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2. Normas Jurídicas quanto à Fonte - De acordo com o sistema jurídico a que pertencem, as
normas podem ser legislativas, consuetudinárias e jurisprudenciais.
*As normas jurídicas escritas, corporificadas nas leis, medidas provisórias, decretos, denominam-
se legislativas. Enquanto que as leis emanam do Poder Legislativo, as duas outras espécies são
ditadas pelo Poder Executivo.
*Consuetudinárias: são as normas não-escritas, elaboradas espontaneamente pela sociedade. Para
que uma prática social se caracterize costumeira, necessita ser reiterada, constante e uniforme,
além de achar-se enraizada na consciência popular como regra obrigatória. Reunindo tais
elementos, a prática é costume com valor jurídico. A importância do costume varia de acordo
com cada sistema jurídico (§ 83).
*Chamam-se jurisprudenciais as normas criadas pelos tribunais. No sistema de tradição romano-
germânica, ao qual se filia o Direito brasileiro, a jurisprudência não deve ser considerada como
fonte formal direta do Direito. No sistema do Common Law, adotado pela Inglaterra e Estados
Unidos, os precedentes judiciais têm força normativa.
2. Normas Jurídicas quanto à Fonte - De acordo com o sistema jurídico a que pertencem, as
normas podem ser legislativas, consuetudinárias e jurisprudenciais.
*As normas jurídicas escritas, corporificadas nas leis, medidas provisórias, decretos, denominam-
se legislativas. Enquanto que as leis emanam do Poder Legislativo, as duas outras espécies são
ditadas pelo Poder Executivo.
*Consuetudinárias: são as normas não-escritas, elaboradas espontaneamente pela sociedade. Para
que uma prática social se caracterize costumeira, necessita ser reiterada, constante e uniforme,
além de achar-se enraizada na consciência popular como regra obrigatória. Reunindo tais
elementos, a prática é costume com valor jurídico. A importância do costume varia de acordo
com cada sistema jurídico (§ 83).
*Chamam-se jurisprudenciais as normas criadas pelos tribunais. No sistema de tradição romano-
germânica, ao qual se filia o Direito brasileiro, a jurisprudência não deve ser considerada como
fonte formal direta do Direito. No sistema do Common Law, adotado pela Inglaterra e Estados
Unidos, os precedentes judiciais têm força normativa.
i)Âmbito espacial de validez: gerais e locais. Gerais são as que se aplicam em todo o território
nacional. Locais, às que se destinam apenas à parte do território do Estado. Na primeira hipótese,
as normas serão sempre federais, enquanto que na segunda poderão ser federais, estaduais ou
municipais. Esta divisão corresponde ao Direito geral e ao particular.
ii)Âmbito temporal de validez: de vigência por prazo indeterminado e de vigência por prazo
determinado. Quando o tempo de vigência da norma jurídica não é prefixado, esta é de vigência
por prazo indeterminado. Ocorre, com menos freqüência, o surgimento de regras que vêm com o
seu tempo de duração previamente fixado, hipótese em que são denominadas de vigência por
prazo determinado.
iii)Âmbito material de validez: normas de Direito Público e de Direito Privado. Nas primeiras a
relação jurídica é de subordinação, com o Estado impondo o seu imperium, enquanto que nas
segundas é de coordenação.
- Lei delegada (mesma hierarquia das leis ordinárias. São elaboradas pelo Presidente da
República, por delegação expressa do Congresso Nacional - artigo 68, CF);
- Decreto legislativo (são normas aprovadas pelo Congresso sobre matéria de sua competência
exclusiva. Ex: ratificação de tratados internacionais, julgamento das contas do Presidente da
República e etc. São remetidos ao PR para sanção);
- Resolução (são decisões do Legislativo - Congresso, Senado ou Câmara, sobre assuntos de seu
interesse interno. Ex: decisão sobre licença ou perda de cargo por deputado ou senador, fixação
de subsídios, etc. A delegação de competência ao PR para elaboração de lei delegada é feita por
resolução - artigo 68, § 2º, CF);
- Norma ou decreto regulamentar (são regras jurídicas gerais, abstratas e impessoais,
estabelecidas pelo Poder Executivo, em desenvolvimento da lei. Substancialmente o regulamento
se distingue da lei porque é um desenvolvimento dela. Formalmente é diferente da lei, pois emana
do Poder Executivo. Os regulamentos são baixados pelo Poder Executivo através dos chamados
decretos regulamentares);
- Medida provisória (substituiu o antigo decreto-lei. Trata-se de norma que poderá ser adotada
pelo PR em caso de relevância e urgência. Tem vigência por 60 dias, prorrogáveis por mais 60. A
disciplina da MP se encontra no artigo 62 da CF. Situa-se no mesmo plano da lei ordinária);
- Outras normas (além das estudadas acima, existem outras normas jurídicas que poderão ser
mencionadas. Ex: decisões normativas - proferidas por autoridades judiciárias ou administrativas;
portarias, avisos, ordens internas, etc - no plano da Administração Pública; convenções coletivas
de trabalho, contratos - no plano das obrigações; despachos, sentenças - no plano judiciário;
estatutos, regimentos, normas internas, etc - no plano institucional. Lembre-se que as sentenças e
contratos, dentre outros exemplos, representam aplicação concreta do direito à conduta social dos
homens. Contratos e sentenças não são lei, mas em razão de seu caráter vinculatório são
chamados "lei entre as partes" - contrato e "lei viva" - sentença);
(* Pirâmide de Kelsen:)
i) Diz-se que é uma norma perfeita (leges perfectae) do ponto de vista da sanção,
quando prevê a nulidade do ato, na hipótese de sua violação.
ii) A norma é mais do que perfeita (leges plus quam perfectae), quando prevê, além da
nulidade, uma pena, para os casos de violação.
iii)Menos do que perfeita (leges minus quam perfectae) é a norma que determina
apenas penalidade, quando descumprida.
iv) Finalmente, a norma imperfeita é quando não considera nulo ou anulável o ato que a
contraria, nem comina castigo aos infratores.
6. Normas Jurídicas quanto à qualidade - Sob o aspecto da qualidade, as normas
podem ser positivas (ou permissivas) e negativas (ou proibitivas). De acordo com a
classificação de García Máynez, positivas são as normas que permitem a ação ou
omissão. Negativas, as que proíbem a ação ou omissão.
8. Classificação das Normas Jurídicas quanto à Vontade das Partes - Quanto a este
aspecto, dividem-se em taxativas e dispositivas.
i) As normas jurídicas taxativas ou cogentes, por resguardarem os interesses
fundamentais da sociedade, obrigam independentemente da vontade das partes.
ii) As dispositivas, que dizem respeito apenas aos interesses dos particulares, admitem
a não-adoção de seus preceitos, desde que por vontade expressa das partes
interessadas.