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6º ANO

1º BIM

Por que estudar história.


História: tempo, espaço e formas de registro

 O passado e as diferentes culturas


 Diferentes calendários
 Separação do tempo em períodos

POR QUE ESTUDAR HISTÓRIA?

Você deve estar se perguntando, por que eu preciso estudar o passado?


Bem, com certeza você já ouviu seus pais, avós, tios ou mesmo vizinhos contando
“historias” de suas infâncias, de como eram suas vidas antigamente. Ao ouvir essas
histórias percebemos como, com o tempo, as coisas mudaram. A televisão, por
exemplo, só chegou ao Brasil na década de 1950. Você sabia que o chuveiro
elétrico só foi inventado no começo do século XX? E que o primeiro vídeo game do
mundo foi lançado em 1972? Pois é, essas são algumas coisas que você está tão
acostumado a usar em seu dia a dia que nem se pergunta como surgiram ou quem
as inventou.
As mudanças não acontecem somente na área tecnológica. Se você olhar fotos
antigas verá que as paisagens (urbanas e rurais), roupas, calçados e até mesmo os
cortes de cabelo mudaram com o passar do tempo.
Mas o que faz haver tantas mudanças? Para respondermos a essa pergunta
precisamos de informações do passado. Mas como conseguir estas informações?
Estas informações podem ser encontradas em documentos históricos ou fontes
históricas. As fontes históricas podem ser, entre outros, documentos escritos,
objetos, fotografias, cartas, músicas, roupas e monumentos.
Os profissionais responsáveis por pesquisar o passado em diferentes épocas e
lugares para melhor entender os dias atuais são os historiadores que, através de
seus estudos e análises de documentos históricos, colaboram para que possamos
entender melhor o mundo em que vivemos.
A palavra história vem do grego, e significa "pesquisa, conhecimento advindo da
investigação”. A História investiga o passado de diferentes povos e não serve
apenas para sabermos como eles viviam antigamente, ela nos ajuda a entender a
causa de muitos acontecimentos dos dias atuais. O que acontece no presente está
muito ligado ao passado.
Só os historiadores podem fazer pesquisas para entender o passado? Não! Todos
nós, em diferentes fases da vida, temos perguntas que necessitam de informações,
conhecimento do passado para ser respondidas. Você nunca se perguntou por que
temos eleições? Ou, por que hoje temos um presidente e não um imperador como
era antigamente? Ou, por que não temos um rei ou rainha? Para entendermos
nosso atual regime político precisamos estudar diferentes períodos da História,
alguns muito distantes.
Decifrar o presente nos encoraja a estudar o passado.

O PASSADO E AS DIFERENTES CULTURAS


Quando falamos de cultura estamos falando do modo como as pessoas vivem,
como elas entendem o mundo, práticas religiosas, arquitetura, música, etc.
Para falar de cultura é preciso entender que ela se modifica com o passar do tempo.
Quando falamos de povos indígenas, por exemplo, as pessoas tendem a imaginar
pessoas nuas vivendo na mata, usando arco e flecha e falando uma língua estranha.
É comum as pessoas pensarem que se um índio está usando roupas quer dizer que
agora ele é “civilizado”, que deixou de ser índio. Errado. O fato de usar roupas não
quer dizer que o índio deixou de ser índio.
A cultura se transforma, e pode adquirir características diferentes ao longo do
tempo. Nem por isso as sociedades deixam de ser o que são.
Não podemos dizer que uma cultura é melhor que outra, não há superiores ou
inferiores, é preciso ter em mente que todos devem ser respeitados.
Além de culturas diferentes, as sociedades também são diferente na economia. A
economia é a maneira pela qual as sociedades utilizam recursos para viver.

DIFERENTES CALENDÁRIOS

Como vimos, o tempo é muito importante no estudo da História. O tempo está


presente em nossa vida, estamos organizados com datas e horários. Podemos
sentir o tempo de várias maneiras: quando estamos fazendo algo legal parece que o
tempo voa, porém, quando estamos fazendo algo chato temos a impressão de que
o tempo não passa.
Algumas pessoas ficam contando o tempo (contam os dias) para a chegada do
aniversário, essa é uma data importante para a maioria das pessoas. Essa
informação é importante também para vários outros acontecimentos em nossas
vidas, como fazer a matricula na escola por exemplo.

