Você está na página 1de 2

APS – 0brigações e Responsabilidade Civil

Nome: Dayana Felix da Silva


Matricula: 2021102827
1 -Ana comprou um caminhão para exercício de atividade profissional mediante alienação
fiduciária em garantia. Meses depois, ajuizou ação revisional do contrato, alegando que os
juros remuneratórios aplicados são abusivos. Uma vez proposta a ação, parou de pagar as
parcelas aguardando decisão definitiva do Poder Judiciário. Cinco meses depois do
ajuizamento da ação revisional, a empresa ajuizou ação de busca e apreensão devido ao
inadimplemento. Em sua defesa, requerendo a revogação da decisão liminar deferida na ação
de busca e apreensão, Ana alega que a existência da revisional fragiliza a mora e que o
caminhão é bem essencial para o exercício de sua profissão. Na qualidade de julgador (a),
analise a (im)procedência do pedido de Ana quanto à busca e apreensão. Aula de Referência:
Aulas 6 a 9. | Caso adaptado do AI nº 70078925948 TJRS (DJ. 13 set. 2018)

RESPOSTA: Ana em hipótese alguma poderia ter parado de pagar para realizar ação
acusando as taxas abusivas, realizando tal ação Ana considera-se em mora por não ter
efetuado o pagamento conforme o artigo 394 do código civil, e ainda por não ter
realizado o pagamento Ana responderá por perdas e danos mais juros e atualização
monetária, conforme o artigo 389 do código civil, Ana ao parar de pagar as parcelas a
qual havia se submetido de maneira livre por seu próprio interesse e vontade entrou em
mora e apesar de alegar que os juros são abusivos e que o caminhão é material essencial para
seu serviço, o artigo 399 diz que o devedor em mora responde pela impossibilidade da
prestação. Logo como Juiz julgo improcedente o pedido de Ana por todos os motivos já
supracitados.

2- Durante a madrugada, houve acidente de trânsito no qual o veículo de Antônio da ação


indenizatória colidiu com a parte traseira do Jeep Cherokee de propriedade de João. Nessa
ocasião, João e mais dois amigos saíram do veículo e agrediram violentamente Antônio,
retirando-o à força de seu carro e espancando-o com socos e chutes em várias partes do
corpo, além de bater sua cabeça contra uma grade, sendo que os agressores ficavam
revezando entre quem segurava a vítima e quem a agredia. Exame médico identificou que o
ato ocasionou inúmeras lesões no corpo de Antônio, especialmente em sua face, tendo havido
quebra de ossos do nariz, cortes visíveis no supercílio direito e grandes hematomas nos olhos.
Ademais, a agressão trouxe sequelas de ordem emocional e psíquica. A partir da
doutrina/jurisprudência brasileira e estrangeira, elabore relatório de pesquisa com análise
crítica a respeito da aplicação da teoria do punitive damages nesse caso.

RESPOSTA: Diante do caso apontado, podemos citar que além de um processo criminal,

diante da tentativa de homicídio também deve-se abrir reclamação contra os agressores no


âmbito civil, com uma ação indenizatória, amparado pelos art. 186, 187 e 927 do Código Civil
de 2002, requerendo indenização pelo ocorrido. Após a análise do caso, verifica-se o dolo dos
réus ao causar danos ao autor, pois no momento da b atida, ambos os passageiros e o motorista
do carro, tiveram intenção de atingir o outro de forma a lhe causar prejuízos.

Critérios para fixação do quantum indenizatório Pois bem, para fixar o valor de
indenização cabível ao caso concreto, primeiramente precisa-se reconhecer a ocorrência do
dano, para só então passar a quantificação deste. Conforme esclarecido pela doutrina analisada,
de Flávio Tartuce, o quantum indenizatório deve se dar mediante equidade do magistrado
analisando a extensão do dano (art. 944, CC/2002), as condições socioeconômicas e culturais
dos envolvidos, as condições psicológicas das partes e o grau de culpa do agente, do terceiro ou
da vítima, sempre se atentando para não configurar enriquecimento sem causa ao lesado. E
ainda, pautado pelos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

Vale ressaltar que a doutrina e a jurisprudência possuem divergências


quanto os critérios de análise que devem ser utilizados pelo magistrado na hora de quantificar o
dano, tendo o STJ adotado o método bifásico para analisar o quantum. Por fim, a indenização
deste tipo de ação muitas vezes tem caráter punitivo, muito difundida no punitive damages da
common law (ou direito comum), que se dá pelas decisões dos tribunais, caráter pedagógico,
para prevenir futuros atos danosos praticados pelos réus.

Você também pode gostar