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PREFACIO

A quietude de muitas religiões; a sublimidade das expressões artísticas; o suave murmúrio


da natureza; a harmonia que ainda pode ser encontrada na convivência entre famílias,
pessoas e instituições; os momentos de alegria; a prática de esportes; a diversão; o humor e
a poesia que, felizmente, sobrevivem, muitas vezes fazem pensar que o mundo vive em um
estado de serena paz.

O que muitos desconhecem, entretanto, é que por detrás deste aparente estado de coisas se
desenrola uma verdadeira guerra. Pode-se, por exemplo, descrever o mundo, sem sombra de
erro, falando das divisões, dos atritos e dos jogos de interesses das religiões.

Também da desmoralização e descaracterização das expressões artísticas; da transformação


impiedosa pela qual passa a natureza, que acaba lutando contra os seres humanos; da
desvalorização da família e da desmoralização de pessoas e instituições.

Da violência nos esportes; da exploração e do desvio do sentido de diversão; da tristeza e


ausência de sorriso em que vivem pessoas e sociedades em todo o mundo.

Tudo isso transforma o mundo em um verdadeiro inferno. Faz sentido afirmar que, na
realidade, o planeta vive em um estado permanente de guerra, com muitas batalhas sendo
continuamente travadas.

A Bíblia não trata esse assunto com meias palavras. Afirma categoricamente que há poderes
transcendentes atuando neste mundo, provocando todos os males possíveis, a fim de destruir
a criação de Deus. O homem, criado à imagem e semelhança do Criador, é o seu principal
alvo.

Neste livro, o bispo Renato Maduro, com base nos ensinamentos da Palavra de Deus, revela
quem são os verdadeiros inimigos da humanidade, os causadores de todo o mal que aflige a
raça humana, as suas estratégias de guerra e as condições necessárias para vencê-los.

Os editores
INTRODUCAO

A Bíblia diz que a nossa luta não é contra a carne nem o sangue. Isto significa que o povo de
Deus tem inimigos que não podem ser vistos com os olhos naturais.

Eles atuam espiritualmente, mas suas obras se estabelecem material ou fisicamente. São
responsáveis por miséria, desgraça, infelicidade, doenças, desilusões, sofrimentos e tudo o
que destrói o homem.

É claro que com a decadência do ser humano na sua honra, na sua dignidade, nos seus
direitos e valores e na sua autoridade, são destruídas as sociedades e as instituições, e até a
natureza, que geme com as dores da rebelião das criaturas de Deus.

É impossível negar a existência do mal. Podem dar a ele vários nomes ou atribuições, mas a
sua presença é insofismável.

Embora alguns religiosos neguem ou considerem simbólica, a existência do diabo e dos


demônios é uma realidade. A Bíblia revela que eles não somente existem, mas que também
estão vivos e ativos na Terra, combatendo contra Deus e as Suas criaturas.

A minha experiência com Deus e o meu trabalho na Sua Obra por mais de vinte anos,
inclusive em outros países, não me deixam duvidar de que eles existem, são organizados,
inteligentes e têm estratégias de combate.

Embora saibam que estão derrotadas, as forças do mal desejam arrastar com elas o maior
número possível de pessoas para o fogo eterno, que lhes está preparado. É dessas verdades
que procuro falar com você, amigo leitor, neste livro. Espero que ele seja uma bênção para
a sua vida.

Renato Maduro
NOSSA BATALHA

O apóstolo Paulo, na sua carta aos cristãos da cidade de Éfeso, fala da verdadeira luta que
todo cristão enfrenta. Desde a queda de Adão até os nossos dias, uma genuína guerra vem
sendo travada entre as forças do diabo e os exércitos de Deus. Vejamos:

“porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do
mal, nas regiões celestes.”

Efésios 6.12

O diabo e os seus anjos lutam para destruir o homem, eleito a coroa da Criação, a quem
Deus fez à Sua imagem e semelhança. É uma tremenda guerra que vem sendo travada. O
exército celestial e o povo de Deus têm a obrigação de vencê-la.

Tudo começou com a queda de Lúcifer, quando este querubim provocou a primeira rebelião
no Céu, sendo seguido por uma parte dos anjos.

Ele não nasceu diabo. Criado por Deus como todos os demais anjos, recebeu autoridade
sobre todas as ordens angelicais. Daí ser chamado de querubim da guarda ungido. Mas o
orgulho encheu o seu coração e ele se rebelou contra o Altíssimo:

“Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o


topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de
ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles
preparados.

Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de


Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que
foste criado até que se achou iniqüidade em ti.

Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo


que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da
guarda, em meio ao brilho das pedras.”

Ezequiel 28.13-16

Ao ser lançado por terra, recebeu o nome de Satanás. Não perdeu a sua natureza original, ou
seja, manteve-se na condição de espírito, mas sem nenhuma autoridade. Vejamos o que
dizem mais as Sagradas Escrituras:

“A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e
o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o
filho quando nascesse.”
Apocalipse 12.4

Neste texto bíblico, a expressão “a terça parte das estrelas do céu” é uma referência
simbólica aos anjos que caíram da sua posição original, junta​mente com Lúcifer. Este nome,
por sinal, significa “cheio de luz”, e com o tempo passou a se referir ao diabo, ou Satanás.

Aqueles anjos decaídos formam hoje os exércitos das trevas, que são comandados pelo
diabo, cujo objetivo sempre foi destruir o povo de Deus: Israel, no Antigo Testamento, e a
Igreja, no Novo Testamento, ambos simbolizados pela mulher que estava para dar à luz, em
Apocalipse 12.4.

O filho varão, que simboliza o Senhor Jesus Cristo, e os ministérios que d’Ele nascem,
também aparecem constantemente sendo perseguidos pelo diabo, que sempre desejou a
derrota da Igreja e do próprio Cristo de Deus.

Desde o dia em que foi prometida a sua derrota e a sua prisão eterna, o seu intuito passou a
ser somente este: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu
descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3.15).

