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Prof. Reinaldo Araújo
Teoria Geral do Processo e Conhecimento
Apesar de o juiz não ter a faculdade de indeferir o requerimento feito por ambas as
partes, para a suspensão produzir efeitos, é necessário um despacho judicial.
Porém, nesse caso, o despacho que determina a suspensão do processo será um ato
vinculado, pois está adstrito à vontade das partes.
No entanto, esse encargo caberá ao seu substituto legal até que o incidente se resolva (art.
146, § 3º, CPC).
Essa medida (art. 976 e seguintes do CPC), veio como uma forma de desobstruir o Poder
Judiciário que sofre com a morosidade processual.
Superado o incidente, cessa a suspensão dos processos, exceto daqueles em que for
interposto recurso especial ou extraordinário contra a decisão proferida em sede de IRDR.
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO
V. Quando a sentença de mérito.
a) Depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de
inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo
pendente.
Também chamada de suspensão por prejudicialidade, ocorre quando existir uma questão prejudicial.
Essas questões, por serem capazes de influenciar a solução do processo, devem, necessariamente,
ser resolvidas antes da prolação da sentença.
Na doutrina há uma distinção entre prejudicialidade interna e externa. O art. 313, V, “a”, do CPC
trata da questão prejudicial externa, ou seja, aquela que será resolvida em um processo distinto,
razão pela qual o processo prejudicado será suspenso até que seja decidida a questão prejudicial.
Por outro lado, não há suspensão do processo em caso de prejudicialidade interna, pois a questão é
resolvida dentro do mesmo processo.
A suspensão do processo por prejudicialidade não pode ser superior ao prazo de um ano (art. 313,
§ 4º, CPC). Esgotado esse prazo, o processo prejudicado prosseguirá normalmente e caberá ao juiz
da causa prejudicada manifestar-se sobre a questão prejudicial (art. 313, § 5º, CPC).
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO
V. Quando a sentença de mérito.
b) Tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção
de certa prova, requisitada a outro juízo.
As questões de que trata o art. 313, V, “b”, do CPC, ao contrário do item anterior, não são
prejudiciais. A suspensão do processo ocorre em razão de o julgamento da causa estar
condicionado à “verificação de determinado fato” ou à “produção de certa prova,
requisitada a outro juízo”. É o que se verifica, por exemplo, com a expedição de uma carta
rogatória ou precatória.
Alguns doutrinadores entendem que esta é, na verdade, uma suspensão imprópria, pois
poderão ser praticados atos que não dependam da diligência requerida ao outro juízo.
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO
VI. Por motivo de força maior.
Trata-se dos eventos inevitáveis e irresistíveis, que impendem o funcionamento das atividades
Judiciárias e, consequentemente, suspendem os processos, como as catástrofes naturais (enchentes,
desabamentos). Dessa forma, cessado o evento, cessará também a suspensão.
Porém, a extinção do processo sem resolução de mérito não faz coisa julgada
material (apenas formal), ou seja, não impede a propositura de uma nova demanda,
desde que sanado o vício ou entre com recurso contra a decisão.
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa
por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e
regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral
reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal;
X - nos demais casos prescritos neste Código.
(...)
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a decadência não serão
reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
Por fim, ressaltamos que o material analisado em TGP, será mais detalhado quando
do estudo na parte processual em cada matéria processual ao longo da faculdade –
isto é, processo civil, processo penal, processo trabalhista etc.