Trata-se de embargos de declaração interpostos contra decisão que fixou honorários advocatícios sucumbenciais em valor inferior a 10% do valor da causa, conforme previsto em lei. Pede-se a adequação do valor à regra legal que determina a fixação entre 10% a 20% do valor da causa.
Trata-se de embargos de declaração interpostos contra decisão que fixou honorários advocatícios sucumbenciais em valor inferior a 10% do valor da causa, conforme previsto em lei. Pede-se a adequação do valor à regra legal que determina a fixação entre 10% a 20% do valor da causa.
Trata-se de embargos de declaração interpostos contra decisão que fixou honorários advocatícios sucumbenciais em valor inferior a 10% do valor da causa, conforme previsto em lei. Pede-se a adequação do valor à regra legal que determina a fixação entre 10% a 20% do valor da causa.
EXCELENTÍSSIMO DOUTO JUÍZO DA 20ª CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5025947-74.2021.8.21.0001/RS
DANIEL GONCALVES DA CUNHA, já devidamente qualificado nos autos da ação em
epigrafe, vem respeitosa e tempestivamente a esse juízo, através de seu advogado signatário, com fulcro nos artigos 1.022 e seguintes do NCPC, interpor
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO pelos fatos e argumentos a seguir aduzidos.
SÍNTESE DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Trata-se de embargos de declaração interpostos em face de erro
material/omissão constatado no acordão de (EVENTO 12), que DEU PROVIMENTO à apelação.
Estes Embargos de Declaração não visam rediscutir o mérito da decisão.
Excelência, a primeira questão a ser enfrentada salvo melhor juízo,
considerando a impecável redação e vosso elevado conhecimento jurídico, a decisão retro, no entender da parte autora apresenta erro material/omissão, no seguinte trecho do dispositivo:
“(...) Em razão da solução ora preconizada, condeno a ré ao pagamento de
das custas processuais e de honorários advocatícios ao procurador da autora, estes fixados em R$ 1.500,00, nos termos do at. 85, 8º, e 11, do CPC. (...)”
Excelência, o valor da causa é de R$ 113.147,51, logo o valor arbitrado
de R$ 1.500,00, a título de honorários advocatícios sucumbenciais corresponde a aproximadamente a 1,32% do valor causa, quando deveria ser fixado entre 10% e 20% (art. 85, § 2º); do CPC. Logo a verba honoraria sucumbencial merece adequação às disposições do art. 85, § 2º e 3º, do Código de Processo Civil.
Inicialmente, ressalto que o Código de Processo Civil/15 introduziu, no
regramento pertinente aos honorários advocatícios sucumbenciais, ordem de critérios para fixação da base de cálculo dos honorários, na qual a subsunção do caso concreto a uma das hipóteses legais prévias impede o avanço para o critério seguinte, conforme se extraí da jurisprudência a seguir:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO ORDINÁRIA. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 211/STJ. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE. FUNDAMENTO DO ACÓRDÃO NÃO IMPUGNADO. SÚMULA 283/STF. ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. FIXAÇÃO.PARÂMETROS DO CPC/15. SÚMULA 568/STJ.1. Embargos de terceiro.2. Com a ressalva do meu entendimento, a 2ª Seção definiu que quanto à fixação dos honorários de sucumbência, temos a seguinte ordem de preferência: (I) primeiro, quando houver condenação, devem ser fixados entre 10% e 20% sobre o montante desta (art. 85, § 2º); (II)segundo, não havendo condenação, serão também fixados entre 10% e20%, das seguintes bases de cálculo: (II.a) sobre o proveito econômico obtido pelo vencedor (art. 85, § 2º); ou (II.b) não sendo possível mensurar o proveito econômico obtido, sobre o valor atualizado da causa (art. 85, § 2º); por fim, (III) havendo ou não condenação, nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou em que o valor da causa for muito baixo,deverão, só então, ser fixados por apreciação equitativa (art. 85, §8º). Precedente da 2ª Seção.3. Agravo interno desprovido. (AgInt no AREsp 1761698/SP, Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, DJe 18/03/2021.
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL DE 2015. JUÍZO DE EQUIDADE NA FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA. NOVAS REGRAS: CPC/2015, ART. 85, §§ 2º E 8º. REGRA GERAL OBRIGATÓRIA (ART. 85, § 2º). REGRA SUBSIDIÁRIA (ART. 85, § 8º). PRIMEIRO RECURSO ESPECIAL PROVIDO. SEGUNDO RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO.
