EVANGELHO DE MATEUS 14,22-33

TRES PONTOS PRINCIPAIS PARA REFLETIR ESTE

EVANGELHO:

 Olhar fixo em Jesus,

 Ir ao encontro do Senhor,
 Confiar em Jesus

FRASES IMPORTANTES:

Jesus envia os discípulos

Jesus orar no monte

O barco se encontra em alto mar e o vento é contrário

Jesus é o messias, e está acima do fenômeno da natureza,

acima dos problemas

Deus vem ao encontro do seu povo

Os discípulos têm medo. Jesus não é um fantasma

Coragem! Não tenhais medo!

Andar em direção a Jesus e com Jesus

Ter o olhar fixo em Jesus

Buscar ajuda no Senhor

Não duvidar, mas confiar no Senhor.

A presença de Jesus acalma a tempestade

Confessar a fé/reconhecer Jesus.

REFLEXÃO:

São três aspectos importantes para a vida cristã. Olhar

fixos em Jesus, ir ao encontro do Senhor, confiar no
Senhor.

TER O OLHAR FIXO EM JESUS é não perder o foco,

pois ele é nosso farol que guia-nos para a terra firme. O
barco está em alto mar e não dar mais pra voltar, então
devemos ter coragem de navegar. A vida é um barco e
as vezes o mar está calmo, mas, também as vezes está
agitado, porém não devemos nos desanimarmos, pois
temos o mestre que está sempre conosco. As
tempestades são as dificuldades da vida na qual
passamos: problemas na família, no trabalho ou até
mesmo o desemprego em que muitos cidadãos sofrem,
baixo salário para sustentar a família, dividas e muitas
outras injustiças, mas devemos ter coragem de
enfrentá-las com confiança no Senhor que vem em
nosso encontro e que está presente, mesmo nos
momentos mais turbulentos, mesmo nas grandes
tempestades. Não tenhais medo! Diz Jesus! Então,
porque ter medo, Jesus é a nossa salvação. A vida é
um barco. A Igreja também é um barco que foi confiado
a nós cristãos. Esta tempestade pode está acontecendo
neste barco, (Igreja), mas se Jesus enviou os
discípulos, foi sabendo, que as vezes somos fracos na
fé, que as vezes afundamos assim como Pedro, mas
devemos ter a fé e humildade de Pedro e clamar, salva-
me Senhor. Jesus está de mãos estendida para salvar.
O evangelista dar esta visão do barco e ventos
contrários, pois são muitos os ventos contrários à
Igreja, ou seja contra os cristãos.

Deus vem ao encontro do ser humano, principalmente

nos momentos mais difíceis em que passamos, ele vem
nos salvar. Jesus está sempre de mãos estendidas para
levantar os caídos, os afundados nas águas turbulentas
da vida. Portanto não tenhamos medo, pois como diz o
Apostolo Paulo (Rm 8,35) “quem nos separará do amor
de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, ......
a espada”?

1. O barco está em alto-mar – o que fazer?

Não dar mais pra voltar. Coragem, naveguemos, o

Senhor está à espera. A nossa vida é um barco,
portanto temos que ter coragem e fé para navegar. Não
tenhamos medo, Jesus é nossa salvação. Ele nos
ajudará a atravessar as tempestades que surgem em
nossa vida. Qual a tempestade que vc tem passado ou
que está passando? Não tenhais medo!

2. Ter os olhos fixo em Jesus é essencial para a fé

cristã. Como diz o Apóstolo Paulo (Hb 12,1).

Pedro foi ao encontro do Senhor, mas teve medo, medo

de que? De afundar? e nós como estamos seguindo o
Senhor, como estamos indo ao seu encontro, será se
estamos com medo? Será se estamos com os olhos
fixo em Jesus, ou estamos olhando para a tempestade
à minha volta.

3. Confiança em Jesus: como está a minha fé em Jesus,

como estou indo ao seu encontro. Jesus não é um
fantasma, ele está conosco. Não podemos nos
desesperar diante dos problemas da vida, pois se
Jesus nos confiou o barco é porque está conosco e não
nos deixará afundar.
UM DEUS DO IMPOSSÍVEL
(Mateus 14:22-33)

