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Disse, ainda, ser inexistente o direito líquido e certo vindicado, visto que
a agravada não possui a idade mínima exigida, tampouco é admitida a contagem do
tempo de serviço prestado no cargo de supervisor escolar para o implemento do
benefício da aposentadoria especial do magistério.
Por fim, aduziu que “merece ser revogada decisão que determinou a
expedição de Certidão de Tempo de Contribuição, contemplando todo período perante o
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Regime Geral de Previdência Social”, pois alegou que segundo o teor do art. 96, VI, da Lei
n. 8.213/1991 é vedada a expedição da referida CTC a servidor ativo, haja vista que a
concessão da aposentadoria com base na certidão acarretará o rompimento do vínculo
que gerou o respectivo tempo de contribuição, nos termos do § 14 do art. 37 da Lei n.
8.213/1991. Salientou, por oportuno, que muito embora o Juízo primevo tenha alegado a
inconstitucionalidade do art. 96, VI, da Lei n. 8.213/1991, “ainda não foi declarada pelo
Órgão Especial dessa Corte e, consequentemente, não pode o Órgão Fracionário afastar a
sua aplicação”, sob pena de violação da cláusula de reserva de plenário.
É o que faço.
[...]
O artigo 40 da Constituição Federal, bem como a Constituição Estadual, ao
disciplinar a aposentadoria por tempo de serviço, dispôs:
Art. 126. O servidor será aposentado:
III - voluntariamente:
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se
mulher, com proventos integrais;
b) aos trinta anos de serviço em funções de magistério, docentes e
especialistas de educação, se homem, e aos vinte e cinco anos, se
mulher, com proventos integrais; [...]
Art 40 - O servidor será aposentado [...]
III voluntariamente [...]
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se
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Pois bem.
de supervisora escolar.
supedâneo no art. 5º, XXXIII e XXXIV, “b”, da CRFB, que dispõe acerca do acesso e
obtenção de informações dos órgãos da Administração Pública:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de
taxas:
[...]
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos
e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
A corroborar:
NARCÍSIO G. RODRIGUES
Procurador de Justiça