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TANATOPRAXIA

1. CONCEITO.

A palavra Tanatologia vem do grego, sendo que tanato significa MORTE e logia ESTUDO,
portanto a palavra faz referência ao estudo teórico da morte.

Tanatopraxia: são cuidados e tratamentos dispensados ao corpo após a morte.

2. HISTÓRICO

Os estudos arqueológicos relacionados à história evolutiva da espécie humana sob a face da


Terra tem demonstrado que o homem já se preocupava com o destino dos restos mortais dos
indivíduos pertencentes ao seu grupo, desde a pré-história (período da história antes do
aparecimento da escrita).

Nos últimos 10.000 anos, antes da era cristã, a prática da preservação, adorno e preparo de
corpos em urnas mortuários e santuários pré-estabelecidos, ficaram constatadas por
escavações arqueológicas em todas as partes do mundo, apresentando características
regionais relacionadas diretamente ao nível de desenvolvimento da civilização estudada, suas
crenças e costumes religiosos. As descobertas de corpos mumificados adornados e em bom
estado de conservação, datada de 5.000 anos, principalmente no Egito, evidenciaram que esta
avançando civilização detinha um conhecimento especial a cerca da decomposição do corpo
e das medidas necessárias para preservar o mesmo.

Analisando os conhecimentos que os egípcios tinham e os procedimentos que realizavam em


seus mortos pertencentes a "Realeza" e em animais considerados sagrados como gato,
podemos entender melhor o processo de decomposição biológica dos tecidos e como eles
podem ser preservados.

Sob a superfície do corpo (pele, cabelos, unhas, etc.) existe um número astronômico de
pequenos seres vivos, constituídos na sua maioria por única célula, denominados bactérias,
vírus ou fungos, que se alimentam de matérias orgânicas basicamente. Os egípcios sabiam que
neutralizando a presença ou ação destes micro-organismos, o corpo não entraria em
decomposição, podendo, portanto, ser preservado. Perceberam, através de observações, que
SAL marinho, contido em quantidades elevadas em areias das praias e em alguns desertos,
ajudava a preservação de matéria orgânica, uma vez que retirava a água destes tecidos e das
próprias bactérias, fungos e vírus, retardando ou impedindo a decomposição dos corpos.

Atualmente, sabem-se como os embalsamentos egípcios eram realizados e suas técnicas


foram repetidas com sucesso nos anos 80 (década de oitenta), e consistiam no seguinte: Levar
o corpo para o local de preparo quente e seco, sem a presença de matéria orgânica (câmara de
embalsamento).

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Abrir abdome e retirar todo o conteúdo visceral, além de drenar os líquidos corporais nas
primeiras 12 a 24 horas. Colocar areia quente e salgada (com alto teor de sal) no interior do
corpo a ser preparado e, posteriormente, colocando este mesmo corpo em um recipiente
semelhante a uma grande banheira cheia de areia salgada cobrindo totalmente o corpo por
um período de 30 a 40 dias aproximadamente.

Após esse período o corpo era limpo, tratado com essências e aromas ainda desconhecidos,
sendo envolvido totalmente em ataduras secas e colocadas em sua urna mortuária.

Os estudos arqueológicos mundiais demonstravam que o segredo da preservação dos corpos


não era um reconhecimento exclusivo dos egípcios, pois por toda a América do Sul,
principalmente na região da cadeia montanhosa dos Andes e na América Central, vem sendo
descobertas múmias em ótimo estado de conservação, pertencentes aos povos Astecas, Maias
e Incas. Como os estudos de hoje nos mostram, até a natureza, quando reúne condições
consideradas ideais, pode preservar um corpo de milhares de anos em boas condições. Foi o
que aconteceu com o corpo de um caçador datado de aproximadamente 5000 anos AC (idade
do bronze) encontrado encravado em uma valeta localizada entre duas montanhas de gelo na
fronteira norte da Itália com a Suíça. Mas recentemente descobriu-se a carcaça intacta e
perfeita de um Mamute (elefante pré-histórico com 25.000 anos) na planície desértica e
gelada ao norte da Sibéria sob investigação científica.

Recentemente tivemos exemplo de conservação usando-se a prática de tanatologia, no caso


do sumo pontífice, como se pode ver em noticia veiculada pela imprensa leiga.

Conservação do corpo pela tanatopraxia

O corpo do Sumo Pontífice foi submetido a uma técnica de tanatopraxia a fim de preservar a
sua conservação até o final das cerimônias fúnebres.

O Prof. José Eduardo Pinto da Costa, ex-presidente do Instituto de Medicina legal do Porto,
não arrisca avançar que tipo de tratamento terá sido sujeito o corpo do João Paulo II,
admitindo apenas que terá sido utilizada uma técnica que permite a conservação por um
período de nove a doze dias. “São injetadas substâncias químicas, pela veia femoral ou outra
qualquer, que evitam a putrefação do corpo. Conforme os resultados que se pretendem obter,
é utilizada uma combinação química adequada”, referiu o médico legista.

As técnicas de embalsamamento estão incluídas na especialidade de tanatopraxia. “Hoje já


não se recorre á extração das vísceras para o embalsamamento, antes são injetados químicos
multiformes. Nem sequer é necessário retirar o sangue, pois este é neutralizado pelo próprio
composto”, esclarece o especialista. O corpo pode ser conservado por seis ou sete dias, como
acontece com frequência em países como os Estados Unidos, e, que a família está repartida
por vários estados, o que dificulta um funeral rápido, “mas há solução para uma conservação
para um mês, seis meses ou um ano”, refere Pinto da Costa.

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3. O CORPO HUMANO

Como relatado anteriormente, os micro-organismos existentes no ambiente estão em


constante luta pela sobrevivência, e muitas vezes se alimentam de nossas secreções
corporais. Como exemplo, nós temos o odor característico exalado na axila de um
indivíduo que não toma banho regularmente ou que não utiliza desodorante
antisséptico (que mata bactéria).

O referido odor denominado de “cc” não pertence a aquela pessoa é, na verdade,


resultado da atividade bacteriana no local, se alimentando das secreções sudoríparas e
sebáceas, reproduzindo-se e eliminando o odor resultante de seu metabolismo. A
atividade antisséptica do desodorante mata a grande maioria das bactérias permitindo
o controle do odor local.

Assim como na região axilar, e em todo o corpo, o nosso intestino que está em
comunicação com o ambiente através de nossa boca, ânus, apresenta uma enorme
quantidade de bactérias que nos ajudam a promover a digestão e decomposição dos
alimentos, produzindo gazes e material orgânico parcialmente decomposto.

Ao longo do intestino, quando mais nos aproximamos do ânus maior é o número e a


diversidade de bactérias encontradas em sua luz. Estas bactérias têm o potencial de
nos causar doença e até morte, mas não o fazem porque vivem em equilíbrio com seu
hospedeiro (homem) e devido à eficiência de nosso sistema de defesa, que não
permite que estas invadam o corpo humano.

Outra condição fundamental para se obter a preservação adequada do corpo


humano, é a desidratação do mesmo. Cerca de 40% do nosso peso corporal é
constituído de água e o restante carbono (matéria orgânica); o sangue humano
corresponde a aproximadamente 5,5% do peso corporal. Portanto, um indivíduo de
100 kg tem aproximadamente 5,5 litros de sangue e 35 litros de água em média.O
sangue tem como papel fundamental transportar oxigênio e alimentos para as
células (sangue arterial) e retirar o gás carbônico e restos das atividades celulares
para lançado fora do corpo, além distribuir e integrar todos os sistemas.