Nessa passagem do Evangelho de Mateus, nós encontramos

uma cena bastante conhecida. Os discípulos dentro de um
barco, no meio de um mar revolto e Jesus vindo em direção a
eles andando por sobre as águas. Dentre muitas conclusões
que nós podemos tirar aqui, uma delas é que nós servimos a
um Deus poderoso. Um Deus que cura, que liberta, que
opera milagres e que é capaz de contrariar todas as leis da
natureza fazendo o impossível acontecer. É isso que nós
temos que ter em mente: nós servimos a um Deus do
Impossível. Todavia, para ver o impossível acontecendo em
nossa vida, nós precisamos nos atentar para quatro regrinhas
básicas:

a) A primeira delas é NÃO DÊ OUVIDOS AS PESSOAS QUE

FICAM NO BARCO. A Bíblia não entra em detalhes sobre
esse assunto, mas eu acredito que naquela hora, tinha, pelo
menos, dois tipos diferentes de pessoas junto com Pedro no
barco: tinha aqueles que estavam motivando Pedro dizendo
“Vai lá Pedrão! Chegou a sua hora! Chegou a sua vez! Você
vai conseguir!”; e, com toda certeza tinha aqueles que
estavam dizendo para ele “Você está maluco Pedro! Não faz
isso não meu irmão! Olha o tamanho dessas ondas, você vai
morrer afogado!”.

E, o pior de tudo, é que esses também são os mesmos tipos

de pessoas que nós temos ao nosso derredor. Sempre vão
ter aqueles que vão nos motivar, que vão gerar fé no nosso
coração, que vão liberar palavras de vida; e, sempre vão ter
aqueles que vão liberar palavras de morte e de incredulidade.
É por isso, que digo para você: se você deseja viver o
impossível do Senhor na sua vida, você precisa aprender a
tampar os seus ouvidos para aqueles que ficam no barco;
aprenda a ignorar aqueles que são incrédulos. Se Pedro
tivesse ouvido esses aí, com certeza, ele teria ficado no
barco e teria perdido a grande oportunidade da vida dele.

E, eu vou te dizer mais: não compartilhe os sonhos que Deus

colocou no seu coração com todo mundo, porque nem todo
mundo está preparado para ouvi-los. Tem gente que é
bênção na nossa vida e quando nós abrimos o nosso
coração, eles vão nos apoiar e até nos ajudar; por outro lado,
tem aqueles que vão, mesmo sem saber, tentar matar os
nossos sonhos. Você se lembra da história de José do Egito?
A Bíblia nos mostra que ele teve dois sonhos que, resumindo,
mostravam que ele seria um grande governante e que ele
estaria numa posição superior aos seus irmãos e o seu pai.
Pois, ele foi lá (Felizinho da vida), compartilhou esses sonhos
com a família toda; e, o que aconteceu depois? Os seus
próprios irmãos tentaram matar esses sonhos.

b) Em segundo lugar, para alcançar o impossível você

precisa AGIR DEBAIXO DE UMA PALAVRA DE DEUS. Os
versículos 28 e 29 dizem assim: “E respondeu-lhe Pedro, e
disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das
águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou
sobre as águas para ir ter com Jesus.”. Aqui nós vemos uma
atitude bem interessante de Pedro. Assim que Pedro viu
Jesus andando sobre as águas, um desejo profundo tomou
conta do coração dele “Eu também quero andar sobre as
águas!”. Depois, o que ele fez? Ele já foi pulando logo na
água? Não. PELO CONTRÁRIO, ANTES DE QUALQUER
COISA, ELE FOI PRIMEIRO BUSCAR UMA PALAVRA DE
JESUS. Olha só o que está escrito no versículo 28: “E
respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir
ter contigo por cima das águas.”

E, é isso o que nós precisamos entender: antes do impossível

acontecer na nossa vida, nós precisamos ter uma palavra de
Deus que vai nos respaldar. Por que Pedro andou sobre as
águas? Porque ele pediu a Jesus e Jesus disse “Pode vir”.
Se Jesus não tivesse dito isso, Pedro teria ficado no barco
junto com os outros discípulos. a) Agora, por que nós
podemos orar com ousadia pela salvação da nossa família?
Porque Deus é fiel a Sua Palavra e a Sua Palavra nos mostra
que a salvação é para toda a família. b) Por que nós
podemos orar e declarar o impossível de uma cura? Por que
Deus é fiel à Sua Palavra que diz que Jesus já levou sobre Si
as nossas dores e enfermidades. c) Por que nós podemos
orar pela prosperidade? Porque essa é uma promessa de
Deus para a nossa vida.

c) Em terceiro lugar, para ver o impossível de Deus

acontecendo na sua vida, você NÃO PODE OLHAR PARA
AS CIRCUNSTÂNCIAS. Eu não sei se você sabia disso, mas
somente duas pessoas em toda a Bíblia andaram sobre as
águas: Jesus e Pedro. Então, até o momento Pedro estava
fazendo história junto com Jesus. Afinal de contas, além do
Senhor, ninguém mais tinha feito isso. Só que teve uma hora
em que as coisas começaram a sair fora do controle e Pedro
começou a afundar. Por que Pedro começou a afundar sendo
que Jesus já tinha liberado a Palavra? Será que Jesus não
tinha poder suficiente? Será que Jesus estava mentindo para
Pedro? Nós acabamos de falar que se Deus libera uma
palavra Ele cumpre. Será que Jesus não estava cumprindo a
Palavra dEle?

