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Prof.

Jelsimar Pereira
História - ___/____/2023

Tempo e formas de registro


Olhar o relógio para saber as horas, combinar o horário para se encontrar com os amigos,
esperar os minutos passarem para o final do jogo, perceber que algumas coisas mudaram em relação ao
passado: esses são exemplos de experiências cotidianas que nos dão a noção de tempo.
Tempo contado pelo relógio
Nas cidades atuais, milhões de pessoas controlam seus compromissos pelo relógio. Observe
que, normalmente, utilizamos o relógio para saber a hora de acordar, comer, ir à escola, estar com os
amigos, praticar esportes, dormir, etc.
Com o relógio, dividimos o dia em horas, minutos e segundos. Mas essa forma de medir o
tempo não predominou em todas as épocas nem entre todos os povos. Cada cultura pode construir a
sua maneira de contar e registrar o tempo.
Foi apenas a partir do século XIV que os primeiros relógios mecânicos foram instalados nas
torres das igrejas, em monumentos das praças e em prédios públicos. Eram lugares bem visíveis para
que as pessoas pudessem enxergá-los.
Hoje em dia encontramos relógios de diversos tipos espalhados por vários lugares. Existem
relógios de pulso e de parede, os que aparecem nos computadores, nos celulares, em luminosos pelas
ruas, entre outros.

Tempo histórico e geológico


Existem diferentes modos de compreender o tempo. Um deles, por exemplo, é o tempo
geológico, ou seja, aquele relacionado à formação do planeta Terra. Essa noção de tempo é mais
trabalhada em disciplinas como a Geografia e a Física.
Por sua vez, em História, a noção de tempo mais trabalhada é a de tempo histórico, ou seja,
aquele que se relaciona com as ações dos seres humanos no espaço e no tempo. Assim, o tempo
histórico é o tempo das criações culturais.
Cada sociedade vivencia o tempo histórico à sua maneira. Por isso, os povos têm diferentes
formas de contar, sentir e responder aos desafios do seu tempo.
Cronologia e calendário
Ao estudar o tempo, com o objetivo de estabelecer sequências para os acontecimentos, os
povos construíram cronologias. Essas cronologias variam de acordo com os valores, os interesses e as
escolhas de quem elaborou os registros do tempo. Um dos instrumentos das cronologias é o calendário,
um sistema que serve para dividir, medir e organizar o tempo.
Diferentes tipos de calendário foram criados por vários povos, como os judeus, os cristãos e os
muçulmanos. A organização dos calendários também variou de acordo com conhecimentos e
necessidades de cada povo que os desenvolveu. Atualmente, a maioria dos países utiliza o calendário
gregoriano.
O calendário organiza a contagem do tempo a partir das seguintes unidades: dia, semana, mês
e ano. Períodos maiores podem ser contados em blocos de dez anos (década), de 100 anos (século) e de
mil anos (milênio).
Por ser o calendário oficial da Igreja católica, ficou convencionado que o ano 1 celebra o
nascimento de Jesus Cristo. As datas anteriores a esse evento são assinaladas pela abreviatura a.C.
(antes de Cristo). Já as datas posteriores não precisam de marcação ou podem vir acompanhadas da
abreviatura d.C. (depois de Cristo).
Unidades de tempo
O século é uma unidade de tempo muito utilizada nos estudos de História. Ele costuma ser
escrito, na maioria das vezes, em algarismos romanos. Exemplos: século XV, século XVII, século XXI. Há
pessoas, porém, que preferem representar os séculos em algarismos arábicos (século 15, século 17,
século 21, por exemplo). Nesta coleção, adotamos a primeira forma.
Agora, vamos aprender a calcular os séculos e a identificar alguns números romanos.

Para saber a que século um ano pertence, basta somar 1 ao número de centenas do ano. Por
exemplo: o ano 997 tem 9 centenas.
Temos, então:
997: 9 + 1 = 10 (X, em algarismos romanos). Assim, 997 foi um ano do século X.
Cálculo semelhante pode ser feito, por exemplo, com o ano 1822:
1822: 18 + 1 = 19 (XIX, em algarismos romanos).
Já no exemplo a seguir não há centenas:
56: 0 + 1 = 1. Ou seja, o ano 56 pertence ao século I.
Quando, porém, um ano termina em 00, temos uma exceção à regra. Nesse caso, o número de
centenas já indica o século e não é preciso somar 1. Veja:
2000: 20 (XX, em algarismos romanos). Isso significa que o ano 2000 ainda pertence ao século
XX (é o último ano desse século). Já 2001 é o primeiro ano do século XXI.
Os séculos anteriores ao nascimento de Cristo seguem as mesmas regras. Observe:
401 a.C.: 4 + 1 = 5. Assim, 401 a.C. pertence ao século V a.C. Observe que é o último ano desse
século, pois a contagem, nesse caso, é regressiva.
Agora, veja mais um exemplo com o ano terminando em 00:
400 a.C.: 4. Então, 400 a.C. é o primeiro ano do século IV a.C.

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