Neste versículo, Deus anuncia a guerra que existiria pelos séculos futuros entre a serpente,
Satanás, e a mulher, a Igre​ja: Satanás sempre odiando a Igreja, e esta desejando a destruição
dele, sempre lhe resistindo e esperando a vitória em Cristo Jesus, o Filho do Deus Vivo.

E as bata​lhas vêm sendo travadas desde a queda de Adão, produ​zindo muitas feridas na
humanidade. Porém, uma convicção tem estado cada vez mais forte por parte da mulher, a
Igre​ja: a vitória é dela, e em breve será consumada.

Analisemos novamente o versículo: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua


descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
(Gênesis 3.15).

O “descen​dente da mulher” nasce através dela, mas vem dos Céus, sendo o próprio Deus Se
expressando para nós em forma de homem, conforme registrado por Mateus: “Eis que a
virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que
quer dizer: Deus conosco).” (Mateus 1.23).

Este “descendente” irá ferir mortalmente a serpente na cabeça, e esta lhe ferirá o calcanhar.
Mas o que significa ferir o calcanhar? Vamos analisar a Igreja como sendo um só corpo, e
Jesus Cristo o Cabeça deste corpo.

Podemos deduzir, então, que as últimas gerações humanas que irão aceitar a Cristo como
seu Senhor e Salvador farão parte dos pés deste corpo.

A Bíblia, em determinadas partes, refere-se profeticamente aos pés do corpo de Cristo, os


que viverão nos últimos tempos, apresentando promessas maravilhosas para os seus dias.
Mas ela também afirma que uma parte destes pés será ferida pela serpente.

Alguns estudiosos da Bíblia entendem que o calcanhar ferido seria a prisão e a morte de
Jesus. Não cremos que a serpente possa ferir o nosso Soberano Senhor; por isso,
acreditamos que o versículo profético é dirigido aos pés do corpo, e não à Cabeça.
Podemos ver isto mais claramente no livro do Apocalipse:

“Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o
filho varão; e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até
ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um
tempo, fora da vista da serpente.

Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer
com que ela fosse arrebatada pelo rio. A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu
a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.

Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os
que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre
a areia do mar.”

Apocalipse 12.13-17

O calcanhar ferido pode se referir também à morte do ser humano e à sua provisória
fragilidade diante das doenças, da dor e de todos os males que afligem a humanidade.

Digo “provisória” porque os que têm um verdadeiro encontro com Deus se tornam
vitoriosos sobre todas essas coisas.
Chegará o tempo em que o anticristo será a mais clara expressão do poder de Lúcifer na
Terra. Ele perseguirá o restante da Igreja que aceitar Jesus após o arrebatamento.

Satanás irá perseguir e ferir alguns, mas precisamos entender que o nosso perseguidor já foi
derrotado: a sua derrota foi decretada há mais de dois mil anos, através do sangue do nosso
Senhor Jesus, derramado na cruz.
ELE JA FOI DERROTADO

Muitas pessoas têm dificuldade em crer que o diabo já está derrotado. Isso acontece
quando, por exemplo, olham para algumas igrejas e percebem que muitos membros, e até
pastores, estão vivendo uma vida de derrotas constantes, e vivem abalados emocional,
física e espiritualmente.

De fato, ao observarmos as pessoas que estão fora da Igreja, sendo dominadas e


escravizadas pelo diabo, muitas vezes nos sentimos pequenos demais para ajudarmos a tanta
gente. Temos a impressão de que nada podemos fazer.

Embora essa realidade nos preocupe e perturbe, dentre tantas outras coisas, devemos ter a
certeza de que Satanás já foi derrotado e a sua sentença já está declarada: a prisão eterna no
lago de fogo e enxofre.

O Senhor Jesus já feriu mortalmente a sua cabeça. Ainda que ele negue e se mostre furioso e
valente, Jesus já o venceu, destruindo o seu poder através da Sua vida e morte na cruz.
Assim diz a Palavra de Deus:

“Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele,
igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da
morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à
escravidão por toda a vida.

Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por
isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para
ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer
propiciação pelos pecados do povo.”

Hebreus 2.14-17

“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da
vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo
cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual
nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os
principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na
cruz.”

Colossenses 2.13-15

O poder das trevas, diante da autoridade de Jesus, torna-se como nada, deixa de existir.
Precisamos entender esta verdade e, através da revelação de Deus, assumir o nosso lugar
nas regiões celestiais, reinando com Cristo, conforme escreveu o apóstolo Paulo: “e,
juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo
Jesus;” (Efésios 2.6).
O apóstolo Pedro faz um alerta aos cristãos: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;” (1
Pedro 5.8).

Ainda que possa ter força e se apresentar feroz, Satanás não é o verdadeiro leão, o da tribo
de Judá. Precisamos entender q ue o sacrifício na cruz foi suficiente para destruir o poder
das trevas. Por este motivo, antes de entregar o Seu espírito ao Pai, Jesus disse “está
consumado”, conforme João 19.30.

Quer dizer que tudo foi feito como deveria; que nada mais resta a fazer; tudo está concluído.
E, realmente, a obra de regeneração e salvação do homem estava realizada.

O sacrifício do Senhor Jesus na cruz destruiu o poder das trevas. Satanás foi golpeado
mortalmente em suas forças; ele sabe que a cruz é o símbolo da sua derrota. Por esta razão,
colocamos sempre em nossas igrejas uma cruz, e ao seu lado a afirmação: Jesus Cristo é o
Senhor.

As forças das trevas sabem disso, mas querem arrastar com elas o maior número possível
de almas, assim como agia um grupo de portadores do vírus HIV, na região Sul do Brasil,
conforme noticiado há alguns anos pela mídia impressa e eletrônica.

A polícia descobriu que algumas pessoas se reuniam em um apartamento com o único intuito
de contaminar outras com o vírus da Aids, compartilhando as seringas usadas para a
aplicação de drogas injetáveis.
Há uma guerra no ar mais poderosa que qualquer conflito armado, mesmo com o uso de
armas químicas ou biológicas. Uma guerra espiritual, de muitas batalhas, com a qual somos
obrigados a nos envolver. Não há como ficar de fora. Ou estamos do lado de Deus ou do
inimigo: não há neutralidade.

