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PREFEITURA MUNICIPAL DE BARCARENA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


ESCOLA CÔNEGO FRANCISCO DA SILVA CRAVO
DIRETORA: EDILEUSA SANTOS
PROFESSOR(A): DUZILA FERNANDES
ALUNO:
O Tempo e a História
(EF06HI01) Identificar diferentes formas de compreensão da noção de tempo e de periodização
dos processos históricos (continuidades e rupturas).

O que a História estuda?


A História estuda justamente o processo de mudanças ocorridas nas sociedades. Incluem-se aí as
mudanças no campo da comunicação, da moda, da alimentação, da construção de moradias, do lazer,
entre outras.
Mas a História não estuda apenas as mudanças. Estuda também as permanências, ou seja, aquilo que,
mesmo com o passar dos anos, não mudou ou mudou pouco. Exemplos disso são as construções
presentes em algumas cidades brasileiras, como Ouro Preto, São Luís, Olinda, Goiás e Salvador. Repare
que elas são muito antigas; foram construídas há
muito tempo e preservadas até hoje.
Vista aérea do Largo do Alto da Sé com destaque para
a Catedral da Sé, à direita, construção iniciada em
1548; à esquerda, farol inaugurado em 1941, situado
no alto do Morro do Serapião. Olinda (PE), 2013. O
Brasil tem 19 sítios considerados como Patrimônio
Mundial da Unesco, dentre os quais estão os centros
históricos das cidades de Ouro Preto, São Luís, Olinda,
Goiás e Salvador.

As permanências também podem ser percebidas nas brincadeiras antigas que continuam sendo
praticadas hoje. Pular corda, brincar de peteca, de boneca, de carrinho, de esconde-esconde e de
amarelinha são exemplos de permanência.
Menina brincando de amarelinha. Estados Unidos, 2016.
Concluindo, a História estuda as mudanças e
também as permanências. Procura perceber o
modo como as pessoas viviam nos tempos
antigos e como vivem hoje, bem como a relação
entre aqueles tempos e os tempos atuais. Ou
seja, a História estuda o tempo passado e
também o presente. Por isso, pode-se dizer que
a História é o estudo dos seres humanos no
tempo.

Tempo
Para escrever a História, os seres humanos
tiveram de resolver o problema de situar os
acontecimentos no tempo. Por isso, ao longo do
tempo, criaram diferentes calendários, isto é,
diferentes modos de contar e dividir o tempo.
Para dar início à contagem do tempo, cada povo
escolheu uma data que é importante para ele.
Crianças brincando de amarelinha. França, 1956
Os judeus, por exemplo, começam a contar o tempo a partir da criação do mundo, que para eles se deu
no ano 3760 antes do nascimento de Cristo.

Tempo histórico
Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou calendários,
temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças ocorridas na crosta
terrestre, e o tempo histórico que está relacionado às mudanças nas sociedades humanas.
O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, os quais provocam as mudanças sociais, ao
mesmo tempo em que são modificados por elas.
A história não é prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a ir e voltar no
tempo. Ele volta para compreender as origens de uma determinada situação estudada e segue adiante
ao explicar os seus resultados.

A contagem do tempo histórico


-Os vários tipos de Calendários
O modo de medir e dividir o tempo varia de acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada povo.
O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é
considerado o mais importante.

Calendário Islâmico_ Os islâmicos possuem, como marco inicial de seu calendário, a fuga de profeta
Maomé (líder muçulmano) de Meca para Medina (ambas cidades árabes), ocorrida no ano 622 do
calendário cristão. Os islâmicos possuem, como marco inicial de seu calendário, a fuga de profeta
Maomé (líder muçulmano) de Meca para Medina (ambas cidades árabes), ocorrida no ano 622 do
calendário cristão.

Calendário Chinês _ O calendário chinês é baseado nos movimentos da Lua e do Sol. Cada mês pode ter
29 ou 30 dias e o ano tem 354 ou 355 dias. Os chineses organizaram seu calendário em 12 meses. Cada
ano recebe o nome de um animal. Os anos começam sempre em uma lua nova, entre 21 de janeiro e
20 de fevereiro. A cada 12 anos, fecha-se um ciclo, repetindo-se, então, os animais.

