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REVOLUÇÃO: transformação profunda, estrutural. Ampla legitimidade e apoio popular.

Reestruturação da sociedade.

GOLPE: muda o governo e até as leis, mas não reestrutura a sociedade. Não é profundo.

Feudalismo –> Estado de Direito – acontece por meio de uma revolução (Francesa).
O rei determinava o conteúdo das leis. Ele era responsável, não errava, estava acima da lei e
da justiça, estava acima do Direito. Com a Revolução Francesa isso acaba e a lei passa a
delimitar os limites de atuação do rei.

JUSNATURALISMO X JUSPOSITIVISMO
Jusnaturalismo defende que o direito é independente da vontade humana, ele existe antes mesmo do homem
e acima das leis do homem, para os jusnaturalistas o direito é algo natural e tem como pressupostos os valores do
ser humano, e busca sempre um ideal de justiça. O direito natural é universal, imutável e inviolável, é a lei imposta
pela natureza a todos aqueles que se encontra em um estado de natureza.
Juspositivismo acredita que só pode existir o direito e conseqüentemente a justiça através de normas
positivadas, ou seja, normas emanadas pelo Estado com poder coercivo, podemos dizer que são todas as normas
escritas, criadas pelos homens por intermédio do Estado. O direito positivo é aquele que o Estado impõe à
coletividade, e que deve estar adaptado aos princípios fundamentais do direito natural.

JUSNATURALISMO JUSPOSITIVISMO

• Leis superiores • Leis impostas


• Direito como produto de ideias (Metafísico). • Leis como produto da ação humana (empírico-
• Pressuposto: Valores cultural)
• Existência de leis naturais • Pressuposto: o próprio ordenamento positivo
• Pode congregar revolta monocultural. • Existência de leis formais
• Traz uma visão geral.

Jusnaturalismo inspirou o Terceiro Estado no movimento da Revolução Francesa incitando-os a


buscar a criação do Estado de Direito.
Seus pilares eram:
- Legalidade: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei (art. 5°, inciso II da CF/88).
- Justiciabilidade: julgar aquele que desobedece a lei. Capacidade de ser discutido em juízo um
direito ou bem jurídico.

ANTIGO REGIME

O Estado Absolutista ameaçava o indivíduo; era arbitrário e ameaçava as conquistas tidas pela
Rev. Francesa. Sobre ele se concentraram as indignações humanas acerca de toda a crise que
viviam (desemprego, fome, falta de moradia, etc.). Bonavides diz que o Estado foi tido como “o
fantasma que atemorizou o individuo” (NEGATIVADO).

REVOLUÇÃO FRANCESA - Liberdade, igualdade e fraternidade

Acreditavam que a opressão do ser humano se dava somente no espectro estatal.

Revolução Francesa: liberdade; igualdade formal, para acabar com os privilégios da nobreza e
do clero. Não querem atingir a igualdade material, o nivelamento econômico-social é injusto. A
burguesia assumiu a hegemonia (supremacia sobre os outros). Foi jusnaturalista, defendeu a
existência de um direito natural e imutável (inerente ao ser humano). A busca se dava pela
expansão econômica e ampliação das trocas comerciais internacionais.

ESTADO LIBERAL

Presta serviço apenas de direitos de primeira geração, as liberdades individuais.

O pensamento pós-revolução era de que o Estado deveria ser mínimo. Ele era visto de forma
negativa. E deveria servir apenas para preservar a propriedade, a segurança e as relações
contratuais.

Teoria da “mão invisível” - Laissez faire, laisse passer - "deixai fazer, deixai passar. Expressão-
símbolo do liberalismo econômico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve
funcionar livremente, sem interferência, apenas com regulamentos suficientes para proteger
os direitos de propriedade.

Estado nada fazia para conter a opressão da classe dominante (burgueses) sobre os
trabalhadores - injustiça social; miséria. Isso mostra que o Estado não é o único capaz de
oprimir. As pessoas, se totalmente libertas, também oprimem. Surge então a noção de Estado
com papel positivo, para trazer a proteção aos trabalhadores (proletariado) e acabar com a
exploração.

Transformação do Capitalismo do mercantil para o industrial. Fazia-se presente a teoria de


livre mercado. A defesa máxima da liberdade individual criava um Estado que nada fazia para
refrear a ação opressoras dos economicamente poderosos nas relações privadas. Estado nada
fazia para conter a opressão da classe dominante (burgueses) sobre os trabalhadores -
injustiça social; miséria. Isso mostra que o Estado não é o único capaz de oprimir. As pessoas,
se totalmente libertas, também oprimem. Surge então a noção de Estado com papel positivo,
para trazer a proteção aos trabalhadores (proletariado) e acabar com a exploração.

Ideias de autorregulação: mão invisível de Adam Smith é refutada após a crise de 1929.
Trouxe uma reflexão acerca do Capitalismo de Estado, que forneceria uma certa regulação
social e econômica para que o capitalismo se sustentasse. Substituição do livre-mercado pelo
Capitalismo de Estado.

Nos Estados Unidos, Roosevelt foi eleito para reconstrução do país pós-crise de 29. É
elaborado o Court Packing Plan 37. Caráter intervencionista para reconstrução – aprovado pela
maioria da população.