Uma coisa muito importante que você precisa ter revelação é

que A SUA INCREDULIDADE PODE ROUBAR A PALAVRA
DE DEUS NA SUA VIDA. O diabo não pode impedir o agir de
Deus na sua vida. As pessoas que estão ao seu redor não
podem impedir o agir de Deus na sua vida. Ninguém pode
impedir o agir de Deus na sua vida além de você mesmo.
Você é o único que pode. Foi isso o que estava acontecendo
com Pedro. Ele tinha uma palavra de Jesus, mas porque ele
duvidou (Que é o que está escrito no versículo 31), ele
começou a afundar. E, por que a incredulidade tomou conta
do coração de Pedro? Porque Pedro tirou os olhos de Jesus
e começou a olhar para as circunstâncias, para os ventos
fortes, para o tamanho das ondas. POR ISSO, SE VOCÊ
QUER MESMO VER O IMPOSSÍVEL DE DEUS NA SUA
VIDA, PARE DE OLHAR PARA AS CIRCUNSTÂNCIAS.

d) E, por fim, se você quer alcançar o impossível de Deus,

TENHA DISPOSIÇÃO DE SAIR DA SUA ZONA DE
CONFORTO. Como nós já sabemos, Pedro era um pescador
experiente. Anos e anos dentro de um barco pegando peixes
naquele mesmo mar. Então, Pedro sabia muito bem o que
era estar DENTRO de um barco. Só que ele não sabia nada
sobre estar FORA de um barco. O BARCO ERA O LUGAR
QUE PEDRO CONHECIA E SABIA CONTROLAR, ERA O
LUGAR ONDE ELE SE SENTIA SEGURO, ERA O QUE NÓS
CHAMAMOS DE ZONA DE CONFORTO. E, agora, eu te
pergunto: o que precisou acontecer com Pedro para ele
experimentar do impossível de Deus? Ele teve que deixar o
barco, ele teve que deixar a zona de conforto dele e colocar
os pés na água.

Muitas vezes, é isso o que vai acontecer com agente

também. Nós vamos ter que sair da zona de conforto para ver
o impossível de Deus. Muitas vezes, para poder avançar em
Cristo, você vai ter que sair da sua zona de conforto de ser
apenas membro de igreja para colocar os pés nas águas da
liderança de uma célula. Muitas vezes, para ver o impossível
na sua vida profissional, você vai ter que deixar a zona de
conforto daquela profissão que sempre exerceu para entrar
em uma nova área. As vezes, vamos ter que deixar a zona de
conforto do nosso país, do lugar que nós crescemos, vivemos
e conhecemos todo mundo, para irmos para outras nações.

Nós não servimos a um Deus que deseja apenas fazer

grandes coisas na nossa vida. Nós servimos a um Deus que
deseja fazer o impossível acontecer no nosso meio. Mas,
para que isso aconteça, nós precisamos fazer como Pedro
fez: nós precisamos tampar os ouvidos para as pessoas
erradas e ouvir a voz de Jesus, nós precisamos buscar uma
Palavra de Deus, nós precisamos vencer o medo, nós
precisamos sair da nossa zona de conforto e colocar os pés
nas águas.

COMO VENCER A TEMPESTADE – Mateus 14:22-33

Quando estamos debaixo da visão de Jesus Cristo, seguindo

as suas orientações e executando os projetos que nos foi
confiado para construirmos uma vida melhor, não temos
nenhuma garantia de que não enfrentaremos tempestades.

Os discípulos estavam sob a ordem de Jesus – para

atravessarem o mar – mas sobreveio sobre eles uma grande
tempestade. Aquele que tem um projeto de Deus e o executa,
precisa estar disposto a enfrentar tempestades.

Definição de tempestade: Perturbação atmosférica violenta,

que, ligada aos movimentos verticais do ar provocam a
formação de cúmulos-nimbos, e é acompanhada de
fenômenos mecânicos, como vendavais e aguaceiros, e
amiúde de fenômenos elétricos como raios e trovões.