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4. ASPECTOS ANATÔMICOS

Pelo corpo: Um sistema de distribuição do sangue denominado arterial e dois sistemas de


captação, um denominado sistema venoso e outro de captação de linfa denominado de
sistema linfático.

O reconhecimento do sistema arterial e venoso é fundamental para a realização dos


procedimentos de tanatopraxia.

A circulação arterial é composta por vasos calibrosos semelhantes a canos de parede rígida e
flexível (estrutura semelhante à borracha) conectadas ao coração e espalhadas por todo o
corpo. Quando o coração “bombeia” o sangue, ele o faz através das artérias que o distribui
pelo corpo. As artérias são estruturas fortes o suficiente para aguentar a pressão causada
dentro do sistema durante o trabalho do coração. È através das artérias que distribuiremos os
líquidos conservantes corporais de embalsamamento.

As artérias comunicam-se com o sistema venoso através da micro circulação que ocorre na
periferia do corpo. Neste ponto, ao nível microscópio, as artérias terminam dando inicio as
veias que a partir daí captam o sangue proveniente das artérias e o levam em direção ao
coração juntamente com seus desejos. As veias são estruturas tubulares delicadas por não
sofrerem pressão hídrica em seu interior.

As artérias transportam o sangue arterial, ou seja, sangue rico em oxigênio e, portanto de cor
VERMELHO VIVO, que dá cor característica ao individuo. As veias transportam sangue
contendo as impurezas das células e o gás carbônico proveniente da respiração celular,
adquirindo coloração VERMELHO ESCURO (ROXA) comum nos indivíduos após a morte.

Após o óbito com a interrupção da respiração, o CO2 (gás carbônico) predomina no sangue
tornando-o vermelho escuro arroxeado, impregnado a micro circulação (transição entre a
circulação arterial e venosa) presente na pele, dando o aspecto escurecido e arroxeado
comum nos cadáveres. Um dos objetivos da tanatopraxia é remover esse sangue arroxeado
substituindo-o por solução fixadora tecidual de coloração rosa clara devolvendo o aspecto
anterior ao individuo.

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5 - MATERIAL ULTILIZADO

O material a ser ultilizado no preparo do corpo basicamente consiste em:

BOMBA ASPIRADORA BOMBA INJETORA

MESA DE TANATOPRAXIA

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1 e 2-Vara trocadora;
3 e 4-Pinça drenadora;
5-Pinça anatômica;
6-Cânula de aspiração;
7-Injetor de gravidade;
8-Pinça anatômica;
9-Dissecador;
10-Tesoura reta;
11-Pinça de aproximação de sutura (Bakaus);
12-Pinça hemostática curva;
13-Pinça hemostática reta;
14-Tesoura curta;
15-Cânula de aspiração;
16-Conjunto de cânulas arteriais;
17-Afastador de mandíbula;
18-Afastador de incisão;
19-Cabo de bisturi;
20-Agulha em “S” e retas;
21-Fixador de cânula;
22-Agulha em “U”

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6. PROCEDIMENTO

O corpo é colocado em mesa de tanatopraxia (mesa inox, inclinada em torno de 25°) ou com
sistema de drenagem constante de fluídos.

O acesso aos grandes vasos é planejado. Deve-se dar preferência ao acesso da Veia Jugular e
Artéria Carótida pelo lado direito do individuo onde a drenagem venosa pela jugular é mais
fácil. Em alguns casos, devido a procedimentos médicos já realizados nesta região nesse
acesso aos vasos arteriais e venosos poderá ser feito na região Antero medial da coxa
através da dissecção da artéria e da veia femoral, que poderá ser realizada de qualquer um
dos dois lados do corpo.

A pele da região cervical anterior à direita é incisada com lâmina de bisturi em trajetória
transversal ao eixo da coluna, cerca de um 01cm da junção entre estruturas óssea
denominada clavícula e o Manúbrio do Esterno. Esta inclusão é prolongada por
aproximadamente 04 centímetros. Através da incisão a veia jugular é acessada pela pinça
“drenadora” e o sangue venoso começa a ser escoado. Enquanto ocorre a drenagem venosa,
nós isolamos a artéria carótida e introduzimos em sua extremidade distal (seguimento que
vai para a região inferior do corpo) a “Cânula da infusão” e infundimos o fluído Arterial
adequado ao estado geral do corpo e seu destino antes do sepultamento (objetivo). Para
cada litro do produto adicionamos 07 litros de água e procedemos a infusão deste volume .

No momento da infusão de líquidos pelo sistema arterial, o sistema venoso permanece


drenando a secreção sanguínea corporal agora impulsionada pelo fluido arterial injetado.
Durante este procedimento o Tanatopraxista procede a uma massagem na superfície
corporal (pernas, braços, mãos e face) com o objetivo de facilitar a drenagem do sangue da
micro circulação e a sua substituição pelos líquidos fixadores do tecido. Após o termino da
drenagem do sangue do corpo e o inicio da saída de fluído arterial pela jugular, o processo é
interrompido, a pinça drenadora e a cânula de infusão são retiradas e a pele é
hermeticamente fechada por sutura continua com fio de seda encerado. Com auxilio de uma
“cara trocadora n° 16” de ponta perfura cortante é realizada perfuração lateral a cicatriz
umbilical (deve-se evitar a cicatriz umbilical, para que se possa evitar o vazamento de
secreções ou gazes para o exterior da cavidade). A vara é então introduzida na cavidade
abdominal e conectada a uma bomba aspiradora do tipo bomba d’água. Com movimento do
tipo “vai e vem”, sendo que a vareta ligada à bomba de aspiração é introduzida várias vezes
na cavidade e em todas as direções (360 graus °) como o objetivo de perfurar as vísceras
internas a aspirar seu conteúdo líquido, sólido e gasoso, (lembrando que este procedimento
somente deverá ser executado com o consentimento do médico responsável pelo
tratamento.) Depois de tratadas as vísceras deverão ser devolvidas para a cavidade
abdominal.

Após este procedimento, o corpo é tamponado, lavado, barbeado, penteado, vestido,


maquiado, preparado em sua urna e entregue aos seus familiares para suas últimas
homenagens.

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VASOS CANOPOS OU VASOS CANÓPICOS.
Vasos canópicos ou canopos eram recipientes utilizados no Antigo Egito. A forma destes
recipientes variou ao longo da história do Antigo Egito, bem como os materiais em que estes
foram feitos, que incluíram a madeira, a pedra, o barro e o alabastro. Os Egípcios acreditam
que a preservação desses órgãos era fundamental para assegurar uma vida no Além.

➢ Origem do termo
Canopo era nome de uma cidade costeira egípcia localizada na região do Delta do Nilo, perto
da atual cidade de Alexandria. Era também o nome de um piloto de Menelau, que teria sido
enterrado nesta cidade, onde foi adorado como divindade representada como um vaso com
cabeça humana. Quando os primeiros egiptólogos começaram a desenvolver o seu trabalho
eles denominavam qualquer vaso que tivesse uma forma humana como "canopo", acreditando
que seria a confirmação da lenda grega.

➢ História
Os primeiros recipientes usados com o objeto de guardar as vísceras eram feitos de madeira e
de alabastro, possuindo a forma de um cofre. O mais antigo que se conhece é um cofre em
alabastro que pertenceu à mãe do faraó Khufu (Quéops), a rainha Hetepheres I (IV Dinastia),
apresentando quatro compartimentos. Os quatro vasos separados surgiram no tempo de
Miquerinos.