O sacrifício de Jesus no Calvário é a sentença da vitória já determinada, mas precisamos


enfrentar as batalhas com todas as armas que temos ao nosso alcance: consagração da vida;
orações; correntes nas igrejas; jejuns; desafios de fé e evangelização são algumas delas.
A ORGANIZACAO DO NOSSO INIMIGO

Precisamos entender que o exército das trevas não é composto de um simples bando de
anjos caídos, ingênuos, sem liderança e sem métodos.

O diabo está desmoralizado, sim, e tem consciência de que a sua sentença já foi decretada,
mas conta com uma arma terrível, que o leva a lutar até o último instante: a persistência.

Além disso, há um fator no seu reino que não podemos deixar de analisar nessa guerra que
abrimos contra as forças demoníacas: a organização do seu exército.

Não podemos esquecer que, antes da queda, Lúcifer fez parte do exército de Deus: “Tu eras
querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no
brilho das pedras andavas.” (Ezequiel 28.14).

Ele conhece a organização que sempre houve no exército do Senhor dos senhores e Rei dos
reis. A divisão de autoridade no reino satânico é uma realidade. Podemos percebê-la nos
relatos bíblicos:

“para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de
Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os
que são santificados pela fé em mim.”

Atos 26.18

Este texto mostra que a Igreja está lutando contra a potestade (autoridade) de Satanás, para
livrar a humanidade das suas garras. Nós, como Igreja, estamos travando uma guerra contra
um exército que tem uma liderança, a qual lhe confere autoridade.

Por este motivo encontramos tanta resistência quando vamos evangelizar nas ruas, orar
pelos enfermos, expulsar demônios ou realizar qualquer outro tipo de trabalho para libertar
as pessoas. É justamente nesses momentos que enfrentamos abertamente a força do exército
inimigo.

Ele abre guerra contra nós com o objetivo de impedir que a Igreja do Senhor Jesus assuma o
lugar que lhe foi dado através do sacrifício de Jesus na cruz do Calvário. Este lugar é o de
autoridade sobre tudo o que se levanta contra Deus. Assim está escrito:

“Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu
Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos
teus pés.”

Atos 2.34,35

O Senhor Jesus está sentado no Seu trono de vitória porque venceu. Os Seus inimigos,
mesmo der​​rotados, continuam resistindo, mas a Sua Palavra nos diz que o Pai irá colocá-los
debaixo dos Seus pés.

Mesmo sendo eles fortes, valentes e organizados, serão subjugados pelo poder de Deus,
através da herança de Cristo, a Sua Igreja. O apóstolo Paulo assim ensinou aos cristãos de
Éfeso:

“e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da
força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e
fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e
potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente
século, mas também no vindouro.

E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à
igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.”

Efésios 1.19-23

Aqui nos é revelado como o exército de Satanás está organizado. Existem quatro níveis de
autoridade no reino das trevas, os quais precisamos conhecer. É necessário também que
saibamos discernir suas funções neste exército, pois este conhecimento é importantíssimo
para que possamos combater com discer​nimento e eficiência.

É fundamental entendermos que todo este exército age sob o comando de Lúcifer. Este
comandante das trevas não age pessoalmente na Terra, mas através dos seus mensageiros.

Chegará, porém, o dia em que ele próprio irá manifestar o seu poder pessoal diante da
humanidade. Vejamos o que escreveu o apóstolo Paulo na sua segunda carta aos cristãos da
cidade de Tessalônica:

“Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado
aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus
matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda.

Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais,
e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não
acolheram o amor da verdade para serem salvos.”

2 Tessalonicenses 2.7-10

A Palavra de Deus diz que o anticristo, a própria expressão do poder e da pessoa de


Lúcifer, ainda não foi manifesto, embora esteja operando através do seu exército.

Mas chegará o dia em que ele próprio se manifestará ao mundo, sendo derrotado pelo sopro
da boca do nosso Senhor Jesus Cristo. Vejamos como o apóstolo Paulo, referindo-se à
organização das trevas, mostra a sua hierarquia:

“porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do
mal, nas regiões celestes.”

Efésios 6.12

Vamos agora analisar cada categoria:

Principados
A este grupo pertencem os que estão diretamente ligados a Lúcifer. São chefes, comandantes
de exércitos, que recebem ordens diretamente dele e as transmitem aos seus comandados.

Suas áreas de ação se dividem em regiões. Em cada região do planeta existe um desses
principados que oprimem os seus habitantes e lutam para resistir ao avanço da Igreja de
Cristo.

Os anjos de Deus são orientados a agir nesses principados, razão pela qual são também
chamados de príncipes. No livro de Daniel vemos isto claramente:

“Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um
dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia.”
Daniel 10.13

Essa luta é constante, e quando o príncipe das trevas de uma região é amarrado, a Igreja
cresce e produz o avivamento – que alcança aqueles que não têm o conhecimento do Cristo
Vivo como Salvador pessoal – e o reavivamento, necessário à própria Igreja, acontece
naturalmente.

Os “príncipes” – anjos caídos que antes tinham posições de autoridade no exército de Deus
– operam nos lugares celestiais. Dali comandam todo o exército das trevas que está sob
seus domínios, exercendo total domínio em suas regiões e influenciando em todas as áreas
sociais, políticas e econômicas.

Não são meros “diabinhos”, que fazem as pessoas mentirem, dizerem palavrões ou
praticarem sexo ilícito. São muito mais que isto. Atuam na intelectualidade e nas Ciências.

Inspiram também ideologias, descobertas e inventos capazes de mudar a mentalidade das


pessoas, de modo a não crerem em Deus e a se autodestruírem.

No campo das religiões, atuam se travestindo de divindades, entidades, espíritos, forças ou


supostos poderes, cujos nomes e funções dependem de cada cultura.

