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morfologia
do
capitalismo
global
A nova morfologia do
capitalismo global
A era da superexploração do trabalho
Tradução
Camilla dos Santos Nogueira
Rodrigo Emmanuel Santana Borges
Comentários
Giovanni Alves
2023
Conselho editorial
Dr. André Luiz Vizzaccaro-Amaral (UEL)
Dr. Francsico Luiz Corsi (UNESP)
Dr. Giovanni Alves (UNESP)
Dr. José Meneleu Neto (UECE)
Dr. Renan Araújo (UNESPAR)
ISBN : 978-65-84545-12-0
12/04/2023 15:45:10
1.indb 6 12/04/2023 15:45:10
Sumário
Artigo
A nova morfologia do
capitalismo global
ADRIÁN SOTELO VALENCIA...........11
Comentários
GIOVANNI ALVES...........................177
12/04/2023 15:45:10
1.indb 10 12/04/2023 15:45:10
Introdução
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Países Montante
Reino Unido 46,056 (+70% da média)
Holanda 42,720
Alemanha 1
40,914
Bélgica 39,343
Austria 38,622
Suêcia 36,186
Finlândia 36,128
França 32,867
Média UE 27,036
Espanha 21,500
Portugal 17,179
Hungria 9,899
Eslováquia 8,353
Romênia 5,479
Bulgária 2,862 (-90% da média)
1
O salário bruto médio de um funcionário alemão em tempo integral
no setor industrial nesse período era de € 3,256 por mês, enquanto os
trabalhadores do setor de serviços ganhavam uma média de € 3,211.
Fonte: Eurostat. In: ADDECO-IESSE-IRCO. Disponível em:< http://
www.adecco.es/_data/No - tasPrensa / pdf / 197.pdf>. Acesso em: 29
jan. 2010.
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2
CALLINICOS, Alexis. El imperialismo y la economía polí-
tica mundial hoy. Revista Crítica y emancipación, 2011, p.
144.Tradução nossa.
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3
KATZ, Claudio. Los cambios en la rivalidad interim-
perial. Disponível em: <http://www.rebelion.org/noticia.
php?id=132805>. Acesso em: 24 jul. 2011.Tradução nossa.
25
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4
DURÁN, Ramón Fernández. Profundización de la Europa
del capital. Revista Pueblos. Disponível em: <http://www.
rebelion.org/noticia.php?id=110089, 22-07-2010>. Acesso
em: 25 jul.201
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5
SOTELO, Adrián. A reestruturação do mundo do traba-
lho. Superexploração e novos paradigmas de organização
do trabalho. Uberlândia: Editora da Universidade Federal
de Uberlândia, 2009, p. 59.
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6
Para este tema ver JALIFE-RAHME, Alfredo. El híbrido
mundo multipolar. Un enfoque multidimensional, México,
Orfila, 2010.
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7
BAGÚ, Sergio. Economía de la sociedad colonial. Ensayo
de historia comparada de América Latina. México: Grijalbo,
Conaculca, 1992.
36
8
Ruy Mauro Marini, Dialética da dependência. In:
TRASPADINI, Roberta; STEDILE, João Pedro (Orgs.).
Ruy Mauro Marini. Vida e obra. São Paulo: Expressão
Popular, 2005. op.cit., p. 184.
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39
9
MARINI, Ruy Mauro. La acumulación capitalista mundial
y el subimperialismo. Cuadernos Políticos. n. 12, abril-jun
de 1977, p. 32. Tradução nossa.
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43
10
ANDERSON, Perry. Balance del neoliberalismo. In:
GENTILI, Pablo. et al. Pos-neoliberalismo. As políticas
sociais e o Estado democrático. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
44
11
VON HAYEK, Friedrich. O caminho para a servidão.
São Paulo: Instituto Ludwig von Mises, 2012.
45
12
MARINI, Ruy Mauro. El ciclo del capital en la econo-
mía dependiente. In: OSWALD, Úrsula(coord.), Mercado y
dependencia. México: Nueva Imagen, 1979, p. 55. Tradução
nossa.
