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ESTADO DO PARANÁ
DIVISÃO JURÍDICA
PARECER 004/2021
I – DO CARÁTER OPINATIVO
Tendo em vista o disposto no art. 133 da Constituição Federal, in verbis:
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CÂMARA MUNICIPAL DE CONTENDA
ESTADO DO PARANÁ
mas apenas incorpora sua fundamentação ao ato. III. Controle externo: É lícito
concluir que é abusiva a responsabilização do parecerista à luz de uma alargada
relação de causalidade entre seu parecer e o ato administrativo do qual tenha
resultado dano ao erário. Salvo demonstração de culpa ou erro grosseiro,
submetida às instâncias administrativo-disciplinares ou jurisdicionais próprias,
não cabe a responsabilização do advogado público pelo conteúdo de seu parecer
de natureza meramente opinativa. Mandado de segurança deferido. (grifo nosso)
III – DA FUNDAMENTAÇÃO
A Constituição Federal, no Capítulo II, que trata das Finanças Públicas, prevê, no
art. 167, II e V, a vedação de realização de despesas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais e a impossibilidade de abertura de crédito suplementar ou
especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
Dessa forma, a Carta Magna impõe zelo pelas contas públicas, evitando o déficit
orçamentário e, por consequência, barra a abertura inconsequente de créditos, preservando
o princípio do equilíbrio orçamentário.
Atenta-se que a despesa, segundo o projeto de lei ora em análise trata de Crédito
Adicional Suplementar. Nesse ponto algumas considerações deverão ser feitas.
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CÂMARA MUNICIPAL DE CONTENDA
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legal supracitado. Sendo que, tal modalidade de crédito, para fins de esclarecimento, ocorre
quando não há suficiência de recursos para a realização de determinada despesa.
Ainda, há que se considerar que o presente projeto de lei parece estar de acordo
com as exigências legais dispostas no parágrafo único do art. 8º, combinado com o inciso I
do art. 50 da Lei Complementar n. 101, de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal, que
determinam a necessidade da demonstração e individualização dos recursos vinculados a
finalidade específica.
Com efeito, o parágrafo único do art. 8º da LC n. 101/00 dispõe que “os recursos
legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender
ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o
ingresso.”
Por sua vez, o inciso I do art. 50 do referido diploma legal estabelece que “a
disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados
a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma
individualizada”.
V - DA CONCLUSÃO
BRUNA SCHLICHTING
ADVOGADA
OAB/PR 65.180
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