Não é fácil identificá-los sem o discernimento do Espírito Santo e o conhecimento da


Palavra de Deus. Analisemos o que disse o diabo ao Senhor Jesus, quando O tentou:
“E, elevando-o, mostrou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo. Disse-lhe o diabo:
Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a
dou a quem eu quiser. Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua. Mas Jesus lhe
respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto.”

Lucas 4.5-8

O diabo disse que todo o poder dos reinos deste mundo lhe fora entregue. Esta foi a maneira
que ele encontrou para sair da posição de dominado e assumir a de dominador. Vejamos
agora como esta posição chegou até ele.

Inicialmente Deus planejou que os reinos deste mundo estivessem debaixo da autoridade do
homem. Este exerceria corretamente o governo do planeta, sob a vontade do Criador, com
toda a autoridade material e espiritual, e nada lhe serviria de empecilho.

Ao aceitar a proposta da serpente – arquitetada pelo próprio diabo, o arquiinimigo – Adão


rejeitou explicitamente a direção de Deus e provocou uma rebelião no Éden.

Assim o homem perdeu a autoridade que recebera do Criador e a entregou a Satanás, em


quem confiou, acreditando nas suas palavras. Ora, só se domina alguém que aceita ser
dominado. Foi exatamente isto que aconteceu na relação entre o diabo e o ser humano.

Este, ao aceitar ser dominado pelo inimigo, criou as condições para o estabelecimento do
reino das trevas. Através dessa entrega voluntária, Lúcifer se apossou de todos os reinos
deste mundo, e organizou os seus principados.

Quando Adão, que tinha toda a autoridade de Deus na face da Terra, submeteu-se à palavra
de Satanás, automaticamente se tornou seu servo, pois quando obedecemos à palavra de
alguém nós nos tornamos seus servos, conforme explicou o apóstolo Paulo na sua carta aos
cristãos romanos:

“Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo
a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a
justiça?”

Romanos 6.16

Quem obedece à Palavra de Deus se faz Seu servo; da mesma forma quem obedece à voz do
diabo é servo dele. A submissão de Adão lhe custou a autoridade recebida de Deus, o que
significa que todo o domínio que Adão tinha foi transferido para Satanás.

Assim sendo, Lúcifer, que estava despido de poder para agir na Terra, recebeu
graciosamente autoridade, e não apenas sobre Adão e todos os filhos gerados dele, mas
sobre toda a Terra. A Palavra de Deus diz:

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a
morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”
Romanos 5.12

Os males que afligem a humanidade tiveram início nesta transferência de autoridade de


Adão para Satanás. Até então não havia morte no mundo. Nenhum animal, nem mesmo o
homem, era carnívoro, pois todos se alimentavam apenas do fruto da terra. Assim
determinou o Criador:

“E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham
na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos
será para mantimento.

E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em
que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez.”

Gênesis 1.29,30

Sob a autoridade de Satanás, a morte entrou no mundo e teve início o reino do mal, ou das
trevas. Mas louvado seja o Senhor nosso Deus, pois Ele mesmo providenciou a salvação
para a humanidade:

“Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos
mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão
vivificados em Cristo.”
1 Coríntios 15.21,22

O objetivo dos príncipes dos principados é levar a humanidade ao cativeiro eterno. A única
força capaz de impedir o avanço do império das trevas é a Igreja do Senhor Jesus. Aliás,
Deus já determinou que ela seria o instrumento para derrotá-lo.

O Senhor Jesus ensinou: “Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os
bens, sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa.” (Marcos 3.27).

O propósito de Deus é que nós, que compomos a Igreja, amarremos os principados de cada
região, tomando novamente o governo da humanidade e de toda a Sua criação. Naturalmente
que só os nascidos de Deus têm a autoridade de amarrar esses principados.

Estamos tratando de uma guerra espiritual onde a coragem é acrescida da fé, e as armas
naturais dão lugar ao poder do Espírito. Nesta guerra, Deus também reforça a nossa
inteligência e estimula os nossos dons e talentos, concedendo-nos ainda outros, a fim de que
sejamos vencedores.

Todo o nosso ser se engaja nesta luta na qual não há lugar para tímidos e covardes, nem para
o espírito de derrota. É vencer ou vencer!

A principal missão dos príncipes das trevas é governar sobre as regiões, impedindo que
haja justiça, santidade e prosperidade, dentre outras coisas. São os príncipes que tentam
impedir que as igrejas sejam cheias do Espírito, impedindo assim que haja um avivamento,
e, conseqüentemente, evitando que aconteçam milagres.

Esta tem sido a sua principal meta: oposição à manifestação do Espírito Santo, à fé, aos
dons de curar, à operação de milagres, etc.

É preciso lembrar sempre que se cada região tem o seu príncipe das trevas, também nos
exércitos de Deus há anjos responsáveis por essas regiões. Quando um deles recebe ordens
do Senhor para tomar determinada atitude, a sua participação provocará uma visitação de
Deus.

Sabendo disso, o príncipe dessa região concentra todo o seu esforço no objetivo de impedir
que o anjo mensageiro de Deus possa chegar até ela. Trava-se, então, uma batalha no mundo
espiritual, sendo decisiva a ação e a participação da Igreja naquela região.

Se a Igreja não tiver discernimento do que estiver acontecendo, ou não conhecer os


princípios que precisa pôr em prática na batalha, o exército das trevas, ainda que
circunstan​cial​mente, pode se tornar “vencedor”.

Vamos analisar agora um episódio registrado no livro de Atos, envolvendo os apóstolos


Pedro e João, e um coxo de nascença, que foi curado por eles:

“Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona. Era levado um homem,
coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo chamada Formosa, para
pedir esmola aos que entravam.
Vendo ele a Pedro e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem uma
esmola. Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós. Ele os olhava
atentamente, esperando receber alguma coisa.

Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou:
em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou;
imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram; de um salto se pôs em pé, passou a
andar e entrou com eles no templo, saltandoe louvando a Deus.

