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FACULDADE CAPITAL FEDERAL - FECAF DE TABOÃO DA SERRA-SP

DIREITO

TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES

JACQUELINE PEREIRA LOPES RA: 15248

TRABALHO APRESENTADO NO CURSO DE GRADUAÇÃO DA


FACULDADE CAPITAL FEDERAL – FECAF, REFERENTE A DIREITO
ECONOMICO E FINANCEIRO O DESNVOLVIMENTO HISTÓRICO DAS
ORDENS DAS ORDENS ECONÔMICAS NO BRASIL

ORIENTADOR

DOUTOR E MESTRE MATHEUS MOTA

TABOÃO DA SERRA
2020
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SUMÁRIO

1 Introdução.........................................................................................................................2

2 O desenvolvimento histórico das ordens econômicas no Brasil....................................3

3 Conclusão...........................................................................................................................6

4 Bibliografia........................................................................................................................7
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1 Introdução

O direito econômico é ciência do direito responsável por estudar a regência jurídica


da economia. Todo estado soberano, com sua constituição e demais normas do ordenamento
jurídico, regem de uma forma ou de outra a economia, mesmo quando há uma política de não
intervenção do estado, pois ainda que não haja intervenção do estado isso é uma regra
normativa, constitucional e político econômica e, por tanto, uma forma de se ordenar a
economia através da absolutização do princípio da livre concorrência e do direito a
propriedade.
Sendo assim este documento tem por finalidade apresentar o desenvolvimento
histórico das ordens econômicas no Brasil, que foram retratadas em suas cartas magnas.
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2 O desenvolvimento histórico das ordens econômicas no Brasil.

A carta de 1824 era utilizado um sistema de economia liberal, ela pouco dizia sobre a
organização da economia. As cartas politicas nesse período destinavam-se a determinar a
organização dos estados e direitos fundamentais.
Era perceptível a preocupação de Dom Pedro I a manutenção do direito monárquico
da família imperial.
A organização política reconhecia quatro poderes, legislativo, executivo cujo chefe
era o imperador e que era exercido com a colaboração dos ministros, judicial e o poder
moderador.
Segundo o art. 98, o poder moderador centralizava o poder final no imperador que
por sua vez seu dever era velar pela manutenção da independência, equilíbrio e harmonia
entre os poderes.
Podemos citar quatro pontos dessa constituição que tenha alguma pertinência
econômica: art. 102, numero 23 referente aos tratados, o art. 170 referente a fazenda nacional,
art.178, numero 23 referente ao reconhecimento de divida publica e o art. 179, numero 25
referente a extinção das corporações.
A segunda constituição do Brasil foi a de 189, após a proclamação da república
houveram mudanças significativas. Os interesses eram destacados para os representantes das
oligarquias latifundiárias, essa elite influenciava o eleitorado e fraldava eleições.
Foi nessa época que tivemos marcos como; deslocamento do campo para cidades;
abolição da escravidão; crescimento da indústria e a criação da inflação.
Marechal Deodoro da Fonseca idealizador da proclamação da república, e
consequentemente chefe do governo provisório, criou uma comissão que tinha por objetivo a
apresentação de um projeto que viria ser a constituição provisória, examinada pela assembleia
constituinte.
Esta carta teve grande influencia dos Estados Unidos, tanto que reconheceu o
Estados Unidos do Brasil como um Estado Federativo e de Republica Presidencialista, desta
forma os estados e municípios tinham mais autonomia. Esse modelo foi representado pelos
três poderes, o legislativo, judiciário e executivo, sendo extinto assim o poder moderador
aquele imposto na constituição 1824. O Estado passou a ser laico sem a interferência ou
representação de uma religião, voto passou a ser universal com algumas exceções à exemplo
analfabeto.
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Esta constituição era composta por 91 artigos e 8 transitórios e foi muito criticada
por não tratar de sobre ordem econômica e outros temas, que foram tratados em outras
constituições em resumo, tudo ficou por conta da legislação ordinária e à mercê de uma classe
política atrasada.
O café continuava sendo o principal sustento da economia republicana, e por esse
motivo com intuito de fender e assegurar seu destaque no mercado internacional o Brasil
começou a ter uma intervenção mais ativa no domínio econômico. Essa intervenção começou
por iniciativa de dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro que em 1906
celebraram o convenio de Taubaté, regulando elementos da intervenção. Posteriormente, a
União Federal passou a intervir de maneira direta na matéria, criando, inclusive, formulas
novas de pessoas jurídicas de direito público, obedecendo a sistemas de descentralização
funcional, muito semelhantes às pessoas jurídicas de direito privado, distinguindo-se, porém,
dessas, pelo desempenho de funções de serviço público.
Assim aderindo ao convenio de Taubaté, o governo passou a comprar e estocar o
excedente do café no mercado para serem vendido quando preços normalizarem. Com o
estoque e produção aumentando cada vez mais, o prejuízo seria inevitável. Já para os
agricultores que continuavam plantando, o prejuízo era um problema do governo, já que seus
lucros estavam garantidos.
Em 16 de julho de 1934 foi promulgada uma nova constituição acolhendo agora
valores do Estado social e refletiu na mutação na posição do Estado e da sociedade à atividade
econômica, abandonado a neutralidade do Estado liberal, para incorporar a versão mais ativa
do Estado intervencionista, agente e regulador da economia. A constituição de 1934, no art.
115, assegurou a liberdade econômica, mas estabeleceu três condições: I) aos princípios da
justiça; II) às necessidades da vida nacional; III) ao propósito de assegurar uma existência
digna para todos. Ou seja, o Estado criou ferramentas para que a ordem econômica fosse a
favor do interesse geral e não só do capitalismo.
Mas foi na constituição de 1937 que a ordem econômica ganhou um capitulo próprio.
Ocupando os art.135 a 155, e, formalmente, muitos de seus dispositivos ficaram semelhantes
à constituição anterior de 1934. Com efeito, a preocupação do Estado Novo era o controle
político.
Mas por outro lado ela diverge à constituição de 1934, pois seus valores estão
centrados no indivíduo, sendo subsidiaria a intervenção do estado.
O Estado novo iniciou-se em 1937 com o afastamento de Getúlio Vargas do poder
em 29 de outubro de 1945, embora ele já tivesse convocado eleições para aquele mesmo ano.
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Elegeu-se um congresso com poderes de assembleia constituinte, e dai surdiu a constituição