1. O novo Código de Processo Civil - CPC/2015 promoveu expressivas
mudanças na disciplina da fixação dos honorários advocatícios sucumbenciais na sentença de condenação do vencido. 2. Dentre as alterações, reduziu, visivelmente, a subjetividade do julgador, restringindo as hipóteses nas quais cabe a fixação dos honorários de sucumbência por equidade, pois: a) enquanto, no CPC/1973, a atribuição equitativa era possível: (a.I) nas causas de pequeno valor; (a.II) nas de valor inestimável; (a.III) naquelas em que não houvesse condenação ou fosse vencida a Fazenda Pública; e (a.IV) nas execuções, embargadas ou não (art. 20, § 4º); b) no CPC/2015 tais hipóteses são restritas às causas: (b.I) em que o proveito econômico for inestimável ou irrisório ou, ainda, quando (b.II) o valor da causa for muito baixo (art. 85, § 8º). 3. Com isso, o CPC/2015 tornou mais objetivo o processo de determinação da verba sucumbencial, introduzindo, na conjugação dos §§ 2º e 8º do art. 85, ordem decrescente de preferência de critérios (ordem de vocação) para fixação da base de cálculo dos honorários, na qual a subsunção do caso concreto a uma das hipóteses legais prévias impede o avanço para outra categoria. 4. Tem-se, então, a seguinte ordem de preferência: (I) primeiro, quando houver condenação, devem ser fixados entre 10% e 20% sobre o montante desta (art. 85, § 2º); (II) segundo, não havendo condenação, serão também fixados entre 10% e 20%, das seguintes bases de cálculo: (II.a) sobre o proveito econômico obtido pelo vencedor (art. 85, § 2º); ou (II.b) não sendo possível mensurar o proveito econômico obtido, sobre o valor atualizado da causa (art. 85, § 2º); por fim, (III) havendo ou não condenação, nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou em que o valor da causa for muito baixo, deverão, só então, ser fixados por apreciação equitativa (art. 85, § 8º). 5. A expressiva redação legal impõe concluir: (5.1) que o § 2º do referido art. 85 veicula a regra geral, de aplicação obrigatória, de que os honorários advocatícios sucumbenciais devem ser fixados no patamar de dez a vinte por cento, subsequentemente calculados sobre o valor: (I) da condenação; ou (II) do proveito econômico obtido; ou (III) do valor atualizado da causa; (5.2) que o § 8º do art. 85 transmite regra excepcional, de aplicação subsidiária, em que se permite a fixação dos honorários sucumbenciais por equidade, para as hipóteses em que, havendo ou não condenação: (I) o proveito econômico obtido pelo vencedor for inestimável ou irrisório; ou (II) o valor da causa for muito baixo. 6. Primeiro recurso especial provido para fixar os honorários advocatícios sucumbenciais em 10% (dez por cento) sobre o proveito econômico obtido. Segundo recurso especial desprovido. (REsp 1746072/PR, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Rel. p/ Acórdão Ministro Raul Araújo, Segunda Seção, julgado em 13/02/2019, DJe 29/03/2019)
Assim sendo, no caso em exame, os honorários advocatícios
sucumbenciais do procurador da parte autora deverá ser fixados entre o percentual de 10% e 20% nos termos da previsão do § 2º do art. 85 do CPC/2015, inexistindo fundamento para a fixação consoante a previsão do § 8º do mesmo dispositivo legal.
Segundo a disposição do §2º do art. 85 do CPC:
“§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de
vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu
serviço.”
Observo que, o dispositivo legal transcrito transmite regra geral de
aplicação obrigatória no sentido de que os honorários advocatícios sucumbenciais devem ser fixados no percentual de 10 a 20% calculados sobre o valor da causa. Por conseguinte, seguida a ordem a legal de fixação no artigo em comento, resta inviabilizada a aplicação do § 8º do art. 85 do mesmo diploma legal.
