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Resumo de Teoria Constitucional

Constituições na História
Antiguidade clássica
● A religião era cultuar os mortos, principalmente familiares.
● Pater familia: o pai era visto como principal protetor, só ele mantinha o fogo doméstico.
● Havia uma elite religiosa que governava as principais cidades do tempo.

As constituições tinham que ser uma organização política que equilibrasse as forças sociais, como
aristocracia, religiosos, estrangeiros e monarquia. Aristóteles tinha a teoria da constituição mista.

Licurgo
Era um constituinte/legislador de Esparta que em um período caótico revolucionou. Após a revelação
do oráculo ele criou um senado, um órgão moderador entre o rei e o povo, acabou com o dinheiro de
forma que não pudesse ser acumulado, criou espaços de interação, foi embora e pediu para que não
mudassem nada enquanto não voltasse (ele nunca mais voltou).

● A divisão do legislativo em senado e câmara tinha por objetivo dominar e moderar a


democracia, já que o senado tende a ser aristocrata.
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Revoluções (modernidade séc XVIII)
Rompimento do passado criando novas coisas (AMADURECIMENTO DA MENTALIDADE)

Inglaterra: é a que se moderniza mais cedo, por conta das revoluções, séc XVII, nesse período já era
um país poderoso. Tem um sistema constitucional parlamentarista, na mão do 1° ministro e rei como
representante. O rei é moderado por ficar a vida toda no poder. Até hoje a Inglaterra não tem uma
constituição escrita, desde o séc XVII já tinha características de um estado constitucional moderno,
limites ao poder, devido processo legislativo e regime parlamentar com representação popular.
 É a primeira inspiração de “constituição” e organização política.

EUA: A princípio eram 13 colônias da Inglaterra, mas julgavam injustos os tributos, então fizeram um
tratado e se voltaram contra em forma de guerrilhas. Eram a princípio estados confederados, mas
criaram a federação abrindo mão de sua independência e se tornando um país unido, federal e
presidencialista. Em 1787 constituição discutiu que a constituição devia ser ratificada pelos estados
(federalist papers) tinham uma visão mais democrática e ideal, dividiram o legislativo em dois, o
senado representa os estados.

França: Dá o sentido da palavra revolução como uma ruptura radical. Teve uma revolução sangrenta,
um período de terror onde matavam os nobres.
 Pierre (jacobino): tinha uma ideia de um direito universal e inatos foi os primeiros a criar um
código civil (código de Napoleão).
 Diferencial da Revolução Francesa era a liderança da população sob o povo.
 Tem como pretensão direitos universais
 Criaram a ideia de um poder constituinte por um padre, fala do terceiro estado da nação que
era o povo e não o clero e a nobreza.

As constituições não eram como hoje, nem muito democráticas, visavam mais propriedade e
liberdade.

Liberal: foca no poder legislativo, ideia de opinião pública, tinha voto censitário. Havia relação de
imprensa e parlamento. Tribunal de responsabilidade moral era a opinião pública - foco em liberdade
propriedade;
Estado social séc XX - foco em direitos humanos, igualdade e serviços públicos.
Estado Constitucional: Surge após a segunda guerra mundial que pega o lado bom do estado liberal e
social.
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Constituições na História
Segundo Aristóteles, a democracia seria uma harmonia perfeita dos 3 elementos: aristocracia,
monarquia e povo.

Constitucionalismo e democracia: Seu objetivo se dá em organizar o poder e organizar o estado. O


estado liberal do século XIX não era democrático, não tinha esse ideal, para eles nem todos poderiam
votar, existia o voto censitário. Principalmente a elite não gostava muito do povo por conta da
revolução francesa.
Robert Dahl analisa os períodos em dois eixos, inclusão política e contestação pública. No período do
estado liberal havia baixa inclusão política e grande contestação pública. No período de estados
autoritários havia baixa contestação pública e grande inclusão política.
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Constituição na história do Brasil


Período liberal séc XIX
Monarquia
O Brasil terá uma monarquia constitucional, carta de 1824 de Marquês de Caravelas, foi imposta e
criava um estado unitário onde tudo passava pelo Rio de Janeiro. Houve em 1834 um ato adicional no
qual foram criadas Assembléias legislativas nas províncias.
Inclusão: direitos civis e políticos adotaram voto censitário e tiveram eleições indiretas. 10% votava.
Contestação: tinha liberdade de expressão e crítica.
Igualdade: acreditavam que a opinião pública conduzia a mudança. não haviam muitas garantias em
lei.
 A questão da inclusão no Brasil império era bastante alta em relação a outros países, mas há
um retrocesso no fim do império. A Lei Saraiva (1881) exige renda e saber ler e escrever,
depois disso 1% da população tinha direitos políticos, essa realidade só mudou em 1945.

1889 República Velha


Foi um golpe de elite por desgosto por conta da abolição da escravidão.
A inclusão se mantém baixa, havia voto de cabresto, degradou os direitos políticos, os coronéis
eram a guarda nacional. A fraude era escancarada.
A contestação não era bem vista, eram mais autoritários e viam como causa de polícia a questão
social.
muda o sistema político mas não muda a mentalidade, de certa forma se parece um retrocesso.

A passagem de uma monarquia para uma república se deu pela elite insatisfeita. Os escravos eram
monarquistas. A república separa igreja e estado.

Revolução de 30 Era vargas 1930-1945


● inauguração do estado social.
● Manipulação dos meios de comunicação, manipulação das massas criando a imagem de pai
dos pobres mão dos ricos.
● cria um estado estatal, cria petrobrás
● ordem econômica e social
● fecharam o poder legislativo e o congresso
● cria decretos leis
● combate o coronelismo
● cria a justiça eleitoral
● reconhece votos para as mulheres

Positivismo comtiano
a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro.
igreja positivista a religião da humanidade.

