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O espaço hierarquizado
Quando, durante o século XVIII, as cidades começam a ser pensadas como um
todo e se aplica o urbanismo e a gestão do espaço urbano, surge uma cidade
hierarquizada. A organização do espaço urbano, torna as periferias das cidades locais
de construção clandestina e de bairros operários. A iluminação pública, os parques
públicos e criação de espaços de lazer são destinados às elites locais. Tendo as classes
desfavorecidas espaços sombrios, lúgubres, sem saneamento básico ou higiene.
Momentos de Redenção.
A cidade é um espaço hierarquizado, onde as clivagens sociais e as representações
sociais jogam um papel importante. A cidade não é um espaço igual e de igualdade, é
discriminatório. A ordem e o equilíbrio social só são possíveis pela reprodução
(repetição) dos modos de agir, modos de pensar de uma ordem social. A cidade
representa um conjunto de esperanças, de sonhos, de frustrações e stress, de boémia
e trabalho, de desilusões e oportunidades. Há várias cidades numa cidade. A cidade é
um espaço hierarquizado, onde as clivagens sociais e as representações sociais jogam
um papel importante. A cidade não é um espaço igual e de igualdade, é
discriminatório. A ordem e o equilíbrio social só são possíveis pela reprodução
(repetição) dos modos de agir, modos de pensar de uma ordem social. A cidade
representa um conjunto de esperanças, de sonhos, de frustrações e stress, de boémia
e trabalho, de desilusões e oportunidades. Há várias cidades numa cidade.
A Evasão
Permite-lhes sonhar, sair da rotina e libertar-se das frustrações e das
preocupações do quotidiano. O cinema possibilitou que se sonhasse ser como as
personagens no ecrã, viver como elas. O futebol permitiu a oportunidade de libertar
todas as tensões, de se identificarem com uma equipa. O facto de soltarem todas as
pressões e preocupações num jogo de futebol, minimizava o risco de revolta,
alcoolismo e crime, preservando a ordem.
A cidade Hoje
Bairros Sociais: Um dos grandes problemas urbanísticos e sociais das cidades é a
construção clandestina na periferia das cidades que conduz a uma discutível política de
reinserção das classes mais carenciadas e desfavorecidas com a construção de Bairros
Sociais. Os Bairros Sociais não são uma solução, são uma medida possível, para
minimizar os prejuízos de um crescimento populacional desorganizado e excessivo. Ao
colocar famílias pobres e famílias problemáticas promove-se uma degradação das
práticas sociais, uma reprodução dos comportamentos e promove-se um sentimento
de exclusão.
A cidade não é um espaço de igualdade, é o resultado de uma gestão de território
feita pelo poder político (local ou nacional). Pretende-se sobretudo salvaguardar a
segurança, a ordem e o equilíbrio. Aos desfavorecidos cabe-lhes o papel de respeitar a
ordem estabelecida e às elites financiarem uma rede social: Educação, Saúde,
Segurança Social - através da doação, impostos, etc. Ao retirar os problemas sociais
extremos dos centros das cidades, pretende-se criar a ideia de segurança, os valores
do trabalho e da ordem como garantias para o desenvolvimento e prosperidade. Aos
serem confinados a bairros sociais degradados, mal vistos e sem oportunidades de
trabalho, os moradores - sobretudo jovens - reforçam o sentimento de exclusão,
procuram viver à margem das regras e da Ordem Social que lhes fechou portas e criou
preconceitos e discriminação. As cidades são hoje, cenários de stress, depressão,
tensão social, violência e ambição.