A propósito, cito jurisprudência desta colenda 20ª Câmara Cível:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE CANCELAMENTO DE PROTESTO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PROVIMENTO DECLARATÓRIO. FIXAÇÃO SOBRE O VALOR DA CAUSA. Os embargos de declaração devem se basear apenas nas hipóteses do art. 1.022, do Código de Processo Civil. Sendo o provimento judicial de cunho meramente declaratório, os honorários advocatícios devem ser fixados sobre o valor da causa. Correção de erro material que se impõe. Fixação, todavia, no percentual de 10%, pois o percentual de 20%, pretendido pelas embargantes, mostra-se desproporcional, levando-se em consideração o trabalho desenvolvido pelos procuradores, bem como a importância e natureza da causa. ACOLHERAM, EM PARTE, OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. UNÂNIME.(Embargos de Declaração Cível, Nº 70083685222, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Walda Maria Melo Pierro, Julgado em: 03-06-2020)
REVISIONAL. JUROS REMUNERATÓRIOS EXORBITANTES. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. CUSTO EFETIVO TOTAL (CET). INTERESSE RECURSAL. REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA. I. POSSÍVEL A APLICAÇÃO DE JUROS REMUNERATÓRIOS, POR INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, EM PATAMAR SUPERIOR A 12% AO ANO, CONFORME ENTENDIMENTO PACIFICADO PELO STJ. CASO EM QUE OS JUROS FORAM PACTUADOS SUBSTANCIALMENTE ACIMA DA TAXA MÉDIA DE MERCADO PARA O MÊS DA CONTRATAÇÃO, DEVENDO SER LIMITADOS. (RESP Nº 1.061.530/RS). II. NÃO HÁ FALAR EM RECONHECIMENTO EX OFFICIO DE ABUSIVIDADES CONTRATUAIS RELATIVAS AO CUSTO EFETIVO MENSAL, ANUAL E TOTAL, A ENSEJAR SUA REVISÃO, EM RAZÃO DA PARTE AUTORA NÃO TER ESPECIFICADO QUAIS SERIAM AS CLÁUSULAS CONTRATUAIS ONEROSAS, ALÉM DOS JUROS REMUNERATÓRIOS. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 381 DO STJ. III. APURADO CRÉDITO EM FAVOR DA PARTE AUTORA, VIÁVEL A COMPENSAÇÃO E/OU REPETIÇÃO SIMPLES DO INDÉBITO. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL DA PARTE APELANTE QUANTO AO PEDIDO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO DE FORMA SIMPLES, UMA VEZ QUE A SENTENÇA DETERMINOU A DEVOLUÇÃO DOS VALORES JÁ NA FORMA SOLICITADA. IV. É OBRIGATÓRIA A OBSERVÂNCIA DA ORDEM LEGAL DA BASE DE CÁLCULO PREVISTA NO ART. 85, §2º, DO CPC, COM FULCRO NO ENTENDIMENTO DA CORTE SUPERIOR, DEVENDO A APLICAÇÃO DO §8º OCORRER APENAS DE FORMA SUBSIDIÁRIA. ARBITRAMENTO DA VERBA HONORÁRIA EM PERCENTUAL SOBRE O VALOR DO PROVEITO ECONÔMICO OBTIDO. APELAÇÃO CÍVEL PARCIALMENTE PROVIDA. UNÂNIME.(Apelação Cível, Nº 50316481620218210001, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Dilso Domingos Pereira, Julgado em: 13-10- 2021)
APELAÇÕES. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE
RESCISÃO CONTRATUAL C/C PERDAS E DANOS E AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. JULGAMENTO CONJUNTO. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. 1. A necessidade de fundamentação (art. 93, IX, da CF) não se confunde com impor ao julgador o dever de responder, uma a uma, tal como um questionário, todas as questões suscitadas pelas partes. Tema 339 do STF e precedentes. Caso concreto em que há fundamentação suficiente, ainda que sucinta, sobre os pontos relevantes que levam à solução da controvérsia. PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO. 2. Nada obstante as partes não controvertam sobre o pleito de desfazimento do pacto, discutem acerca da responsabilidade pelo rompimento da avença, atribuindo-se culpa reciprocamente, o que é suficiente para caracterizar o interesse de agir. MÉRITO. CONTRATOS DE EXECUÇÃO DE OBRAS E CONSTRUÇÃO CIVIL. ATRASOS E IMPOSSIBILIDADE DE CONCLUSÃO DAS OBRAS. CONJUNTO PROBATÓRIO QUE EVIDENCIA CULPA RECÍPROCA. SENTENÇA QUE REJEITOU AS PRETENSÕES INDENIZATÓRIAS MANTIDA. 3. Conquanto ambas as partes sustentem que lograram comprovar a culpa exclusiva da outra contratante, fato é que o conjunto probatório manifesta a reciprocidade de descumprimento do avençado. Ambas as contratantes contribuíram, em determinado grau, para os prejuízos por si suportados. 