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Resolução do Exame de CL de 2021/2022.

Grupo I
1-R: No processo laboral, o juiz pode condenar o réu em quantidade superior e até mesmo
em pedido diferente do que foi formulado se disto resultar claramente da aplicação da lei
aos factos apurados. Nisto se traduz este princípio, que no dizer do doutrinador João
Garcia, também pode ser chamado de princípio da extrapetição (n.º 2 do art.º 32.º do
Decreto Executivo n.º3/82, de 11 de Janeiro), este princípio serve como uma garantia aos
trabalhadores, visto que em processo laboral, há direitos de que as partes não podem
dispor e normas que as partes não podem afastar, por outro lado, pelo facto das partes não
estarem obrigadas a constituir advogado poderão cometer erros e/ou formular pedidos de
modo deficiente.
2-R: De forma suscinta, porém traslucida, podemos asserçar que a primordial distinção
entre as duas figuras assenta no facto de que:
Os acidentes de trabalhos são causado por alguma lesão corporal ou uma perturbação
funcional que pode causar uma perda permanente ou temporário da capacidade laboral do
trabalhador, em sede do local de trabalho ou fora, no entanto dentro da jornada de
trabalho, por sua vez, as doenças proficionais podem ser causadas por uma variedade de
fatores, mais comumente devido à exposição contínua a fatores de risco (físicos,
químicos, biológicos e radiológicos), presentes no local de trabalho.
Caso Prático.
1-R: al. c)
2-R: A prior, o presente caso prático, vislubra sobre um conflito laboral, emergente de
um despedimento ilegal (art.º 205.º, 208.º e 209 da LGT e 76.º da CRA). Nestes termos,
a especie de processo é o Declaratório comum (aplica-se, a título residual, a todos os
outros casos da competência dos tribunais do trabalho, ou seja, àqueles a que não
corresponde processo especial), pois aos processos especiais, aplicam dois processos
declarativos especialmente previsto na lei: os emergentes de acidente de trabalho e
doenças proficionais e o Recurso Em Matéria Disciplinar (Decreto-Lei n.º 45.497, de 30
de Dezembro de 1963, no seu capítulo I.).
Quanto a forma de processo é ela a sumária, visto que o processo declarativo comum
angolano segue apénas a forma sumário, por força dos princípios da celeridade e da
simplicidade de tramitação (art.º n.º 2 do art.º 28.º da Lei n.º 9/81 de 2 de Novembro).
Quanto ao formalismo, ou fases do processo declaratório comum sumário, pode ser
dividido em cinco: a dos articulados, do saneamento e condensação do processo bem
como o julgamento antecipado da lide, o da istrução, o da discussão e o do julgamento da
causa.
Na fase dos articulados, é a fase em que as partes ajuízam a lide com peças processuais
escritas. A primeira dela é a petição inicial (por parte do autor) e depois a contestação
(por parte do réu), poderá seguir-se também a responta á contestação (por parte do autor)
e a reconvenção por parte do réu (quando este formua algum pedido reconvencional, art.º
785.º e 786.º do CPC).

Constantino Uriel Campos


Na fase de Saniamento e condensação do pedido/julgamento antecipado da lide, o
juiz pode por fim ao processo (por conhecimento de alguma nulidade ou por condenação
imediata do réu no pedido, em caso de revelia, por absolvição do réu da instância, sendo
julgada procedente alguma excepção dilatória, por absolvição do pedido no caso de
alguma excepção peremptória ser julada procedente, ou ainda por conciliação das partes
na audiência preparátotia, nestes termos o juiz põe termo ao processo através do despacho
saneador, com valor de sentença, n.º 4 do art.º 510.º do CPC), ou fixa os termos essenciais
da causa.
Na fase de instrução, inicia-se a fase em que serão producidas as provas, em princípio
dos factos inscritos no questionários, ou seja, dos factos que ainda não foram provados,
art.º 513.º do CPC).
Na fase de discussão, oferecida as provas o processo é concluso e o juiz designará, a
data para a audiência para a produção e apreciação das provas oferecidas e ordenadas,
para a audência serão notificadas os seus mandatários e as testemunhas arroladas.
Na fase de julgamento “Sentença”, antes do Juiz proferir a sentença, o processo vai com
vista ao Ministério Público após a conclusão dos aspectos jurídicos da causa para este
pronunciar-se da má-fé dos litigantes ou promover procedimento disciplinar contra os
funcionários judicias que tenham monstrado negligência (art.º 658.º do CPC), após isso,
o processo é concluso e este (o Juiz) profirirá a sentença final (n.º 2 do art.º 658.º do CPC
e n.º 1 do art.º 31 da Lei 9/81, de 2 Novembro).
Grupo II
1 R: Conflito individual de trabalho.
2-R: F
3-R: V

Constantino Uriel Campos

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