersaram para as correntes políticas existentes durante o
Período Regencial, como os liberais moderados e os liberais exaltados.
• Liberais moderados (chimangos): Os Liberais Moderados, também conhecidos como
chimangos, defendiam reformas constitucionais para alcançar uma organização
administrativa federalista, visando mais autonomia para as províncias, mas sem excluir a
monarquia. Aceitavam o imperador, porém buscavam uma divisão de poderes e maior
descentralização política. Muitos eram membros do Antigo Partido Brasileiro e grandes
proprietários de escravos no Sudeste, região influente na política devido ao seu
fornecimento à Corte do Rio de Janeiro. Opunham-se a grandes rupturas que pudessem
alterar as estruturas sociais brasileiras.
Política Interna
• Liberais exaltados (farroupilhas ou jurujubas): Os Liberais Exaltados, também
conhecidos como farroupilhas ou jurujubas, formavam um partido heterogêneo em termos
de composição social e propostas políticas. Seus membros incluíam grandes proprietários
exportadores, profissionais liberais e funcionários públicos. Enquanto alguns defendiam a
limitação do poder real, outros, minoritários, chegavam a defender o fim da monarquia e da
escravidão. Havia consenso na defesa de um sistema político mais democrático e liberal,
assim como uma estrutura administrativa federalista para garantir mais autonomia às
províncias e aos municípios, refletindo o radicalismo desse grupo. Além disso, havia o
desejo comum de extinguir o Poder Moderador, o Senado Vitalício e o Conselho de Estado.
Economia
• Durante o período regencial, a economia brasileira dependia fortemente da exportação de
produtos agrícolas, especialmente açúcar e algodão. No entanto, a concorrência estrangeira
e a falta de modernização prejudicaram essas exportações, levando à crise econômica. A
elite política preferiu adiar medidas para reverter essa situação, resultando em uma
economia dependente e endividada. A recuperação econômica só ocorreu com o
crescimento da produção de café, enquanto os produtos industrializados ingleses
dominavam o mercado interno. A falta de incentivo à industrialização e as altas taxas de
importação contribuíram para manter o Brasil como um polo agroexportador limitado.
Regência Uma de Feijó (LIBERAL)

• O Ato Adicional determinou a escolha do regente por voto


censitário, resultando na eleição de padre Diogo Antônio
Feijó. Enfrentando resistência na Câmara, criticado por não
lidar eficazmente com revoltas provinciais, como a
Cabanagem e a Revolução Farroupilha, Feijó procurava
manter sua autoridade apoiando governos provinciais e
enviando forças contra as revoltas. Porém, suas medidas
foram consideradas ineficazes, levando-o a buscar mais
poderes, o que foi rejeitado pela Câmara. A oposição
cresceu, incluindo a Igreja Católica devido à defesa da
extinção do celibato clerical. Feijó renunciou, dando início
ao "Regresso Conservador", liderado por Araújo Lima.
Regência Araújo Lima (CONSERVADOR)