4. Ocorre que há considerável controvérsia sobre diversos aspectos do que teria sido descumprido, incluindo matéria técnica sobre vícios na construção, qualidade dos materiais empregados, grau de influência de fortes eventos climáticos sobre a construção, desproporção entre prestação e contraprestação (valor desembolsado e obra efetivamente entregue), dentre outros. Prova oral e documental que, examinada em seu conjunto, apenas reforça a conclusão de que ambas as partes contribuíram para a final impossibilidade de cumprimento do pactuado – máxime diante da ausência de prova pericial, não postulada por qualquer das partes. 5. Ausente, portanto, o juízo de certeza necessário para condenar qualquer das demandantes a indenizar os prejuízos reclamados pela outra, razão pela qual é de ser mantida a sentença que rejeitou os pleitos reparatórios. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. DESCABIMENTO DE APRECIAÇÃO EQUITATIVA NO CASO CONCRETO. 6. Não sendo hipótese em que o proveito econômico é inestimável ou irrisório, tampouco em que o valor da causa é muito baixo, descabe a apreciação equitativa para fixação dos honorários sucumbenciais, uma vez que a previsão contida no § 8º do art. 85 do CPC aplica-se apenas de forma subsidiária. Assim, correto e adequado o arbitramento na forma do § 2º. RECURSOS DESPROVIDOS. UNÂNIME.(Apelação Cível, Nº 70077456143, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Eduardo Kraemer, Julgado em: 17-06-2021)
APELAÇÕES CÍVEIS. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. AÇÃO DE
RESCISÃO DE CONTRATO. DESISTÊNCIA DO COMPRADOR. CLÁUSULA PENAL. REVISÃO. CONFIGURADA ABUSIVIDADE. RETENÇÃO DE 20% SOBRE OS VALORES PAGOS. PRECEDENTES DO STJ E DA CORTE. INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 13.786. TERMO INICIAL PARA INCIDÊNCIA DOS JUROS DE MORA SOBRE A RESTITUIÇÃO. TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS. I. Revisão de cláusula contratual. Multa contratual caso de rescisão. Configurada a abusividade. Percentual de retenção. Nos termos da jurisprudência e da legislação pertinente à matéria é abusiva a cláusula contratual que estabelece percentuais de retenção superiores ao percentual de 25% sobre os valores adimplidos em caso de resolução por desistência dos compradores. 1.1. Possibilidade de revisão do ajuste. O fato dos promitentes compradores desistirem do contrato por não terem condições de suportar as obrigações assumidas, não os sujeita ao flagelo decorrente da aplicação de duras e abusivas multas contratuais, que somadas constituem valores abusivos e excessivamente onerosos ao comprador, sob pena de configurar locupletamento ilícito do vendedor. 1.2. Afigura-se razoável a fixação de retenção no percentual de 20% incidente sobre os valores efetivamente adimplidos em favor da vendedora. Legislação e jurisprudência a respeito. 1.3. Inaplicabilidade da Lei nº 13.786/18. Não há que se falar em aplicabilidade imediata da Lei nº 13.786/18, considerando que o contrato de promessa de compra e venda foi pactuado pelas partes em momento anterior à vigência da referida lei (eficácia do direito intertemporal). II. Termo inicial para incidência dos juros sobre a restituição. O termo inicial para fixação de juros de mora sobre a parcela restituída é o trânsito em julgado da sentença. Precedente do STJ. Majoração dos honorários sucumbenciais. Honorários advocatícios fixados na origem de forma adequada, atendendo a previsão do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC. NEGARAM PROVIMENTO AO APELO DO AUTOR. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AOS APELO DO DEMANDADO.(Apelação Cível, Nº 70083429795, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Glênio José Wasserstein Hekman, Julgado em: 16-03- 2021)
Entendimento compartilhado por outras câmaras deste Egrégio Tribunal
de Justiça:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO
