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Introdução ao

Estudo do Direito
1 Conceituação
Básica
1 Noções iniciais

Os alunos que ingressam no Curso Técnico Jurídico, muitas vezes,


CONCEITO ainda não tiveram contato com expressões básicas como “normas
jurídicas”, “ordenamento jurídico” e talvez não tenham ouvido falar
Ordem dos “princípios fundamentais do Direito”, em “como dotar de
Uma "ordem" é um conjunto de normas segurança e equilíbrio asrelações sociais” e em “trânsito em julgado”.
e regras que possui o tipo de unidade Para esses estudantes o mundo do Direito é como uma nova região a
que se entende como um sistema. ser desbravada e compreendida em todas as suas especificidades.

ATENÇÃO
CONCEITO
A disciplina Introdução ao Estudo do Direito funciona como a chave que os auxiliará
Direito a abrir as portas para o mundo do Direito, ao trazer noções fundamentais para a com-
É uma ordem da conduta humana. preensão do universo jurídico, referindo-se a diversos conceitos científicos utilizados
É um conjunto de normas e regras que no Direito, com objetivos pedagógicos.
possui o tipo de unidade que se entende
como sistema. Uma resposta comum é que Direito é o jus-
to, o que está de acordo com a lei. É a capacida- O que é
de que se tem de praticar ou não praticar um Direito?
ato. O benefício que se tem de exigir de quem Qual a sua
quer que seja, em proveito próprio, que prati- importância
que ou deixe de praticar algum ato. E, do mes-
em nossa
mo modo, Direito é o conjunto de normas jurí-
dicas em vigor em um país. sociedade?

ATENÇÃO
É importante saber que os conceitos básicos de Direito ao longo dos tempos vão
mudando. Eles mudam de acordo com os padrões individuais e sociais de cada épo-
ca vivida. Assim, hoje se considera que o Direito é uma ordem da conduta humana.

Natureza, temática e caracterização da


disciplina introdução ao Direito

É impossível conhecer a natureza do Direito se limitarmos nossa atenção


a uma regra isolada. As relações que unem as regras específicas de uma
ordem jurídica também são essenciais à natureza do Direito. Apenas com
base no claro entendimento das relações que compõem esta ordem jurí-
dica é que a natureza do Direito pode ser inteiramente conhecida.
Os conceitos comuns aos diversos ramos do Direito são universalizados, institucionali-
zados, e independente do ramo a que se referem, serão os mesmos.

EXEMPLO
Exemplos desta universalização são os conceitos de lei, princípios, relação jurídica, dever jurídico,
entre outros.

A técnica jurídica, ou seja, a prática aplicada ao Direito, de modo geral, também é


objeto da Introdução ao Estudo do Direito. Assim, percebem-se os principais objetos
da Introdução ao Estudo do Direito, que conta com a dimensão de conceitos relativos
à área, visão global do grande sistema existente dentro do Direito e noções gerais da
prática jurídica.

ATENÇÃO
Além das diversas funções citadas, vale ressaltar que a Introdução ao Estudo do Direito permite uma
adaptação do estudante ao mundo jurídico, de forma a conciliar os conhecimentos por ele já acumulados,
com os que irá receber.

O estudo da Introdução ao Estudo do Direito é a base que possibilita a construção de


uma consciência jurídica e familiariza o estudante com a Ciência do Direito, introduzindo
a terminologia técnico-jurídica necessária para a longa e agradável caminhada, rumo à se-
dimentação de seu conhecimento jurídico.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO


Apresenta os conceitos jurídicos, do ponto de vista sistêmico da área
jurídica do saber.

Leva a compreender a linguagem e o método próprios da Ciência Jurídica.

Analisa as funções sociais do Direito, sua interpretação e aplicação.

Ajuda a compreender o fenômeno jurídico como forma de expressão


normativa, social, cultural e histórica da sociedade ocidental.

Elenca as principais categorias jurídicas decorrentes das relações jurídicas.

Possibilita o estudo das diferentes disciplinas que compõem o Curso de Direito.

Sedimenta a construção de uma consciência jurídica e familiariza o estudante


com a Ciência do Direito.
Noção elementar do direito
Compreender o Direito não é questão das mais fáceis e estudá-lo requer a percepção de
que o Direito é um fenômeno, antes de tudo, social e de decisão, sem perder sua dimensão
histórica, porque se refere ao que deve ser feito por todos em uma determinada sociedade,
em um determinado espaço e tempo.