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13
MARINI, Ruy Mauro Marini. Sobre a Dialética da
Dependência. In: TRASPADINI, Roberta; STEDILE,
João Pedro (Orgs.). Ruy Mauro Marini. Vida e obra. São
Paulo: Expressão Popular, 2005. p. 193.
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MARINI, Ruy Mauro. Dialética da Dependência. op.
cit, p. 156.
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MARINI, Ruy Mauro Marini. Sobre a dialética da depen-
dência. op.cit. p. 194.
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59
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16
MARINI, Ruy Mauro. Prefacio. In: SOTELO, Adrián.
México, dependencia y modernización. México: El Caballito,
1990.Tradução nossa.
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17
OSORIO, Jaime. Explotación redoblada y actualidad de
la revolución. Re- fundación societal, rearticulación popu-
lar y nuevo autoritarismo. México: Itaca, UAM-X, 2009
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18
“A profunda contradição que terá caracterizado o ciclo
de capital dessa economia e seus efeitos sobre a explora-
ção do trabalho incidirão de maneira decisiva no curso que
tomará a economia industrial latino-americana, explicando
muitos dos problemas e das tendências que nela se apresen-
tam atualmente”, MARINI, Dialética da dependência. In:
TRASPADINI, Roberta; STEDILE, João Pedro (Orgs.),
op. cit., 2005, p. 165.
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19
Para esse ponto ver: Gráficas de brecha salarial de Brasil
para salarios manufactureros de línea de producción, 2010.
La Alianza Global Jus Semper. Disponível em:< http://
www.jussemper.org/Inicio/Recursos/Recursos%20Laborales/
GBS/Resources/Grafsbrechas Bras2008.pdf. Acesso em: 11
jan. 2011.
73
20
BRASIL, Palácio do Planalto. Medida Provisória n. 474,
de 23 de dezembro de 2009.
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Idem.
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22
Confirmamos esta afirmação hoje com o governo
Bolsonaro, que voltou o país aos níveis do setor primá-
rio-exportador e com forte dependência tanto da Europa
quanto dos Estados Unidos, além da China em um contexto
de queda do PIB, de alto desemprego e o subemprego e a
pandemia Covid-19 que está atingindo o mundo.
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23
MARINI, Ruy Mauro. “Estado y crisis en Brasil”.
Cuadernos Politicos. n 13, julho-setembro de 1977, p. 82.
Grifos nosso, tradução nossa.
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24
Neste caso, se parte do salário do trabalhador é expro-
priada pelo capital, mesmo que seja superior ao valor da
força de trabalho, ocorre a superexploração.
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25
SOTELO, Adrián. A reestruturação do mundo do traba-
lho. Superexploração e novos paradigmas de organização
do trabalho. Uberlândia: Editora da Universidade Federal
de Uberlândia, 2009, p. 58.
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92
26
Ibidem, p.66
93
27
ROSENMANN, Marcos Roitman, “¡Por favor, salven a
la Unión Europea y el euro!”. Disponível em: <http://www.
jornada.unam.mx/2011/07/23/ opinion / 018a2pol>. Acesso
em: 23 Jul. 2011.
94
28
SOTELO, Adrián. El mundo del trabajo en tensión.
Flexibilidad laboral y fractura social en la década de 2000.
México: Plaza y Valdés, UNAM-FCPYS, 2007, pp. 58 y 67.
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98
99
29
SOTELO, Adrián. Crisis capitalista y desmedida del valor:
un enfoque desde los Grundrisse. México: Itaca, Universidad
Nacional Autónoma de México- FCPYS, 2010. p. 54.
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30
HARVEY, David. El nuevo imperialismo. Madrid: Akal,
2003.
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MÉSZÁROS, op. cit., p.111-112.
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32
CHOSSUDOVSKY, op. cit., p. 87. Tradução nossa.