DE COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS.HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. REGRAS DE FIXAÇÃO LEGAL, READEQUAÇÃO. - Da leitura e interpretação do art. 85, § 2º, do CPC, a partir da vigência do atual codex processual, verifica-se que a regra geral é que os honorários serão obrigatoriamente fixados entre 10% e 20%, tendo sua base de cálculo o montante da condenação (sentença condenatória), o proveito econômico ou o valor da causa (sentença declaratória ou constitutiva), dependendo, então, da natureza da sentença para a definição da base sobre a qual incidirá o percentual a ser fixado. - A regra da equidade é uma exceção à regra geral do § 2º do art. 85 do CPC e só se aplica nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico/condenação ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, que não é o caso dos autos. APELO PROVIDO. UNÂNIME.(Apelação Cível, Nº 70082974957, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Julgado em: 12-12-2019)
APELAÇÃO CÍVEL. CONDOMÍNIO. AÇÃO DE
COBRANÇA. COTAS CONDOMINIAIS. PARCELAS VINCENDAS. As despesas condominiais vencidas no curso do processo devem ser incluídas na condenação até a data do pagamento integral (art. 323 do CPC). Precedentes do STJ. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MAJORAÇÃO. Os honorários advocatícios devem ser fixados entre 10 e 20% sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, § 2º, do CPC/2015, observadas as normas dos seus incisos. Em regra, a fixação dos honorários deve seguir a ordem de preferência referida no parágrafo supramencionado. A fixação por apreciação equitativa deve ficar às hipóteses previstas no § 8º do mesmo dispositivo legal. Precedente do STJ. No caso concreto, os honorários advocatícios sucumbencias devem ser fixados sobre o valor da condenação. APELAÇÃO PROVIDA.(Apelação Cível, Nº 70083450627, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Julgado em: 20-02-2020).
APELAÇÃO CÍVEL. CONDOMÍNIO. AÇÃO DE COBRANÇA.
GRATUIDADE JUDICIÁRIA. PESSOA JURÍDICA. AUSÊNCIA DE PROVA DA INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS. O benefício da assistência judiciária gratuita à pessoa jurídica admite concessão somente em casos especialíssimos, em que o pedido deve vir instruído com elementos suficientes a demonstrar a impossibilidade de arcar com os encargos processuais, pena de comprometer a existência da entidade. Hipótese em que postulado o beneplácito sem a apresentação de elementos hábeis que demonstrem a real incapacidade econômica da postulante. Decisão mantida. COTAS CONDOMINIAIS. PARCELAS VINCENDAS. TERMO FINAL. INCLUSÃO – NO CÁLCULO DO DÉBITO CONDOMINIAL – DAS PRESTAÇÕES VINCENDAS. POSSIBILIDADE, MAS APENAS ATÉ O TRANSITO EM JULGADO. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 323 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. OBSERVÂNCIA DAS DISPOSIÇÕES DO ART. 85, §2º, DO CPC. NECESSIDADE. O arbitramento dos honorários advocatícios em valor certo é possível quando configuradas as hipóteses do §8º do art. 85 do CPC. Não estando presentes, porém, referidas exceções, nem se tratando de condenação da Fazenda Pública, a honorária deve ser arbitrada na forma do §2º do art. 85 do CPC, em percentual (10% a 20%) sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou do valor atualizado da causa. Hipótese em que, não caracterizadas as exceções previstas no §8º do art. 85, bem como não se tratando de condenação imposta à Fazenda Pública, necessário que o arbitramento dos honorários se dê em percentual sobre o valor da causa. DERAM PARCIAL PROVIMENTO. UNÂNIME. (Apelação Cível, Nº 70082724303, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em: 31-10-2019)
Com efeito, no caso concreto, os honorários advocatícios
sucumbenciais devem ser readequados em 20% sobre o valor atualizado da causa, considerando que houve TOTAL PROCEDENCIA DOS PEDIDOS AUTORAIS;
Requer assim seja sanado tal erro material/omissão para readequar
a verba honorária aos fundamentos do artigo 133 da CFRB e do artigo 85 CPC.
