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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
OBSERVAÇÕES INICIAIS
ELEMENTOS DA SENTENÇA
1. Conceito de Sentença
2. Evolução do Conceito de Sentença
3. Dicas Iniciais para a Sentença
OBSERVAÇÕES INICIAIS
Doutrina indicada:
Sentença Cível – Teoria e Prática.
Autor: Nagibe Melo Jorge Neto.
Editora: Jus Podium.
Ações de Responsabilidade Civil – número alto acerca das ações de Responsabilidade Civil, e dentre elas
incluem-se essencialmente a Responsabilidade Aquiliana (responsabilidade por força de atos ilícitos), muito
embora exista a responsabilidade que deriva do inadimplemento contratual.
Ações Possessórias:
Ação de Manutenção de Posse;
Ação de Reintegração de Posse;
Ação de Interdito Proibitório.
Família.
ELEMENTOS DA SENTENÇA
1. Conceito de Sentença
Quando se fala em pronunciamentos do juiz é preciso basear-se na estrutura do art. 203 do CPC. A estrutura dos
pronunciamentos elenca 3 tipos de decisões em sentido latu, são elas:
a. sentença;
b. decisão interlocutória;
Os despachos ordinatórios são os despachos realizados pelos próprios funcionários, que não tem conteúdo
decisório, apenas dá andamento ao curso do processo, por isso é feito pela própria serventia.
Muito embora seja um pronunciamento judicial, pois na medida em que o cartório dá o andamento ao processo
pedindo para a parte se manifestar a respeito de algum ato, isso se trata de uma determinação realizada
anteriormente pelo juiz, portanto, é uma manifestação do juiz, apesar de ter sido realizada pelo cartório.
Torna-se imprescindível identificar qual o pronunciamento do juiz, pois será desses pronunciamentos que se
decorrerá o sistema recursal, uma tarefa relevante. Os arts. 1009 e 1015 do CPC, determinam que da sentença é
cabível Apelação e da decisão interlocutória é cabível
Agravo de Instrumento, respectivamente, ou seja, identificando o pronunciamento proferido identifica-se o recurso
cabível.
No antigo art. 162, §1º do antigo Código de Processo Civil brasileiro, estava disposto que sentença era o ato pelo
qual o juiz colocava termo ao processo, era o ato terminativo do processo, decidindo ou não o mérito da causa,
portanto o critério utilizado era o Critério Topológico. A sentença era definida pelo lugar (topos) que ocupava
dentro do processo. Ou seja, se fosse o último ato do processo de conhecimento, era classificado como sentença,
um critério bastante criticado pela doutrina.
Em 2005 o art. 162, §1º do CPC/73 sofreu uma alteração dada pela Lei 11.232/2005 que alterou o art. 162, §1º do
antigo CPC, e passou a dar outra redação: “sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos
arts. 267 e 269 do CPC/73”, ou seja, a partir de 2005 foi trocado o Critério Topológico pelo Critério do Conteúdo do
Ato.
Não era mais o lugar que colocava fim ao processo, mas o ato que tinha por conteúdo matérias que estavam
descritas nos antigos arts. 267 e 269 do CPC/73, isso foi considerado um verdadeiro avanço pela doutrina, pois
trouxe mais estabilidade e segurança jurídica, sempre visando o sistema recursal.
O novo CPC manteve o mesmo Critério do Conteúdo do Ato, este assunto está disciplinado no art. 203, §1º, com a
seguinte redação:
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§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos
especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com
fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do
procedimento comum, bem como extingue a execução.
Ou seja, o legislador de 2015 agregou os critérios do antigo art. 162, §1º do CPC/73 e o art. 162, §1º da Lei
11.232/05, pois disciplinou que deve atacar o conteúdo dos art. 985 e 487 do atual CPC, que equivalem aos arts.
267 e 269 do CPC/73 e simultaneamente exige que se coloque fim a fase de cognitiva, ou quando extinguir a
execução.
O efeito do ato é colocar fim a fase cognitiva do procedimento comum. Portanto, o sistema atual nos leva a
interpretação conjunta dos dois dispositivos, nos levando a conclusão de que o ato processual somente será
sentença se contiver uma das matérias listadas nos arts. 485 e 487 do CPC/15 e colocar fim à fase cognitiva do
procedimento comum, bem como extinguir o processo de execução.
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Qual o pedido do autor? Tutela de urgência?
Lembrar-se do Princípio da Congruência, o juiz não pode decidir fora do que está sendo pedido e nem deixar de
apreciar algo, para não correr o risco de ter uma sentença ultra, extra ou citra petita, portanto anotar o pedido
exato do autor.
Quanto à tutela de urgência, anotar se houve o pedido de tutela de urgência, se foi deferido ou negado o pedido,
pois as tutelas de urgência são vitais em uma Vara Civil.
Na defesa apresentada pelo réu, além das teses, ficar atento as:
a. Preliminares?
As preliminares estão dispostas no art. 337 do CPC. Se houver preliminar, o réu antes de falar do mérito deve alegar
todas as preliminares. Isto deve ocorrer porque o desfecho da ação poderá ser diferente caso a preliminar seja
acolhida ou não pelo juiz.
As preliminares dos incisos I, II, III, VIII, XI, XII do art. 337 do CPC, irão paralisar o processo temporariamente, como
por exemplo, se o juiz for declarado incompetente. No entanto, se reconhecidos e acolhidos os incisos V, VI e VII
do art. 337 do CPC o processo será extinto, como por exemplo, se houver perempção.
Com relação ao inciso IV do referido artigo, antes de determinar inepta a inicial conforme alegação do réu, o juiz
“pode” (deve) aplicar o inciso II do art. 329 do CPC, dando uma oportunidade de correção à petição inicial.
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Se não for possível sanar o vício referido no inciso IX, nos termos do art. 76, a relação processual estará prejudicada,
pois é imprescindível que as partes sejam legítimas, capazes e devidamente representadas, e se for o caso que
tenha autorização para estar demandando, como por exemplo, a necessidade da outorga uxória.
O sistema de formação da convicção é o livre convencimento, por isso, é necessário que antes de começar a redigir
a sentença no momento da prova, o candidato já tenha em mente quem “ganhará” a ação, pois um dos maiores
equívocos é raciocinar durante a redação, começando a escrever a sentença sem muita certeza de quem ganhará
a ação.
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