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Princípios fundamentais:
Colocação dos respectivos preceitos na parte inicial do código (art. 3º a
11º)
Excepções:
Agora fala-se em ónus de alegação das partes, que se cruza com os poderes
de cognição do tribunal. É a junção de duas dimensões: a do ónus de alegação e dos
poderes de cognição.
Portanto, enquanto autor só tenho que alegar factos que preencham a causa
de pedir, logo não tenho mais ónus do que este e daqui resulta um novo rumo em
relação ao que estávamos habituados.
Isto implica que as petições podem ser mais curtas. Assim, ou a petição é mal
elaborada, logo inepta, absolvendo o réu da instancia, o que não é problema; ou a
petição não é inepta, logo ou é capaz de suportar o processo ou então é deficiente
ainda que não inepta. Se é deficiente, o caminho é convidar o autor ao
aperfeiçoamento, nos termos do art. 590º/4.
Isto não obsta a q o juiz determine uma pausa nos trabalhos, se o advogado
requerer 3 ou 5 minutos para pensar no requerimento, entre outras situações. O que
se pretende é evitar as delongas que existiam antigamente.
Procedimento cautelares
Inversão do contencioso – 369º a 371º
o Dispensa de instauração da acção principal
o Propositura da acção principal pelo requerido
o Sem prejuízo das regras sobre a distribuição do ónus da prova
Instrução – 410º e ss
Junção de documentos – 423º
o Articulados – nº1
o Até 20 dias antes da audiência final – nº2
o Depois desse momento, não por mero arbítrio da parte, mas sim com
controlo do juiz – nº3
Declarações de partes – 466º. Trata-se de um novo meio de prova. O autor
ou réu podem dispor-se a depor, mas o juiz aprecia livremente o
depoimento, salvo na parte confessória.
Perícia singular nas acções de valor não superior a metade da alçada da
Relação – até €15.000,00 – 468º/3
Verificações não judiciais qualificadas – 494º. Isto está sujeito a
contraditório, com todas as garantias
Testemunhas – 485º e ss
o Apenas são notificadas a requerimento, logo são todas a apresentar,
excepto as que eu queira que sejam notificadas. Esta notificação é para
comparecer no tribunal e para video-conferência – 507º/2
o 10 testemunhas por cada parte – 511º/1
o Limite reduzido a metade, ou seja, 5 testemunhas, em acções de valor
não superior à alçada da 1ª instancia – até € 5.000,00
o Além do limite – 511ª/4 – o juiz pode autorizar, considerando as
circunstâncias do caso, que seja ultrapassado o limite de testemunhas.
Isto entronca na norma do 630º/2 (da gestão processual). Se o juiz
deferir, a decisão é irrecorrível. Se indeferir, é recorrível.
Eventual despacho liminar – 590º/1. A lei prevê que o juiz possa, por si,
determinar em certos processos que haja despacho liminar ou quando a lei
imponha. Em princípio não há despacho liminar, mas pode haver. Há
sempre recurso do despacho de indeferimento liminar.
Contestação – 572º
o Ónus de impugnação de factos essenciais
o Alegação dos factos essenciais em que se baseiam as excepções
o Requerimento probatório
Audiência prévia. O 591º diz quais as finalidades que podem ser cumpridas
na audiência prévia. Tudo são fins principais. Findos os articulados, o juiz
deve fazer uma audiência prévia e ver quais as finalidades que se justificam
no processo. Se o processo não termina no saneador, a audiência prévia
implica a programação dos actos da audiência final.
o Obrigatoriedade – 591º
o Não realização – 592º.
Há 2 casos em q não há:
Casos em que o processo deva terminar no saneador com
absolvição da instância, mas a propósito de excepções
dilatórias, já discutidas nos articulados. Mas se não há
replica para responder a excepções Quid Iuris? Há aqui uma
pequena disfunção. Verificando o juiz que há uma excepção
arguida pelo réu ou uma que ele detecta ex officio, o que ele
deve fazer é notificar por escrito o autor para responder à
excepção, ou seja, aplica a gestão processual e assim
assegura o contraditório.
A outra hipótese é em acções que correm em regime de
revelia inoperante.
o Dispensa pelo juiz – 593º/1. O juiz assume-o por escrito, mas tem
que fazer 4 despachos ou pelo menos 3 – nº 2. Tem que fazer
despacho saneador, despacho a programar a audiência final e
despacho do objecto do litigio e da enunciação dos temas da prova
e há um quarto que depende. Se as partes querem a audiência
prévia, devem provocá-la (art. 593º - audiência potestativa).
o Audiência potestativa – 593º/3
Ex. 1: Despejo fundado em uso do locado para fim diverso daquele a que se destina: o
que o juiz quer saber é o uso que o locatário dá ao locado, cabendo tudo aqui.
Ex. 2: Despejo fundado no não uso do locado por mais de um ano: o juiz quer saber
se há falta de uso e há quanto tempo é que essa falta de uso dura.
Ex. 5: Acção por defeitos numa obra: em vez de um único tema “defeitos”,
segmentação dos “defeitos”
Soalho
Madeira
…..
Sentença – 607º
Decisão de facto e direito em simultâneo
Ex. 1: Despejo fundado em uso do locado para fim diverso daquele a que se destina: o
julgamento de facto implicará, por exemplo, a declaração de que o inquilino usa o
locado como estabelecimento de café
Ex. 2: Despejo fundado no não uso do locado por mais de um ano: o julgamento de
facto pode implicar a afirmação de que o inquilino habitacional tem o locado fechado,
abandonado e sem qualquer utilização há mais de 18 meses.