No começo do Império Novo era decorado com a imagem idealizada do defunto. Na parte final
do Império Novo começaram a representar-se nas tampas as cabeças de um homem, de
um babuíno, de um chacal e de um falcão.

Na Época Saíta, os vasos deixaram de ser usados para colocar órgãos, sendo maciços.

➢ Simbologia
Na versão "clássica" dos vasos canópicos (versão em que cada tampa apresenta as cabeças
esculpidas dos animais e a cabeça esculpida de um homem) cada um dos vasos era
identificado com uma divindade, conhecidas como Filhos de
Hórus: Imseti, Hapi, Duamutef e Kebehsenuef.Acreditava-se que cada um destes filhos
de Hórus protegia um órgão, que eram respectivamente o fígado, os pulmões, o estômago e
os intestinos. Os vasos eram colocados nos túmulos orientados para cada um dos pontos
cardeais, sendo cada um deles associados a uma deusa tutelar: Ísis, Néftis, Neit e Serket.

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IMSETI DUAMUTEF HAPI KEBEHSENUEF

DUAMUTEF HAPI IMSETI KEBEHSENUEF

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POR QUE OS CORPOS AFOGADOS FLUTUAM?

Tenho uma pergunta que vários amigos tentaram responder, mas nenhuma resposta me
pareceu verdadeira. Por que, quando um corpo se afoga, primeiro afunda e só depois bóia na
superfície?

O corpo humano, quando se encontra com vida, tem uma flutuabilidade neutra. Isto é, quando
respiramos, enchemos os pulmões de ar, o que nos permite flutuar. Se expulsarmos todo este
ar, veremos que afundamos na água. Isto acontece porque nosso corpo é um recipiente
estanque que nos permite armazenar gases em seu interior, variando sua flutuabilidade.
Quando o ser humano morre, os pulmões vão deixando o ar sair de seu interior. Assim, se
estiver na água, o corpo afunda devido a seu peso e nula flutuabilidade.

E agora vem a sua pergunta: por que o corpo flutua? Isto acontece porque, quando o corpo
entra em decomposição, a atividade bacteriana em seu interior causa uma reação que libera
gases que ficam armazenados em seu interior. Quando se acumula suficiente quantidade de
gás, o corpo ganha flutuabilidade para subir de novo à superfície.

O tempo para que este fenômeno aconteça depende de vários fatores, mas principalmente da
temperatura da água, já que quanto mais fria estiver, menor atividade bacteriana haverá e
menor volume terão os gases acumulados no interior do cadáver. Pode inclusive acontecer de
o corpo ficar conservado pelo frio e jamais subir à superfície.

Os corpos tendem a surgir com as costas para cima, já que a cabeça e as extremidades não
incham tanto quanto o abdome. No caso de pessoas muito obesas ou de mulheres, pode
acontecer do estômago estar voltado para cima.

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EMBALSAMAMENTO: UM POUCO DE HISTÓRIA

Todos os livros que tratam da vida futura demonstram com evidência que a base principal das
crenças dos antigos Egípcios era a imortalidade da alma. Assim, tanto as pirâmides e as tumbas
dos valores foram todas construídas para abrigar o morto durante sua passagem para o
paraíso.

A alma do morto, por meio do cordão de Osíris, espírito superior, se une para formar um só
espírito.

Numerosos afrescos que representam a imortalidade da alma e outras cenas religiosas têm
sido achados nas casas em que vivem os Faraós; e muitas pinturas decorações nos
monumentos funerários e nas tumbas simbolizavam a sobrevivência do morto no outro
mundo, ou seja, na vida eterna. E por eles eram chamadas “casa da eternidade”.

Também a cruz egípcia, o “ank”, simbolizava a vida futura com os três atributos da paz,
felicidade e serenidade.

CERIMÔNIA FÚNEBRE E MUMIFICAÇÃO

A técnica de embalsamamento dos cadáveres e de sua transformação em múmias se


considerava de origem divina, remontando a sua pratica a Horus, filho de Osiris e de Isis.

A palavra múmia deriva do árabe “múmiya”, que segundo o viajante árabe do século XII Abdel-
Latif significa “bétum” ou mistura de “pex e mirra”, um composto muito usado na manipulação
dos cadáveres.

Antigamente os experts distinguiam as múmias naturais das múmias artificiais, considerando


entre as primeiras as que se haviam conservado intactas sem serem submetidas a um
particular tratamento. Ao que hoje se crê que a extraordinário embalsamamento e que a causa
principal é o clima sumamente seco do Egito, que permite a total ausência de bactérias no seu
ar e na sua areia.

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A CERIMÔNIA FUNEBRE

Pelos baixos releves e pinturas encontradas nas tumbas, sabemos como se efetuavam os
enterros do antigo Egito. O acompanhamento fúnebre era aberto por um grupo de escravos
que levavam oferendas e objetos de propriedade do morto: suas armas e seu cavalo, se ele
havia sido um guerreiro; os seus instrumentos de trabalho, se havia sido campesino. Seguia o
grupo das pranteadoras lançando altos e terríveis gritos, arranhando a pele e cantando
lamentos fúnebres. Por fim, vinha o maestro de cerimônias e o sacerdote encima de ume
espécie de carruagem em forma de barco solar. Seguia a família do morto, com seus amigos e
parentes, todos vestidos de luto e eles também chorando e gritando de dor.

O cortejo terminava com outro grupo de mulheres que cantavam o elogio fúnebre do morto.
Em ambos os lados e ao largo do caminho uma multidão de curiosos assistiam a cena.
Se o cemitério se encontrava na outra margem do rio Nilo, o cortejo se detinha para embarcar
as balsas que cruzaram o rio. Chegando no outro lado se recolocava a múmia no carro e
voltava-se a serem formados os grupos na ordem anterior. Uma vez chegado ao local do
descanso, primeiramente a múmia recebia as oferendas e as saudações de despedida de seus
parentes e amigos e logo se celebrava a “cerimônia de abertura dos olhos e da boca”, assim se
chamava porque com ela eram devolvidos ao morto os sentidos que havia tido na vida. Por
fim, se depositava a múmia na quietude de sua tumba.

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A MUMIFICAÇÃO:

Depois de morto, o corpo do cadáver era entregue nas mãos dos especialistas e estes
procediam ao embalsamamento, cuja primeira operação consistia em extrair o cérebro pelo
nariz utilizando-se um instrumento especial e adequado. Trabalhava-se logo no crânio,
lavando-o com um composto de betume liquido que esfriando-se o endurecia. Eram sacados
em seguida os olhos e implantados nos seus ligares pupilas de esmalte. Em seguida, por meio
de uma pedra muito afiada, era feita uma incisão no costado esquerdo do morto, por onde
extraiam os intestinos e as vísceras. Estas, depois de tratadas com betume fervendo, eram
envolvido com o cérebro e fígado e colocado em quatro vasos funerários de barro cozido, de
pedra calcaria ou alabastro, ou às vezes de pedra dura ou metal, segundo os bens possuídos
pelo morto. Estes vasos, que colocavam próximos à múmia todos juntos em uma só vasilha,
tinham tampas coroadas por quatro cabeças distintas que simbolizavam os quatro gênios
funerários: uma humana, uma de chacal, uma de gavião e uma canina.

