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Sumário
1 – INTRODUÇÃO ....................................................................................... 4
2 - 1824 - A CONSTITUIÇÃO POLÍTICA DO IMPÉRIO ............................... 6
3 - 1891 – CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA ............................................... 8
4 - 1934 – DEMOCRÁTICA E DE CURTA DURAÇÃO .............................. 10
5- 1937 – INSTITUI O ESTADO NOVO COM SUPRESSÃO DE DIREITOS
E GARANTIAS...................................................................................................... 12
6- 1946 – RETOMADA DEMOCRÁTICA ................................................... 14
7- 1967 – CONSOLIDAÇÃO DO REGIME MILITAR .................................. 15
8 - 1988 – CONSTITUIÇÃO CIDADÃ ........................................................ 16
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................... 25
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FACUMINAS
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1 – INTRODUÇÃO
Todo país é regido por lei. A maior de todas as leis é a constituição! Com o tempo os
países passam por mudanças, e, no Brasil as constituições acompanharam a
evolução da sociedade.
As constituições seguem uma estrutura textual, que vem desde a época de Justiniano
(idade média) e aperfeiçoada com o código napoleônico, que re-sistematiza o campo
jurídico, onde é discutido por meio de títulos, capítulos, subtítulos, incisos, alíneas,
toda a organização humana, política e territorial que o país necessita proteger para
manter a ordem e limitar o totalitarismo do poder por parte do Estado ao oferecer
direitos e garantias, bem como estabelecer parâmetros e funções de cada ente.
Com base nos legados deixados por Paulo Bonavides, Gilmar Mendes, Dirley Cunha,
Alexandre Moraes, Pedro Lenza, entre outros, o seguinte estudo traz no decorrer de
seus capítulos abordagens acerca das principais características expostas no que data
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cada momento histórico, apontando tanto a evolução quanto o retrocesso, tomando
assim como falhas e de interesses político partidário e ideológico de personalidades
que fizeram a história do Brasil, o contexto jurídico, a organização como um todo.
Assim, entende-se que a constituição é importante na vida de todos, pois ela é lei
maior que regula os direitos e garantias de todos, organiza o estado e as relações do
estado com a sociedade. Todas as normas como leis, decretos, portarias, etc, devem
estar de acordo com a constituição, como também as constituições estaduais e as
leis orgânica de cada município.
As constituições não pode ser uma obra de especialistas, doutrinários, técnicos. Ela
deve refletir e traduzir as relações sociais, as relações econômicas e as relações de
poder como forma de harmonia e estabilidade para a nação contrastando com a
realidade e o bem-estar de todos, ou ao menos da maioria, de uma maneira que seja
igualitária, isonômica e justa. É um tanto desafiador discorrer sobre um tema amplo
como é o caso das políticas públicas educacionais referentes ao ensino superior.
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ao progresso da nação, ganhando impulso pela Lei de Diretrizes e Bases, de número
9394/96, e posteriormente aprimorada pelas medidas de governo, ao qual merece
destaque o Plano Nacional de Educação (PNE), em 2001 no governo de Fernando
Henrique Cardoso e pelos avanços tecnológicos que contribuem para a expansão do
conhecimento, exigindo assim a esse cenário reflexos por meio de políticas públicas
e programas que promovessem o acesso ao ensino superior, tendo sua continuidade,
tanto com inovação, quanto na ampliação, no governo posterior, pelo presidente Lula,
no qual se destaca o Programa Universidade Para Todos (PROUNI) de 2004, O
Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) de 1999 e são vistos como o programa de
democratização para o acesso.
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brasileira. Ela foi elaborada por um Conselho de Estado e outorgada em 1824 por
D. Pedro I.
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1818, 1823), Venezuela (1811, 1819), Portugal (1822), Grécia (1822,
1823), República Federal Centro-Americana (1824), Argentina (1813, 1819), Grã-
Colômbia (1821), Paraguai (1813), Peru (1822) e México (1814, 1821, 1824),
entretanto, foi considerada uma das mais liberais de seu tempo, tendo sido baseada
na constituição francesa de 1791 e espanhola de 1812.
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A primeira Constituição republicana do Brasil, com seus 91 artigos e outros oito nas
Disposições Transitórias, foi então promulgada em 24 de fevereiro de 1891, com
modificações profundas em relação à carta anterior.
A Carta de 1891 garante a eleição direta, por maioria absoluta de votos não
secretos, para presidente e vice-presidente da República para brasileiros natos, com
mais de 35 anos de idade, no exercício dos direitos políticos.
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4 - 1934 – DEMOCRÁTICA E DE CURTA DURAÇÃO
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O texto liberal é fruto de uma série de fatores internos e externos que culminaram
no esgotamento do modelo anterior e já estabelece em seu artigo 2º que “todos os
poderes emanam do povo e em nome dele são exercidos”.
Após a Revolução de 1930 era necessária uma nova Carta constitucional, uma vez
que o então presidente, Getúlio Vargas, governava de forma autocrata, por meio da
edição de decretos. Contra essa concentração de poder eclodiu a Revolução
Constitucionalista de 1932, ocorrida em São Paulo, que levou à elaboração
da Constituição de 1934.
Apesar dos avanços propostos na Carta de 1934, ela durou pouco, apenas três
anos, e foi revogada para a entrada em vigor da Constituição de 1937, criada para
consolidar o Estado Novo e a ditadura da Era Vargas.
