Você está na página 1de 3

Como surgiu a discussão

Consoante as discussões sobre a identidade de Jesus, houve a necessidade de se criar m


Concílio Geral consiste numa reunião formal de representantes da Igreja, junto com o
Papa (mas nem sempre), para tomar decisões dogmáticas e pastorais, que possam ajudar
no crescimento da Igreja, na eliminação dos erros e na difusão das verdades da fé.
Entretanto, a constituição de um Concílio geralmente nasce de uma necessidade eclesial
ou do desejo do Papa em solucionar certas crises na Igreja. Desta feita, foram criados 21
Concílios Gerais da Igreja divididos em quatro períodos. Os Concílios ficaram
conhecidos pelos nomes das cidades onde o Papa, bispos e outros representantes da
Igreja se reuniam para discutir os assuntos de fé e doturina.

Algumas respostas da época patrística uma das características da fé da época patrística é


o monoteísmo radical e o gnosticismo. O Monoteísmo radical afirma a unidade de Deus
e vê na afirmação da Trindade um grave risco para a unicidade de Deus. E o
Gnosticismo:Movimento religioso sincretista –oferece a salvação por meio do
conhecimento. Buscando submeter à razão, o mistério revelado. A preocupação
excessiva pelo monoteísmo radical, gerou respostas erróneas chamadas heresias. São
assim chamadas pelo Magistério da Igreja para distinguilas das respostas correctas sobre
a identidade de Jesus .

a) GNOSTICISMO (SEC I-II): É uma corrente de pensamento dualista: preocupa-


se com a redenção e salvação entendidos como libertação da existência material
e corpórea. Rejeita tudo o que tem relação com o corpo e com a sexualidade
dimensões que pertencem ao mundo decaído, segundo os gnósticos. Este
pensamento não admite a ideia de encarnação de Deus em Jesus Cristo.
b) DOCETISMO (SEC II): Esta corrente de pensamento não reconhece o corpo
real de Jesus nem a sua humanidade. Os expoentes deste pensamento falam de
Jesus como tendo um corpo aparente ou apenas espiritual. Eles também negam a
possibilidade da encarnação do Verbo e fazem do sofrimento na cruz uma
ilusão.
c) ADOCIONISMO (SEC II): Corrente que pregaia que Jesus é filho adoptivo de
Deus. Cristo é visto como um simples homem sobre o qual desceu o Espírito de
Deus. Sustentam que até o seu baptismo Jesus viveu a vida de um homem
ordinário embora supremamente virtuoso. Os milagres por ele praticados seriam
a prova de que o Espírito Santo ou o Cristo desceram sobre ele sem que ele seja
divino.

d) MONARQUISMO (SEC III): Teoria que reivindica a unidade absoluta de Deus.


(umsó princípio). Duas correntes principais: Patripassionistas ou modalistas
afirmam que é o Pai que sofre na cruz. Jesus é chamado filho apenas para
significar em Deus esta modalidade segundo a qual ele encarna, sofre e morre.
e) ARIANISMO (SEC IV, 318): Dizia que Jesus era inferior ao Pai e ensinava que
Jesus era “semelhante” ao Pai, e não Deus como o Pai, pois Cristo havia dito: ”
O Pai é maior do que eu” (Jo 14, 28), referindo-se à sua condição humana, como
“servidor” do Pai na Redenção da humanidade. Portanto Jesus é uma criatura, e
não Deus, como o Pai Criador.
f) APOLINARISMO: Dizia que Jesus não tinha alma humana, a pessoa divina do
Filho de Deus supria a falta de uma alma humana em Jesus Cristo. Esta posição
se justificava pelo facto de pensar que a alma humana era pecaminosa. E Jesus,
por ser filho de Deus, não podia ter alma humana. Esta viria a “manchar” a
divindade de Cristo.
g) NESTORIANISMO: Partindo do princípio de que Jesus tem duas naturezas
(humana e divina), em Cristo há também duas pessoas: uma Pessoa humana
unida à Pessoa divina. Assim umas coisas eram feitas por Jesus Deus e outras
por Jesus-Homem. Maria não seria Mãe de Deus, mas apenas Mãe de Jesus-
Homem. O erro estava nisto: Jesus tem duas naturezas, mas uma só pessoa. A
natureza humana é assumida pela Pessoa Divina do Filho de Deus. Essa união
chama-se união “hipostática”. O sujeito ou agente da acção é a pessoa, não a
natureza.
h) MONOFISMO: Dizia que, em Cristo, havia uma só natureza. Anatureza
divina “absorvia a natureza humana. Era comose Jesus tivesse só a natureza
divina. Sua heresia chamou-se monofisismo, que significa uma só natureza.
i) MONOTELISMO: Ensina que em Cristo havia uma só vontade divina.
Desaparecia, assim, o “querer humano” de Jesus. Em 681, com o terceiro
concílio de Constantinopla, foi encerrada a questão: Ficou definido que Jesus
tem vontade divina e vontade humana.

Possíveis soluções da discussão


De acordo com o Módulo da Disciplina de Fundamentos de Teologia, no prólogo de
João encontramos a resposta: Jesus é o Verbo incarnado, é a Palavra feita carne
(Jo1,14). Jesus é o Filho, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.Sendo Jesus a
segunda Pessoa da Trindade Santíssima é, logicamente, Deus. É assim que ele é
verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Jesus é o Filho de Deus que tomou a
carne humana no seio da Virgem Maria pelo poder do Espírito Santo (Lc 1,35). É a
única pessoa da Santíssima Trindade que se incarnou por nós homens e para a nossa
salvação. É Deus feito homem. É Deus mesmo que desceu dos Céus, veio entre nós,
para caminhar connosco. Porque o Deus dos cristãos é um Deus próximo, é um Deus
que caminha com o seu povo. Depois da sua morte na cruz, ressuscitou. Ele venceu a
morte. É um combate que durou três dias. Período que para os Judeus, transcorrido, não
havia mais esperança (cf. Jo 10,39). (p.23)

Enquanto o Pai, a primeira Pessoa da Santíssima Trindade é não gerada, é a fonte é


origem de tudo (agenetos), o Filho, a segunda Pessoa é gerada (genetos) e por sua vez o
Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade procede do Pai e do Filho. Portanto,
enquanto o Filho provem por via da geração o Espírito Santo é por via da processão.
(Módulo da Disciplina de Fundamentos de Teologia, p.23)

Referencias bibliográficas

Módulo da Disciplina de Fundamentos de Teologia Católica.

Você também pode gostar