O interior do ventre e do estômago se lavava em seguida cuidadosamente com vinho de


palma, era secado com polvos de plantas aromáticas, era preenchido depois com mirra
triturada ou serra de madeira perfumada, e assim preparado, o corpo era submetido em um
banho de natrón (carbonato de sódio natural), deixado ali por setenta dias, ao cabo dos quais
a carne e os músculos haviam sido absorvidos completamente, restando somente à pele
aderida aos ossos. Os cabelos dos homens eram cortados baixos enquanto que o das mulheres
lhes deixava inteiro sua esplendorosa cabeleira.

Tomavam-se então uns panos estreitos e impregnavam de resina em parte inferior, e com eles
s envolviam cada dedo separadamente, logo a mão e por ultimo o braço. A mesma operação
era realizada com cada membro. Para a cabeça o trabalho era mais meticuloso: o contato
imediato com a pele era feito através de um lenço muito parecido com musselina e varias
capas de tela se aplicavam ao rosto com uma aderência tão perfeita que se fosse sacado de
uma vez os panos, estas haveriam de servir de molde para fazer uma mascara mortuária. O
corpo inteiro se envolvia logo em vendas e era colocado em posição horizontal, com as mãos
cruzadas sobre o peito ou com os braços estendidos aos costados. Os cadáveres dos Faraós
eram, por sua vez, envoltos em uma tela ou em uma mascara de ouro trabalhado que
reproduzia em relevo as feições do morto. Está quase perfeito o estado de conservação das
múmias nos museus egípcios do Cairo e Alexandria e de outros países. A múmia mais antiga
que se conhece é a de Sekkeram-Saef, um dos filhos de Pepi I, pertencente a VI dinastia,
encontrada em Saqqarah, próxima a Menfis, em 1881 e conservada atualmente no museu do
Cairo “A habilidade dos embalsamadores permitiu que se transmitissem pelo tempo os
retratos dos Faraós”.

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Padrões de trabalho
TANATOPRAXIA – Procedimento padrão.

• VERIFICAR O PEDIDO E A AUTORIZAÇÃO DE TANATOPRAXIA. NUNCA INICIAR


UM PROCEDIMENTO SEM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO
• CONFERIR O NOME DO CORPO NA ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO. NÃO INICIAR
O ATO SE HOUVER ALGUMA DUVIDA NA IDENTIFICAÇÃO.
• Após a devida autorização e identificação, colocar o corpo na mesa.
• Planejar o acesso aos vasos (dar preferência aos vasos cervicais-carótida e
jugula, do lado direito. Não sendo o mais recomendado, acessar os vasos
femorais).
• Dissecar os vasos escolhidos com bisturi. Após alcançá-los fazer uma pequena
perfuração em cada um deles.
• Introduzir a cânula de infusão na artéria e a pinça e a drenadora na veia. Pinçar
a artéria com cânula para que a mesma não se desloque.
• Fazer uma perfuração no abdômen para introdução da vara trocadora de ponta
perfuro cortante.
• Ligar a bomba e iniciar a aspiração com movimentos de “vai e vem” em todas
as direções (369 graus)
• As alças intestinais devem ser perfuradas para aspirarmos seu conteúdo sólido,
liquido e gasoso.
• Após a aspiração, infundir solução conservante (verde) na cavidade.
• Por fim, suturar os locais de incisão e encaminhar o corpo para a ornamentação
e maquiagem.

OBS: O procedimento acima é realizado em corpos “normais”. Em corpos


necropsiados (abertos) procedentes do IML ou de hospitais universitários,
proceder a inspeção da cavidade abdominal e torácica juntamente com o
médico de plantão, infundir o fluido em uma artéria da cavidade (aorta de
preferência) e fazer a aspiração a “céu aberto”. É necessário fazer a
perfuração das alças intestinais.
Terminando o ato, preencher o relatório, a ata e anotar o procedimento no
caderno de entrada de serviços. Em caso de duvidas não hesitar em consultar
a apostila ou médico de plantão.

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EMBALSAMAMENTO - Procedimento padrão

• VERIFICAR O PEDIDO E A AUTORIZAÇÃO DE TANATOPRAXIA. NUNCA INICIAR UM


PROCEDIMENTO SEM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO
• CONFERIR O NOME DO CORPO NA ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO. NÃO INICIAR O ATO
SE HOUVER ALGUMA DUVIDA NA IDENTIFICAÇÃO.
• Após a devida autorização e identificação, colocar o corpo na mesa.
• Planejar o acesso aos vasos (dar preferência aos vasos cervicais-carótida e jugular, do
lado direito. Não sendo o mais recomendado, acessar os vasos femorais)
• Dissecar os vasos escolhidos com bisturi. Após alcançá-los fazer uma pequena
perfuração em cada um deles.
• Introduzir a cânula de infusão na artéria e a pinça e a drenadora na veia. Pinçar a
artéria com cânula para que a mesma não se desloque.
• Iniciar a infusão de fluído laranja diluída em cerca de 10%. O sangue venoso começará
escoar pela veia
• Durante a infusão, massagear a superfície corporal para facilitar a drenagem do fluido.
Interromper o processo quando houver saída de fluido pela veia.
• Fazer uma incisão na região tóraco-abdominal anterior. (Em caso de corpo
necropsiado, retirar as suturas)
• Dissecar e remover as vísceras em bloco.
• Colocá-las em saco plástico duplo com solução conservante (verde).
• Fechar o saco plástico com nó bem apertado, tomando-se cuidado de retirar o ar do
seu interior previamente.
• Recolocar as vísceras (já no saco plástico) novamente dentro da cavidade tóraco-
abdominal.
• Preencher os espaços vazios com material inerte (algodão ou serragem)
• Suturar os pontos de incisão

OBS: O procedimento de embalsamamento é realizado em casos onde há maior


necessidade de preservação do corpo (velórios prolongados, traslados, longos ou por
via aérea e etc.) Existem uma literatura, várias formas de se fazer
embalsamamentos; POR DEFINIÇÃO DO SERVIÇO, O PADRÃO ACIMA DEVE SER
ADOTADO EM TODOS OS CASOS, SE POSSIVEL. CASO AS VISCERAS NÃO POSSAM SER
RECOLOCADAS NA CAVIDADE, AS MESMAS SERÃO SEPULTADAS DENTRO DA URNA,
JUNTO AOS PÉS DO CORPO. EM CASO DE TRANSÇADOS VIA AEREA, OU DE
IMPOSIBILIDADE DE SEPULTAMENTO DAS FORMAS DESCRITAS ACIMA, AS VISCERAM
DEVEM SER SEPULTADAS EM SEPARADO DO CORPO, MEDIANTE SOLICITAÇÃO DO
MÉDICO RESPONSAVEL PELO EMBALSAMAMENTO. Terminando o ato, preencher
relatório, a ata e anotar o procedimento no caderno de entrada de serviços. Em caso
de duvidas, não hesitar em consultar a apostila ou o médico de plantão.

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PREPARO DE CORPOS
1 - TAMPONAMENTO + HIGIENIZAÇÃO

Aspiração das cavidades nasal e oral e introdução de algodão nos respectivos


orifícios. Higienização (banho com sabão degermante, inclusive couro cabeludo com
shampoo).

