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Direito Processual Civil

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Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade!

Lembre-se: o seu sonho também é o nosso!

Bons estudos! Estamos com você até a sua aprovação!

Com carinho,

Equipe Ceisc. ♥

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Prof.ª Luciana Aranalde

Sumário

1. Da Formação, da Suspensão e da Extinção do Processo ....................................................... 4

Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
concursos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.

Bons estudos, Equipe Ceisc.


Atualizado em maio de 2023.

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1. Da Formação, da Suspensão e da Extinção do Processo

Prof.ª Luciana Aranalde


@luciana_aranalde

O Livro VI do Código de Processo Civil trata acerca da formação, da suspensão e da


extinção do processo, resguardando-se, no título I, as questões relativas à formação do pro-
cesso. Para o Art. 312, tem-se a ação é considerada proposta quando houver o protocolo da
petição inicial, sendo que os efeitos contra o réu somente serão observados após a citação de-
vida.
Para a doutrina, “define-se, assim, como marco inaugural do processo o ato, praticado
pelo demandante, de apresentar ao protocolo forense sua petição inicial. A partir daí já existe
processo” (CÂMARA, 2021, s.p). Além disso, é preciso

[...] ter claro, então, que já há processo mesmo antes da citação do demandado. E não
poderia mesmo ser de outro modo, ou não se conseguiria entender como seria possível a
prolação de sentença em processo no qual o réu não tenha sido citado (como acontece
nos casos de indeferimento da petição inicial e de julgamento de improcedência liminar)
(CÂMARA, 2021, s.p).

Quanto à suspensão do processo, a norma processual vigente indica que a suspensão


será observada (Art. 313) pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das
partes envolvidas, de seu representante legal ou de seu procurador; Além disso, também há
suspensão pela convenção das partes ou pela arguição de impedimento ou de suspeição, bem
como pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas ou quando a sentença
de mérito: a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de ine-
xistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente; ou b)
tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa
prova, requisitada a outro juízo;.
Também será observada a suspensão do processo por motivo de força maior, quando
se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do
Tribunal Marítimo, pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável
pelo processo constituir a única patrona da causa, quando o advogado responsável pelo pro-
cesso constituir o único patrono da causa e tornar-se pai ou por qualquer outro caso previsto em
lei.

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Na hipótese de a suspensão decorrer da morte ou pela perda da capacidade processual


de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador, o juiz suspenderá o
processo nos termos do Art. 689, sendo que, não ajuizada ação de habilitação, ao ter ciência do
conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do feito e deverá observar o seguinte:
1) no caso de ser o ré falecido, ordenará a intimação do autor para que promova a citação
do respectivo espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que
designar, que será de no mínimo 2 (dois) e de no máximo 6 (seis) meses;
2) no caso de ser o autor falecido e sendo transmissível o direito em litígio, “determinará
a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios
de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão proces-
sual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo
sem resolução de mérito” (Art. 313, §2º).

No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que tenha sido iniciada a
audiência de instrução e julgamento, o juiz deverá determinar que a parte constitua novo man-
datário no prazo específico de 15 (quinze) dias, sendo que, ao final, deverá extinguir o processo
sem resolução de mérito caso o autor não tenha nomeado novo mandatário, ou deverá ordenar
o prosseguimento do processo à revelia do réu, se falecido o procurador deste.
O prazo de suspensão do feito não deverá ultrapassar o prazo de um ano nas hipóteses
do inciso V do Art. 313 e seis meses na hipótese prevista no inciso II, destacando-se que o juiz
deverá determinar o prosseguimento do processo assim que esgotados os prazos previstos no
§ 4º do Art. 313. Já no caso do inciso IX, o período será de trinta dias, que deverá ser contado a
partir da data do parto ou da concessão da adoção, desde que apresentada a certidão de nasci-
mento ou documento similar que comprove o parto – ou do termo que tenha feito a concessão
da adoção, mediante notificação do cliente.
Além disso, no caso do inciso X, “o período de suspensão será de 8 (oito) dias, contado
a partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de
nascimento ou documento similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial que
tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao cliente” (Art. 313, §7º).
Durante a suspensão do processo, conforme disposto no Art. 314, tem-se que é vedado
a prática de qualquer ato processual, sendo facultado ao juiz, todavia, realizar a determinação
de atos urgentes com o objetivo de evitar dado que venha a ser irreparável – salvo no caso de

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arguição de impedimento ou até mesmo de suspensão. Caso o conhecimento do mérito venha


a depender de eventual verificação de fato delituoso, também é facultado ao juiz determinar a
suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal (Art. 315).
Nessa hipótese, e no caso de a ação penal não ser proposta no prazo de três meses,
contado da intimação do ato de suspensão, tal perderá efeito, devendo o juiz cível examinar
incidentemente a questão prévia. De outro lado, e no caso de ser proposta a ação penal, o pro-
cesso ficará suspenso pelo prazo máximo de um ano, sendo aplicado o disposto na parte final
do §1º do Art. 315.
Por fim, a extinção do processo será realizada por sentença, nos termos do Art. 316,
sendo que, antes de ser proferida qualquer decisão sem resolução de mérito, o magistrado de-
verá conceder prazo para que as partes possam, se for o caso, corrigir o vício (Art. 317).

Além disso, vejam-se as Súmulas do Superior Tribunal de Justiça aplicáveis ao


assunto:
Súmula 240 - A extinção do processo, por abandono da causa pelo autor, depende de
requerimento do réu. (Súmula 240, Corte Especial, julgado em 02/08/2000, DJe 06/09/2000)

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