A segunda questão a ser enfrentada é a omissão quando ao índice
de atualização monetária a ser adotada no cumprimento de sentença desta quantia, bem como os termos iniciais da contagem dos juros e atualização monetária. Relativamente ao índice de correção monetária dos honorários advocatícios, deve ser o adotado, qual seja, IGP-M (FGV) a partir da data da fixação, tendo em vista ser este o indexador mais adequado à recomposição do valor da moeda na espécie.
Neste sentido, colaciono o seguinte precedente:
APELAÇÃO CÍVEL. SEGUROS. DPVAT. AÇÃO DE COBRANÇA.
INVALIDEZ PERMANENTE. DESPESAS MÉDICAS. CORREÇÃO MONETÁRIA. ÍNDICE APLICÁVEL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS MAJORADOS. 1. Inovação recursal inocorrente, uma vez que a correção monetária é matéria de ordem pública e pode ser examinada até de ofício pelo magistrado. Ademais, não há falar em deserção, tendo em vista que o recurso não é exclusivo para majoração de verba honorária. Preliminares desacolhidas. 2. Correção Monetária. Atualização monetária da condenação pelo IGPM, sendo este o índice mais adequado à recomposição do valor da moeda na espécie. 3. Honorários advocatícios. Majoração, sob pena de aviltamento da atividade desenvolvida pelo causídico. Fixação com base no art. 85, §8º, do CPC. PRELIMINARES CONTRARRECURSAIS DESACOLHIDAS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.(Apelação Cível, Nº 70082940586, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Isabel Dias Almeida, Julgado em: 30-10-2019)
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO RECURSO
ESPECIAL. ACÓRDÃO EMBARGADO QUE FIXA OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM QUANTIA CERTA. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. 1. De acordo com o art. 535, II, do Código de Processo Civil, os embargos declaratórios são cabíveis quando for omitido ponto sobre o qual se devia pronunciar o juiz ou tribunal. 2. Todavia, na hipótese, inexiste omissão a ser suprida, pois, uma vez provido o recurso especial, ainda que parcialmente, e fixados, em decorrência desse provimento, os honorários advocatícios em quantia certa, não cabem embargos declaratórios com o propósito de que esta Corte Superior se pronuncie a respeito do marco inicial e do índice aplicável na correção monetária do valor dos honorários. 3. Na fase de liquidação do julgado, tanto o termo inicial da correção monetária quanto o indexador aplicável sobre os honorários advocatícios são informações que, de maneira clara, já constam do item 1.4 do capítulo IV do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos da Justiça Federal, conforme edição aprovada pelo Conselho da Justiça Federal, através da Resolução 561/CJF, de 2 de julho de 2007. 4. Convém enfatizar que, em se tratando de honorários advocatícios fixados em quantia certa, a atualização monetária incide a partir da data da sua fixação, consoante a orientação jurisprudencial firmada por esta Corte nos seguintes precedentes: AgRg no REsp 201.147/RJ, 4ª Turma, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJ de 21.2.2000, p. 131; AgRg no Ag 550.490/RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 27.9.2004, p. 225; REsp 117.580/SP, 3ª Turma, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, DJ de 25.10.1999, p. 77; REsp 63.661/MG, 6ª Turma, Rel. Min. Vicente Leal, RSTJ, vol. 85, p. 389. 5.Embargos declaratórios rejeitados. (EDcl no REsp 916.064/SP, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/09/2008, DJe 01/10/2008)
Relativamente aos juros moratórios aplicável aos honorários
advocaticios, deve ser o adotado 1% a.m, a partir do transito em julgado, tendo em vista ser este o quantum adotado pela jurisprudência
DE COBRANÇA DE CONTRATO DE CÂMBIO. AFASTADA ALEGAÇÃO DE INÉPCIA DA INICIAL. CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS SEM EXPRESSA PREVISÃO. FALTA DE DIALETICIDADE QUANTO À QUESTÃO DOS ENCARGOS. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA PELA FACP. CORREÇÃO E JUROS A PARTIR DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. DESCARACTERIZAÇÃO DA MORA. HONORÁRIOS REDIMENSIONADOS. Da suposta inépcia da inicial. Em que pese a existência de erro material na petição inaugural possa ter trazido alguma confusão aos autos, não se verifica que tenha obstado o adequado entendimento da lide, mormente com efetivo prejuízo à defesa dos réus, que, por certo, detinham conhecimento prévio sobre o conteúdo do pacto de câmbio celebrado com o banco autor, objeto da ação e que acompanhou a exordial. Ademais, restou claramente apontado o montante reivindicado pelo demandante, líquido e certo, acompanhado do cálculo que lhe dá escopo. Afastada a prefacial de inépcia arguida pelos demandados. Da Capitalização dos Juros. A capitalização dos juros, em periodicidade inferior à anual é permitida em operações realizadas por instituições financeiras nos contratos celebrados após 31 de março de 2000, data da publicação da Medida Provisória n. 1.963-17 (reeditada sob o n.