2- TAMPONAMENTOS + HIGIENIZAÇÃO + ASPIRAÇÃO TORACO- ABDOMINAL+


REPARAÇÃO
Aspiração das cavidades nasal e oral e introdução de algodão nos respectivos
orifícios. Higienização (banho com sabão degermante, inclusive couro cabeludo com
shampoo). Quando necropsiado, reforço das suturas procedentes do IML,
sabidamente grosseiras, sem retirada das mesmas, para composição estética.
Aspiração das cavidades torácica e abdominal, por via transcutânea. Injeção de
liquido conservante nas cavidades torácica e abdominal.

3-TAMPONAMENTO+ HIGIENIZAÇÃO + ASPIRAÇÃO TORACO- ABDOMINAL+


REPARAÇÃO+INFUSÃO DE LIQUIDOS CONSERVANTES (TANATO COMPLETO)
Aspiração das cavidades nasal e oral e introdução de algodão nos respectivos
orifícios. Higienização (banho com sabão degermante, inclusive couro cabeludo com
shampoo). Aspiração das cavidades torácica e abdominal, por via transcutânea.
Injeção de liquido conservante nas cavidades torácica e abdominal. Injeção de
liquido por via intravascular.

4-TANATOPRAXIA ESPECIAL PARA NECROSIADOS : TAMPONAMENTO +


HIGIENIZAÇÃO+ ASPIRAÇÃO TÓRACO- ABDOMINAL+ INFUSÃO DE LIQUIDOS
CONSERVANTES NAS CAVIDADES + INFUSÃO DE LIQUIDOS CONSERVANTES POR VIA
VASCULAR, DE FORMA MACIÇA+ REPARAÇÃO
Aspiração das cavidades nasal e oral e introdução de algodão nos respectivos
orifícios. Higienização (banho com sabão degermante, inclusive couro cabeludo com
shampoo). Reabertura das cavidades tóraco-abdominal e craniana (esta, se
necessário), com retirada das vísceras ocas abdominais (alça intestinais), tratamento
das mesmas com solução conservante, acondicionamento em saco plástico e
recolocação das mesmas no interior do corpo. Injeção de liquido conservante nas
cavidades torácica e abdominal. Injeção de liquido por via intravascular, de forma
maciça. Ressutura de todas as incisões.

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5- EMBALSAMAMENTOS COM TRATAMENTO TORACO-ABDOMINAL E CRANIANO +
REPARAÇÃO.

Aspiração das cavidades nasal e oral e introdução de algodão nos respectivos orifícios.
Higienização (banho com sabão degermante, inclusive couro cabeludo com shampoo).
Injeção de liquido por via intravascular, de forma maciça. Abertura das cavidades
craniana, torácica e abdominal, com retirada de todas as vísceras, que são abertas,
lavadas, tratadas com solução conservante e acondicionadas em recipiente plástico,
que é recolocado no interior do corpo. (em casos de impossibilidade de recolocação
das vísceras no interior do corpo, como em casos de traslados, longos ou de traslados
via aérea, as vísceras podem ser colocadas na urna, junto aos pés do corpo, ou
sepultadas em separado, mediante solicitação médica. Nestes casos, preenchem-se as
cavidades com algodão embebido com solução conservante). Ressutura de todas as
incisões.

INDICAÇÕES

1 - TAMPONAMENTO + HIGIENIZAÇÃO

Indicado apenas para o corpo em bom estado de conservação, cujo sepultamento se dará em 2
horas até cerca de 12 horas após o procedimento. NÃO está indicado para corpos
necropsiados, obesos, morte por doença infecto-contagiosa ou corpos que iram viajar para
sepultamento fora da capital. Agrega-se higienização para limpeza externa de secreções,
sangue ou outros detritos resultantes do processo de óbito (acidentes, hospitalizações, etc).
Assegura mais higiene e menos possibilidade de contaminação ou de transmissão de moléstias
pelo contato do corpo por amigos ou familiares. Há apenas leve melhora na aparência externa
relacionada a pele. NÃO há melhora na congestão facial relacionada ao “post mortem” NÃO
diminui a possibilidade “de inchaço” do corpo durante o período do velório.

2- TAMPONAMENTOS + HIGIENIZAÇÃO + ASPIRAÇÃO TORACO- ABDOMINAL

Indicado apenas para o corpo em bom estado de conservação, cujo sepultamento se dará em 2
horas até cerca de 12 horas após o procedimento. NÃO está indicado para corpos
necropsiados, obesos, morte por doença infecta-contagiosa ou corpos que iram viajar para
sepultamento fora da capital. Agrega-se higienização para limpeza externa de secreções,
sangue ou outros detritos resultantes do processo de óbito (acidentes, hospitalizações, etc.).
Assegura mais higiene e menos possibilidade de contaminação ou de transmissão de moléstias
pelo contato do corpo por amigos ou familiares. Há apenas leve melhora na aparência externa
relacionada à pele. NÃO há melhora na congestão facial relacionada ao “post mortem”. A
aspiração ajuda a evitar a formação de gases em abdome e tórax, diminuindo a possibilidade
de “inchaço” do corpo e de vazamentos durante o período do velório.

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3- TAMPONAMENTOS + HIGIENIZAÇÃO + ASPIRAÇÃO TORÁCO-ABDOMINAL+ INFUSÃO DE
LIQUIDOS CONSERVANTES (TANATO COMPLETO).

Indicado apenas para os corpos em bom estado de conservação, cujo sepultamento se dará a
partir de 2 horas após o procedimento. Indicado ainda para viagens

Terrestres curtas. NÃO é indicado para viagens aéreas. Agrega-se mais higienização para
limpeza externa de secreções, sangue ou outros distritos resultantes do processo de óbito
(acidente, hospitalizações, etc.) Assegura mais higiene e menos possibilidades de
contaminação ou de transmissão de moléstias pelo contato do corpo por amigos ou familiares.
A aspiração ajuda a evitar a formação de gases em abdome e tórax, diminuindo a possibilidade
de “inchaço” do corpo e de vazamentos durante o período do velório. Há melhora na
aparência externa relacionada a pele e melhora considerável da congestão facial relacionada
ao “post mortem”. Pode ser usada com fins estéticos (recomendável).

4-TANATOPRAXIA ESPECIAL PARA NECROSIADOS: TAMPONAMENTO + HIGIENIZAÇÃO+


ASPIRAÇÃO TÓRACO- ABDOMINAL+ INFUSÃO DE LIQUIDOS CONSERVANTES NAS CAVIDADES
+ INFUSÃO DE LIQUIDOS CONSERVANTES POR VIA VASCULAR, DE FORMA MACIÇA+
REPARAÇÃO

Indicado para corpos necropsiados em bom ou moderado estado de conservação, cujo


sepultamento se dará a partir das 2 horas após o procedimento. Pode ser utilizado para
viagens terrestres, não muito longas. Não é indicado para viagens aéreas. Agrega-se
higienização para limpeza externa de secreções, sangue ou outros detritos resultantes do
processo de óbito (acidentes, hospitalizações, etc.). Assegura mais higiene e menos
possibilidade de contaminação ou de transmissão de moléstias pelo contato do corpo por
amigos ou familiares. A aspiração ajuda a evitar a formação de gases em abdome e tórax,
diminuindo a possibilidade de “inchaço” do corpo e vazamentos durante o período do velório.
Há melhora na aparência externa relacionada a pele e melhora considerável da congestão
facial relacionada ao “post mortem”. Pode ser usada com fins estéticos (recomendável).