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33
SHAIKH, Anwar. La primera gran depresión del siglo XXI.
Disponível em: <http://www.rebelion.org/mostrar.php?i-
d=Anwar+Shaikh&submit=Buscar&i nicio=0&tipo=5>.
Acesso em: 31 jan. 2011.
117
118
119
34
JALIFE-RAHME, Alfredo. El fin de una era. Turbulencias
de la globalización. México: Orfila, 2010, p. 123.Tradução
nossa. Desmistificando os números oficiais que colocam a
taxa de desemprego em 5%, o autor acrescenta: “A inflação
variou entre 5 e 7%, e não em 2 e 3%, como difundido. O
crescimento econômico real foi de 1% e não de 4% decre-
tados “, idem. Tradução nossa.
120
121
35
MARCEL, Roelandts.Tasa de ganacia – tasa de plusa-
valía – composición orgânica del capital, Estados Unidos.
Disponível em: <http: // www. correntroig.org/spip.php?ar-
ticle1575&lang=ca>. Acesso em: 20 fev. 2010.
36
SEDA-IRIZARRY, Ian J. Estados Unidos y la crisis capi-
talista. Disponível em: <http://www.rebelion.org/noticia.
php?id=110683>. Acesso em: 2 ago. 2010.
122
123
37
LOZANO, Luis et al. De llantas y atropellos. Trabajo,
salario, productividad y derechos laborales en la industria
llantera mexicana México: FES-Iztacala-UNAM- Centro
de Análisis Multidisciplinario, 2009, p. 222.
124
125
38
Tempo de trabalho necessário para comprar cesta básica
é o menor desde 1970. Folha de São Paulo, São Paulo, 11
jan. 2010. Disponível em:< https://www1.folha.uol.com.
br/mercado/2010/01/677405-tempo-de-trabalho-neces-
sario-para-comprar-cesta-basica-e-o-menor-desde-1970.
shtml> Acesso em: 11 jan. 2010.
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129
130
39
FORNEO, José Luis.Reflexiones sobre la cultura rumana
y los veinte años de saqueo capitalista. Disponível em:
<http://www.rebelion.org/noticia.php?id=125139>. Acesso
em: 26 mar. 2011.
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40
OIT. op. cit., p. 26.
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41
Ibidem, p.35.
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42
A Espanha é o quarto país europeu com a maior dife-
rença salarial entre homens e mulheres, atrás da Áustria,
Reino Unido e Eslováquia, segundo o Eurostat, citado por
ADDECO-IESSE-IRCO. Disponível em:< http://www.
adecco.es/_data/No - tasPrensa / pdf / 197.pdf>. Acesso
em: 29 jan. 2010.
136
43
Ibidem, p. 84. Tradução nossa.
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44
SENNETT, Richard, op. cit., p. 133.Tradução nossa.
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MARINI, Ruy Mauro. El ciclo del capital en la economía
dependiente, op. cit., p. 53. Tradução nossa.
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46
CHOSSUDOVSKY, op. cit., p. 91. Tradução nossa.
47
OIT, op. cit.
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48
KATZ, Claudio. Discusiones sobre el declive de Estados
Unidos. Disponível em: <http://www.rebelion.org/noticia.
php?id=133194>. Acesso em: 30 jul.2011.
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49
OIT, op. cit.
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50
Ibidem, p. 16. Tradução nossa.
153
51
Ibidem, p. 16. Tradução nossa.
154
52
Ibidem, p. 83-84. Tradução nossa.
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Desse modo, ressuscita a teoria neoclássica que, desde
David Ricardo e autores neoclássicos como Eli Heckscher
e Bertil Ohlin, propôs a teoria dos “vantagens comparati-
vas”, que postula que um país deve se especializar e exportar
os produtos cuja produção apresenta recursos suficientes.