As vezes, precisamos localizar no tempo alguns acontecimentos. Para isso, usamos


calendários. Os calendários marcam dias, meses e anos. Já pensou na bagunça
que seria se não houvesse calendários? Ninguém saberia quantos anos tem ou
quando começar a escola, como marcar compromissos se não sabemos em que dia
estamos?
A formação dos calendários está associada a observações do tempo da natureza,
rotação da Terra, fases da Lua, movimento da Terra ao redor do Sol, estações do
ano, etc. Com isso, foi estabelecida a duração dos anos e dos meses.
Nosso tempo é contado pelo calendário cristão, que recebe esse nome porque
utiliza como data inicial o que acreditamos ter sido o nascimento de Jesus Cristo. O
ano 1 de nosso calendário seria o ano do nascimento de Jesus. Mas por que essa
escolha? Isso aconteceu porque no continente europeu a religião cristã se tornou
muito importante e seus governantes, mais ou menos quinhentos anos dos tempos
em que Jesus viveu, resolveram tentar identificar a data em que Ele nasceu para
começar a contar o tempo a partir de então.
Para identificar os anos após o nascimento de Cristo, usamos a sigla d.C. (depois de
Cristo) e para os anos anteriores, a.C. (antes de Cristo). Os anos a.C. são contados
de forma decrescente, os anos d.C., de forma crescente.
O atual calendário cristão deriva de um acordo feito em 1582, entre reis europeus e
o papa Gregório XII, este acordo estabeleceu alguns ajustes na contagem de tempo
usada até então que tinha por base o calendário romano. Por isso, é conhecido
como calendário gregoriano, baseado na rotação da Terra em torno do Sol. O
novo calendário estabeleceu o ano bissexto a cada quatro anos, pois o ano solar
possui 365 dias, 5 horas e 49 minutos. Assim, a cada quatro anos o ano tem um dia
a mais.
Como vimos, os calendários surgiram a partir da necessidade dos povos de contar o
tempo para permitir que as datas sejam determinadas, organizando os
acontecimentos em ordem cronológica. As diferenças culturais nos mostram que não
existe apenas uma forma de contar o tempo. Apesar de o calendário cristão ser
conhecido no mundo todo, outros calendários servem para marcar fatos e tradições.
Os judeus um calendário que tem início na criação do mundo, mais ou menos, 3760
a.C.
No calendário muçulmano o início se dá com a saída de Maomé de Meca, a
Hégira, que ocorreu, segundo o calendário cristão em 622 d.C.
Em vários países asiáticos, como a China e o Japão, a religião budista teve grande
influência sobre o calendário. Segundo a tradição religiosa desses povos, Buda
esperava receber homenagens de diferentes animais no ano novo. Mas só doze
apareceram, então, Buda resolveu dar a eles os nomes dos anos do calendário.
Assim, nessas culturas, os anos são conhecidos por: rato, búfalo, tigre, coelho,
dragão, serpente, cavalo, cabra, macaco, galo, cão e javali. Esses nomes se
repetem a cada doze anos. Eles acreditam que a época em que uma pessoa nasce
terá influência de algum desses bichos.
Em resumo, são diferentes maneiras de contar o tempo, geralmente associadas à
religião.
https://br.pinterest.com/wilsonfahj1426/professores-de-hist%C3%B3ria/

Na América Central, se destaca o calendário asteca e maia. Com detalhes


astronômicos refinados, o calendário organizava as atividades desenvolvidas nas
cidades (cerimônias, guerras, comércio, agricultura). O calendário também era
utilizado para adivinhações e profecias, que poderiam ser individuais ou para toda a
comunidade. As pessoas que dominavam esse conhecimento eram muito
importantes na sociedade.
Para muitos povos indígenas, o tempo da natureza continua como referência
fundamental. Algumas etnias se orientam a partir dos ciclos da cheia e da seca de
grandes rios, que muitas vezes determinam os dias em que devem realizar festas
especiais. Nessas sociedades a concepção de tempo e trabalho é diferente
daquelas que nos transmitiram os europeus.
Para o estudo da História os estudiosos trabalham com medidas de séculos. Cada
100 anos forma um século. A forma mais comum de representação dos séculos é
em algarismos romanos, porém, algumas mídias (jornais, revistas, etc.)
representam os séculos em números cardinais. Por exemplo, século 19, século 20,
etc.