EXEMPLO
Quando se recebe uma multa por excesso de velocidade, quando se compra um produto e se tem que pa-
gar o imposto que está embutido no preço final dele, quando se tem que fazer a declaração de rendimentos
ao fisco a cada início de ano, e mesmo, quando se percebe que o que era obrigatório antigamente, hoje não
é mais, deparamo-nos com questões ligadas a direitos e deveres.

Os diversos sentidos da palavra direito


A palavra direito tem sua origem no latim directus, que significa aquele que segue regras
predeterminadas ou um dado preceito. A raiz intuitiva do conceito deriva de direção, liga-
ção, obrigatoriedade de um comportamento. Mas, a palavra direito pode receber variados
significados dependendo da frase em que se encontrar.

ATENÇÃO
O Direito é um fato ou fenômeno social que não existe senão na sociedade. O Direito estabelece os limites
de ação de cada um de seus membros.

Quando se diz que não é direito ao homem viver na miséria ou não é direito abusar da bo-
a-fé alheia, tais expressões revelam o sentimento do que não se acha justo, do que não há
justiça, ou não é justo.
Da mesma forma, é comum ouvir dizer que saúde é direito de todos, toda criança tem
direito a um lar e estas expressões trazem a ideia de que os bens saúde e lar são devidos, por
justiça, aos mencionados.

ATENÇÃO
Um primeiro significado, de extrema importância, da palavra direito é conforme a justiça ou devido por
justiça, expressão do justo.

O segundo significado se refere a quando se diz, por exemplo, que o direito brasileiro
proíbe o roubo ou que está escrito no direito que todos são iguais. Neste caso, o sentido da
palavra direito é o mesmo que legislação ou lei, ou seja, o conjunto de normas legais em
vigor do país.
EXEMPLO COMENTÁRIO
Da mesma forma pode-se dizer que o direito obriga ao pagamento da multa por Ao longo de seu processo de evolução
excesso de velocidade ou, ainda, o direito permite a remuneração do trabalho. Igual- histórica o Direito se apresenta como
mente, nestes dois casos, a referência é a legislação, norma ou conjunto de normas um conjunto de normas que tem por ob-
jurídicas. Nestes casos, a expressão deve ser utilizada com a primeira inicial maiús- jetivo a disciplina e a organização da
cula (Direito). vida em sociedade, solucionando os
conflitos de interesses e promovendo à
Outros significados da palavra direito são poder e faculdade. No caso, justiça..
direito é usado para sugerir o poder ou a faculdade que pertencem a uma
pessoa natural ou a uma empresa.

EXEMPLO
Direito, neste sentido, é utilizado, por exemplo, nas seguintes frases: o eleitor tem o direi-
to de votar, o locador tem o direito de cobrar o aluguel, o herdeiro tem o direito a receber
a herança, o contratante tem o direito de cobrar a realização do serviço ao contratado.

Não há como apontar com precisão, dentre os significados até aqui


apresentados, qual seja o mais importante. Isto porque, ao mesmo tem-
po em que o direito é norma, o direito também significa poder, dever,
bem como tem o significado de justiça.
Outro significado importante para a palavra direito é o científico. É
muito comum os estudantes afirmarem e até estamparem em suas ca-
misetas que fazem direito. O direito feito pelos alunos não é a norma ou
a justiça, mas a ciência jurídica e nestes casos, a expressão também deve
ser utilizada com a primeira inicial maiúscula (Direito).

ATENÇÃO
Existe, então, o Direito como uma ciência cujo objeto de estudo é o fenômeno jurí-
dico. Esta ciência busca sistematizar o conhecimento sobre o direito como um fenô-
meno jurídico, para que se possa compreendê-lo e utilizá-lo.

Em um sentido figurado, o direito passou a designar o que estava de


acordo com a lei. As leis físicas indicam aquilo que na natureza necessaria-
mente é. As leis jurídicas, ao contrário, indicam apenas aquilo que na so-
ciedade deve ser. Por essa razão diz-se que o Direito é a ciência do dever ser.
Além disso, há que se apontar a existência de um significado socioló-
gico da palavra direito. Entre os fatos sociais que o sociólogo estuda, há
fatos culturais, históricos, econômicos, religiosos, políticos e, ainda, os
jurídicos. Pois que o direito é, em si, um setor da vida social, com carac-
terísticas próprias, ou seja, um fato social.
Os sentidos aqui expostos não acabam com as possibilidades de defini-
ções da palavra direito, senão vejamos: pode significar reto (segmento direi-
to), certeza aritmética (cálculo direito), correção moral (homem direito) ou, então, um dos lados
de qualquer objeto (lado direito, oposto ao esquerdo).