Para tanto, é necessária mão de obra barata suficiente para
produzir “vantagens comparativas” derivadas dos custos
de produção. Em outras palavras, deveria se especializar
na exportação de mercadorias intensivas em mão de obra
abundante e barata, em troca da importação de produtos de
países com abundância de capital. Obviamente, o famoso
teorema centro-periferia da CEPAL é traçado dessa maneira.
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HUDSON, Michael. ¿Desintegración de la Eurozona?
Disponível em: <http://www.rebelion.org/noticia.
php?id=129432>. Acesso em: 31 maio 2011. Tradução nossa.
55
Secuelas de la crisis golpean hoy a Europa. Disponível
em: <http://www.eluniversal.com.mx/notas/780376.html>.
Acesso em: 20 jul. 2011
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“Ao contrário de alguns relatos dos meios de comunica-
ções, os trabalhadores na Grécia trabalham mais horas do
que na Alemanha (em média 2,161 horas por trabalhador
por ano em 2009, em comparação com 1,382 na Alemanha).
Além disso, a produtividade por hora de trabalho na Grécia
dobrou a velocidade do aumento na Alemanha nos dez
anos após a introdução do euro (26,3% na Grécia contra
11,6% na Alemanha”, FRANGAKIS, Marcia. Peligro en la
Eurozona. Disponível em: <http:// www.rebelion.org/noti-
cia.php?id=132319> 11 (tradução nossa).
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PIQUERAS, Andrés. Cuando la ‘guerra de clase’ se hace
guerra en los campos de batalla. Disponível em: <http://
www.rebelion. org/noticia.php?id=128167>. Acesso em:
12 maio 2011. Tradução nossa.
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Italia golpea a los más débiles para reducir su déficit
en 79.000 millones. El País, 15 jul. 2011. Disponível
em: < https://elpais.com/diario/2011/07/15/econo-
mia/1310680806_850215.html>. Acesso em: 15 jul. 2011.
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59
Economist Intelligence Unit. Estados Unidos: ¿fin de
la crisis?. Disponível em: <http://www.jornada.unam.
mx/2011/08/09/economia/030n1eco>. Acesso em: 9 ago.
2011.
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Obama promulga ley para evitar suspensión de pagos. El
Universal, México, 2 ago 2011. Disponível em: <https://
api.elsiglodedurango.com.mx/noticia/321913.obama-pro-
mulga-ley-para-evitar-suspension-de-pagos.html >. Acesso
em: 2 ago. 2011.
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VALENZUELA, Feijóo, José Carlos. Sociología
de la corrupción: Alianzas, corrupción y conciencia de
clase. Artículos y Ensayos de Sociología Rural. México,
Departamento de Sociología Rural, Universidad Autónoma
de Chapingo, 2011, p.23. Tradução nossa.
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A superexploração do trabalho
Uma das principais contribuições
da teoria marxista da dependência é a
análise da superexploração do trabalho,
que se refere à exploração intensificada
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Superexploração do trabalho e
servidão financeira
A superexploração do trabalho pode
levar à servidão financeira em um capi-
talismo que funciona à base da oferta de
crédito, uma vez que os trabalhadores são
levados a se endividar para manter seu
padrão de vida e enfrentar os custos de sua
reprodução social. A oferta de crédito pode
ser vista como uma forma de compensa-
ção por parte das empresas pelos baixos
salários e pelas más condições de trabalho,
uma vez que permite aos trabalhadores
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Exploração e superexploração do
trabalho
Uma crítica que pode ser feita à pers-
pectiva da superexploração do trabalho é a
de que ela pode ser vista como uma forma
de exploração, mas não necessariamente
como algo distinto da exploração em si.
Nessa perspectiva, a exploração seria um
fenômeno mais amplo, que se manifesta
por meio da extração de mais-valia da
força de trabalho, independentemente do
grau de intensidade da exploração. Essa
crítica aponta para o fato de que a supe-
rexploração do trabalho não seria um
conceito distinto da exploração, mas sim
uma forma específica de intensificação da
exploração. Nesse sentido, a superexplora-
ção do trabalho seria um fenômeno que se
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