#ficaadica
E para saber em que século se encontra determinado ano?
Ano Século
300 d.C. Século III (Se o número terminar em dois zeros, repetimos o
número antes do zero)

1400 d.C. Século XIV (Se o número terminar em dois zeros, repetimos os
dois primeiros números)

476 d.C. Século V (Se o ano não terminar em dois zeros, se for um ano
com três números, usamos o primeiro número e somamos 1)
Exemplo: 4 + 1 = 5 (V)

1789 d.C. Século XVIII (Se o ano não terminar com dois zeros, se for um
ano com quatro números, usamos os dois primeiros números e
somamos 1)
Exemplo: 17 + 1 = 18 (XVIII)

O que aprendemos até aqui?

Atividades

1 – A História é uma ciência que investiga o passado para entender também o


presente. Que recursos os historiadores utilizam para conhecer o passado?
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2 – Os calendários nos ajudam a contar o tempo. Qual a importância dos


calendários para os historiadores?
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3 – Qual calendário utilizamos atualmente?


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4 – Saber identificar os séculos é algo importante quando se estuda História.
Vamos ver se você entendeu, seguindo as dicas do texto indique os séculos dos
seguintes anos:

a) 330 d.C. f) 1492 d.C. ____________


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b) 622 d.C. g) 1822 d.C. ____________
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c) 843 d.C. h) 1998 d.C. ____________
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d) 1000 d.C. _____________ i) 2000 d.C. ____________
e) 1350 d.C. j) 2001 d.C. _____________
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5 – Continue a relação dos séculos abaixo.

Séculos Períodos Séculos Períodos


Século X Ano 901 ao 1000 Século XVI
Século XI Ano 1001 ao 1100 Século XVII
Século XII Século XVIII
Século XIII Século XIX
Século XIV Século XX
Século XV Século XXI

SEPARAÇÃO DO TEMPO EM PERÍODOS

Para facilitar o estudo e a compreensão do passado, costumamos dividir a História


em períodos. Nem todos concordam com essa definição de períodos. Por que?
Ocorre que, alguns fatos do passado não tiveram suas datas comprovadas. Além
disso, o que é importante para um grupo, pode não ser para outro.
Olhando para o seu passado, você pode dividi-lo em fases: o período que você
começou a estudar, a escola onde você foi matriculado, o nascimento do
irmãozinho, etc. Quando você estabelece datas especiais, você está estabelecendo
uma periodização de sua vida. Percebe que o que é importante para você e sua
família pode não ser importante para as outras pessoas?
O mesmo acontece com diferentes sociedades e civilizações, que estabelecem
quais datas são as mais importantes. Por isso, existem diversas periodizações.
Algumas foram estabelecidas por historiadores com o objetivo de facilitar o estudo
de determinada fase da História. É importante entender que uma periodização,
apesar de ser um recurso básico para historiadores, deve sempre aberta a
discussão e revisão.
Historiadores do continente europeu criaram períodos a partir da perspectiva
europeia. Embora essa divisão não explique a situação dos povos que viviam na
América, na África ou em partes da Ásia, ela é bastante utilizada. Vamos conhece-
la?
O primeiro período, a chamada Pré-História, se refere ao período anterior à
invenção da escrita. A história antiga, Antiguidade ou Idade Antiga, trata dos
períodos que vão do início da escrita até o ano 476 d.C., com a queda do Império
Romano do Ocidente.
A história medieval, Idade Média, é o período que vai até o ano 1453 d.C., quando o
importante centro comercial, Constantinopla, é dominado pelos turco-otomanos.
A história moderna, Idade Moderna, é o período que vai até o ano de 1789, quando
ocorre a Revolução Francesa. A partir daí começa a história contemporânea, Idade
Contemporânea (dias atuais).
Mas qual é o problema em utilizar essa periodização?
O principal é que as informações realçam datas marcantes da história do continente
europeu. Sendo assim, é lógico que se trata de uma divisão da História que regiões
do planeta. A única exceção nessas datas é a invenção da escrita, atribuída aos
sumérios, povo que viveu no continente asiático.
No entanto, a própria invenção da escrita é um tema polêmico. A palavra Pré-
História, por exemplo, significa o período anterior à invenção da escrita. Mas então
o povo sem escrita não tem história? Hoje em dia já não se acredita nisso. Estudos
em história indígena, com pesquisas que analisam sociedades que no passado (e
algumas no presente) não conheciam a escrita.
História na prática.

Agora é a sua vez. Com base no desenho abaixo, crie sua linha do tempo pessoal.

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