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O primeiro reinado

O primeiro reinado foi resultado do processo de independência do Brasil, o qual teve como ponto de
partida a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro a partir de 1808. Foi um período marcado
pelo endividamento do Brasil com a Inglaterra e pelas revoltas populares contra a política de D. Pedro.
A vinda da família real portuguesa para o Brasil, foi impulsionada pelo conflito armado Europeu e a
formação do Bloqueio Continental, realizado por Napoleão Bonaparte. Como Portugal havia acumulado
dívidas com a Inglaterra, só poderia pagá-las através do comércio marítimo. Desta forma, D. João decretou
a abertura dos portos logo que chegou ao Brasil.

Período Joanino

Nesse período, apresentaram-se os primeiros passos para a independência do Brasil: A corte


estabeleceu uma política de concessão de títulos; D. João anula o decreto de sua mãe Maria I e funda a
primeira fábrica de pólvora, além das inúmeras reformas urbanas; o decreto de criação de importantes
institutos, como por exemplo, o Banco do Brasil.
Nesse mesmo período, morre Dona Maria I, o Brasil deixa de ser colônia e o príncipe regente se torna o
rei Dom João VI.
Agora com D. João no poder, ele tem a ideia de desenvolver economicamente a colônia, estimulando
imigrações, concebendo a liberdade de manufaturas já existentes no país, porém fracassa.

Etapas do primeiro reinado:

Dividido em 4 partes: Guerras de independência, o reconhecimento externo e interno da


independência, a elaboração da primeira Constituição e a abdicação de D. Pedro I.

Guerras

A independência do Brasil não foi pacífica, sendo necessário travar guerras a fim de garantir a
unidade territorial do país, onde destaca-se a Revolução Liberal do Porto.
Portugal nesse período endividado e acordado com a Inglaterra gerava dependência econômica e
política. Antes do Brasil conquistar sua independência, houve a Revolução Liberal do Porto, tendo início em
Portugal. Realizada pela burguesia portuguesa a qual demandava o retorno do rei D. João VI para Lisboa e
a revogação das medidas que haviam sido implantadas no Brasil.
D. Pedro I deixado no Brasil, é coroado príncipe regente e proclama a Independência brasileira em 1822
no dia 7 de setembro, surgindo rebeliões contra a independência, nas províncias do Pará, Maranhão, Bahia
e Cisplatina, atual Uruguai).

Reconhecimento

No Primeiro Reinado, um dos grandes desafios de D. Pedro I foi buscar o reconhecimento externo.
Esse reconhecimento foi atingido em 1824 pelos Estados Unidos, que com a doutrina Monroe, América para
os americanos, defendeu a independência do Brasil.
Logo em seguida, Portugal só iria reconhecer a independência brasileira, apenas se o Brasil
concordasse em assinar o tratado de paz e aliança, onde o governo brasileiro deveria pagar uma
indenização de dois milhões de libras esterlinas. Como o Brasil não tinha a condição de pagar tal valor, a
Inglaterra emprestou o dinheiro e assim Portugal passou a reconhecer a independência brasileira. Já a
Inglaterra só reconheceu a independência do Brasil apenas em 1827 com a condição de que o Brasil teria
que assinar a renovação do tratado de comércio e navegação de 1810.
Primeira Constituição

A Constituinte inicia seus trabalhos em maio de 1823, D. Pedro I queria uma Constituição que
centralizasse o poder nele e os parlamentares defendiam uma monarquia constitucional em que eles
realizassem o papel de moderadores do poder imperial. Nesse processo, os constituintes apresentaram um
projeto conhecido como Constituição da Mandioca, não agradando D. Pedro I que acabou dissolvendo a
assembleia.Em 25 de março de 1824, a primeira Constituição brasileira foi outorgada. Ela nasce do
autoritarismo de D. Pedro I e seu desejo pela centralização do poder. O documento ficou caracterizado por
reforçar o poder do imperador, que tinha poderes acima de todas as outras instâncias por meio do Poder
Moderador

Principais acontecimentos

● Confederação do Equador:

