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PENSANDO EM HISTÓRIA

NOME:_______________________________ TURMA:________________
1) Marque 1 para quando o acontecimento for marcado pela natureza e 2 quando for acontecimento for marcado pelo
relógio:
(1) Tempo da natureza (2) Tempo do relógio
( ) Os camponeses acordam com canto do galo.
( ) Os comerciantes começam a trabalhar às 8 horas.
( )Os operários das fábricas almoçam entre 11h30 e 13h30.
( )As crianças só param de brincar quando estão muito cansadas.
( ) Os pastores tosam as ovelhas no início do verão.
( ) A jornada de trabalho no Brasil é de 44 horas semanais.
( ) As aulas nas escolas do Brasil duram em média 50 minutos.
( ) A Piracema, é um fenômeno que ocorre entre os meses de outubro e maio, é a subida dos peixes até as cabeceiras
dos rios para realizarem a desova, e assim se reproduzirem.
2) Os séculos geralmente são representados por algarismos romanos. Complete com algarismos romanos as datas em
que surgiram os seguintes inventos:
· Pólvora (Ano 1296) _______________________ Termômetro (Ano 1596 _____________________
· Torpedo (Ano 1777) _______________________ Dinamite (Ano 1867________________________
· Videocassete (Ano 1970) ____________________
3) Dê o ano em que começaram e o ano em que terminaram os séculos indicados abaixo:
a) Século XVII : _______________________________
b) Século IX: _________________________________
c) Século XI: _________________________________
d) Século XXI: ________________________________
4) Coloque em ordem crescente (do passado para o presente) os séculos do exercício número 2:
_________________________________________________________
5) O que é História?
6) Cite e explique três fontes históricas que no futuro poderão ser utilizadas para estudar a história de sua família:
7) Como os historiadores convencionais dividiram a história?
8) Leia as seguintes frases sobre o trabalho do historiador e marque a errada.
a) ( ) Os historiadores estudam as ações humanas e as sociedades ao longo do tempo com base em diferentes vestígios.
b) ( ) Para elaborar seu trabalho de pesquisa, o historiador deve analisar as fontes históricas, extraindo delas diferentes
informações: quem as produziu, em que época, para que serviam e como eram utilizadas.
c) ( ) Apesar de estudar o passado, o trabalho do historiador liga-se ao seu tempo, pois é a partir de valores, costumes e
questionamentos presentes que ele elabora seu trabalho de pesquisa.
d) ( ) Para escrever a história, não é necessário analisar as fontes históricas: precisa, isto sim, perceber no tempo
presente aquilo que permanece inalterado
A periodização na história
A cronologia é a ciência da contagem do tempo, permitiu elaborar os calendários e, por sua vez, organizar o
trabalho humano, possibilitando a evolução da espécie. A divisão cronológica da história, tal como conhecemos hoje, foi
desenvolvida a partir do século XIX. Visava facilitar o estudo das ações do homem através dos tempos, sendo baseada
então no calendário cristão, uma vez que foi criada a partir da cultura européia Ocidental greco-romana. Obviamente, o
tempo passou a ter como marco zero o nascimento de Cristo, ou ao menos o ano que se supunha Jesus teria nascido. É
interessante ressaltar que outras culturas possuem diferente marcos inicial para o inicio de seu calendário. Os gregos
antigos tinham como ponto de partida os primeiros jogos olímpicos, os romanos a mítica fundação da cidade de Roma.
Os muçulmanos ainda contam o tempo a partir da data da fuga de Maomé da cidade de Meca para Medina, o que
aconteceu no ano 622 pelo nosso calendário, o que faz com que eles estejam muito atrás do ano 2.000, seiscentos anos.
Igualmente, os chineses e judeus também contam o tempo diferente do mundo Ocidental. De qualquer forma, o
calendário cristão dividiu o tempo em séculos, períodos de cem anosos que serviu de base para que a cronologia
dividisse o tempo em grandes períodos, com inicio e final marcados por fatos significativos para a humanidade.
A pré-história
Para designar o período da história da humanidade que escrita ainda não existia e que, portanto, não possui registro dos
fatos e acontecimentos, convencionou-se chamá-la de pré-história. Uma época em que, teoricamente, não existiria
ainda história, já que não haveria registros escritos, sendo este o que caracteriza a história propriamente dita.
