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Valor – 20 pontos.
1. (Enem 2011) Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais militares
que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou
empregos.
A Constituição de 1824 foi a primeira Constituição do Brasil, promulgada durante o Primeiro Reinado,
sob o governo de Dom Pedro I. Nesse contexto histórico, é importante entender que a sociedade
brasileira estava marcada por profundas desigualdades sociais, econômicas e políticas. A
caracterização dos limites da concepção de cidadania no Brasil nesse período pode ser feita
considerando os seguintes aspectos:
Restrição ao Direito de Voto - Somente aqueles que preenchiam esses critérios podiam ser
considerados cidadãos ativos, ou seja, tinham o direito de votar e ser votados. (Como a renda,
propriedade e status social).
Cidadania Censitária - Isso excluía grande parte da população, especialmente os estratos mais
pobres, da participação efetiva na vida política do país, pois a cidadania no brasil era censitária, o
que significa que o acesso aos direitos políticos estava vinculado à posse de bens e riquezas.
Poder Concentrado nas Mãos dos Proprietários - A Carta de 1824 consolidou um sistema político
fortemente centralizado e concentrado nas mãos dos grandes proprietários de terra e comerciantes.
O imperador tinha poderes significativos, e a estrutura política era hierarquizada, favorecendo as
elites econômicas.
Ausência de Direitos para Determinados Grupos - A Constituição de 1824 não garantia direitos
políticos para diversos grupos sociais, como mulheres, escravizados, índios e pessoas sem
propriedades. Isso refletia a exclusão de amplas camadas da população do exercício pleno da
cidadania.
Limitação da Liberdade Individual - Embora tenha garantido algumas liberdades individuais, a
Constituição de 1824 também continha dispositivos que permitiam a restrição de direitos civis em
casos específicos, evidenciando uma concepção de cidadania limitada e condicionada à ordem
estabelecida.
As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações
políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é,
respectivamente, liderança (D. Pedro I) e estabilidade política (D. Pedro II). Analise essa afirmativa,
considerando o contexto de atuação política de cada um desses monarcas.
● Durante o Primeiro Reinado, Dom Pedro I convocou uma Assembleia Constituinte para criar
a primeira constituição nacional. Porém, como o documento não estava de acordo com suas
pretensões, D. Pedro I acabou prendendo os deputados da Assembleia e impediu seu
avanço. Nesse contexto, Dom Pedro I convocou dez membros aliados para dar início à
primeira Constituição do Brasil que foi outorgada pelo próprio rei em 1824. Nessa
constituição o poder de Dom Pedro I foi ampliado com a criação de um quarto poder, o Poder
Moderador, que se sobrepunha aos outros três poderes nas tomadas de decisão. A partir
disso, o governo se tornou centralizado e autoritário por parte de D. Pedro I (o que
corresponde ao aspecto de liderança da imagem 1) o que desagradou grande parte da
população.
● Com o golpe da maioridade (1840) D. Pedro II foi oficialmente reconhecido como imperador e
reinou até 1889 (ano da Proclamação da República). Nesse período, uma série de
acontecimentos ocorreram no Brasil, um deles seria a proibição do tráfico negreiro. Outro
ponto marcante no governo de D. Pedro II foi a Guerra do Paraguai, conflito que se estendeu
de 1864 a 1870. Esses acontecimentos mostram a estabilidade política no reinado de D.
Pedro II.
Considerando a linha do tempo acima e o processo de abolição da escravatura no Brasil, ela tem seu
marco inicial e final, sendo um processo lento e que evidencia, por um lado, as forças que
conservavam essa realidade escravocrata e, por outro lado, esconde as lutas dos próprios negros e
escravos. Nesse sentido, comente sobre o processo abolicionista no Brasil.
A aprovação da Lei Áurea foi o resultado do crescimento que o movimento abolicionista teve na
segunda metade do século XIX.
O movimento abolicionista no Brasil foi um efeito da década de 1870. Envolveu diversos setores da
sociedade, tanto contrários ao movimento quanto a favor.Antes dessa década, existiram apenas
tentativas de emancipação, que extinguiria gradualmente a mão de obra escrava. Contudo, o que os
abolicionistas almejavam era a abolição completa da escravidão.Várias associações abolicionistas
surgiram no país. O debate sobre esse tema chegou ao patamar político, apesar da forte resistência.
Essas associações buscavam debater estratégias com a intenção de alcançar o seu objetivo, além de
atuarem publicamente visando atrair pessoas para a luta.
Entre a década de 1870 e 1880, surgiram quase 230 organizações abolicionistas. Elas organizavam
reuniões, distribuíam panfletos, faziam comícios nas ruas, além de ajudarem na fuga de escravos.
Houve alguns setores que contribuíram, como por exemplo o Direito, onde alguns advogados
defendiam os escravos, suas condições de trabalho e seus registros. Defendiam os escravos nos
tribunais. E o Jornalismo, que vários jornais davam espaço para artigos que maldiziam a escravidão,
pregando a liberdade dos escravos, além de produzirem e distribuírem panfletos. Essas ações eram
tidas como “legais”. As “ilegais” consistiam em estimular a fuga de escravos, ajudando nas rotas e
dando abrigos para os mesmos.
O país viveu vários momentos de levantes populares com caráter abolicionista. Um deles foi a
Conjuração Baiana (1798), com caráter popular. Defendiam principalmente a proclamação da
República da Bahia, fim do trabalho escravo e implantação do livre comércio. Foi um movimento
formado principalmente por negros e profissionais liberais, eram pessoas vindas de diversas classes
sociais. Incluindo religiosos, intelectuais, republicanos, elite, entre outros, que atuavam de maneira
incansável contra a escravidão.