Você está na página 1de 3

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _VARA XXX

DA COMARCA DE MARÍLIA/SP

(NOME COMPLETO DO AUTOR ), (nacionalidade),


(estado civil), (profissão), portador do CPF ... residente e domiciliada na Rua,
N°, bairro, na cidade de – UF, com CEP. vem, perante Vossa Excelência, por
meio de representante legal devidamente constituído, propor  AÇÃO DE
INTERDITO PROIBITÓRIO, o que faz com fundamento no artigo 1.210 do
Código Civil, nos artigos 567 e 568 do Código de Processo Civil e nos
argumentos de fato e de direito a seguir aduzidos.

I. DOS FATOS

O requerente é proprietário e possuidor de imóvel


localizado em Marília - São Paulo de acordo com a cópia da certidão da
matrícula anexa (documento 2).

Atualmente, o requerente reside em ____ , interior de São


Paulo e a sua fazenda é destinada para a criação de gado para corte, conforme
comprova através da última declaração do ITR (documento 3), dispondo
também, de uma casa onde funciona o alojamento dos empregados.

Acontece que, em virtude da greve nacional dos


trabalhadores rurais, o sindicato convocou grevistas a fim de invadir a
propriedade do autor, inicialmente foram constatadas cinco famílias acampadas
em frente a fazenda e atualmente já ultrapassam o número de quarenta
famílias.
Ainda, fora constatado que outras áreas rurais próximas já
foram invadidas, além da ameaça do líder do movimento e presidente do
sindicato foi perpetrada categoricamente, perante inúmeras testemunhas
conforme declaração anexa (documento 4).
II. DO DIREITO DE MANUTENÇÃO DA POSSE
O artigo 1.210 do Código Civil defere proteção ao
possuidor ameaçado:

Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação,
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de
ser molestado.

Cujo procedimento é regulado pelo Código de Processo


Civil nos artigos 567 e 568. Outrossim, é remansosa a jurisprudência
acolhendo o interdito nessas hipóteses:

Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo. “Interdito proibitório.


Possessória. Direito de greve. Liminar concedida porque a posse fora
molestada e ameaçada por sindicalizados – admissibilidade, uma vez que
estaria se evitando a interrupção da produção com consequente prejuízo.
Hipótese, ademais, em que o abuso do exercício do direito de greve sujeita os
responsáveis às penas da lei, reconhecida a competência da justiça comum,
pois a relação existente entre as partes é de invocação dos interditos – liminar
mantida – recurso improvido” (Acórdão nº 28.285 – Processo nº 767.124-5 –
Agravo de Instrumento – Itapeva – 2ª Câmara – julgamento: 04.03.1998 –
relator: Ribeiro de Souza – decisão: unânime).

III. DO PEDIDO

Isto posto, requer a Vossa Excelência:

1. Requer o autor a procedência da presente ação com a consequente


concessão do mandado proibitório, impondo-se ao réu pena pecuniária de R$
1.800,00 por dia no caso de efetivação do esbulho ou turbação.

2. A condenação do Requerido ao pagamento de custas e honorários


advocatícios;

3. A Concessão liminar do mandado proibitório com a fixação da pena


pecuniária de R$ 1.500,00 por dia no caso de transgressão.
IV. CITAÇÃO

Requer-se a citação dos réus por oficial de justiça de


acordo com o artigo 246, II do Código de Processo Civil, requer-se também que
o encarregado da diligência proceda nos dias e horários de exceção como
previsto no art. 212 §2°, e ainda, tratando-se de conflito coletivo pela posse, a
citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local, a citação por
edital e, demais disso, a intimação do Ministério Público.

V. PROVAS
Protesta o autor por provar o alegado através de todos os
meios de prova em direito admitidos, especialmente pela produção de prova
documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial, depoimento pessoal do
réu sob pena de confissão caso não compareça ou comparecendo, se negue a
depor (art. 385, §1 do Código de Processo Civil), inclusive em eventual
audiência de justificação.

Dá-se à causa o valor de R$ (…).

Termos em que,

Pede deferimento.
Local, data
Nome do Advogado – OAB/UF

Você também pode gostar