Entretanto, apesar da nomenclatura estar convencionada e a ser adotada cientificamente, este um conceito está
ultrapassado, pois muitas sociedades que não possuíram escritas, nem por isto não deixaram de ter história. Os
indígenas da América do Sul, por exemplo, não conheciam a escrita, mas preservavam sua história oralmente. Os
arqueólogos são responsáveis pela coleta de indícios matérias destas sociedades sem escrita, recompondo sua história.
A rigor, a pré-história abarca desde o surgimento dos ancestrais mais antigos do homem, o australopiteco, cerca de um
milhão de anos acc. até o aparecimento da escrita 6.000 a.C.

A Idade Antiga
A antiguidade só passou a ser considerada assim posteriormente, é claro que quando os gregos viveram não se
consideram antigos, na sua ótica eles eram contemporâneos. No entanto, foi convencionado chamar de Idade Antiga o
período da história em que se desenvolveram as primeiras civilizações. Por este último termo deveu entender a
formação de uma cultura mais complexa, com componentes sociais, políticos e econômicos; onde o trabalho começou a
ser organizado em beneficio da humanidade, implicando na construção de cidades e no entrelaçamento de redes
comerciais e intercâmbios de várias ordens entre os povos. Existe uma controvérsia para delimitar o inicio da
antiguidade, alguns teóricos defendem o ano 3.500 acc., quando surgiram as primeiras civilizações Ocidentais. Esta é a
datação mais aceita, aquela ensinada nas escolas e presente nos livros didáticos. Porém, outros consideram o ano 6.000
acc. como o inicio da antiguidade, quando surgiram as primeiras civilizações na Mesopotâmia e a escrita cuneiforme. Já
com relação à data que marca o final da Idade Antiga existe um consenso, é o ano 476, quando a cidade de Roma foi
invadida pela primeira vez pelos chamados bárbaros. Uma data importante que simboliza o fim do Império romano,
apesar da influência romana e vários de seus domínios terem continuado existindo depois deste ano. Trata-se apenas de
uma data que tenta ajudar a delimitar o fim da antiguidade, embora não deva ser entendida literalmente como o final
do período romano, pois houve, como no caso de qualquer da passagem de uma era a outra, um longo período de
transição. De qualquer modo, antiguidade é cronologicamente dividida em três períodos. Primeiro a antiguidade
Oriental, até 400 anos a.C. Depois a antiguidade Clássica, o período do predomínio da cultura grega e parte da romana,
com delimitação controversa, em geral fixada entre 400 anos a. C até o ano 300 d.C. finalmente a antiguidade Tardia,
um período de transição que ultrapassa a Idade Antiga e entra na medieval, vai do ano 300 até o inicio do século VI,
note que 476, final do século V, é o marco do fim da antiguidade.
A Idade Média
O conceito de Idade Média remete a um período que estaria entre um e outro, foi pensado para separar uma era de
ouro, no caso a antiguidade, da retomada do crescimento do progresso humano na modernidade. Um erro teórico que
não é mais aceito pelos historiadores, pois o período medieval foi tão ou mais rico de realizações que a antiguidade,
registrando importantes avanços técnicos e culturais. As universidades, por exemplo, surgiram na Idade Média. Em todo
caso, a medieval idade está intimamente relacionada com a história da Europa, marcada pelo feudalismo no Ocidente,
ignorando outros povos que viveram em contextos distintos e com avanços mais significativos. Teoricamente o inicio da
Idade Média é delimitada pelo ano de 476, a queda de Roma, indo até 1453, quando caiu Constantinopla, portanto, o
fim do Império romano do Oriente, chamado de bizantino. Na ocasião, Constantinopla foi invadida pelos otomanos,
permanecendo em seu poder até 1922, quando a cidade foi renomeada como Istambul e passou a pertencer à Turquia.
A Idade Média costuma ser dividida em dois períodos cronológicos. Temos primeiro a chamada Alta Idade Média, um
período que vai de 476 até o ano 1.000, marcado pelo feudalismo em boa parte da Europa. Depois a Baixa Idade Média,
a qual marca o colapso do sistema feudal e a transição para a modernidade, incluindo o Renascimento. Este último, um
termo que designa uma retomada da antiguidade a partir do século XIII, com diversos avanços artísticos e culturais,
ultrapassando a Idade Média, indo até o século XVII.