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5- 1937 – INSTITUI O ESTADO NOVO COM SUPRESSÃO DE
DIREITOS E GARANTIAS
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Assim, a Carta de 37 institui a pena de morte, suprime liberdades individuais e os
partidos políticos e concentra poderes no chefe do Executivo, acabando com a
independência dos demais poderes da República. O texto também restringe a
atuação e as prerrogativas do Congresso Nacional, permite a perseguição política
aos opositores do governo e estabelece a eleição indireta com mandato fixo de seis
anos para presidente da República.
O fim da Segunda Guerra Mundial, com a decadência dos regimes totalitários que
inspiraram o Estado Novo, além da insatisfação gerada pela grande concentração
de poder nas mãos do chefe do Poder Executivo levaram à queda do regime de
Vargas. Assume então o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
José Linhares, para a convocação de eleições e de uma Assembleia Constituinte
para a elaboração de uma nova ordem constitucional.
Vargas discursa à nação sobre a nova Constituição. Detalhe da primeira página do Jornal do Brasil,
em 19.11.1937.
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6- 1946 – RETOMADA DEMOCRÁTICA
Embora democrática, a Constituição de 46, com seus 218 artigos traz na sua
primeira parte toda a estruturação do Estado e somente a partir do
artigo 129 começa a tratar da declaração de direitos e da cidadania e das garantias
individuais. O texto ainda impede qualquer reforma constitucional na vigência de
estado de sítio e a deliberação de projetos tendentes a abolir a Federação ou a
República.
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7- 1967 – CONSOLIDAÇÃO DO REGIME MILITAR
O texto foi diversas vezes emendado, por meio de atos institucionais e atos
complementares decretados entre 1964 e 1969. O mais conhecido deles foi o Ato
Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, que levou ao fechamento do
Congresso Nacional, à supressão de direitos e garantias do cidadão, à proibição de
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reuniões, à imposição da censura aos meios de comunicação e expressões
artísticas, à suspensão do habeas corpus para os chamados crimes políticos, à
autorização para intervenção federal em estados e municípios e decretação de
estado de sítio.
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O judiciário brasileiro sofreu grandes influências dos grandes debates que tomaram
corpo na Europa e nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, e que
chegaram ao Brasil e se consolidaram com a Carta Magna de 1988. “No caso
brasileiro, o renascimento do direito constitucional se deu, igualmente, no ambiente
de reconstitucionalização do país, por ocasião da discussão prévia, convocação,
elaboração e promulgação da Constituição de 1988.” (BARROSO, 2012, p.01).22
Até 1988, a lei valia muito mais do que a Constituição no tráfico jurídico, e,
no Direito Público, o decreto e a portaria ainda valiam mais do que a lei. O
Poder Judiciário não desempenhava um papel político tão importante, e não
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tinha o mesmo nível de independência de que passou a gozar
posteriormente.
Inocêncio Mártires Coelho (2009, p. 149), ressalta que “sob o novo constitucionalismo,
a Constituição, que outrora era um simples catálogo de competências e fórmulas
exortativas que não vinculavam o legislador (...), essa Carta Política simbólica
assume, agora, a função de norma suprema”.
Luís Roberto Barroso (2011, p. 228) afirma que a grande importância dada a um poder
judiciário forte como elemento essencial para uma democracia moderna, decorre
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muito de uma desilusão com a política e uma crise da representatividade do
parlamento no Brasil. Uma constituição analítica também contribuiu para a
“judicialização”, onde importantes questões são decididas em última análise pelo
Poder Judiciário conforme expõe este:
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julgamento do mandado de injunção visa a expedição de norma
regulamentadora do dispositivo constitucional dependente de
regulamentação, dando a esse remédio constitucional o mesmo objeto da
ação de inconstitucionalidade por omissão.
O Supremo Tribunal Federal faz parte da vida dos brasileiros, seja por meio da
televisão, twitter, youtube, bem como através da participação da sociedade por meio
de audiências públicas ou do amicus curie, tornando o poder judiciário o órgão mais
próximo, acessível e transparente dos cidadãos e a opinião pública.
Conforme leciona Luís Roberto Barroso (2013, p.07) é comum nos países com Cortes
Supremas existe uma variação entre o judiciário que procura reduzir sua interferência
nas ações dos outros poderes, e decisões que suprem omissões e muitas vezes
inovam na ordem jurídica:
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atos do Poder Público. O movimento entre as duas posições costuma ser
pendular e varia em função do grau de prestígio dos outros dois Poderes.
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Os Estados Unidos da América do Norte mantêm a mesma Constituição Republicana
e Presidencialista de 1787 com 7 artigos e 27 emendas, em igual e mesmo período,
o Brasil já foi de tudo: Colônia, Império, República Presidencialista, Ditadura Civil,
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Ditadura Militar, República Parlamentarista e até Democracia, sempre com
Constituições que pouco refletiram a verdadeira pauta de valores desejados pelo
povo, o único detentor legítimo daquele poder capaz de criar e/ou derrubar uma
Constituição.
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omissões abusivas e ilegais, casos em que o controle jurisdicional se torna
necessário.
O modelo tripartite de Poderes deve ser conformado com os tempos atuais, impondo-
se o controle de um poder sobre o outro como forma de concretização dos objetivos
buscados pelo Estado Social em que vivemos, em vista da feição prestacional do
Estado.
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BIBLIOGRAFIA
PAULA, Daniel Giotti de. Ainda existe separação de poderes? A Invasão da política
pelo direito no contexto do ativismo judicial e da judicialização da política. In:
NOVELINO, Marcelo; FELLET, André Luiz Fernandes; PAULA, Daniel Giotti de (org.).
As Novas Faces do Ativismo Judicial. Salvador: Editora jusPODIVM, 2011. P. 271-
312.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo:
Malheiros, 2005.
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