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Liberalismo em Portugal

No início do séc. XIX Portugal encontrava-se “por fora” daqueles que eram os ideais
iluministas.
As invasões francesas deixaram Portugal numa grande crise. A corte foi para o Brasil para
escapar aos franceses e D. João VI, que promoveu a colónia a reino, não quis regressar.
Os britânicos, ajudantes dos portugueses na luta contra os franceses, e liderados por
William Beresford, ajudaram os portugueses na luta contra os franceses, no entanto, estes
permaneceram no país muito depois da guerra, o que lhes permitiu o poder político e militar
do país. Além disso, Portugal sofreu também uma enorme crise social e financeira, fruto que
prejudicou fortemente os comerciantes.
É então que a corte, instalada no Rio de Janeiro, decide abrir os portos brasileiros ao
comércio com as nações estrangeiras, (o que contribuiu para que o défice comercial não
fosse tão elevado - fonte4) é assinado o tratado do comércio com a Grã-Bretanha, e
portugal passa a uma espécie de colónia do brasil.
Contudo, um grupo de revolucionários liberais, com influência na Espanha, a 22 de
setembro de 1818 no Porto, fundaram uma associação secreta, o sinédrio, que permitiu a
difusão do liberalismo em Portugal, e mais tarde com ajuda das forças militares, deu origem
a uma revolução no país. É a 24 de agosto de 1820 que o conselho militar se reúne com as
autoridades municipais do Porto, e em conjunto, declaram constituída a Junta Provisional do
Governo Supremo do Reino. Este governo provisório tinha como principal objetivo substituir
a regência de D.João VI, mantendo-se em funções até à instauração das cortes
representativas da nação, para formar uma constituição que os agradasse.
Com isto, no início de outubro enviam uma carta ao rei onde reafirmam a sua fidelidade,
explicação das razões e o que é pretendido com o movimento, pedem a aprovação para
convocação das cortes, e onde na mesma pedem pelo seu regresso ao país. De seguida, a
10 de Outubro o general britânico é obrigado a voltar a Inglaterra e os portugueses juram
obediência à Junta provisória, ao rei, às cortes que forem eleitas e à constituição que delas
resultar.
No entanto, em 1826, com a morte de D. João VI, surge um problema de sucessão uma
vez que D.Pedro era agora imperador do Brasil. Por isso, este redige uma carta
constitucional que defendia um regime de monarquia constitucional, e abdica do seu
reinado à sua filha D.Maria da Glória, que era casada com o seu tio, D. Miguel, um
absolutista exilado do país. Este prometeu respeitar e seguir a carta constitucional redigida
pelo seu irmão, porém, em vez de realmente cumprir as intenções da carta, proclamou-se
rei absoluto e iniciou uma perseguição aos liberais.
D. Pedro, perante as atitudes do seu irmão e receoso de um possível regresso aos
tempos de absolutismo em Portugal, abdicou do poder no Brasil e regressou. Em julho de
1832 desembarca com 7500 homens para a Vila de Conde e ocupa a cidade do Porto onde
se dá uma violenta guerra civil entre os dois irmãos. Por fim, em maio de 1834, dá-se a
vitória dos liberais e é assinada a convenção de Évora Monte.

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