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SENTENÇA MANTIDA.
ACÓRDÃO
RELATÓRIO
Aduziu que “(...) por diversas vezes a autora solicitou a saída dos atuais
ocupantes, onde sempre é ignorada e muitas das vezes é tratada com rigidez. Importante destacar
excelência que a autora já ofereceu um prazo razoável para que os réus saiam do seu imóvel, sem
que obtenha êxito. Entretanto, decorrido o prazo concedido os réus NÃO desocupou,
permanecendo o esbulho possessório.”
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“(...)
Argumenta que “(...) a autora foi esbulhada da posse com abuso de confiança,
pois no 10 de Março de 2020, os réus foi devidamente constituído em mora, com prazo de 30
(trinta) dias para desocupação do imóvel e, não o fazendo, praticou esbulho, vez que sua posse,
jamais foi justa, sendo certo a única pessoa que teve a posse direta autorizada pela autora
foi a senhora Alexandra, onde atualmente desde o dia 09 de Abril/2020 a possa é injusta e
precária.
(...)
Assim sendo, conforme foi fartamente demonstrado pela autora, pugna a
mesma pela reforma da r. Sentença para a procedência da presente ação com a
consequente expedição do mandado de reintegração da posse, condenado os réus no pagamento
das perdas e danos consubstanciados no valor de R$ 750,00 por mês, à título de aluguel
mensal pelo período em que permanecer no imóvel .”
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Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho.
Art. 561. Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;
Il - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda da posse, na ação de reintegração
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Por sua vez, o artigo 1.1962 do Código Civil diz que se caracteriza como
possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de alguns dos
poderes inerentes à propriedade.
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Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes
inerentes à propriedade.
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autos, o Juízo não tem essa certeza do direito da autora em razão da deficiência da prova por ela
produzida.”
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de seu direito, encargo que lhe incumbia (artigo 373, inciso I3, do CPC/2015), agiu
corretamente a eminente Magistrada de primeiro grau ao julgar improcedente o
pedido de reintegração de posse. Em similar orientação:
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Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
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