RESUMO

SIGNIFICADOS DA PALAVRA DIREITO

NORMA Normas elaboradas pela sociedade ou pelo Estado

FACULDADE Possibilidade de agir

EXPRESSÃO DO JUSTO Justiça

CIÊNCIA Ramo do conhecimento científico

FATO SOCIAL O direito é um setor da vida social.

OUTRAS POSSIBILIDADES

TRIBUTO Direitos alfandegários

RETO Geométrico – segmento reto

CERTO Cálculo direito

CORRETO Homem direito – moral

OPOSTO A ESQUERDO Lado direito

O Direito e as ciências afins


Várias ciências auxiliam o Direito em sua interpretação e aplicação na prática do dia a dia
forense, como a Economia, a História, a Antropologia, a Psicologia, a Psiquiatria, a Infor-
mática, a Assistência Social, sem contar com outras áreas cujos profissionais são requisita-
dos como peritos (engenheiros, contadores, médicos legistas, entre outros). De modo que,
na prática, elas influenciam e auxiliam no aprimoramento e aplicação das normas.
No entanto, há outras ciências sem as quais o Direito não pode ser estudado, na medida
em que são facilitadoras da origem, da aplicação e de sua criação. São elas: filosofia do di-
reito, sociologia jurídica, ciência do direito, história do direito e psicologia jurídica.
Filosofia do Direito

A Filosofia do Direito investiga os princípios fundamentais do A Filosofia do


direito, como norma, poder, realidade, valor ou conhecimento Direito procura
e proporciona condições para que o direito seja analisado de
identificar
forma diversa da apresentada pelos Códigos e doutrinas, não se
restringindo à ordem lógica ou técnica do Direito, mas também
a essência
aos valores éticos, históricos e sociais. do Direito
O filósofo se preocupa com a valoração jurídica dos bens para defini-lo
da vida, existentes na sociedade, tais como a justiça, o bem co- visando sua
mum, o interesse social, a liberdade, preocupando-se com as
aplicação – o
correntes filosóficas e ideológicas. O que interessa à Filosofia
são os fundamentos, a razão de ser das leis.
PODER SER.

Sociologia Jurídica

Existe um ramo da Sociologia Geral, chamado Sociologia Jurídica que estuda o direito do
ponto de vista sociológico como um fato social.
A Sociologia Jurídica estuda o fato social em sua estrutura e funcionalidade, procuran-
do saber como os grupos humanos se organizam, se relacio-
nam e desenvolvem, em razão dos inúmeros fatores que atu- A Sociologia
am sobre as formas de convivência. Jurídica se
A preocupação da Sociologia Jurídica é saber até que ponto preocupa com
as normas jurídicas se tornam realmente válidas, se na prática o direito vivo,
correspondem aos objetivos dos legisladores e seus destina-
que se passa
tários, posto que seja fundamental para o legislador produzir
normas dotadas de eficácia social. O sociólogo estuda e anali- segundo a
sa os múltiplos aspectos do fato jurídico e sua interação com vontade do
demais fatores sociais. O que interessa é a eficácia das leis. homem, o SER.

Ciência do Direito

A Ciência do Direito, também chamada de Dogmática Jurídica A Ciência do


estuda a norma jurídica e sua aplicação aos casos particulares,
Direito se
como foi concebida e equacionada pelo legislador, em determi-
nada sociedade, e as questões referentes à sua interpretação e preocupa com a
aplicação, tal como ela está historicamente realizada. normatividade
O cientista do Direito (jurista) interpreta e aplica a norma do direito
jurídica, excluindo qualquer elemento não jurídico. O que in- positivo — o
teressa é a vigência das leis.
DEVER SER.
COMENTÁRIO História do Direito

