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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO

DA COMARCA DE RIO DE JANEIRO – RJ

SERGIO SANTOS, autônomo, brasileiro, inscrito sob CPF


000.000.000-00 RG nº 00000000000, residente e domiciliado a Rua
do Ouvidor, Bairro Centro, Cidade Rio de Janeiro - RJ, CEP 20040-
970, Vem representado por seu advogado devidamente constituído
conforme procuração anexo (endereço completo) art 39, I, CPC propor
a ação de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
DÉBITO C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS
pelo rito ordinário em face de EMPRESA DE TELEFONIA ALFA,
CNPJ 000000000, com sede a Avenida Paulista, cidade São Paulo CEP
01311-000, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DA JUSTIÇA GRATUITA

O autora requer, inicialmente, que haja a concessão da justiça gratuita


tendo em vista o conteúdo normativo previsto na Lei 1060/50 e
Lei 5478/68. É perceptível que o mesmo não possui condições de arcar
com as custas processuais, sem que haja um consequente
comprometimento ao seu rendimento próprio. Logo, faz-se cabível
pleiteia os benefícios da GRATUIDADE DA JUSTIÇA, assegurada
pela Constituição, consoante o disposto no artigo 5º, inciso LXXIV e
pela Lei 13.105/15, NCPC, artigo 98 e seguintes.

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira,


com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade
da justiça, na forma da lei.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na


petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro
no processo ou em recurso.
1. DOS FATOS

Sergio Santos, presente autor da ação, recebeu no mês de Julho do ano


de 2011, uma comunicação da EMPRESA ALFA acerca de uma
cobrança no valor de R$ 749,00, alegando que a ausência do
pagamento passsado 15 dias do comunicado, acarretaria no
consequente lançamento do nome do autor nos orgãos de proteção ao
crédito.

Nota-se, que em momento posterior a cobrança, o autor encontra o


comprovante de pagamento da fatura citada anteriormente,
reenviando-a para a EMPRESA ALFA através de fax, com o propósito
essencial de amenizar a presente problemática.

Entretanto, a situação torna-se mais agravante. Alguns dias após o


envio do documento, Sergio Santos tentou adqurir um veículo
mediante um financiamento, através de uma concessionária. Esta
tentativa foi totalmente frustrada quando notou que seu nome estava
inserido no cadastro de maus pagadores, em razão do falso débito com
a Empresa Alfa, no valor de R$ 749,00 em 2011, fazendo-se cabível o
ingresso da presente ação com tal causa de pedir.

2. DOS FUNDAMENTOS

É possível visualizar que a empresa ré está cobrando uma dívida


inexistente em face da parte autora da ação. Ademais, causou
frustração com o consequente lançamento do nome no cadastro
supracitado, invalidando sua compra e causando-o vergonha
irr+eparável.

Cita o Artigo 927 do Código Civil que:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando
a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Cita também os artigos 186 e 187 do Código Civil que:

Artigo 186 do CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Artigo 187 do CC. Também comete ato ilícito o titular de um direito


que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu
fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

Em razão da falha na prestação do serviço, e o constragimento vigente


que acarretou em um dano a sua reputação moral e ética, faz cabível a
incorporação dos danos morais na presente ação conforme Art. 14 do
CDC, parágrafo terceiro.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da


existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

§ 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando


provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

É devido elucidar também que o ônus da prova incumbe ao réu, quanto


há a existência de um fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do Autor, conforme aponta inciso VIII do artigo 6º do CDC e
art. 373, II do CPC.

3. DA TUTELA ANTECIPADA

Deverá o juízo pleitear a retirada do nome do autor, para que


seja inaudita altera pars retirado do cadastro de maus pagadores.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo.

4. DOS PEDIDOS

1 - Que seja declarada a inexistência de débito bem como seja retirado


o nome do autor através do pedido de tutela do cadastro de maus
pagadores

2 - O autor seja indenizado por danos morais arbitrados por este juízo.

4 - Seja o réu condenado a pagar custas e honorários advocatícios


conforme art. 20 parágrafo 3º do CPC.

Protesta por todos os meios de provas admitidos.

Da-se a causa o valor de R$ 3.000,00

Nestes Termos pede deferimento.

Rio de Janeiro, Outubro, 2021

SUEDYNA DE CARVALHO ARAUJO


OAB/00000

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