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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA

A palavra HISTÓ RIA tem origem no termo grego historiai, que significa pesquisa ou
conhecimento por meio da investigaçã o. Esse termo foi criado por Heródoto (484 a.C
– 425 a.C), considerado o primeiro historiador. Ele nasceu na Grécia e foi a primeira
pessoa a estudar os acontecimentos do seu tempo.

Para que serve a História?

O estudo dos acontecimentos passados permite aos homens e mulheres do


presente compreender como a sociedade se desenvolveu. A Histó ria organiza
todos os fatos e nos ajuda a conhecer mais sobre nosso passado e viver
melhor o presente. As mudanças que acontecem na sociedade geralmente se
entendem por centenas de anos e sã o bastante complexas. Mesmo distantes
no tempo, os acontecimentos do presente possuem relaçã o com os do
passado.

Quem é o Historiador?
O historiador é o profissional que busca identificar o que mudou e o que
permaneceu ao longo do tempo, entender o passado e esclarecer a relaçã o entre
ele e o tempo presente. Geralmente, os historiadores trabalham com pesquisa em
Arquivos e Museus. Mas eles também estã o nas salas de aula das escolas e
universidades. Os historiadores também trabalham com profissionais de
outras á reas do conhecimento, como geó grafos, arqueó logos e economistas,
entre outros.
O historiador é um detetive...
Para reconstituir os acontecimentos do passado o Historiador precisa encontrar, juntar e analisar
vá rias “pistas” deixadas pelas pessoas. Essas “pistas” sã o chamadas de vestígios e ajudam o
historiador e conhecer a Histó ria.

O Passo a passo do Historiador


1º - Escolher uma questã o para responder com sua pesquisa.
Exemplo: Como os portugueses chegaram ao Brasil?
2º - Onde procurar por pistas (vestígios)?
Exemplo: cartas antigas, mapas, diários de navegação...
3º - Juntar os vestígios, fazer anotaçõ es e expor suas descobertas para outros estudiosos.

que são Fontes de Pesquisa? Sã o os vestígios do nosso passado, e estã o divididas


em dois tipos: FONTES PRIMÁ RIAS e FONTES BIBLIOGRÁ FICAS.

FONTES PRIMÁRIAS FONTES BIBLIOGRÁFICAS


Documentos escritos, Livros e artigos produzidos
monumentos, pinturas, por outros especialistas
fotografias, filmes, livros... sobre o assunto investigado

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As fontes primá rias também estã o divididas, entre materiais e imateriais.

FONTES MATERIAIS: Sã o aquelas que vemos como “concretas”, como os


monumentos, fotografias e pinturas.

FONTES IMATERIAIS: Sã o aquelas que nã o conseguimos ver como “concretas”, mas que
sã o muito importantes para construir a Histó ria: relatos orais, cantigas, danças, receitas
culiná rias, remédios naturais...

Quem são os Sujeitos Históricos?

Algumas pessoas acreditam que só fazem parte da Histó ria aqueles que realizam
grandes feitos, como rainhas, presidentes e ditadores. Outras pessoas acham que
quem faz parte da Histó ria sã o os historiadores, já que sã o eles que ajudam a
escrever os acontecimentos histó ricos. Mas a verdade é que
todos os membros da sociedade fazem parte da
História, e por isso sã o chamados de sujeitos histó ricos.
A Histó ria é o resultado das relaçõ es entre diferentes
grupos dentro de uma sociedade. Isso significa que todos
nós, colegas e professores, vizinhos e familiares, somos sujeitos históricos.

A A memória e a História
Quando investigamos o passado podemos nos deparar com diferentes memó rias. Memó ria
é a capacidade da nossa mente e guardar lembranças e acontecimentos que marcaram a
nossa vida. Todos nó s temos memó rias, e é com essas memó rias que escrevemos a nossa histó ria.
Entã o, se juntarmos as nossas histó rias ajudamos a escrever a histó ria da humanidade.

Histó ria usa a memó ria para resgatar aspectos do passado. A memó ria pode se manifestar de diversas
formas, e todas elas precisam ser respeitadas e preservadas. Quando preservamos uma memó ria
damos a ela o nome de patrimônio.

PATRIMÔNIO MATERIAL
PATRIMÔNIO
Sítios arqueoló gicos, IMATERIAL
acervos de museus,
Cantigas, festas
construçõ es histó ricas...
regionais, modos de
artesanato...

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Para proteger o patrimô nio o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
realiza o tombamento de monumentos, festas e prá ticas. Isso significa que os bens sã o inscritos em
uma lista e protegidos pelo poder pú blico, como “Bens Tombados pelo Estado”.

O tempo e a História

A Histó ria estuda as açõ es humanas no tempo. Isso


significa que a contagem do tempo é muito importante
para o trabalho dos historiadores. Ao longo dos séculos,
diferentes civilizaçõ es usaram o sol, as fases da lua e as estaçõ es do ano para
contar o tempo. O calendário que usamos hoje, chamado gregoriano, está em
vigor há quase quinhentos anos. Ele tem como base o tempo que a Terra leva para
dar uma volta completa em torno do Sol, que é de 365 dias.

O marco inicial do
calendá rio
gregoriano é o
nascimento de
Jesus Cristo; por
isso, ele também é
conhecido como
calendário
cristão.

Todo fato histó rico está relacionado a um lugar e a um tempo específico. Por
exemplo: quando estudamos a chegada dos portugueses no Brasil, sabemos que
aconteceu em abril de 1500 (tempo) em Porto Seguro / Bahia (lugar).

À s vezes, porém, os acontecimentos sã o muito antigos ou duram muito tempo. Por isso, os
historiadores dividem o tempo em medidas:

DÉCADA: dez anos SÉCULO: cem anos MILÊNIO: mil anos

O século é a medida de tempo mais utilizada pelos historiadores. O calendá rio gregoriano começa no
ano 1, ano do nascimento de Jesus Cristo. Assim, o primeiro século vai do ano 1 até o ano 100; o
segundo, do ano 101 até o ano 200... E assim por diante. Para diferenciar os acontecimentos, os
historiadores usam a sigla a.C (antes de Cristo) e d.C (depois de Cristo).

Os algarismos romanos
Para identificar os séculos usamos
algarismos romanos. Os números
romanos foram o sistema de
algarismos mais utilizado na Europa
durante o Império Romano, antes de
ser substituído pelos algarismos indo- 3
A divisão da História

Os historiadores dividiram a Histó ria em cinco períodos: Pré Histó ria, Idade Antiga, Idade Média,
Idade Moderna e Idade Contemporâ nea. O marco inicial é a invenção da escrita, há 6 mil anos atrá s.
E, como a histó ria é feita todos os dias, nã o existe um marco final.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRAICK, Patrícia Ramos. Estudar história : das origens do homem à era digital : manual do professor — 3. ed. — Sã o Paulo
: Moderna, 2018.

COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. Sã o Paulo: Saraiva, 2005.

HABILIDADES DA BNCC RELACIONADAS A ESTE MATERIAL

 (EF06HI01) Identificar diferentes formas de compreensão da noção de tempo e de periodização dos


processos históricos (continuidades e rupturas).
 (EF06HI02) Identificar a gênese da produção do saber histórico e analisar o significado das fontes
que originaram determinadas formas de registro em sociedades e épocas distintas.

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