Viu-o todo o povo a andar e a louvar a Deus, e reconheceram ser ele o mesmo que
esmolava, assentado à Porta Formosa do templo; e se encheram de admiração e
assombro por isso que lhe acontecera.

Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sacerdotes, o capitão do templo e os


saduceus, ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição
dentre os mortos; e os prenderam, recolhendo-os ao cárcere até ao dia seguinte, pois já
era tarde.

Muitos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a
quase cinco mil. No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém as autoridades, os anciãos e
os escribas com o sumo sacerdote Anás, Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da
linhagem do sumo sacerdote; e, pondo-os perante eles, os argüiram: Com que poder ou
em nome de quem fizestes isto?”
Atos 3.1-10; 4.1-7

Os principais do Sinédrio, além do sumo sacerdote Anás e de Caifás, mandaram que Pedro
e João fossem presos. No dia seguinte os interrogaram, ameaçaram e ordenaram que não
pregassem o Evangelho (Atos 4.18).

Pretendiam ainda castigá-los, mas não puderam, porque todo o povo estava glorificando a
Deus pela cura milagrosa daquele coxo. Então foram obrigados a soltá-los.

Uma vez soltos, Pedro e João procuraram os irmãos em Cristo, contaram a respeito das
proibições e ameaças dos principais sacerdotes e dos anciãos, e a Igreja imediatamente
entrou em oração.

O que aconteceu a seguir está registrado: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam
reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a
palavra de Deus.” (Atos 4.31). Veja, meu amigo leitor, como é importante a intercessão da
Igreja em oração constantemente.

Outro exemplo é a dura peleja que foi travada nas regiões celestes – entre um anjo e o
príncipe das trevas da localidade – assim que o profeta Daniel voltou o rosto para o Senhor
Deus, buscando-O com orações, súplicas e jejuns, e intercedendo pelo povo. Assim está
registrado:

“Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o
coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas
palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim.

Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos
primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia.”

Daniel 10.12,13

Não queremos dizer com isso que os exércitos do Deus de Israel não tenham força suficiente
para vencer os exércitos das trevas. Estamos apenas esclarecendo que Deus planejou a
vitória dos Seus exércitos de anjos com a participação da Igreja do nosso Senhor Jesus
Cristo.

Mas como devemos lutar contra os principados? Seguindo três princípios básicos:

Primeiro:Submissão à autoridade que nos foi outorgada pelo Senhor Jesus – este princípio
é fundamental no confronto com essa classe de demônios:

“Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do


corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário,
disse: O Senhor te repreenda!”

Judas 1.9
Aqui a Palavra de Deus nos mostra que o entendimento e a submissão completa à Sua
autoridade nos levam a triunfar no confronto com o inimigo.

Precisamos entender que não é a nossa força que o diabo e os seus demônios respeitam,
muito menos a nossa autoridade; pelo contrário, os aspectos humanos são por eles
desprezados.

Analisemos, por exemplo, o confronto entre Davi, na época bem jovem, e Golias (1 Samuel
17). O aspecto humano de Davi foi desprezado por Golias, que estava sendo um instrumento
do diabo. Mas Davi, com a autoridade de Deus, derrotou-o.

O que o diabo e os seus demônios respeitam e temem em nós é exclusivamente a autoridade


do Senhor Jesus, que nos cobre e nos capacita para que os enfrentemos e derrotemos.

O discípulo do Senhor Jesus tem a Sua autoridade sobre as forças do mal. Daí a razão pela
qual o Senhor mandou os Seus discípulos curarem os enfermos e expelirem os demônios.

Ora, aqueles homens não eram médicos, muito menos tinham poderes pessoais para
realizarem tamanhos feitos! Ao enviá-los a curarem e libertarem o povo, entretanto, o
Senhor Jesus estava lhes capacitando com a Sua própria autoridade, para que eles
sobrepujassem as forças malignas.

Quando usamos o nome do Senhor Jesus na libertação dos aflitos, na realidade estamos
usando toda a Sua autoridade. É como se Ele, pessoalmente, estivesse usando o nosso ser
para ministrar os benefícios àqueles que sofrem.

Assim Ele mesmo disse: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e
sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.” (Lucas 10.19).

Segundo:Desprezo pela vaidade e pela auto-suficiência – porque quando a vaidade


espiritual toma conta do coração, a auto-suficiência passa a ser alimentada. Isto vem do
diabo!

A tendência do ser humano, infelizmente, quando se torna próspero no seu ministério ou


famoso na Obra de Deus, com elogios constantes ao seu trabalho, é abrigar no coração a
idéia de que o seu crescimento e o seu sucesso são méritos pessoais.

Contando demais consigo mesma, a pessoa já não está submissa à autoridade do Senhor.
Quando isso acontece, o seu ministério corre o perigo de ser profundamente atingido pelo
diabo.

Na batalha espiritual, irão lhe faltar forças, pois ela está dando lugar à carne, e não ao
Espírito. Isto lhe será mortal! Assim escreveu o sábio rei Salomão, inspirado pelo Espírito
Santo: “O homem que lisonjeia a seu próximo arma-lhe uma rede aos passos.”
(Provérbios 29.5).

Terceiro:Reconhecimento da autoridade do ministério outorgada por Deus – outra coisa que


observamos nesta luta contra os principados é que o nosso inimigo reconhece o valor de
uma pessoa revestida da autoridade concedida pelo Senhor Jesus.

É por esta razão que o cristão que não é reconhecido em posição de autoridade na Igreja
não deve enfrentar os príncipes das trevas.

Satanás conhece o valor que Deus dá à autoridade legitimamente constituída por Ele, e não
a estabelecida por homens através de títulos, cargos e funções.

Porque ele sabe que o Altíssimo está envolvido com o ministério instituído por Ele mesmo.
Vejamos um diálogo entre o Senhor Jesus e Pedro:

“Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és
o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão
Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos
céus.

Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o
que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido
desligado nos céus.”

Mateus 16.15-19

O Senhor Jesus está aqui expressando promessas maravilhosas: uma para a Sua Igreja, e
outra para Pedro, a qual vale para todos que estão revestidos da mesma autoridade na Obra
de Deus.

