A Fase do Terror da Revolução Francesa (1792-1794) foi o período mais violento e radical, liderado pelos jacobinos da pequena burguesia. Os jacobinos assumiram o poder e executaram milhares de opositores, como monarquistas e girondinos, para defender a revolução. No entanto, disputas internas levaram à queda de Robespierre em 1794, marcando o fim do Terror.
A Fase do Terror da Revolução Francesa (1792-1794) foi o período mais violento e radical, liderado pelos jacobinos da pequena burguesia. Os jacobinos assumiram o poder e executaram milhares de opositores, como monarquistas e girondinos, para defender a revolução. No entanto, disputas internas levaram à queda de Robespierre em 1794, marcando o fim do Terror.
A Fase do Terror da Revolução Francesa (1792-1794) foi o período mais violento e radical, liderado pelos jacobinos da pequena burguesia. Os jacobinos assumiram o poder e executaram milhares de opositores, como monarquistas e girondinos, para defender a revolução. No entanto, disputas internas levaram à queda de Robespierre em 1794, marcando o fim do Terror.
Radical ou simplesmente Terror, foi a fase da Revolução Francesa mais violenta e radical. Liderada pelos jacobinos (pequenos comerciantes e profissionais liberais) e com grande participação das camadas mais pobres da população, durou de 1792 a 1794. Girondinos e Jacobinos: Os Girondinos, republicanos moderados, principalmente da alta burguesia e nobres liberais, sentavam-se à direita na Assembleia Legislativa. Tinham por objetivos instituir medidas que controlassem a agitação popular e devolvessem a estabilidade política e social à França.
Os Jacobinos, formado por membros da pequena burguesia,
sentavam-se à esquerda na Assembleia Legislativa e defendiam o ideal de uma sociedade igualitária. Porém, foi durante o período que estiveram à frente da Revolução que aconteceu a maioria das execuções. Entre eles destacavam-se Marat, Robespierre e Danton. Danton Robespierre Marat Como ocorreu: A França era o símbolo maior da ostentação do Antigo Regime, especialmente, na figura do Rei Luís XVI. Entre os revolucionários, existiam duas correntes opositoras – girondinos e jacobinos. Os primeiros se sentavam à direita da Assembleia e eram compostos pela alta burguesia e nobres liberais. Os jacobinos, sentados à esquerda, representavam a pequena burguesia e defendiam o ideal de uma sociedade igualitária. Os jacobinos assumiram a frente da Revolução em setembro de 1792, quando houve o massacre de monarquistas presos comandado pelo movimento. Em 1792, os jacobinos lideraram uma revolta popular que culminou com a saída de Luís XVI do poder, além da demissão de todos os ministros. Em setembro daquele ano, a Convenção Nacional foi estabelecida com o objetivo de modificar as leis do país. Ainda na Convenção, os jacobinos liderados por Robespierre adotaram medidas populares, como abolição dos privilégios, fim da escravidão nas colônias, tabelamento dos preços de produtos considerados essenciais, divisão das grandes propriedades, além de educação obrigatória e gratuita, bem como ajuda aos indigentes. A Convenção e o Tribunal eram, ambos, condutores da política do terror, ordenando a prisão e julgamento daqueles que eram considerados como traidores da Revolução. De início, 22 líderes girondinos foram presos e mortos. Milhares de pessoas foram executadas pela guarda nacional. Em 49 dias, Robespierre, que havia concentrado poderes ditatoriais, manda 1.400 pessoas para a guilhotina em, apenas, 49 dias. O medo da morte pairou sobre os jacobinos que, então, se revoltaram contra o seu líder. Comitê de Salvação Pública :
Entre fevereiro e maio de 1793 aumentam as
ameaças internas e externas à Revolução. Para defendê-la, a Convenção adota leis contra os nobres e membros do clero e cria o Comitê de Salvação Pública, composto por Robespierre, Danton, Desmoulins, Saint-Just e Marat. A pedido dos girondinos, a Assembléia nomeia o Comitê de Doze para controlar a Comuna de Paris e evitar excessos. Terror Religioso:
O terror jacobino não poupou os religiosos que se
recusaram a jurar a Constituição Civil do Clero. Para eles, foram sancionadas várias leis que previam prisão e multas. Por fim, foi aprovada a Lei do Exílio, em 14 de agosto de 1792 e cerca de 400 padres tiveram que deixar a França. Igualmente, foi posta em prática uma política de descristianização. Principais características - Teve início em setembro de 1792, com o e contexto histórico: massacre de centenas de monarquistas que estavam presos. O massacre foi comandado pelos jacobinos.
- Áustria, Prússia e outras monarquias europeias pretendiam invadir a França para restaurar a monarquia no país. A França resistiu com a formação de um exército com grande participação das camadas mais pobres. A guerra foi o combate ao inimigo externo que pretendia acabar com a revolução e restaurar a monarquia.
- Em 1792, os revolucionários (jacobinos) lideraram uma revolta popular que tirou Luis XVI do trono e demitiu todos os ministros da França. - Em setembro de 1792 foi estabelecida a Convenção Nacional que tinha como objetivo modificar as leis da França. Na Convenção houve um forte conflito de interesses entre jacobinos (camadas médias e populares) e girondinos (representantes da alta burguesia).
- Na Convenção, os jacobinos usaram o poder para declarar o rei Luís XVI culpado de traição e condená-lo a execução na guilhotina. O mesmo aconteceu com sua esposa Maria Antonieta.
- Na Convenção Nacional, os jacobinos, sob a liderança de Robespierre, adotaram uma série de medidas: fim da escravidão nas colônias francesas; abolição de todos os privilégios; divisão das grandes propriedades; tabelamento de preços de produtos essenciais; ajuda aos indigentes e educação básica obrigatória e gratuita.
- As medidas radicais despertaram nos girondinos uma forte reação violenta. Organizados, a alta burguesia da França começou a perseguir, prender e assassinar vários jacobinos.
- Os jacobinos reagiram com mais violência, pois chegaram a conclusão que para defender a revolução seria necessário eliminar todos os opositores na França. Em 1793, cerca de 40 mil pessoas (monarquistas, girondinos e ricos burgueses) foram executadas pelos jacobinos. Medidas Sociais, Culturais e Econômicas: Durante o período jacobino, além da violência, houve a aprovação de leis que acabaram moldando a França moderna. Alguns exemplos são:
Abolição da escravidão nas colônias;
Fixação de limites de preços de gêneros alimentícios de primeira necessidade;
Confisco de terras (das igrejas principalmente);
Assistência aos indigentes;
Substituição do calendário gregoriano pelo republicano;
Criação do Museu do Louvre, da Escola Politécnica e do Conservatório de Música. Fim do Período do Terror:
O partido jacobino sucumbia às disputas
internas e os radicais tentavam intensificar as execuções nos tribunais em julgamentos sumários. Ironicamente, os representantes da ala partidária ao fim do Terror foram levados à guilhotina. Em 9 Termidor de 1794, o Pântano, facção da alta burguesia financeira, dá um golpe, toma o poder os jacobinos e envia os líderes populares Robespierre (1758-1794) e Saint-Just (1767-1794) para a guilhotina. Imagem: Robespierre, ferido e vigiado por soldados, aguarda o momento que será levado à guilhotina.
CODATO, Adriano. A Transformação Do Universo Das Elites No Brasil Pós-1930: Uma Crítica Sociológica. In: Flavio M. Heniz. (Org.) - História Social de Elites. São Leopoldo - RS: Oikos, 2011, P. 56-73.