As tempestades da vida são: os tumultos dos nossos

sentimentos, as perturbações do nosso coração, as
convulsões e agonias da nossa alma.
No momento em que Jesus subia o monte para orar, o barco
já estava sendo açoitado pela violência do mar em grande
agitação. E enquanto Jesus calmamente orava, os discípulos
se desesperavam. Isso nos ensina que Deus tem outras
prioridades, que nem sempre são as de repreender as
tempestades da nossa vida e nos acalmar imediatamente.
Isso requer de nós uma extrema confiança em Deus e o
exercício da paciência, para suportar os momentos de
tempestades.

No meio da travessia, os amigos de Jesus se depararam com

o vento contrário. Parece ironia: nem os amigos mais
chegados de Cristo estão livre do vento contrário (quando
parece que não adianta lutar pra seguir em frente, porque
tudo conspira contra nós, nos empurrando para trás).

A gente aprende que todo aquele que busca uma vida de

realizações, precisa se acostumar a enfrentar os ventos
contrários e a batalhar contra todas as resistências, porque
nada vem de graça e não vamos ter moleza. Sempre haverá
força contrária.

Os homens que estavam no barco eram acostumados ao mar

e às tempestades, mas ninguém consegue vencer sozinho o
vento contrário que tenta nos empurrar de volta ao lugar de
onde partimos.
Ninguém tem moleza nessa vida, ou viramos um enfrentador
de ventos contrários ou seremos engolidos por eles.

Jesus sempre tem um encontro extraordinário com aqueles

que conduzem as suas vidas, os seus empreendimentos, os
seus projetos, os seus sonhos, na direção que Ele
determinou.

O encontro diferenciado com Jesus se dá normalmente em

meio a nossa travessia e nem sempre ocorre na bonança, na
nossa área de conforto, mas quando resolvemos encarar o
desconforto dos desafios – que são maiores e mais
poderosos que as nossas forças e capacidades – e quando
decidimos que vale a pena atravessar a tempestade para
chegarmos ao lugar de conquista que Ele nos apontou e
mandou que seguíssemos naquela direção.

As tempestades e os embates da vida fazem muita diferença

para a nossa tomada de decisão, de prosseguirmos ou não,
de tentarmos ou não, mas para Jesus a diferença está na
decisão de aceitarmos ou não os desafios. A Sua presença
depende da nossa decisão.

O importante para Jesus é o encontro que aviva a nossa fé e

produz determinação, independente das circunstâncias.
Convenhamos, é anormal e espantoso um homem caminhar
sobre as águas, isso é muito estranho. E esse estranho
comportamento é de assustar qualquer um, trazendo à tona
um sentimento e uma crença até então camuflados, pois
haviam fantasmas que estavam adormecidos em suas almas.

Os fantasmas do passado mal resolvido, dos problemas não

solucionados, dos medos que insistiam em esconder, das
indagações sem respostas, do futuro repleto de expectativas,
mas absolutamente incerto, irreal, invisível. Fantasmas vivos
que agora despertaram. O negócio era tão assustador que
eles se esqueceram do verdadeiro problema que era a
tempestade e focaram no “fantasma”.

Os problemas terríveis e os desafios da vida revelam em nós

sentimentos e crenças que desconhecemos.

No lado oposto daquele turbilhão de descontroladas

emoções, um Jesus sereno que paira sobre o mar, mantem
uma distância dos marmanjos que se amontoavam no barco
com os olhos esbugalhados. Que cena!

O medo os fazia gritar. Algumas vezes gritamos querendo ser

espirituais, quando na verdade estamos morrendo de medo.

Se Jesus não tivesse se apressado a gritar identificando-se, a

coisa iria ficar feia.
Quantas vezes não conseguimos discernir que é Jesus quem
está tratando conosco, porque desconhecemos a maneira
como Ele está agindo? Nós queremos e esperamos que
Deus nos trate de maneira convencional e esquecemo-nos de
que Deus não tem nada de convencional e é impossível
prevermos a forma como Ele vai agir.

Eles estavam com medo de Jesus só porque Ele não veio

remando dentro de um barquinho.

O encontro marcado se transformou em desespero, espanto,

desânimo e medo. A forma de Jesus se manifestar assustou
mais do que a tempestade.

É assim que acontece conosco, pois vivemos enfurnados nos

barcos da nossa vida e somente aquele que está fora do
nosso cotidiano – como Jesus que estava fora do barco –
pode ver com mais clareza a maneira correta de sermos
ajudados.