DOPS - departamento de ordem política e social


polícia secreta, tinham fichas, torturavam e matavam. O governo não aceitava contestação, havia
censura, não havia eleições.

Inclusão: em direitos, não em participação,criação da justiça eleitoral, voto feminino, voto secreto
igualdade: grande avanço, democratização, demandas sociais e regime militar
contestação: baixa, censura

● o exercício do direito político continuava baixo 30-45, não houve inclusão.


ofereceram direitos sociais, mas tiraram outros.
● antiliberais, autoritário
● a hora do brasil programa de rádio do Vargas
● 1943 CLT algo bom
● sindicatos eram controlados pelo estado.

A democracia era bem vista após s 2 GM 46-64


Primeira experiência democrática
inclusão: nível superior ao do império, associações e sindicatos
contestação: pluripartidarismo, sistema proporcional, nacionalismo e greves e manifestações sociais.
Igualdade: estatuto do trabalhador rural, crescimento JK, crescimento econômico.
Regime 64
● cresce o pensamento de que constitucionalismo e democracia devem andar juntos.
● não fecharam o congresso porque ficava feio, mas o manipulam
● há um aumento de inclusão política
● uma emenda em 69 mudou toda a constituição
● quando iam perder colocavam mais senadores para formar maioria
● houve crescimento econômico
● INPS pai do INSS previdência
● achatamento não aumentou o salário, diminui o poder de compra
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Classificação das constituições

forma de positivação: escrita ex BR e histórica ex inglaterra


origem:
promulgadas: democrática, criada
outorgada: imposta, rígida, chamada de carta
Estabilidade das normas:
rígidas: após 2GM, rito para modificar, ex 88
flexíveis: liberais, parlamentaristas, altera com lei ordinária
semirrígidas: dependendo do tema tem rito, ex 1824
extensão do texto
sintéticas: 1789 dos EUA pequena de 7 art
analítica: após 2GM a do BR

normas constitucionais
normativas: as normas condicionam e limitam as formas de poder legítimo, vinculam as pessoas a
seguirem
nominal: normatiza mas o jogo do poder político não respeita totalmente
Semântica: típica de regime totalitário, utilizada como instrumento do poder.
conteúdo
sentido formal: positivado em uma constituição por meio de um devido processo, hierarquizado. mas
nem tudo tem material típico ex:CF art 242 P 2
sentido material: traz material tipicamente constitucional: organização do estado e poder; direitos
fundamentais; alteração da constituição.

PODER CONSTITUINTE E CONSTITUIDO

Poder Constituinte: é o poder da nação, esse poder criará uma nova ordem jurídica (constituição).
Uma característica ao ponto de vista jurídico é que nenhuma norma limita a criação das normas
jurídicas;

Poder Constituinte: possui um limite e origina um poder constituído, tendo em vista a moralidade,
opinião política. É o poder de Criar uma nova Constituição e sua natureza é político-social.
Manifestação do poder Constituinte: Assembléia, Revolução Francesa, Revolução Russa.

A origem da constituição está ligada a um poder político, e não à uma norma fundamental, ou seja,
embora seja seguida a constituição por costume, não existe uma norma superior.

Poder Constituinte Derivado: poder de criar reformas (ex: emendas constitucionais)


Poder Constituinte Decorrente: Cria uma constituição municipal e estadual, através da CF – Embora
crie Constituição Municipal e Estadual, devemos considerar um poder Constituído, pois está
submetido a CF.

Recepção de Normas: Aproveitamento de leis que serão compatíveis com a CF, podem ser
recepcionadas ou revogadas. Essas leis recepcionadas trarão consigo um novo sentido.

Exemplo de Poder Constituído: Cláusulas Pétreas.

NORMA CONSTITUCIONAL
O que é Norma Constitucional? Fruto de interpretação dos intérpretes. As Normas são resultados da
interpretação.
O que é Alteração? Emendas Constitucionais, por exemplo.
Quem são os intérpretes da Norma Constitucional? Juristas, juiz constitucional, poder do legislativo,
autoridades constitutivas do poder constituintes.

INTERPRETAÇÃO CONFORME: A disposição não é inconstitucional, entretanto, alguns sentidos que


podem ser extraídos ou interpretados pode ser considerado inconstitucional (determinado sentido);

FORMA DE ADAPTAÇÃO DA CONSTITUCIONAL

Reforma Constitucional: Caminho formal para a alteração da Constituição


Mutação Constitucional: caminha informal para a alteração
A Reforma Constitucional é a reforma do texto
A mutação altera o costume (interpretação) da norma
O Poder que regulamenta a Reforma Constitucional é o poder Constituinte

FORMA DE ALTERAÇÃO CONSTITUCIONAL

O STF e o Congresso pactuaram que a revisão Constitucional deveria ser realizada pelo rito das
Emedas.

LIMITES DAS EMENDAS

Vai limitar quem vai iniciar uma nova emenda


A Emenda só pode ser iniciada pelo Presidente da Republica
A Constituição possui uma limitação em relação a sua alteração, tendo em vista que, caso haja
alteração de algumas normas a CF pode ser “prejudicada”. Assim, as Cláusulas Pétreas asseguram
essa limitação.
O art.60, parágrafo 4, assevera que pode-se alterar uma norma por meio de emendas, mas não pode
aboli-lá.
Art. 60, parágrafo 4: Forma Federativa de Estado, voto direto, secreto, universal e periódico,
separação dos poderes, direitos e garantias individuais – cláusulas pétreas.

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