Calendário Indígena_ Os povos indígenas têm uma maneira própria de marcar a passagem do tempo.
Para alguns desses povos, a passagem do tempo está relacionada à agricultura e aos fenômenos
naturais, como a chuva e o frio.

Calendário Cristão_
Os povos cristãos, baseiam seu calendário no ano de nascimento de Cristo. Esse acontecimento
marca o primeiro ano do calendário cristão, também chamado de calendário gregoriano. Os anos
anteriores ao nascimento de Cristo são contados de forma decrescente e vêm acompanhados da sigla
a.C., que significa antes de Cristo. Já os anos posteriores, são
identificados com a sigla d.C., que significa depois de Cristo. Esse
tipo de calendário é utilizado por quase todos os povos do
mundo, incluindo o Brasil.
Na tabela abaixo relacionamos algumas dessas unidades:

A história está dividida entre antes de Cristo (a.C) e depois de


Cristo (d.C.), porque o calendário cristão que usamos tem como
ponto de divisão o nascimento de Jesus Cristo.

Quer você esteja falando de antes ou depois de Cristo, a lógica


da divisão dos séculos é a mesma:

32 a.C. - século I a.C.


 689 d.C. - século VII
 1111 a.C. - século XII a.C.
 1997 d.C. - século XX
Normalmente, se não for referido se a data é antes ou depois de Cristo, assume-se que seja depois de
Cristo. Ou seja, quando alguém diz século VII, século XIII, etc, essa pessoa quer dizer depois de Cristo.
Truques para saber sempre qual é o século
Basta cortar o algarismo das unidades e o algarismo das dezenas e depois acrescentar um (1).

Exemplos:
 1203 a.C. = 12 + 1 = 13 = século XIII a.C.
 630 d.C. = 6 + 1 = 7 = século VII d.C.
 2008 = 20 + 1 = 21 = século XXI d.C.

DIVISÃO DA HISTÓRIA

Uma periodização
Para facilitar o estudo da História, os
historiadores do século XIX dividiram a
longa trajetória humana sobre a Terra em
cinco grandes períodos, que estão
representados a seguir.

 PRÉ-HISTÓRIA- Do surgimento do gênero Homo, há cerca de 2 milhões de anos, até a invenção


da escrita, ocorrida por volta de 3500 a.C.
 IDADE ANTIGA- De 3500 a.C. até a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C.
 IDADE MÉDIA- De 476 até a invasão da cidade de Constantinopla (atual Istambul) pelos turcos,
em 1453.

Repare que essa periodização considera as sociedades sem escrita (ágrafas) sociedades sem história.
Os historiadores atuais não aceitam essa divisão entre Pré-História e História, porque consideram que:
• as conquistas humanas anteriores à escrita (como o domínio do fogo, a invenção da roda, a prática da
agricultura) são tão importantes quanto as posteriores;
• os povos que não desenvolveram a escrita também possuem uma história movimentada, que precisa
e pode ser mais bem conhecida.

 IDADE MODERNA- De 1453 até o início da


Revolução Francesa, em 1789.
 IDADE CONTEMPORÂNEA- De 1789 até os dias
atuais.

A divisão da História em quatro períodos também


é criticada pelos historiadores atuais, porque:
1) essa divisão valoriza os fatos importantes para
os povos da Europa e desconsidera o que se passava, por exemplo, na África ou na Ásia;
2) os criadores dessa periodização (Antiga, Média, Moderna e Contemporânea) consideravam
a fonte escrita (uma carta, um decreto, um testamento) muito mais importante do que as outras
fontes, como uma imagem, o resto de uma escultura, uma pintura em cavernas, entre outras.
Para os historiadores atuais, as fontes não escritas (fotografias, pinturas, restos de moradias,
entrevistas) são tão importantes quanto as escritas para o conhecimento da História
Então, por que estudar essa periodização? Essa periodização é muito usada em textos de livros,
revistas, jornais, por isso é importante conhecê-la.

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