5- EMBALSAMAMENTOS COM TRATAMENTO TORACO-ABDOMINAL E CRANIANO

Indicado para viagens aéreas, terrestres longas ou para velórios mais demorados, em corpos
em bom ou moderado estado de conservação. É procedimento obrigatório para viagens aéreas
internacionais. Preservam os corpos um período mais longo que o da tanatopraxia. Há melhora
na aparência externa relacionada a pele e melhora considerável da congestão facial
relacionada ao “post mortem”. Agrega-se higienização para limpeza externa de secreções,
sangue ou outros detritos resultantes do processo de óbito (acidentes, hospitalizações, etc).
Assegura mais higiene e menos possibilidade de contaminação ou de transmissão de moléstias
pelo contato do corpo por amigos ou familiares.

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NOTA IMPORTANTE: TODA A INDICAÇÃO ACIMA RELACIONADA A TEMPO DE VELÓRIO
DISTÂNCIA DE VIAGEM OU MESMO FORMAS DE TRANSPORTE SÃO RELATIVAS E SOFREM
ALTERAÇÕES DE ACORDO COM O ESTADO DE PRESERVAÇÃO DO CORPO, TEMPERATURA
AMBIENTE OU OUTROS FATORES EXTERNOS. O PREPARO DE UM CORPO NÃO É CINECIA
EXATA, PODENDO OCORRER SITUAÇÕES INDESEJADAS, MESMO QUE TODAS AS INDICAÇÕES
ACIMA TENHAM SIDO SEGUIDAS. O LABORATÓRIO DE TANATOPRAXIA MANTÉM EQUIPES
DE PLANTÃO PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS DA MELHOR FORMA POSSIVEL E COM O
MINIMO DE TRANSTORNO PARA O CLIENTE.

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AUTORIZAÇÕES PARA PREPARO DE CORPOS
AUTORIZAÇÕES DE ASPIRAÇÃO/TANATOPRAXIA

Pelo presente, eu: ___________________________________________ representante


legal do falecido ___________________________________________ após obter

informações sobre o procedimento de aspiração/tanatopraxia, solicito e autorizo a


realização do mesmo. Esclareço que tenho ciência de que são realizados pequenas
incisões e/ou perfurações na região cervical ou inguinal e na região epigástrica, com
injeção de líquidos, objetivando restaurar, conservar e manter a aparência natural do
corpo.

Rio de Janeiro, ______ de _________ de 20_____

Identidade: ___________________CPF__________________

__________________________
Ass. do responsável legal

AUTORIZAÇÃO DE TANATOPRAXIA DE NECROPSIADOS


AUTORIZAÇÕES DE ASPIRAÇÃO/TANATOPRAXIA

Pelo presente, eu: ___________________________________________ representante


legal do falecido ___________________________________________ após obter
informações sobre o procedimento de tanatopraxia em corpos necropsiados, solicito e
autorizo a realização do mesmo. Esclareço que tenho ciência de que o corpo é
necessariamente reaberto nos locais de incisão da necropsia, para injeção de líquidos,
aspiração de secreções e retirada de alças intestinais (intestino grosso e delgado), com
recolocação das mesmas na cavidade abdominal, dentro de saco plástico, embebidas
em solução conservante à base de formol e sutura dos pontos de incisão, objetivando
restaurar, conservar e manter a aparência natural do corpo.

Rio de Janeiro, ______ de _________ de 20_____

Identidade: ___________________CPF__________________

__________________________
Ass. do responsável legal

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NOÇÕES DE ÉTICA

Segundo o dicionário Aurélio a palavra ÉTICA pode ser definida como uma parte da filosofia
que estuda os valores morais da conduta humana ou conjunto de princípios morais que se
devem observar no exercício de uma profissão. As duas definições têm valor para a nossa
realidade de forma plena, mas no momento vamos nos fixar na segunda, a conduta que se
deve apresentar na execução de um trabalho e no local onde este trabalho é feito. Conduta
esta que reflete diretamente na qualidade do serviço prestado.

Ter ética e praticá-la no dia a dia é um exercício que deve ser feito de tal forma que ele se
torne um hábito. A conduta dentro de uma profissão pode ser o diferencial entre um bom e
um mau profissional. Pode surgir na mente de vocês a seguinte pergunta: Mas como ter ética
com alguém que se encontra morto? Um bom Tanatopraxista deve enxergar além do que se
encontra na sua frente, ele pode abrir os olhos e ver somente um corpo, mas pode também
abrir a mente e porque não o coração e visualizar o que de fato se encontra por trás de um
corpo, a ser tratada, uma família, pessoas, e bem vivas, que acabam de perder um ente
querido e que desejam para ele o que qualquer um desejaria para seu familiar cuja situação
fosse a mesma. Em qualquer profissão, a prática diária leva á confiança no que se faz o que é
positivo, mas tanto a insegurança quanto o excesso de confiança são prejudiciais a realização
de um trabalho consciente, e os erros sempre levam á quebra da ética dentro de um setor de
trabalho acarretando em uma queda na qualidade do serviço prestado. Uma conduta
problemática gera consequência na realização de uma tarefa. Ela produz desavenças e atritos
e para se obter qualidade é preciso harmonia no local de trabalho, uma equipe bem afinada se
torna produtiva e proporciona um ambiente de trabalho saudável.

Trabalhar em meio a fofocas, inveja e discussões desnecessárias gera um desgaste


profissional, que é levado para casa e descarregado em quem nem faz ideia do que está
acontecendo. Essa postura destrói a ética e fere profundamente o crescimento do bom
profissional. Outro questionamento que pode surgir a partir desse momento: como ter ética
ao exercer minha profissão?

Evite comentários sobre o corpo que vai a ser tratado, como por exemplo, o fato de ser uma
mulher muito bonita ou uma mulher que não teve em vida uma aparência que se
enquadrasse no que nos definimos como beleza, ou ainda chamar o corpo de tia ou tio, se
não quiser usar o próprio nome da pessoa que faleceu, utilize de uma numeração ou algum
código. Talvez alguém ache isso uma tolice, mas quando se entra em uma sala de tanato e é
um amigo ou parente seu que se encontra sobre aquela mesa de aço inox, com toda a
certeza que você não gostaria que um estranho o chamasse assim.

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1- Trabalhe com atenção, o respeito pelo que se faz leva a um trabalho bem feito,
proporciona um profissional eficiente, que erra pouco, ou melhor, ainda, que não
cometa nenhum erro, mas lembre-se não se deve fixar em ser perfeito, mas sempre
em fazer o melhor trabalho.
2- Sempre confira o nome ou código estabelecido na identidade dos corpos. Uma
família que tem o corpo de seu ente querido trocado terá todo o direito de se sentir
desrespeitada. E esse tipo de falha não irá chocar somente uma, mas duas famílias.
3- Respeite o seu colega de trabalho trate a todos com igualdade

4- Haja com o próximo como você gostaria que o próximo agisse com você. Mesmo que
o seu próximo esteja morto.

II- SEGURANÇA

a- Risco Químico e Equipamento de Proteção Individual (EPI)

Em uma sala de tanatopraxia a todo o momento se estará lidando com objetivos e ou


produtos químicos que são nocivos á saúde humana, daí a necessidade urgente de se
criar uma consciência de autoproteção, a palavra é essa mesma, auto proteção, pois
por mais que se diga a alguém o que ele deve fazer ele só o fará a partir do momento
em que sua mente compreender que aquilo é para o seu bem, e muitas vezes o que é
para o nosso bem pode em um primeiro momento gerar desconforto, mas com toda
certeza é nada diante do que a não utilização dos EPIs ou do desconhecimento dos
riscos que envolvem os produtos com os quais se lida podem causar á saúde do
profissional.

