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CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA.

l. Classificação das Normas Jurídicas Quanto ao Sistema a que Pertencem - Em relação ao


presente critério, as regras jurídicas podem ser: nacionais, estrangeiras e de Direito uniforme.
Chamam-se nacionais, as normas que, obrigatórias no âmbito de um Estado, fazem parte do
ordenamento jurídico deste.
Em face do Direito Internacional Privado, é possível que uma norma jurídica tenha aplicação
além do território do Estado que a criou. Quando, em uma relação jurídica existente em um
Estado, for aplicável a norma jurídica própria de outro Estado, ter-se-á configurada a norma
jurídica estrangeira.
Finalmente, quando dois ou mais Estados resolvem, mediante um tratado, adotar internamente
uma legislação padrão, tais normas recebem a denominação de Direito uniforme, exemplo
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948).

2. Normas Jurídicas quanto à Fonte - De acordo com o sistema jurídico a que pertencem, as
normas podem ser legislativas, consuetudinárias e jurisprudenciais.
*As normas jurídicas escritas, corporificadas nas leis, medidas provisórias, decretos, denominam-
se legislativas. Enquanto que as leis emanam do Poder Legislativo, as duas outras espécies são
ditadas pelo Poder Executivo.
*Consuetudinárias: são as normas não-escritas, elaboradas espontaneamente pela sociedade. Para
que uma prática social se caracterize costumeira, necessita ser reiterada, constante e uniforme,
além de achar-se enraizada na consciência popular como regra obrigatória. Reunindo tais
elementos, a prática é costume com valor jurídico. A importância do costume varia de acordo
com cada sistema jurídico (§ 83).
*Chamam-se jurisprudenciais as normas criadas pelos tribunais. No sistema de tradição romano-
germânica, ao qual se filia o Direito brasileiro, a jurisprudência não deve ser considerada como
fonte formal direta do Direito. No sistema do Common Law, adotado pela Inglaterra e Estados
Unidos, os precedentes judiciais têm força normativa.

CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA.

l. Classificação das Normas Jurídicas Quanto ao Sistema a que Pertencem - Em relação ao


presente critério, as regras jurídicas podem ser: nacionais, estrangeiras e de Direito uniforme.
Chamam-se nacionais, as normas que, obrigatórias no âmbito de um Estado, fazem parte do
ordenamento jurídico deste.
Em face do Direito Internacional Privado, é possível que uma norma jurídica tenha aplicação
além do território do Estado que a criou. Quando, em uma relação jurídica existente em um
Estado, for aplicável a norma jurídica própria de outro Estado, ter-se-á configurada a norma
jurídica estrangeira.
Finalmente, quando dois ou mais Estados resolvem, mediante um tratado, adotar internamente
uma legislação padrão, tais normas recebem a denominação de Direito uniforme, exemplo
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948).

2. Normas Jurídicas quanto à Fonte - De acordo com o sistema jurídico a que pertencem, as
normas podem ser legislativas, consuetudinárias e jurisprudenciais.
*As normas jurídicas escritas, corporificadas nas leis, medidas provisórias, decretos, denominam-
se legislativas. Enquanto que as leis emanam do Poder Legislativo, as duas outras espécies são
ditadas pelo Poder Executivo.
*Consuetudinárias: são as normas não-escritas, elaboradas espontaneamente pela sociedade. Para
que uma prática social se caracterize costumeira, necessita ser reiterada, constante e uniforme,
além de achar-se enraizada na consciência popular como regra obrigatória. Reunindo tais
elementos, a prática é costume com valor jurídico. A importância do costume varia de acordo
com cada sistema jurídico (§ 83).
*Chamam-se jurisprudenciais as normas criadas pelos tribunais. No sistema de tradição romano-
germânica, ao qual se filia o Direito brasileiro, a jurisprudência não deve ser considerada como
fonte formal direta do Direito. No sistema do Common Law, adotado pela Inglaterra e Estados
Unidos, os precedentes judiciais têm força normativa.