de 18 de setembro de 1946 para organizar um regime democrático.
Na constituição de 1946 a ordem econômica foi tratada de maneira mais sintética e
objetiva na linguagem ao submeter a ordem econômica aos princípios da justiça social,
assentada na conciliação da liberdade de iniciativa com a valoração do trabalho humano.
Logo após os militares tomaram o poder no Brasil em 31 de março 1964,
pretendendo colocar ordem no país devido a varias instabilidades sociais, com sucessivas
paralizações e greves gerais, o até então Presidente da Republica que buscava diretamente nas
organizações sindicais, apoio para políticas de reformas que ele entendia necessárias, mas que
eram interpretadas como medias comunistas.
O ato institucional de 1964, e a seguir o ato institucional de 1965, atribuíram e
concentraram forças e poder nas mãos do presidente da república, Marechal Castelo Branco, o
que, na pratica, alterou a substancia da própria constituição.
Na constituição de 1967 também e dedicado um capitulo a ordem econômica e social
os art. 157 a 166. Dois artigos das disposições transitórias igualmente são concernentes ao
tema: o art. 181, correspondente à extinção do Conselho Nacional de Economia e o art.185,
que reafirma a posse de terra pelos silvícolas.
Da para se dizer que se tentou aperfeiçoar a redação para distinguir a finalidade da
ordem econômica e realizar justiça social.
Podemos ver que durante toda história do Brasil, as constituições foram se
adequando de acordo com as necessidades da sociedade e foi ganhando cada vez mais
notoriedade.
A constituição de 1988 estendeu o tratamento da ordem econômica juntando-a a
ordem financeira, do art. 170 a 192. Indicou fundamentos e princípios gerais que devem reger
a ordem econômica e financeira, trazendo a estrutura econômica que o constituinte deixou
para o Estado e com a finalidade de limitar o exercício do poder econômico para coibir
abusos, para que haja equilíbrio econômico e para implementar politicas publicas visando o
interesse econômico.
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3 Conclusão

Podemos ver que durante a história do Brasil a ordem econômica foi de modificações
e no intuito de se adequar as necedades de cada período, até chegar a sua forma mais
amplamente eficaz pela nossa constituição de 1988.
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4 Bibliografia

Referencial Teórico

COTRIM, Gilberto. História global, Brasil e geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
https://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/constituicoes-brasileiras

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