A Idade Moderna.
Dentro do âmbito do renascimento, a Idade Moderna é chamada assim por ser considerada como um período de
resgate da antiguidade, depois de um suposto período de trevas, no caso a Idade Média. O termo modernidade remete
a grandes mudanças que possibilitaram a aceleração do desenvolvimento humano na Idade Contemporânea. O inicio
desta era é repleto de controvérsias quanto sua periodização, vários historiadores defendem marcos diferentes para o
começo e o fim do período. A corrente francesa, aquela que acabou cunhando a data tradicionalmente aceita para o
inicio e final da Idade Moderna, defende 1453, a queda de Constantinopla. No entanto, datas mais significativa são
defendidas como marco inicial por outras vertentes teóricas. Entre elas 1415, a conquista de Ceuta pelos portugueses,
uma cidade no norte da África inserida no comercio de especiarias intermediadas do Oriente para a Europa. Um marco
que denota o começo da expansão ultramarina e o incremento do sistema capitalista nascente, através do
mercantilismo. Também inserido no contexto das especiarias é o ano de 1497, data em que Vasco da Gama chegou à
Índia navegando pelo Atlântico, um feito que permitiu ampliar as fronteiras social, econômicas e culturais da Europa.
Outra data é 1492, com a descoberta da América por Cristóvão Colombo, algo que alterou profundamente o panorama
do mundo conhecido. Podemos notar que qualquer que seja o marco escolhido, a semelhança das outras periodizações,
a cronologia é euro centrista. A controvérsia também existe com relação à datação do final da Idade Moderna. A
corrente francesa delimita o fim da modernidade em 1789, ano da queda da Bastilha, prisão política do poder
absolutista, um tradicional marco tido como inicio da Revolução Francesa. Porém, existem historiadores que defendem
1760 como uma data mais apropriada, pois é o ano que tem começo a Revolução Industrial, alterando o ritmo da
evolução tecnológica da humanidade. Existem aqueles que preferem ainda 1776, quando foi assinada a declaração da
independência dos Estados Unidos da América, em quatro de julho na Virginia. Destarte, apenas uma minoria, em geral
historiadores norte-americanos, considera a data significativa em termos globais. Uma visão eurocêntrica tem como
proposta 1814, data do Congresso de Viena, quando as fronteiras políticas da Europa foram redefinidas, o que, alongo
prazo, conduziria a primeira e segunda guerra mundial. O ponto de discórdia, com relação à Idade Moderna, não se
limita a datação do inicio e final da modernidade. Existe uma corrente historiográfica inglesa que prefere trabalhar com
o conceito de Tempos Modernos ao invés de Idade Moderna, dividindo as sociedades em pré-industriais e indústrias.
Simultaneamente, a historiografia marxista tende a estender o conceito de Idade Média até as revoluções liberais que
terminaram com o poder absolutista dos reis, considerando o mercantilismo e o comercio de especiarias como parte
das cruzadas. Os marxistas deslocam a Idade Moderna para o período chamado tradicionalmente de Contemporâneo.
Devido a esta confusão, justifica-se iniciar o estudo da história moderna a partir da crise do sistema feudal, enfatizando
a formação do sistema capitalista, encerrando com os processos de independência das colônias americanas e o
Congresso de Viena.
A Idade Contemporânea.
O período contemporâneo denota aquele que vivemos hoje, daí o termo, sendo caracterizado pelo capitalismo
norteando as ações do Estado, com o liberalismo e o neoliberalismo em seu interior. Obviamente começa com o final da
Idade Moderna e segue até nossos dias, não tem uma data que delimite seu fim, já que estamos ainda vivendo a
contemporaneidade. No entanto, existe uma discussão em volta da demarcação de seu fim, implicando em rediscutir a
tradicional cronologia que atualmente delimita os períodos históricos.
Concluindo.
A primeira vista pode parecer pouco relevante conhecer os marcos que delimitam as eras históricas e a discussão ao
redor de datas alternativas. Porém, ao adentrar a rica aventura da humanidade desde seus primórdios até os dias
atuais, é interessante conhecer a cronologia para que possamos nos situar no tempo. Localizando as Idades da história
podemos passear por ela mais facilmente, contextualizando tempo e espaço.

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