EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ª
VARA CIVEL DA COMARCA DE GUARUJÁ-SP
GILBERTO, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº
XXX, RG nº XXX, domiciliado e residente na XXX, nº XXX, Bairro XXX, Santos- SP, endereço eletrônico XXX, por intermédio de seu Advogado que este subscreve (mandato incluso), com endereço profissional na XXX, nº XXX, Bairro XXX, cidade XXX, estado XXX, onde recebe intimações (endereço eletrônico XXX), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamentos no artigo 554 e segs., do Código de Processo Civil/2015, propor a presente:
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE C/C PEDIDO DE LIMINAR
em face de MARCELO, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o
nº XXX, RG nº XXX, domiciliado e residente na XXX, nº XXX, Bairro XXX, Santos-SP, endereço eletrônico XXX, pelas razões de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
O autor emprestou o imóvel ao réu, assinando com ele contrato de comodato,
(documento incluso), conforme preceitua o Art. 579 do Código Civil, com prazo de 24 (vinte e quatro) meses, findo há 6 (seis) meses. Ainda que, o autor tenha notificado o réu para desocupar o imóvel (documento incluso), este não o desocupou, permanecendo assim, até hoje, a ocupá-lo gratuitamente, remetendo a um evidente caso de esbulho possessório.
DO DIREITO
Como já aludido, o autor é legítimo proprietário do imóvel (anexo doc.) e após
celebrado contrato escrito de comodato com o réu, este não desocupou o imóvel no prazo acordado. Sendo assim, o autor viu-se amparado na forma dos dispositivos legais abaixo transcritos, todos do Código Civil: “Art. 582 - O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante.”
“Art. 1.210 – O possuidor, tem direito a ser mantido na posse em caso
de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.”
A posse do imóvel a cerca do qual se funda a demanda está devidamente
comprovada pela certidão anexa, expedida pelo cartório de registro de imóveis de Guarujá/SP, atestando a regularidade do registro do imóvel em nome do autor da presente ação (matrícula do imóvel nº Xx.Xxx), documento que, segundo a jurisprudência, é bastante para tal finalidade.
“(...) IMÓVEL. PROPRIEDADE. REGISTRO (...) A propriedade de bem imóvel
se dá através da certidão do cartório de registro de imóveis do respectivo imóvel.” (TJMG, proc. 1.0024.10.184017, Rel. Des. Antônio Bispo, DJ de 07/07/2014).
DO CABIMENTO DE PEDIDO DE LIMINAR
Conforme alude o Código de Processo Civil no seu artigo 562, ao autor é
permitido a concessão de liminar, até mesmo porque não ultrapassado mais de um ano da data em que o autor notificou o réu para desocupar o imóvel, vejamos:
“Art. 562 - Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz
deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.”
Ainda, havendo comprovação da posse, do esbulho, da data de sua ocorrência,
bem como da perda da posse, o que restou comprovado nesta referida ação, é entendido que seja cabível a concessão de liminar de reintegração de posse, conforme já decidiu o egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais: “(...) REINTEGRAÇÃO DE POSSE - PROVA DA POSSE E DO ESBULHO PRESENTE - LIMINAR – POSSIBILIDADE – Existindo a comprovação da posse, do esbulho, da data de sua ocorrência, bem como da perda da posse, nos exatos termos do 927 do CPC, cogente resta a concessão de liminar de reintegração de posse” ( TJMG, proc. 1.0433.15.026671-9/001, Rel. Des. Pedro Aleixo, DJ de 18/03/2016).
DOS PEDIDOS
Em razão do exposto, o autor requer que seja concedido:
I - Liminar, inaudita altera parte, no sentido de reintegrá-lo à posse do imóvel objeto do comodato, expedindo-se o competente mandado. II - Após a concessão da liminar, requer que seja determinada a citação do réu para que, querendo, conteste a presente ação, advertido das penas de revelia. III - Após isso que seja julgado totalmente procedente o pedido da presente ação no sentido de manter definitivamente a liminar concedia, bem como condenar o réu a pagar o valor correspondente dos alugueres vencidos e vincendos após a efetiva desocupação. IV - Reque que seja o réu condenado a arcar com toda a verba de sucumbência, em especial honorários advocatícios no patamar de 20% (vinte por cento) do valor da causa. V - Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, sobretudo o depoimento pessoal do réu e oitava de testemunhas ora arroladas.
DO VALOR DA CAUSA: Dá-se à causa o valor de R$ XXX.
Guarujá, data XXX
Advogado (a) OAB nº XXX FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
2020.1
PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL
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