• Após a renúncia de Feijó, Araújo Lima assumiu como


governante interino e foi posteriormente confirmado em
uma nova eleição em 1838, marcando o início do "Regresso
Conservador". Esse período foi caracterizado pela elite
buscando conter as transformações visando manter uma
ordem aristocrática, reduzindo a autonomia provincial.
Araújo Lima e seu Ministério das Capacidades, embora
predominantemente regressistas, incluíam Bernardo Pereira
de Vasconcelos, um liberal. Isso refletia o medo da elite em
relação a reformas radicais, levando muitos liberais a apoiar
uma abordagem regressista. A revisão do Ato Adicional em
1840 reforçou o controle central e reduziu as prerrogativas
provinciais, refletindo preocupações com revoltas
separatistas como a Farroupilha e a Cabanagem. A regência
de Araújo Lima também viu a criação de instituições como
o Colégio Pedro II e o Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, que visavam moldar a narrativa histórica oficial
para defender os privilégios das elites e legitimar o Estado
Imperial.
Revoltas
• A Revolta dos Malês, ocorrida na Bahia em 1835, foi organizada por negros
muçulmanos trazidos como escravos da África. Além de expressar a resistência à
escravidão, foi também um movimento em defesa de sua religião islâmica. A repressão
às práticas religiosas islâmicas pelas autoridades locais, como a destruição de uma
mesquita e a proibição de festividades islâmicas, pode ter sido o gatilho para o levante.
O motim, planejado para tomar Salvador em 25 de janeiro de 1835, foi descoberto por
uma delação, resultando em confronto entre os rebeldes e as forças policiais. Embora
revelasse uma organização superior dos rebeldes, a revolta foi violentamente reprimida,
com cinco escravizados condenados à morte e cerca de quatrocentos deportados para a
África.
Revoltas
• A Cabanagem (1835-1840) foi uma revolta na província do Grão-Pará (atuais
Amazonas e Pará), motivada pela insatisfação das elites políticas locais com as
intervenções do governo central. A nomeação de Bernardo Lobo de Sousa como
presidente da província aumentou o descontentamento, transformando a revolta em uma
rebelião popular. Os cabanos, compostos por indígenas, mestiços, negros escravizados e
sertanejos, ocuparam o poder por nove meses, liderados por líderes como os irmãos
Vinagre, Félix Clemente Malcher e Eduardo Angelim. No entanto, a falta de um
programa de governo definido e divergências internas enfraqueceram o movimento. A
forte repressão do governo, marcada por massacres violentos, resultou na morte de
aproximadamente 40 mil pessoas, encerrando a revolta.
Revoltas
• A Sabinada (1837-1838) foi uma revolta na Bahia protagonizada pelas camadas médias
da sociedade, incluindo funcionários públicos, profissionais liberais, comerciantes e
militares, contra o governo central. Iniciou-se quando líderes, incluindo Francisco
Sabino, tomaram o Forte de São Pedro e proclamaram a Independência da Bahia. O
novo governo instalado se declarou republicano, mas prometeu restaurar a submissão à
coroa assim que D. Pedro II fosse coroado. Os rebeldes também prometeram liberdade
aos escravos nascidos no Brasil para obter apoio da população negra livre. Apesar do
apoio popular, a República Bahiense durou apenas quatro meses. Em 1838, forças
repressivas cercaram Salvador, resultando na prisão de Francisco Sabino e quase três
mil rebeldes. As principais lideranças foram inicialmente condenadas à morte, mas
posteriormente anistiadas por D. Pedro II.
Revoltas
• A Balaiada (1838-1841) foi um movimento no Maranhão que envolveu diversas
camadas sociais, incluindo liberais, conservadores, escravizados e quilombolas.
Originou-se de disputas políticas locais entre liberais e conservadores. O governador
Vicente Camargo enfrentou forte resistência dos liberais devido à indicação de prefeitos
por ele. O levante ganhou apoio de artesãos, vaqueiros e pequenos agricultores
descontentes com o recrutamento forçado para as tropas. O movimento começou
quando Raimundo Gomes resgatou seu irmão da prisão e liderou uma coluna rebelde.
Manuel Francisco dos Anjos Ferreira também liderou uma revolta após abusos contra
sua família por oficiais provinciais. A adesão de Preto Cosme e cerca de três mil
escravizados fugitivos preocupou as autoridades, mas o novo governador, Luís Alves de
Lima e Silva, conseguiu enfraquecer o movimento, prometendo anistia em troca de
apoio. A repressão resultou em cerca de três mil mortes. Após a ascensão de D. Pedro II,
alguns rebeldes foram anistiados, mas os líderes foram executados.
Revoltas
• A Revolução Farroupilha (1835-1845), também conhecida como Revolta dos
Farrapos, foi liderada por grandes fazendeiros pecuaristas do Rio Grande do Sul,
insatisfeitos com os pesados impostos sobre a carne-seca e a concorrência do charque
platino. Sob a liderança de Bento Gonçalves, os farrapos tomaram Porto Alegre em
1835 e proclamaram a República Rio-Grandense. O movimento se expandiu para Santa
Catarina, onde foi proclamada a República Juliana, com o apoio de Davi Canabarro e
Giuseppe Garibaldi. A revolta durou até 1845, quando o Barão de Caxias, "Pacificador
do Império", negociou a Paz de Ponche Verde. O acordo garantiu várias concessões aos
farrapos, incluindo a indicação do presidente da província pela população, anistia para
os participantes do movimento e proteção ao charque gaúcho.

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