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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ....

VARA DA
COMARCA DE LUIZ CORREIA, NO ESTADO DO PIAUÍ

ALDO SILVA, nacionalidade, estado civil, médico, endereço eletrônico,


portador do RG nº ...., e do CPF nº ...., residente e domiciliado na Rua ..., bairro ..., na
cidade de Piripiri-PI, CEP: ..., por meio de seu advogado infra afirmado, com
procuração em anexo e endereço profissional na Rua..., endereço eletrônico, vem à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 1.210 do CC, bem como nos
artigos 554 e seguintes do CPC, propor a presente:
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE
em face de DESCONHECIDA, qualificações desconhecidas, que pode ser encontrada
no imóvel do autor situado na Rua ..., nº ..., Bairro ..., CEP ..., nesta Comarca de Luiz
Correia -PI, pelos motivos de fato e de direito a seguir:

I – DO EXERCÍCIO DA POSSE DO IMÓVEL


O Autor é o legítimo proprietário e possuidor de um imóvel situado nesta
Comarca, na Rua ..., nº ..., Bairro ..., CEP: ..., adquirido mediante escritura de compra e
venda lavrada em ...., conforme certidão que segue em anexo. Outrossim, reforçando o
efetivo exercício da posse por parte do requerente, o imóvel encontrava-se locado até
meados de 6 meses atrás, e ainda está em trâmite nesse foro (processo nº ..., perante a
vara ....), no que tange à cumprimento de sentença decorrente de ação de despejo tendo
como objeto o referido imóvel. Nesse sentido, juntamos cópia da inicial da ação de
despejo e certidão de objeto e pé (docs anexos).
Por todo exposto, está cabalmente comprovada a posse do autor conforme
preconiza o art. 561, I, do CPC.
II- DO ESBULHO PRATICADO PELA RÉ
A desocupação do imóvel pelo antigo locatário ocorreu há 6 (seis) meses,
Excelência, e desde então o imóvel estava fechado, aguardando nova locação ou mesmo
venda. De qualquer forma, deixou o autor seu contato com vizinhos para ser informado
sobre alguma possibilidade de negócio ou alguma eventualidade.
Acontece que, recentemente, no dia ...., o autor recebeu a ligação de uma das
vizinhas informando sobre a invasão do imóvel. Nesse ínterim, o autor estava diante do
esbulho praticado pela parte da ré.
Diante desse fato, o Autor realizou o Boletim de Ocorrência sobre a situação, e
em seguida houve uma conversa entre o proprietário e a invasora. Esta afirmou que não
tinha para onde ir e que iria continuar no local já que estava vazio, comprovando-se
assim o esbulho praticado pela ré, conforme art. 561, II, do CPC.
Ademais, não restou outra alternativa para o Autor senão vir a este MM. Juizo,
requerer o que lhe seja de Direito.
III – DO PEDIDO LIMINAR
Devidamente comprovadas a posse pretérita do autor, sua perda e o recente
esbulho por parte da ré, impõe-se a concessão da medida liminar, nos termos do art. 562
do CPC, o que desde já se requer. Contudo, na remota hipótese de V. Exa. não entender
devidamente comprovadas as alegações do autor, requer-se realização da audiência de
justificação referida no art. 562 para a oitiva dos vizinhos do autor.

IV – DO DIREITO
Conforme estabelecem os arts. 560 do Código de Processo Civil e 1.210 do
Código Civil, o possuidor tem o direito de ser reintegrado de sua posse, o que se
verifica no caso narrado.

De acordo com Luiz Rodrigues Wambier, a posse “consiste no poder de fato que o
sujeito detém sobre coisa corpórea” (WAMBIER, Luiz Rodrigues; TALAMINI,
Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil: Procedimento Cautelar e Procedimentos
Especiais. 11. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012, p. 269.) Leciona Luiz
Rodrigues Wambier, “a finalidade única de qualquer ação possessória é a proteção da
posse, independentemente do tipo de moléstia.” (WAMBIER, Luiz Rodrigues;
TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil: Procedimento Cautelar e
Procedimentos Especiais. 11. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012, p. 271.)

Ademais, afirma Marcus Vinicius Rios GONÇALVES: “As ações possessórias


são também chamadas interditos possessórios. São elas: a reintegração de posse, a
manutenção de posse e o interdito proibitório, cabíveis quando houver, respectivamente,
esbulho, turbação ou ameaça.” (Direito processual civil esquematizado. São Paulo:
Saraiva, 2011. P. 764)

Ora, conforme mencionado alhures, o demandante é legítimo proprietário e


possuidor do imóvel em questão, tendo sido lesado, injustamente a sua posse por
esbulho praticado pela demandada, pelo que se torna necessário o reestabelecimento da
ordem jurídica abalada pelo ato praticado.
V – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) Seja deferida a medida LIMINAR, com a consequente expedição de mandado
de reintegração de posse;
b) Caso V.Exa. entenda necessária, que seja designada audiência de justificação
prévia, a teor do que dispõe o artigo 562, citando-se a ré para
comparecimento;
c) Seja cominada multa à ré, nos termos do art. 555, parágrafo único, I, do
Código de Processo Civil, em montante fixado por este MM. Juízo, na
hipótese de novo esbulho ou nova turbação;
d) A citação da ré para, querendo, oferecer resposta, sob pena de revelia;
e) Ao final, seja o pedido julgado procedente, com a confirmação da medida
liminarmente deferida e condenação do réu nas custas processuais e
honorários advocatícios.

Dá-se à causa o valor de ...., correspondente ao valor atualizado dos prejuízos


causados ao autor.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, seja
pelo depoimento pessoal, documentos, testemunhas, perícias e tudo quanto se fizer
necessário para a efetivação da justiça.

Termos em que,
Pede deferimento.

Luiz Correia, Data.


Advogado...
OAB nº .....

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