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Dessa forma, requer que seja o presente recurso recebido, com as razões já
inclusas, ainda se requer, na oportunidade, que as partes Apeladas sejam intimadas
para, querendo, apresentem as contrarrazões, no prazo processual de 15 (quinze)
dias após tal providência, e posteriormente, remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça
do Estado do Maranhão.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
COLENDA CAMARA,
NOBRES JULGADORES
I – DA SINTESE PROCESSUAL
O apelante ingressou com ação de reparação de danos materiais e
morais c/c lucros cessantes, em razão de ter sofrido danos materiais e morais por
acidente automobilístico provocado pela parte Requerida, ora parte Apelada.
Restando o reconhecimento de culpa da mesma, comprometendo-se a arcar com o
reparo dos danos causados ao automóvel da parte Apelante, por meio do seguro
automotivo do qual era beneficiária, firmando a promessa do conserto de forma
integral do automovél do Autor, restando a Requerida a afirmativa que arcaria com
encargos, desse modo, foi acionado o seguro-réu e noticiada a responsabilização da
condutora pelo ocorrido, ocasião em que remetido guincho que transportou o veículo
do autor para oficina autorizada da SEGURADORA ENROLADA, ora segunda
apelada, aparentemente ciente da autorização do conserto. No entanto, o automovél
ficou aparado por 15 (quinze) dias, sem receber quaisquer reparos, não notificando
o Autor também a respeito da situação de seu automovél, em face dessa situação,
houveram prejuízos laborais, em razão, do autor ser autônomo, e labora no âmbito
de transporte de mercadorias (frete), e dada a possibilidade de perda dos contratos
de prestação de serviços, na tentativa de obter notícias do seu automovél,
descobrira que a seguradora optou por não realizar os serviços, pois, não teria
restado efetivamente a culpa da segurada no sinistro.
No entanto, o douto magistrado da 18º Vara Cível do Termo Judiciário de
São Luís, após apresentação da contestação do apelado, e realizada a audiência de
instrução, apreciou o mérito da lide, então proferiu a sentença que julgou
parcialmente procedente o pedido de indenização por danos materiais (perdas e
danos) para condenar as requeridas ao pagamento de R$6.310.32 (seis mil
trezentos e dez reais e trinta e dois centavos), e julgou improcedente o pedido a
título de danos morais, e por fim, sentenciou o Apelante ao pagamento de 2/3 (dois
terços) das custas processuais enquanto as partes Requeridas 1/3 (um terço) da
referida taxa. É em face da sentença que insurge o Apelante, pelas razões a seguir
aludidas.
III. DO MÉRITO
A respeito do mérito da lide, conforme se verifica nos autos, a sentença
proferida pelo douto magistrado, entendendo que não há cabimento para danos
morais indenizáveis, em razão da situação exposta e posto que a colisão entre
veículos – como assim, relatada na exordial – é negativa de cobertura pelo seguro
de terceiro não acarreta em lesão extrapatrimonial suficiente a macular o âmago
daquele que se sentiu injuriado.
Entretanto, o referido entendimento proferido não merece prosseguir, em
razão da situação fática real, que se evidenciou desde a narrativa fática até o
momento da apreciação do mérito. Desse modo, o dano moral deve ser deferido,
pelo fato ocorrido, em decorrência do sinistro, atingir o seu patrimônio, meio de
sustento do Apelante, ficando impossibilitado de trabalhar por um prazo superior a
15 (quinze dias), pois é de notório saber que a parte Apelante, só obteve, única e
exclusivamente notícias do seu automovél, posterior aos 15 (quinzes) dias do seu
veículo parado, acreditando fielmente que o bem estaria recebendo os devidos
reparos, o que não ocorreu, faltando, portanto, no mínimo, a boa-fé´. Colocando
dessa forma, o Apelante, não só em situação frustrante, mas também meio pelo
qual, vislumbrou seu patrimônio afetado, seu meio de sustento afetado, não
podendo, assim, honrar com seus credores, de modo que certamente atinge ao seu
nome no mercado de tralho, podendo ter seu nome vinculado a profissionais que
conseguem cumprir os prazos contratuais, sendo prejudicial ao seu desenvolvimento
laboral.
A indenização por danos morais está prevista na Constituição Federal, em
seu artigo 5º, incisos V e X e no Código Civil, no artigo 186 diz que: “Art. 186. Aquele
que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Diz o
artigo 927 do Código Civil que “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 1.870, e
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
O Professor Dr. João Roberto Parizatto, em sua obra Dano Moral, 3ª
Edição, Editora Edipa, Ouro Fino, da mesma maneira que toda a doutrina pátria,
também admite a reparabilidade do Dano Moral. Como é possível observar a seguir:
III - DO PEDIDO
local, data
advogado/oab