3. Classificação das Normas Jurídicas quanto aos Diversos Âmbitos de Validez/aplicabilidade.

i)Âmbito espacial de validez: gerais e locais. Gerais são as que se aplicam em todo o território
nacional. Locais, às que se destinam apenas à parte do território do Estado. Na primeira hipótese,
as normas serão sempre federais, enquanto que na segunda poderão ser federais, estaduais ou
municipais. Esta divisão corresponde ao Direito geral e ao particular.

ii)Âmbito temporal de validez: de vigência por prazo indeterminado e de vigência por prazo
determinado. Quando o tempo de vigência da norma jurídica não é prefixado, esta é de vigência
por prazo indeterminado. Ocorre, com menos freqüência, o surgimento de regras que vêm com o
seu tempo de duração previamente fixado, hipótese em que são denominadas de vigência por
prazo determinado.

iii)Âmbito material de validez: normas de Direito Público e de Direito Privado. Nas primeiras a
relação jurídica é de subordinação, com o Estado impondo o seu imperium, enquanto que nas
segundas é de coordenação.

iv)Âmbito pessoal de validez: genéricas e individualizadas. A generalidade é uma característica


das normas jurídicas e significa que os preceitos se dirigem a todos que se acham na mesma
situação jurídica. As normas individualizadas, segundo Eduardo García Máynez, "designam ou
facultam a um ou a vários membros da mesma classe, individualmente determinados".

4. Classificação das Normas Jurídicas quanto à Hierarquia -


- Normas constitucionais (primeiro plano da hierarquia jurídica. Encontram-se na CF. Segundo o
princípio da constitucionalidade, então, todas as demais normas devem estar conforme a CF.
Análise da pirâmide de Kelsen*);

- Lei complementar (trata-se de espécie intermediária entre a norma constitucional e a lei


ordinária. Não pode contradizer a CF, portanto, sob pena de inconstitucionalidade. Artigos 59, II
e 69, CF. Sua aprovação exige maioria absoluta de votos. Para as EC o quorum exigido é de 3/5
dos votos dos membros das duas Casas, em dois turnos. Já para a aprovação da lei ordinária a
exigência é de maioria simples. Pode versar sobre as mais variadas matérias, desde que a CF
assim determine taxativamente. Na verdade, tal tipo de lei serve para resguardar certas matérias
de caráter paraconstitucional, contra mudanças constantes e apressadas, sem lhes imprimir rigidez
que impedisse a modificação de seu tratamento, logo que necessário. Ex: elaboração do Estatuto
da Magistratura - artigo 93, CF; funcionamento da Advocacia-Geral da União - artigo 131, CF,
etc);
- Lei ordinária (norma elaborada pelo Poder Legislativo em sua atividade comum e típica. Ex:
Código Civil, Lei do Inquilinato, etc. É inferior à norma constitucional e às leis complementares.
Por outro lado, é superior aos decretos regulamentares e demais atos normativos inferiores, como
os contratos, por exemplo. Daí a possibilidade da discussão acerca da constitucionalidade ou
inconstitucionalidade das leis. Fazer a análise das fases do processo legislativo: artigo 61, CF -
iniciativa, discussão e votação nas duas Casas - fase mais importante, apreciação pelo Poder
Executivo - sanção ou veto);