À Sua Igreja Ele diz que as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E a Pedro – que
representa alguém escolhido por Deus para uma posição de autoridade – Ele concede o
poder de ligar e desligar nos Céus, dons de curar, operar milagres, etc.

E sem nenhuma interferência de principados, conforme já vimos no caso de Daniel, que


venceu o príncipe do reino da Pérsia. Um grande exemplo de autoridade outorgada por Deus
está registrado em Atos:

“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos
enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam
das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam.”

Atos 19.11,12

Os que não têm autoridade outorgada por Deus correm um grande perigo ao tentarem
enfrentar os demônios. Vejamos o que aconteceu com alguns judeus:

“E alguns judeus, exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre
possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega.

Os que faziam isto eram sete filhos de um judeu chamado Ceva, sumo sacerdote. Mas o
espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem
sois? E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal
modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa.”

Atos 19.13-16

Aqueles exorcistas, mesmo sendo religiosos e filhos de um sumo sacerdote, não eram
nascidos de Deus; conseqüentemente não tinham a Sua autoridade para expulsarem
demônios.

A simples religiosidade é um engano, pois não dá condições para enfrentar o mal. Por isso o
espírito maligno respondeu que conhecia a Jesus e sabia quem era Paulo, mas não conhecia
aqueles homens. Porque os demônios reconhecem quem tem a verdadeira autoridade de
Deus.

Potestades

As potestades agem submissas aos princi​pa​dos. Ao caírem, permaneceram organizadas à


semelhança do que eram, só que, agora, voltadas para a prática do mal.

Operam nos lugares celestiais, agindo conjuntamente com os principados e tendo como alvo
estratégico aqueles que estão revestidos de autoridade na Igreja, almejando dividi-la
através de discórdias, rebeldias, ciúmes e outras coisas perniciosas entre pastores, obreiros
e autoridades espirituais.

Um dos exemplos mais marcantes de atuação de uma potestade é o ocorrido com Saul, que
provocou uma divisão no reino de Is​rael. Ao ser ungido rei sobre a nação, ele recebeu uma
ordem do profeta Samuel, que tinha autori​dade de Deus, mas não a obedeceu devidamente.
Vejamos:

“Disse Samuel a Saul: Enviou-me o Senhor a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel;
atenta, pois, agora, às palavras do Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Castigarei
Amaleque pelo que fez a Israel: ter-se oposto a Israel no caminho, quando este subia do
Egito.

Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe
poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas,
camelos e jumentos (...) Então, feriu Saul os amalequitas, desde Havilá até chegar a Sur,
que está defronte do Egito.

Tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo o povo destruiu a fio de espada.
E Saul e o povo pouparam Agague, e o melhor das ovelhas e dos bois, e os animais
gordos, e os cordeiros, e o melhor que havia (...) Então, veio a palavra do Senhor a
Samuel, dizendo: Arrependo-me de haver constituído Saul rei, porquanto deixou de me
seguir e não executou as minhas palavras (...) Veio, pois, Samuel a Saul, e este lhe disse:
Bendito sejas tu do Senhor; executei as palavras do Senhor.
Então, disse Samuel: Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos e o mugido de
bois que ouço? Respondeu Saul: De Amaleque os trouxeram; porque o povo poupou o
melhor das ovelhas e dos bois, para os sacrificar ao Senhor, teu Deus; o resto, porém,
destruímos totalmente.”

1 Samuel 15.1-15

Nós, como Igreja, precisamos abrir bem os olhos espirituais, para discernirmos, logo de
início, a atuação dessa classe específica de demônios.

As forças do mal sabem que uma liderança confusa e dividida pela carne não pode produzir
bons frutos, e certamente não conduzirá o rebanho de Deus na direção da vitória, capaz de
manifestar a glória de Deus a este mundo.

O que esses anjos caídos almejam, conforme já dissemos, é a divisão da Igreja do Senhor
Jesus. O diabo sabe que há poder na sua unidade.

Por este motivo tem espalhado sementes de doutrinas que produzem divisão e discórdias.
São normas humanas que não têm a aprovação de Deus por reduzirem a possibilidade de se
alcançar harmonia em torno delas, uma vez que as diferenças entre as pessoas têm sido as
maiores causas das divisões.

Os cristãos se dividem, infelizmente, pelas coisas da Terra, não pensam e nem buscam as
coisas do Alto. Os nossos desejos e sonhos devem ser os mesmos de Deus, especialmente
em ver as pessoas perdidas tendo um encontro com Ele. Vejamos agora como lutar contra as
potestades. São também três princípios básicos:

Primeiro:Rejeição de toda semente de facção – o diabo vem semeando há anos essa


semente maligna na Igreja. Sutilmente os cora​ções têm se inclinado para o partidarismo ex​‐
clusivista.

Desde a Igreja primitiva a atenção de muitos tem se desviado da unidade que o Senhor pre​‐
gou, e tanto almejou, para a discussão de opiniões individuais e institucionais.

Várias denominações surgem a cada dia, e vários partidos eclesiásticos – alguns afirmando
que têm um corpo doutrinário mais “santo” que os demais, outros se considerando
responsáveis pela revelação da “verdade eter​na”, não querendo se dobrar ou parecer
inferior.

Temos até visto muita disputa para alcançar uma posição melhor na Obra de Deus! Muitos
trabalham apenas para aparecerem diante do líder, não olhando para a unidade que Cristo
desejou na Sua ascenção.

Assim, têm surgido entre os Seus seguidores inúmeros grupos facciosos, repletos de
pessoas orgulhosas, vaidosas, cheias de si mesmas e se considerando donas da verdade.

Isto enfraquece a Igreja, que perde tempo vencendo as suas batalhas interiores quando
deveria estar lutando com todas as forças contra o inimigo. O próprio Senhor Jesus orou a
Pai:

“Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por
intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu
em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.

Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o
somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o
mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.”