No procedimento de tanatopraxia e ou embalsamamento serão utilizados três


produtos químicos com a finalidade de preservar os corpos durante o tempo
necessário ao seu translado para o cemitério ou outra região, os mesmos são misturas
de substâncias químicas. No laboratório de tanatopraxia são utilizados três produtos
nos processos de conservação por ambos são os seguintes:

1- Fluido arterial: apresenta em sua composição uma substância chamada aldeído


fórmico comercialmente conhecido como formol. Normalmente esse produto é
comprado no mercado em concentrações 40% p/p (peso por peso), é uma substância
volátil (evapora com facilidade). Em produtos de tratamento de corpos ou peças
anatômicas é utilizada uma solução cuja concentração gira em torno de 4% a 10%.
Fenol, ácido fênico ou hidroxibenzeno, substância de toxidez elevada quando
manipula pura, deve-se evitar contato com pele e ingestão. Podem ser destacados os
seguintes riscos á saúde:

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• Irritação dos olhos, vermelhidão e olhos lacrimejantes;
• Irritação das mucosas (vias aéreas superiores – nariz e garganta);
• Tosse, irritação pulmonar;
• Ataca a camada mais externa da pele das mãos podendo descascar
(Dermatite); o formol em contatos com feridas provoca a ardência
das mesmas e pode provocar úlceras;
• O formol em altas concentrações (igual ou superior a 40%) pode
com o passar dos anos atuar como agente cancerígeno.
• O fenol é agente químico que causa queimaduras intensas na pele,
utilizá-lo sempre com luvas. Em caso de contato lavar o local com
álcool 92,6% ou 70%.
• No manuseio dos produtos com fenol, usar sempre óculos de
proteção máscara e avental.

2- Fluido Cavitário: Da mesma forma que o fluido arterial possui formol e fenol em sua
constituição além de uma substância de caráter básico, hidróxido de sódio, o hidróxido
de sódio que se encontra presente em baixas concentrações exige um maior cuidado
no sentido de se evitar contato com a pele e olhos, não apresenta riscos em relação ao
sistema respiratório por não ser um produto volátil.

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ULTILIZADOS NA TANATOPRAXIA

➢ ARTERIAL

Este Fluido é injetado através das artérias, sua cor avermelhada tem como função a
substituição do sangue restaurando a aparência natural do cadáver, promove a fixação dos
tecidos mantendo a coloração e textura natural da pele.

➢ CAVITÁRIO

Fluido utilizado no tratamento da cavidade torácica e abdominal, promovendo a conservação e


fixação dos órgãos internos, evitando que entrem em decomposição.

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➢ AFFA (fix)

Fluido utilizado como fixador, descolorante, anti-edema e bactericida, aplicação em ferimentos


e edemas para um resultado rápido prolongando devido a sua composição e reação química.

➢ PÓ CAVITÁRIO E INCISÃO

Indicado para tratamento de corpos necropsiados, utilizado após evisceração, tem


propriedades bactericida e absorvente de resíduos líquidos.

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➢ FISPQ

A FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) é um documento


normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) conforme norma, ABNT-
NBR 14725.

Este documento, denominado “Ficha com Dados de Segurança” segundo Decreto nº 2.657 de
03/07/1998, deve ser recebido pelos empregadores que utilizem produtos químicos,
tornando-se um documento obrigatório para a comercialização destes produtos.

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3°)Fluido de cauterização:do mesma forma que os fluidos acima possui formol em sua
constituição além de fenol em concentrações mais elevadas na ordem 7% a 10%.

Os produtos químicos apresentam uma simbologia universal que por lei deve ser indicada
junto aos recipientes que armazenam os mesmos,segue abaixo as simbologias mais comuns
Para produtos químicos utilizados em centros de tanatopraxia:

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Ao término da apresentação dos riscos,pode ficar na cabeça de vocês,futuros
tanatopraxistas ,a seguinte afirmação:”esse negocio é muito perigoso”.Como de fato toda
lida com produtos químicos que apresentam um grau de risco, por isso a necessidade de
uso de EPI (EQUIPAMENTO PARA PROTEÇÃO INDIVIDUAL) .São eles que permitirão a
qualquer pessoa manipular os produtos químicos ou a realizar um procedimento de incisão
ou corte em um corpo de tal forma que aquele que execute tal tarefa corra o mínimo de
risco possível.
Os EPIs a serem utilizados em um procedimento de tanatopraxia são os seguintes:
01)Avental de material impermeável;
02)Magote impermeável;
03)Luvas de procedimento(mais finas) e ou de borracha.Em casos de corpos cujo estado de
óbito ou laudo em anexo indique como causa da morte doença infecto-contagiosa a
utilização de luvas de borracha.

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Obs:
•Recomenda-se a utilização de duas luvas durante o procedimento,para maior segurança.

•É aconselhável a utilização de um jaleco (FIGURA 1) quando o tanatopraxista estiver fora da


sala de tanato.Em (FIGURA 2)a imagem de dois tanatólogos devidamente paramentados.

FIGURA 1 FIGURA 2

B noções de primeiros socorros:


Em caso de contaminação das roupas com fluidos corporais (sangue) e ou substância
química,retirar a roupa e sapatos contaminados lavar a pele e os olhos com água em
abundância durante 15 minutos(banho).

Em caso de ingestão acidental dos produtos químicos,induzir a vítima a beber água se


estiver consciente e encaminhá-la ao médico indicando ao mesmo o produto ingerido seus
constituintes,e se possível indicar também a concentração de cada um dos mesmos.

Em caso de inalação,remover a pessoa para o ar fresco, aplicar respiração artificial,solicitar


assistência de emergência (se necessário).

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OBSERVAÇÕES :

C- Todas as salas de tanatopraxia devem estar equipadas com um sistema de


exaustão de ar eficiente de tal forma a evitar a concentração de vapores de formol
que podem se acumular com o passar do tempo no ambiente. É recomendável que
na sala exista um ventilador, de preferência de teto para que a dispersão do ar
contaminado por formol proveniente dos produtos químicos utilizados, seja mais
eficaz.

Objetos de perfuro cortantes devem ser manuseados com a máxima atenção


possível. Qualquer desatenção pode provocar um sério problema ao tanatopraxista
descuidado.

III) HIGIENE

A sala de tanatopraxia e suas adjacentes (sala de ornamentação e necrotério)


devem estar sempre em ordem. É necessária a limpeza das salas pelo menos uma
vez ao dia, fazendo-se uso de substâncias desinfetantes como o cloro. Sua solução é
feita partir de uma substância química que possui esse elemento em sua
composição, a mais comum é o hipoclorito de sódio.

Todo material descartável utilizado durante um procedimento de tanatopraxia


deve ser imediatamente eliminado após o término do processo. Recomenda-se que
todo material metálico não descartável utilizado deve ser esterilizado em pequenas
estufas. Material perfuro cortante (bisturis e agulhas) devem ser armazenados em
recipientes rígidos (material plástico) para evitar acidentes no recolhimento desses.
Luvas e toucas devem ser descartadas em embalagens (sacos de lixo) de cor branca,
indicação de lixo biológico. De acordo com a ANSIVA, os resíduos gerados são
classificados em grupos, sendo os que estão contidos grupo A (indicados abaixo) são
aqueles obtidos no procedimento de Tanatopraxia.