º 2.170-36/2001), contanto que expressamente pactuada. Orientação preconizada no RESP 973.827- RS e Súmula nº 539 do STJ. Em relação à contratação sub judice, esta não possui previsão expressa de incidência de capitalização mensal de juros, o que afasta a possibilidade de sua cobrança. Dos encargos financeiros. Hipótese em que não merece conhecimento o recurso de apelação do banco relativamente aos encargos financeiros, eis que sustentada existência de previsão legal destes, sem enfrentamento dos fundamentos exarados na decisão vergastada, caracterizando a apresentação de razões dissociadas e violação ao disposto no art. 1.010, III, do CPC. Recurso da instituição bancária não conhecido no ponto. Da comissão de permanência. É admitida a incidência da comissão de permanência após o vencimento da dívida, desde que expressamente pactuada e não cumulada com juros remuneratórios, juros moratórios, correção monetária e multa contratual, sendo o limite máximo a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato, ou seja: a) juros remuneratórios à taxa média de mercado, não podendo ultrapassar o percentual contratado para o período de normalidade da operação; b) juros moratórios até o limite de 12% ao ano; e c) multa contratual limitada a 2% do valor da prestação. Precedente do STJ (REsp 1.058.114/RS). Caso concreto em que se verifica abusividade da aplicação do fator acumulado de comissão de permanência (FACP), mediante aplicação de taxas variáveis mês a mês, inclusive porque sequer pactuado no contrato. Da correção e juros a partir do ajuizamento da ação. Consoante o entendimento assente desta Corte, aplica-se a correção monetária pelo IGP-M, índice pacificamente considerado o que melhor recompõe o poder aquisitivo da moeda, sendo acrescido de juros de mora de 1% ao mês. Da Caracterização da Mora. Reconhecida a abusividade dos encargos incidentes no período da normalidade contratual, é entendimento do STJ, consolidado pela apreciação do REsp nº 1.061.530/RS - julgado na sistemática dos recursos repetitivos -, que cabível o afastamento da mora. Da sucumbência. Aplica-se o disposto no art. 85 do CPC, em homenagem ao princípio da causalidade, pelo qual, a condenação pelas custas, despesas processuais e honorários deve recair sobre quem deu causa à ação; complementando tal premissa o princípio da sucumbência, que orienta deva ser imputado ao vencido o dever de arcar com os ônus financeiros advindos do processo. Proporcionalidade considerada, com fulcro no art. 86 do CPC. Ônus sucumbenciais redimensionados. RECURSO DO AUTOR CONHECIDO EM PARTE E, NESTA, PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO DOS RÉUS PARCIALMENTE PROVIDO.(Apelação Cível, Nº 50001924520198210057, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rosana Broglio Garbin, Julgado em: 26-08- 2021)
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUROS MORATÓRIOS. TERMO INICIAL. ART. 535 DO CPC. OFENSA. NÃO OCORRÊNCIA. DECISÃO AGRAVADA. MANUTENÇÃO. I. O termo inicial dos juros moratórios em execução de honorários advocatícios é a data do trânsito em julgado da causa e não a data de interposição do recurso especial; II. Embora rejeitando os embargos de declaração, o acórdão recorrido examinou, motivadamente, todas as questões pertinentes, logo, não há que se falar em ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil. Agravo Regimental improvido. (AgRg no Ag 1144060/DF, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/10/2009, DJe 06/11/2009)
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUROS DE MORA. INCIDÊNCIA A PARTIR DO TRÂNSITO EM JULGADO MATERIAL DA DECISÃO. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DESTA CORTE SUPERIOR. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. (AgRg no AREsp 142.421/PR, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 11/02/2014, DJe 25/02/2014)
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. JUROS DE MORA. DIES A QUO