João 17.20-23

O Senhor Jesus veio a este mundo, morreu e ressuscitou, para que houvesse um só rebanho,
o qual expressasse a unidade do Pai e do Fi​lho. O diabo tem lançado a semente da facção
justamente para tentar frustrar o Seu propósito.

Por este motivo, quando detectamos as sementes da desunião no nosso meio devemos
imediatamente destruí-las, pois só assim estaremos contribuindo para a concre​tização do
propósito do Senhor Jesus. O apóstolo Paulo, na sua primeira carta aos cristãos da cidade
de Corinto, exortou-os nesse sentido:

“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma
coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma
disposição mental e no mesmo parecer.”
1 Coríntios 1.10

Segundo:Atenção constante ao espírito competivi​vo – ao tomarmos partido em torno de


uma visão, doutrina ou inspiração, teremos conseqüentemente um espírito competitivo em
relação ao restante da Igreja.

A partir do momento em que isto encontra aceitação no nosso coração, passamos a desejar
que o nosso ponto de vista seja o único aceito em matéria de fé, doutrina e prática.

Quando nos tornamos exclusivistas, toda revelação ou inspiração que vem de outra parte do
corpo de Cristo – que é a Igreja – é desconsiderada por nós, e, no fundo do coração, brota o
desejo de que aquela outra revelação seja frustrada.

Começa, então, a competição com os nossos próprios companheiros de trabalho, os quais


também estão servindo com sinceridade na Obra de Deus. Precisamos entender e aceitar
que não somos os donos da verdade, e que quando assim nos consideramos, estamos
ajudando o reino das trevas, e não o Reino de Deus.

Afinal, a Verdade é Jesus, conforme está escrito: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho,
e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6).

Voltando ao exemplo do rei Saul, um dos seus maiores problemas foi o seu espírito
competitivo, que o impediu de ver que o Espírito de Deus estava conduzindo Davi.
Se desejamos vencer as potestades, necessi​tamos desejar a destruição deste espírito de
competição no nosso meio, pois não passa de um dardo inflamado do ma​ligno. Que o
Senhor nos livre de termos em nós a semente da facção.

Terceiro:Cuidado com o coração invejoso – o sentimento que leva a pessoa a de​sejar ter
um reino voltado para as suas inspirações, e não para as revelações de Deus, levando-a a
edificar em torno de si mesma e das suas necessidades, e não em torno de Deus e da Sua
Obra, certamente provém do maligno.

No caso de Saul, muitas foram as suas ações contrárias à Palavra de Deus. Desde que ele
deso​bedeceu à ordem do Senhor, passou a governar um reino no qual ele e a sua visão eram
o centro das atenções. Vejamos um episódio:

“Saía Davi aonde quer que Saul o enviava e se conduzia com prudência; de modo que
Saul o pôs sobre tropas do seu exército, e era ele benquisto de todo o povo e até dos
próprios servos de Saul.

Sucedeu, porém, que, vindo Saul e seu exército, e voltando também Davi de ferir os
filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul,
cantando e dançando, com tambores, com júbilo e com instrumentos de música.

As mulheres se alegravam e, cantando alternadamente, diziam: Saul feriu os seus


milhares, porém Davi, os seus dez milhares. Então, Saul se indignou muito, pois estas
palavras lhe desagradaram em extremo; e disse: Dez milhares deram elas a Davi, e a mim
somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão o reino? Daquele dia em diante, Saul
não via a Davi com bons olhos.”

1 Samuel 18.5-9

O coração de Saul se tornou invejoso, e quando o Espírito de Deus começou a levantar


Davi, a sua reação foi contrária, ou seja, ele não aceitou outro no seu lugar, mes​mo sendo
levantado por Deus.

O erro inicial de Saul poderia ter sido perdoado se ele tivesse reconhecido a soberania
divina. Se no seu coração houvesse apenas o desejo de que o Reino de Deus fosse
implantado em Israel, e não o seu próprio, ele teria cedido o seu lugar a Davi.

Mas Saul agiu movido por inveja; por isso, o seu objetivo passou a ser a morte de Davi,
aquele a quem Deus havia escolhido para substituí-lo no trono. Os dardos do maligno o
haviam cegado; ele não tinha mais consciência do que estava fa​zendo.

Desejando a morte de Davi, Saul estava, na realidade, querendo destruir o que o Espírito
Santo estava fazendo. Que Deus nos livre da in​veja, pois ela é conseqüência de uma
semente satânica, que leva a pessoa à cegueira espiritual e a grandes loucuras.

Dominadores
Esta classe de demônios age exclusivamente na Terra. São espíritos malignos que têm como
objetivo escravizar o homem, usando o seu corpo. Têm necessidade de incorporar, inclusive
em animais, pois só assim podem se expressar.

Podemos ver um exemplo claro quando o Senhor Jesus expulsou uma legião deles de um
homem. Vejamos o que Lucas registrou sobre isso:

“Então, rumaram para a terra dos gerasenos, fronteira da Galiléia. Logo ao


desembarcar, veio da cidade ao seu encontro um homem possesso de demônios que, havia
muito, não se vestia, nem habitava em casa alguma, porém vivia nos sepulcros.

E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo em alta voz: Que
tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes.

Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem, pois muitas vezes se
apoderara dele. E, embora procurassem conservá-lo preso com cadeias e grilhões, tudo
despedaçava e era impelido pelo demônio para o deserto.

Perguntou-lhe Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião, porque tinham entrado
nele muitos demônios. Rogavam-lhe que não os mandasse sair para o abismo.

Ora, andava ali, pastando no monte, uma grande manada de porcos; rogaram-lhe que
lhes permitisse entrar naqueles porcos. E Jesus o permitiu. Tendo os demônios saído do
homem, entraram nos porcos, e a manada precipitou-se despenhadeiro abaixo, para
dentro do lago, e se afogou.”

Lucas 8.26-33

Esta passagem nos mostra duas verdades: que estes espíritos precisam de uma morada, e
que eles vieram para matar e destruir. Foi isto que fizeram aos porcos, e certamente iriam
fazer àquele homem.