O Nordeste era uma das regiões mais insatisfeitas com o autoritarismo de D. Pedro I e a dissolução da
Assembleia Constituinte, gerando um grande ressentimento na região, a ponto da Câmara de Olinda
anunciar que não reconheceria a Constituição de 1824. Além disso, houve desentendimentos entre a elite
pernambucana e o imperador a respeito da nomeação de um governador para a província. Em 2 de julho de
1824, teve início a Confederação do Equador, uma rebelião de caráter republicano que ganhou todo o
Nordeste, liderada por Manoel de Carvalho Paes de Andrade e Frei Caneca, o levante espalhou-se pelo Rio
Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Piauí e Maranhão.

● Guerra da Cisplatina

D. Pedro I se envolveu em um conflito com as Províncias Unidas do Prata (atual Argentina) pelo
controle da Cisplatina.
Brasil e Províncias Unidas entraram em guerra formalmente em dezembro de 1825. A situação
econômica brasileira não tinha como sustentar uma guerra, e o resultado acabou sendo desastroso para o
Brasil e para a reputação de Don. Pedro I.
O Brasil acumulou derrotas e sua situação econômica ficou ainda pior. O país precisou aceitar
negociações com as Províncias Unidas pelo fim da guerra. Desse acordo, ambos territórios concordaram,
em 1828, em reconhecer a independência da Cisplatina sob o nome de República Oriental do Uruguai.

Fim do Primeiro reinado

O governo de D. Pedro foi marcado por uma crise desde o seu início, levando-o à abdicação, em 1831. Os
principais elementos dessa crise tem haver com fatores econômicos e políticos. Como o aumento da dívida
brasileira com a Inglaterra para indenizar portugal, contratar mercenários ingleses para combater as
províncias que não aceitaram a independência, combater a federação pernambucana, o investimento a
guerra de independência da cisplatina(1825-1828) que depois de três anos só é conquistada com a
intervenção britânica. Além das crises econômicas, havia ainda a crise política, onde Dom Pedro fecha a
assembleia constituinte se indispondo com a maioria da elite brasileira.
Aliada às críticas referentes ao seu governo, a imagem do imperador piorou quando em 1830, houve o
assassinato do oposicionista Libero Badaró. Esse fato provocou uma onda de ataques contra Dom Pedro I,
já que Segundo alguns jornais da época, a falta de uma investigação detalhada sobre o crime seria um forte
indício do envolvimento do rei com a morte de Badaró.
No Rio de Janeiro, vários confrontos entre brasileiros e portugueses representaram a falta de
reconhecimento ao governo imperial. A Noite das Garrafadas, ocorrida no início de 1831, ficou marcada
como a maior dessas manifestações Anti-lusitanas. Ainda tentando recuperar prestígio, em março daquele
ano, Dom Pedro I anunciou um corpo de ministros formado somente por brasileiros. O que infelizmente não
funcionou fazendo os militares aderirem o movimento de oposição ao seu governo e a câmara dos
deputados se tornar um reduto de críticas à presença do rei.
Procurando dar um fim nos revoltosos, Dom Pedro dissolveu seu conselho de ministros e formou um
novo conselho dominado por portugueses. O que fez um grupo de soldados e populares concentrados no
Campo de Santana ameaçarem a integridade de Dom Pedro I. Mediante a isso, o imperador abdicou de seu
trono no dia 7 de abril de 1831.

Bibliografia

● https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/as-guerras-independencia-brasil.htm

● https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/o-reconhecimento-independencia-brasil.htm#:~:text=
No%20dia%2029%20de%20agosto,finalmente%20oficializou%20o%20reconhecimento%20lusitano.&te
xt=Segundo%20esse%20acordo%2C%20o%20governo,aceitasse%20a%20independência%20do%20B
rasil.

● https://brasilescola.uol.com.br/historiab/fim-primeiro-imperio.htm#:~:text=Sem%20alcançar%20o%20êxit
o%20esperado,sete%20de%20abril%20de%201831.

● https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/primeiro-reinado.htm

● Livr cap 17 modulo 6, Proceso de idependencia no Brasil

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