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Grupo A: resíduos que apresentam risco potencial á saúde pública e ao meio ambiente
devido á presença de agentes biológicos. Enquadram-se neste grupo, dentre outros: sangue e
hemoderivados; animais usados em experimentação, bem como os materiais que tenham
entrado em contato com os mesmos; excreções, secreções e líquidos orgânicos; meios de
cultura; tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas; filtros de gases aspirados de área
contaminada; resíduos advindos de área de isolamento; restos alimentares de unidade de
isolamento; resíduos de laboratório de análises clínicas; resíduos de unidade de internação
contaminada; resíduos advindos de área de isolamento; restos alimentares de unidade de
isolamento; resíduo de laboratórios de analises clinica resíduos de unidade de internação e de
enfermaria e animais mortos a bordo dos meios de transporte. Além desses ainda fazem parte
deste grupo, os objetos perfurantes ou cortantes, capazes de causar punctura ou corte, tais
como laminas de barbear, bisturi, agulhas, escalpes, vidros quebrados, etc., provenientes de
estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

Os equipamentos de limpeza (vassouras, escovas, rodo etc) deverão sofrer desinfecção


com soluções específicas (solução de cloro) no tempo do contado de 1ª hora após cada
jornada de trabalho.
Os produtos utilizados na limpeza e desinfecção deverão estar com o prazo de
validade em vigilância.
O acondicionamento e embalagem de formulações à base de cloro deverão estar
vedadas e protegidas de fontes de luz e calor.

SOLUÇÃO DE HIPOCLORITA DE SÓDIO


-concentração recomendada: 1.000ppm (mg) de cloro ativo;
-preparo da solução 9 volume (de 10 litros): colocar 100 ml de uma solução de
hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) e completar com água
para o volume indicado.

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NORMAS DE SEGURANÇA, HIGIENE E PREVENÇÃO DE ACIDENTES:

• TROCA DE ROUPAS AO CHEGAR E AO SAIR DO TRABALHO.


• USAR EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (GORRO, MÁSCARAS,
AVENTAL, MANGOTES, LUVAS DE BORRACHA E CALÇA).
• LAVAR AS MÃOS E ANTEBRAÇOS SEMPRE APÓS A REALIZAÇÃO DE
QUALQUER PROCEDIMENTO.
• TOMAR BANHO AO FINAL DA JORNADA DE TRABALHO.
• TOMAR CUIDADO ESPECIAL COM O MANUSEIO DE ESTRUMENTOS
PERFURO-CORTANTES (LÂMINA DE BISTURI E ETC)
• MANTER SEMPRE O AMBIENTE DE TRABALHO LIMPO, SECO E
ORGANIZADO.

LEMBREM-SE: NÓS NÃO PODEMOS GARANTIR O RESULTADO EM 100%


DOS CASOS, MAS COMO PROFISSIONAIS TEMOS SEMPRE QUE FAZER O
MELHOR POSSÍVEL!

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TANATROPRAXIA E O CÓDIGO DO CONSUMIDOR

Já tendo sido publicado há aproximadamente 15 anos, o Código do Consumidor


revelou-se de extrema valia, mas relações de consumo. Estabeleceu normas de grande
importância e significou um avanço social, protegendo e respeitando todos nós,
potenciais consumidores. Em tanatopraxia, uma prestação de serviços, as relações
jurídicas são regidas pelo Código do Consumidor.
Entendemos que o conhecimento destas legislações seja extremamente importante,
motivo pelo qual destacamos alguns artigos de grande aplicação nesta atividade, que
passamos a transcrever para discussão em classe e análise detalhada:
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquiri ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se o consumidor a coletividade de pessoas, e ainda que
indetermináveis, que haja intervindo nas relações do consumo.

Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou


estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
1º Produto é qual bem, móvel, imóvel, material ou imaterial.
2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

CAPÍTULO III- Dos Direitos Básicos do Consumidor


Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

III- A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com


especificação correta de qualidade, características, composição, qualidade e preço,
bem como sobre os riscos que apresentem;

VIII- Há facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do obus da


prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências.

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RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO

Art. 12- O fabricante, produtor, construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador


respondem independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados
aos consumidores por defeitos decorrentes do projeto, fabricação, construção, montagem,
formula manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.

3º O fabricante, construtor, produtor ou importador só não será responsabilizado quando


provar:

I- Que não colocou o produto no mercado


II- Que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste.
III- A culpa exclusiva do consumidor ou terceiro.

4º A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de


culpa

DA RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO

1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir,
alternativamente a sua escolha:

I- A substituição do produto por outra da mesma espécie, em perfeitas condições de


uso.
II- A restituição imediata de quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo
de eventuais perdas e danos;
III- O abatimento proporcional do preço

Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos
produtos e serviços não o exime de responsabilidade.

Art. 25. É vedada a estipulação contratual de clausula que impossibilite, exonere ou


atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas sessões anteriore

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DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO

Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca
em:

I- Trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviços e de produções não


duráveis.
II- Noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviços e de produção
duráveis.

1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou


do término da execução dos serviços.

2º Obstam a decadência:

I- A reclamação comprovante formulada pelo consumidor perante o fornecedor de


produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que devem ser
transmitida de forma inequívoca.
II- (vetado)
III- A instauração de inquérito civil, até seu encerramento.

3º Tratando-se de vicio oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que fica


evidenciado o defeito.

Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do
produto ou do serviço previsto na sessão II deste capitulo, iniciando-se a contagem do prazo a
partir do conhecimento do dano e da sua autoria.

DAS PRATICAS ABUSIVAS

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços:

I- Condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de


outro produto ou de outro serviço, bem como, sem justa causa, a limites
quantitativos.
II- Prevalece-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua
idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus
produtos ou serviços.
III- Exigir do consumidor vantagem manifestante excessiva

Art40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor


orçamento prévio discriminando o valor da mão de obra dos materiais e
equipamentos a serem empregadas, as condições de pagamento, bem como
as datas de inicio e término dos serviços.

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ORAÇÃO DO TANATÓLOGO

Pai! Neste momento rogo mais uma vez a vossa proteção. Encontro-me diante deste
corpo humano inerte, destituído de vida, cuja caminhada eterna acaba de findar.

Pai! No exercício da minha atividade como tanatólogo, peço a vossa permissão para
adentrar o intimo deste sacrário físico, pois pretendo fazê-lo com o mais profundo e
sincero respeito, tendo sempre presente em minha consciência de que este ser amou
e foi amado, respeitou e foi respeitado, lutou para viver, semeou, colheu, vivenciou
vitórias e derrotas, edificou esperança, cumprindo com o designo que lhes foram
determinados.

Pai! Elevo neste instante o recôndito de minha fé, tributando a esta criatura
vibrações de paz e harmonia, rogando aos socorristas do mundo invisível para que
retirem, caso ainda não tenham retirado, a chave divina que habitou esta matéria,
guiando-se ás hostes de seus merecimentos conquistados – desligando os liames
físicos, para que nesta mesa permaneça única e to somente a composição orgânica
na qual praticarei o meu desiderato.

Pai! Obrigado por tudo quanto tenho recebido, pois sei e sinto que ao iniciar meu
trabalho, mais uma vez as minhas mãos estarão seguras e guiadas por vosso infinito
amor, que sempre protegeu e protegerá a minha saúde e a minha integridade física.

Assim seja.

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