DE INCIDÊNCIA. TRÂNSITO EM JULGADO MATERIAL DA SENTENÇA. ART. 167, PAR. ÚNICO, DO CTN C/C O ART. 267 DO CPC. I – Para fins de contagem da mora, o trânsito em julgado relevante é aquele material, iniciado após expirado o prazo para a interposição de recurso especial ou extraordinário, na forma do art. 467 do Código de Processo Civil, cujos efeitos transcendem a própria relação processual passando, assim, a gozar de total eficácia também no mundo exterior ao processo. II – A existência do trânsito em julgado formal é conseqüência de construção doutrinária, sendo certo que a lei, uma vez referindo-se genericamente ao trânsito em julgado da sentença, como o fez o art. 167, parágrafo único, do Código Tributário Nacional, está agasalhando a hipótese do trânsito em julgado material, inexistente norma a prever este tipo de preclusão maior, de forma parcial. III – Recurso especial conhecido, porém desprovido. (REsp 492.171/RS, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/03/2005, DJ 04/04/2005, p. 170)
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. INCIDÊNCIA DE JUROS DE
MORA SOBRE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. TERMO A QUO: TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 254 DO STF. ART. 535, II, DO CPC. FALTA DE PARTICULARIZAÇÃO DAS OMISSÕES. NÃO CONHECIMENTO. SÚMULA 284/STF. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DE PRECEITOS FEDERAIS. SÚMULAS 282/STF E 211/STJ. 1. A recorrente não particularizou, nas razões do recurso especial, quais teriam sido as omissões sobre as quais a Corte a quo não teria se manifestado. A alegação genérica de violação do art. 535 do CPC atrai a incidência da Súmula n. 284 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia”. 2. Se o Tribunal de origem não se pronuncia sobre a incidência da norma à situação tratada nos autos de forma concreta, não há o atendimento do requisito do prequestionamento, essencial ao exame do recurso especial. Súmulas 282/STF e 211/STJ. 3. Tratam os autos de embargos à execução opostos pela Fazenda Nacional alegando excesso de execução devido à inclusão de juros de mora a partir do trânsito em julgado da sentença. O acórdão recorrido se pronunciou no mesmo sentido do entendimento adotado pela Segunda Turma desta Corte, a qual já se manifestou sobre a possibilidade de incidência de juros de mora sobre a verba honorária quando caracterizada a mora do devedor, não havendo necessidade de previsão expressa na sentença exequenda, entendimento que se coaduna com a inteligência da Súmula n. 254 do STF: “Incluem-se os juros moratórios na liquidação, embora omisso o pedido inicial ou a condenação”. Precedentes: REsp 771.029/MG, DJe 09/11/2009; AgRg no REsp 1.104.378/RS, DJe 31/08/2009. 4. Recurso especial não provido. (REsp 1257257/SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/09/2011, DJe 03/10/2011
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. MORA DO DEVEDOR. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA. PRECEDENTES. SÚMULA . 254 DO STF. 1. O acórdão recorrido se pronunciou no mesmo sentido do entendimento adotado pela Segunda Turma desta Corte, a qual já se manifestou sobre a possibilidade de incidência de juros de mora sobre a verba honorária quando caracterizada a mora do devedor, não havendo necessidade de previsão expressa na sentença exequenda, entendimento que se coaduna com a inteligência da Súmula n. 254 do STF: “Incluem-se os juros moratórios na liquidação, embora omisso o pedido inicial ou a condenação”. Precedentes: REsp 771.029/MG, DJe 09/11/2009; AgRg no REsp 1.104.378/RS, DJe 31/08/2009. 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 989.300/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/08/2010, DJe 24/08/2010) DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) Que seja admitido os embargos de declaração, para sanar/aclarar as questões
apontadas para readequar os honorários advocatícios sucumbenciais para o patamar legal de 10% a 20% do valor da causa, ou proveito econômico atualizado nos termos do (art. 85, § 2º) do CPC, para fixar o índice de atualização monetária a ser adotado no cumprimento de sentença para o IGPM e fixar os termos iniciais da contagem dos juros moratórios, bem como seu quantum de 1% a partir do trânsito em julgado;
b) Na remota hipótese de improvimento destes embargos de declaração, requer
seja prequestionado (art. 85, § 2º) do CPC, bem como a matéria de direito referente ao Tema 1076 do STJ;