- Lei delegada (mesma hierarquia das leis ordinárias. São elaboradas pelo Presidente da
República, por delegação expressa do Congresso Nacional - artigo 68, CF);
- Decreto legislativo (são normas aprovadas pelo Congresso sobre matéria de sua competência
exclusiva. Ex: ratificação de tratados internacionais, julgamento das contas do Presidente da
República e etc. São remetidos ao PR para sanção);
- Resolução (são decisões do Legislativo - Congresso, Senado ou Câmara, sobre assuntos de seu
interesse interno. Ex: decisão sobre licença ou perda de cargo por deputado ou senador, fixação
de subsídios, etc. A delegação de competência ao PR para elaboração de lei delegada é feita por
resolução - artigo 68, § 2º, CF);
- Norma ou decreto regulamentar (são regras jurídicas gerais, abstratas e impessoais,
estabelecidas pelo Poder Executivo, em desenvolvimento da lei. Substancialmente o regulamento
se distingue da lei porque é um desenvolvimento dela. Formalmente é diferente da lei, pois emana
do Poder Executivo. Os regulamentos são baixados pelo Poder Executivo através dos chamados
decretos regulamentares);
- Medida provisória (substituiu o antigo decreto-lei. Trata-se de norma que poderá ser adotada
pelo PR em caso de relevância e urgência. Tem vigência por 60 dias, prorrogáveis por mais 60. A
disciplina da MP se encontra no artigo 62 da CF. Situa-se no mesmo plano da lei ordinária);
- Outras normas (além das estudadas acima, existem outras normas jurídicas que poderão ser
mencionadas. Ex: decisões normativas - proferidas por autoridades judiciárias ou administrativas;
portarias, avisos, ordens internas, etc - no plano da Administração Pública; convenções coletivas
de trabalho, contratos - no plano das obrigações; despachos, sentenças - no plano judiciário;
estatutos, regimentos, normas internas, etc - no plano institucional. Lembre-se que as sentenças e
contratos, dentre outros exemplos, representam aplicação concreta do direito à conduta social dos
homens. Contratos e sentenças não são lei, mas em razão de seu caráter vinculatório são
chamados "lei entre as partes" - contrato e "lei viva" - sentença);
(* Pirâmide de Kelsen:)

5. Normas Jurídicas quanto à Sanção - Dividem-se, quanto à sanção, em leges


perfectae, leges plus quam perfectae, leges minus quam perfectae, leges imperfectae.

i) Diz-se que é uma norma perfeita (leges perfectae) do ponto de vista da sanção,
quando prevê a nulidade do ato, na hipótese de sua violação.

ii) A norma é mais do que perfeita (leges plus quam perfectae), quando prevê, além da
nulidade, uma pena, para os casos de violação.

iii)Menos do que perfeita (leges minus quam perfectae) é a norma que determina
apenas penalidade, quando descumprida.

iv) Finalmente, a norma imperfeita é quando não considera nulo ou anulável o ato que a
contraria, nem comina castigo aos infratores.
6. Normas Jurídicas quanto à qualidade - Sob o aspecto da qualidade, as normas
podem ser positivas (ou permissivas) e negativas (ou proibitivas). De acordo com a
classificação de García Máynez, positivas são as normas que permitem a ação ou
omissão. Negativas, as que proíbem a ação ou omissão.

7. Quanto às Relações de Complementação - Classificam-se as normas jurídicas,


quanto às relações de complementação, em primárias e secundárias.
I) Denominam-se primárias as normas jurídicas cujo sentido é complementado por
outras, que recebem o nome de secundárias. Estas são das seguintes espécies: a) de
iniciação, duração e extinção da vigência; b) declarativas ou explicativas; c)
permissivas; d) interpretativas; e) sancionadoras.

8. Classificação das Normas Jurídicas quanto à Vontade das Partes - Quanto a este
aspecto, dividem-se em taxativas e dispositivas.
i) As normas jurídicas taxativas ou cogentes, por resguardarem os interesses
fundamentais da sociedade, obrigam independentemente da vontade das partes.
ii) As dispositivas, que dizem respeito apenas aos interesses dos particulares, admitem
a não-adoção de seus preceitos, desde que por vontade expressa das partes
interessadas.

9- Classificação das Normas Jurídicas quanto à flexibilidade:


i) abertas ou elásticas - expressam conceitos vagos, amplos, como o da boa-fé, justa
causa, quando caberá ao juiz decidir com equidade.
ii) Rígidas ou cerradas - não deixam margem de liberdade para a interpretação do juiz.

10 - Classificação das Normas Jurídicas quanto à presença no ordenamento:


I) Normas Implícitas: complementam as fórmulas apresentadas pelo legislador, suprem
as lacunas da lei, fazem parte do processo de integração do direito (ex. princípios gerais
do direito).
II) Normas Explícitas: objetivamente definem a conduta, procedimento ou modelo de
organização.

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