Pedro lançou um desafio ao “suposto fantasma”, e

sinceramente eu fico na dúvida se foi uma atitude corajosa ou
um medo explícito. Prefiro achar que foi uma reação ao
medo, mesmo sendo uma atitude de coragem, afinal,
coragem não é ausência do medo, mas domínio sobre ele.

Deus gosta quando reagimos ao medo e não ficamos

paralisados.
 Diante do medo, como você reage? Precisamos nos
preparar para receber ajuda de fora, sem nos assustarmos
com esses “fantasmas” que surgem repentinamente, e nos
esquecemos de que Deus envia pessoas ao nosso encontro,
bem no meio da nossa tempestade para nos prestar socorro
e acalmar as agonias das nossas vidas.

E não é que o tal “fantasma” disse: vem!

O VEM de Jesus desafiou Pedro a vencer o medo, a sair do

barco, que era o lugar aparentemente seguro. O VEM de
Jesus mexeu com o seu brio, obrigando-o a deixar os seus
amigos assustados e agarrados a uma esperança que
brevemente iria naufragar, para decidir partir ao encontro do
incerto. Meu Deus!

As tempestades que Deus permite que sobrevenham sobre

nós devem revelar a nossa comodidade covarde, mas
também mexer com o nosso senso crítico, fazendo com que
tenhamos disposição para deixar a segurança da nossa casa,
da família, dos amigos, do emprego, da área confortável na
qual nos instalamos, para colocarmos os pés no incerto,
tendo como única garantia uma Palavra de instrução de
Jesus Cristo.

Em meio a tempestade a única garantia que temos de

sucesso é a Palavra que recebemos de Jesus Cristo.
30 Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir
para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me.

A nossa fé nos leva a ações sobrenaturais, isso aconteceu

com Pedro. Porém, é um fato que o discípulo caminhou sobre
as águas por algum tempo, até que teve que tratar com a
realidade. Eu aprendo que o sobrenatural não anula o
natural, é apenas uma intervenção divina temporária.

Não podemos viver do sobrenatural o tempo todo porque

precisamos tratar com a realidade da nossa humanidade.

Você não vai andar sobre os milagres todos os dias, o tempo

inteiro. Você vai sentir medo, receio, depressão, angústias,
tristezas, preocupações que tentarão levar você à depressão
e a desistência. Porém, você terá que exercitar a humildade
para pedir ajuda.

Pedro certamente sabia nadar, estava acostumado ao mar,

mas ninguém se acostuma com tempestades, porque elas
são imprevisíveis e a natureza é muito mais poderosa que as
engenhosidades do homem.

Ao sentir o limite da sua humanidade Pedro gritou por

socorro. É um grande ensinamento do qual não podemos
esquecer.
Querer resolver tudo sozinho, mesmo em nome de Deus, tem
tudo pra dar errado.

Você é chique ou crente demais para pedir ajuda? Um pedido

de socorro atrai uma mão forte e amiga capaz de nos erguer
do abismo. É um magnífico exercício de humildade.

31 E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe:

Homem de pequena fé, por que duvidaste?

Pedro, todo ensopado e assustado, ainda teve que ouvir de

Jesus que era um homem de pequena fé.

Bem, ele mostrou que possuía mais fé que os demais, pois

foi o único a se aventurar naquela “doideira”! Afinal do que
Jesus está falando?

Permita-me dizer que a coragem de Pedro não era capaz de

sustentar a sua fé e a fé era uma fagulha da sua coragem. A
fé independe das circunstâncias, sejam elas favoráveis ou
não. É a capacidade de ver o que ninguém vê, de esperar o
que ninguém espera e de viver numa instância acima das
façanhas humanas. Mas quando Pedro se viu fazendo isso
comparou esse feito à força do vento e a fúria da tempestade
e deve ter pensado: “isso não está acontecendo”. Pois é, a
gente se parece demais com ele!
Observe que a fúria da tempestade somente foi repreendida
depois que Jesus entrou no barco. Ele não vai operar um
milagre em nossas tempestades, mas fará o seu poder entrar
em ação dentro do barco da nossa vida.

Muita gente quer se livrar da tempestade sem deixar Jesus

entrar no barco da sua vida. Isso não funciona.

A ação de Deus é de dentro para fora. Vencer a tempestade

é uma ação poderosa de Deus que flui do interior de nossas
vidas. É o poder de Deus que se expande a partir da nossa
comunhão com Ele.

Quando os milagres acontecem dentro desse prisma, resulta

em muita adoração a Deus.

Lembre-se: milagre de Jesus Cristo fora do barco da nossa

vida, não produz adoração.