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ESTADO DO PARANÁ
DIVISÃO JURÍDICA
PARECER 081/2020
I – DO CARÁTER OPINATIVO
III – DA FUNDAMENTAÇÃO
A Constituição Federal, no Capítulo II, que trata das Finanças Públicas, prevê, no
art. 167, II e V, a vedação de realização de despesas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais e a impossibilidade de abertura de crédito suplementar ou
especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
Dessa forma, a Carta Magna impõe zelo pelas contas públicas, evitando o déficit
orçamentário e, por consequência, barra a abertura inconsequente de créditos, preservando
o princípio do equilíbrio orçamentário.
No que toca a esse quesito, é louvável a iniciativa do Executivo, vez que o projeto
de lei está de acordo com o disposto na norma constitucional, encaminhando para a
autorização do Legislativo a abertura do crédito.
Atenta-se que a despesa, segundo o projeto de lei ora em análise trata de Crédito
Adicional Especial. Nesse ponto algumas considerações deverão ser feitas.
Ainda, há que se considerar que o presente projeto de lei parece estar de acordo
com as exigências legais dispostas no parágrafo único do art. 8º, combinado com o inciso I
do art. 50 da Lei Complementar n. 101, de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal, que
determinam a necessidade da demonstração e individualização dos recursos vinculados a
finalidade específica.
Com efeito, o parágrafo único do art. 8º da LC n. 101/00 dispõe que “os recursos
legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender
ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o
ingresso.”
Por sua vez, o inciso I do art. 50 do referido diploma legal estabelece que “a
disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados
a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma
individualizada”.
V - DA CONCLUSÃO
3
CÂMARA MUNICIPAL DE CONTENDA
ESTADO DO PARANÁ
É o parecer.
BRUNA SCHLICHTING
ADVOGADA
OAB/PR 65.180