REVOLUÇÃO RUSSA 1917

Socialismo X Capitalismo

Capitalismo teve que fazer concessões para que não houvesse a revolução socialista. Tentou
mostrar que era democrático materialmente.
Estado Social de Direito: Regula a economia com a adesão ao Capitalismo. Atividade livre ao
mercado – liberdade de empreender sem uma regulação. Estado não atribui para si os meios
de produção.

Estado Socialista: Assume os meios de produção. Apropriação coletiva – sem empresários.

ESTADO SOCIAL DE DIREITO

Surge devido a reivindicações sociais pós-Revolução Industrial.

Prestação de direitos de Segunda Geração/Dimensão, que são os direitos sociais de saúde,


educação, direitos trabalhistas, entre outros.

Surge o papel positivo do Estado inaugurado pela Constituição Mexicana de 1917 e também
pela Constituição de Weimar de 1919 que serve como modelo universal.

BRASIL

O Estado social surge com o fim da Republica Velha e a industrialização promovida por Getúlio
Vargas, além da Constituição de 1934 que traz os direitos trabalhistas. A crise do café ajudou
na industrialização porque esta agrega valor ao produto.

MUDANÇAS

Inflação legislativa – são criadas muitas leis. Positivismo – passa-se a focar no aspecto lógico-
formal e não no aspecto moral.

Desmistificação do legislador – não é porque cria as leis que é o senhor da justiça. Nem sempre
aquilo que é jurídico tem a ver com justiça.

O certo não diz respeito ao que o legislador escreveu, mas com o que o jurista analisa.
ELEMENTOS DA TEORIA GERAL DO ESTADO

SOBERANIA

Poder supremo do Estado em relação a outros Estados para decidir sobre determinadas
matérias. É conceituada no século XVI com a constituição de Estados Nacionais.

Jellinek - o Estado se restringia aos papeis de assegurar a arrecadação tributária e a segurança,


por isso não havia essa hierarquização de poderes. Tal conflito se dá com maior intensidade na
Idade Média: com a afirmação da soberania dos reis (em relação: aos senhores feudais e ao
Papa).

Jen-Bodin - Soberania como poder absoluto e perpétuo de uma República. Poder conferido ao


soberano como reflexo do direito divino.
Havia muitas limitações visto que o poder era reflexo da lei divina e a lei natural.

Titularidade acerca da soberania: 1° Povo; 2° Nação; 3° Estado.

Rousseau – diz que a soberania é popular, transfere o conceito da pessoa do governante para
o povo. “Todo poder emana do povo”. Também diz que ela é inalienável e indivisível (vontade
geral com a participação do todo).

Sieyès diz que a soberania não vem do povo, mas da nação, que seria o povo numa ordem
integrante.

Por ultimo surge a visão do Estado como verdadeiro titular da soberania (seg. metade do
século XIX e século XX).

Nos limites do Estado: poder que subordina indivíduos e grupos sociais.


Em função dos outros Estados: significa independência – não ser submisso a qualquer potência
estrangeira.

TERRITÓRIO

Laband: relação de domínio, pois o Estado atual como proprietário do território (seria um
direto real de natureza pública)

Discussão sobre o domínio eminente do Estado


- Jellinek: nega a relação de domínio, pois o domínio exercido pelo Estado é expressão de
um poder de império (imperium)
- Ranelletti: é o espaço dentro do qual o Estado exerce seu poder de império

Limites
Mar: exploração econômica da plataforma continental – 200 milhas (350 se houver cristas)

Solo – fronteiras físicas com os países (estados ou municípios) vizinhos.

Subsolo: geralmente não há problema, pois não chega a ameaçar outra soberania

Espaço Aéreo
POVO
Diferente de população: expressão numérica, demográfica ou econômica.
Povo são os nacionais.
Cidadania: é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais que acompanham o
individuo.
Cidadão: quem possui título de eleitor. Caráter facultativo dos 16 aos 18 anos e após os 70.
Obrigatório dos 18 aos 70 anos.

FINALIDADE
Relacionada com as funções que o Estado desempenha.

Para Dalmo Dallari: O fim do Estado é o BEM COMUM. Conceito: “conjunto de todas as
condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da
personalidade humana”. Visão não autoritária se preocupa com o desenvolvimento das
pessoas. Defesa da dignidade humana. Ele atua nos Direitos Humanos.

-Bem-estar material (Estado de Bem-Estar – Welfare State). O Estado como agente da promoção social
e organizador da economia em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes de acordo com o
país em questão. Cabe, ao Estado do bem-estar social, garantir serviços públicos e proteção à população.

- Ético – fim ilimitado, expansivos, supremacia dos fins éticos (problema se os governantes que
ditarem as regras morais em nome do Estado) – totalitarismo – não há limites para a criação
de regras para o ditador.

FINS LIMITADOS
Estado Liberal – John Locke, Adam Smith finalidade de proteção da liberdade individual, que
não justifica restrições
Estado de Direito (contratualismo) – Hobbes e Rousseau – o indivíduo abre mão de certos
direitos – mas obediência a preceitos que são formalmente jurídicos
Estado – como sociedade política, tem um fim geral, constituindo-se em meio para que os
indivíduos e as demais sociedades possam atingir seus respectivos fins particulares.

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