Outro exemplo que expressa a atuação dos dominadores é o de Maria Madalena, que era
possuída por sete espíritos malignos. Ao ser liberta pelo Senhor Jesus, tornou-se fiel e
temente a Deus.

Assim podemos entender melhor a razão de pessoas enfermas ficarem curadas pela fé. Os
demônios atuam na vida delas, provocando doenças, agindo como se fossem um vírus.

Ao serem expulsos, as enfermidades cessam, porque o seu espírito (a vida da doença) não
mais existe. Vejamos um outro episódio bíblico:

“E um, dentre a multidão, respondeu: Mestre, trouxe-te o meu filho, possesso de um


espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, lança-o por terra, e ele espuma, rilha os
dentes e vai definhando (...) E trouxeram-lho; quando ele viu a Jesus, o espírito
imediatamente o agitou com violência, e, caindo ele por terra, revolvia-se espumando.

Perguntou Jesus ao pai do menino: Há quanto tempo isto lhe sucede? Desde a infância,
respondeu; e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar; mas, se tu
podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.

Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê. E imediatamente o pai
do menino exclamou com lágrimas: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!

Vendo Jesus que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe:


Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais tornes a ele.

E ele, clamando e agitando-o muito, saiu, deixando-o como se estivesse morto, a ponto de
muitos dizerem: Morreu. Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou.”

Marcos 9.17-27

Depois de ser expulso o demônio que atuava na vida daquele jovem, ele foi li​berto da
mudez, que era a característica da personalidade daquele espírito maligno.

Podemos ver outros exemplos em pessoas que têm os vícios de mentir, de roubar, de se
drogar, etc. Elas refletem as características dos espíritos malignos que as acom​panham.
Sendo libertas desses demônios, os vícios são conseqüentemente abandonados.

Esses espíritos do mal também podem expressar a sua personalidade sob outras formas e
por diversos meios, dentre os quais podemos citar os veículos de comunicação de massa e
as manifestações artísticas e culturais.
Fazem de tudo para influenciar as pessoas a agirem da mesma maneira que eles, procurando
transformá-las em verdadeiros robôs, zumbis ou clones. O Espírito Santo, por intermédio do
apóstolo Pedro, assim, exorta:

“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que
ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos
iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.”

1 Pedro 5.8

O diabo ataca tentando nos intimi​dar, e se deixarmos brechas para que semeie o me​do, a
insegurança e a incredulidade, acaba atingindo o seu objetivo. É aí que muitos caem nas
suas garras.

O que precisa ser bem compreendido é que em oposição a ele existe o verdadeiro Leão da
tribo de Judá, que tem todo o poder e através do Espírito Santo habita em nós.

O Seu nome é Jesus Cristo, Aquele que já nos deu a vitória contra todo e qualquer espírito
das tre​vas, seja ele principado, potestade ou dominador. Assim Ele mesmo disse:

“...Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva
autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da
terra.”
Atos 1.7,8

Forças espirituais do mal

O apóstolo Paulo nos fala desta classe de anjos caídos, que agem para produzir desânimo e
desinteresse naqueles que têm se mostrado sinceros para com Deus.

Muitas pessoas procuram igrejas, gostam dos cultos, lêem a Bíblia e oram, mas não têm
seus problemas resolvidos. Não ficam curadas, por exemplo. Isto ocorre porque esses
demônios en​contram nelas brechas por onde entram, e fazem com que elas se tornem
oprimidas, e até desesperadas.

Procurando lhes enfraquecer a fé, esses espíritos malignos fazem com que essas pessoas
pensem que não irão ven​cer suas batalhas, e que não há mais saída. Podem até induzi-las ao
suicídio.

As forças espirituais do mal têm semeado o medo no coração de muitas pessoas, medo este
que se transforma em pavor, arrastando-as a estados desesperadores.
CONCLUSAO

A única forma de nos livrarmos da ação do diabo e dos seus demônios na nossa vida é
seguirmos a Jesus. Isto significa crer n’Ele, aceitá-Lo como Senhor e Salvador e viver de
acordo com a Sua Palavra, fazendo dela a única regra de fé e prática para todas as áreas da
vida.

O Senhor Jesus mesmo disse que é necessário perder, sepultar a natureza carnal, egoísta e
avarenta, conforme está registrado:

“...Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha
causa achá-la-á.”

Mateus 16.24,25

Qualquer esforço humano, por mais bem intencionado que seja, é ineficaz contra a ação do
diabo e dos seus demônios. Psicologia, Psiquiatria, Neurologia, técnicas de controle da
mente ou medicamentos não podem curar males causados pela possessão demoníaca.

Creio que a Ciência e o conhecimento humano podem contribuir para aliviar as dores das
pessoas, mas não para socorrê-las definitivamente.

Dou muito valor à Medicina, e a todo esforço para produzir o bem-estar da humanidade.
Acredito que muitos males e doenças – embora provocados por espíritos imundos – podem
ser amenizados por técnicas e tratamentos especializados.

Não vejo razão para não acreditar que o Criador usa os médicos e o conhecimento humano
com a finalidade de abençoar as pessoas e fazê-las felizes. Entretanto, creio sinceramente
que só através do poder de Deus podemos ter a certeza absoluta da cura e da libertação.

E que somente Ele nos dá a completa e definitiva vitória sobre todas as forças das trevas. O
próprio Senhor Jesus declarou:

“...Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago. Eis aí vos dei autoridade para
pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente,
vos causará dano. Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e
sim porque o vosso nome está arrolado nos céus.”

Lucas 10.18-20

Concluo dizendo a você, meu amigo leitor, que esta autoridade descrita no versículo acima
é dada somente aos que nasceram do Espírito Santo, pois o que é nascido da carne é carne,
e o que é nascido do Espírito é espírito.
Vamos em frente, porque a vitória é nossa! Fique agora com as palavras do Senhor Jesus:
“...Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a
luz da vida.” (João 8.12).

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