História do Direito O Direito vive impregnado de fatos históricos, que comandam seu rumo
A História do Direito permite que o es- e sua compreensão exige, muitas vezes, o conhecimento das condições
tudante considere as transformações, sociais existentes à época em que foi elaborado.
rupturas e permanências dos institutos A História do Direito é uma disciplina jurídica que tem por finali-
do direito ao longo da história, tendo dade a pesquisa e a análise dos institutos jurídicos do passado. Busca
como modelo o direito vigente. Por outro compreender o pensamento jurídico e o ordenamento jurídico vigentes,
lado, contribui no processo pelo qual o como produtos de progressivas construções no tempo, tendo como re-
estudante se reconhece como um ator ferência o encontro de visões de mundo que se constroem a partir das
social, um sujeito da história (da sua realidades política, social, mental, cultural e econômica das sociedades
própria e de sua sociedade), potencial que, em cada tempo, colaboraram para sua produção.
transformador da realidade sociopolítica A História apresenta o Direito que se consolida como fruto de seu
e jurídica do mundo em que vive. tempo, evidenciando que sua legitimidade busca raízes mais profundas
na tradição histórica e mental da sociedade que o determina.

Psicologia jurídica

A Psicologia Jurídica estuda os fenômenos mentais que são ju-


ridicamente relevantes, estabelecendo um ligamento facilitador do tra-
balho do legislador e dos intérpretes do Direito.
É um ramo do conhecimento científico que auxilia as mais di-
versas disciplinas jurídicas, principalmente no que diz respeito ao Direi-
to Penal e ao Direito Civil.

EXEMPLO
A psicologia jurídica atua nas questões que envolvem capacidade ci-
vil, imputabilidade, guarda, tutela de crianças e adolescentes, alienação
parental e curatela de interditos, por exemplo.

O Direito e a Moral: semelhanças, distin-


ções e influências mútuas

O Direito, apesar de acolher alguns preceitos morais fundamentais, ga-


rantidos com sanções eficazes, aplicáveis por órgãos institucionais, tem
campo mais específico que a moral, pois disciplina também matéria téc-
nica e econômica indiferente à moral, muitas vezes com ela incompatí-
veis. Vejamos como exemplo:
EXEMPLO CONCEITO
Alguns princípios orientadores do direito contratual, com fundamento no individualismo Moral
e no liberalismo, inconciliáveis com a moral cristã e, portanto, com a moral ocidental. A moral pode ser conceituada como o
conjunto de práticas, costumes e pa-
drões de conduta, formadores da ambi-
Apesar disso, o jurídico não está excluído de julgamentos éticos. ência ética.

ATENÇÃO
Ponto de partida→ Direito e Moral = instrumentos de controle social
Moral identifica-se com a noção de bem.

A moral varia no tempo e no espaço. Assim sendo, cada povo pos-


sui sua moral, que evolui no curso da história, consagrando novos
modos de agir e pensar.
O dever moral não é exigível em juí- No Direito, o
zo, reduzindo-se a dever de consciência, dever é exigível,
enquanto o dever jurídico deve ser obser-
enquanto na
vado sob pena de o transgressor sofrer os
efeitos da sanção organizada, aplicável Moral, não.
pelos órgãos especializados da sociedade.

Existe, mesmo no Direito das altas civilizações, infiltração, constatá-


vel facilmente, da Moral no Direito.
Regras morais são impostas pela norma penal, vejamos como exemplo:

EXEMPLO
Não matar, não furtar, respeitar os mortos, os túmulos, o culto e os símbolos
sagrados. No Direito Privado, é no Direito de Família que os deveres e regras
morais estão mais presentes.

No entanto, nem todas as determinações morais são tuteladas pelo


Direito, pois se o fossem, o Direito seria a imposição, pelo poder social,
da moral de uma época, civilização ou sociedade. Muitas determinações
morais, que não são essenciais à paz, à segurança e ao convívio social,
não se encontram no Direito.

Distinções entre a Moral e o Direito

Várias tentativas teóricas têm sido feitas no sentido de estabelecer crité-


rios formais de distinção entre a Moral e o Direito. As distinções podem
ser enfocadas sob dois aspectos: quanto à forma e quanto ao conteúdo
do Direito e da Moral.
CONCEITO Distinção quanto à forma

Heteronomia As normas de Direito são postas pelo legislador, pelos juízes, pelos usos
A heteronomia vem do grego hetero — e costumes, sempre por terceiros, podendo os seus mandamentos coin-
diversos e nomos — norma. cidir ou não com as convicções que temos sobre o assunto. Podemos cri-
Ela é a característica do Direito que es- ticar as leis, das quais dissentimos, mas devemos agir em conformidade
tabelece que este se impõe à vontade com elas, mesmo sem lhes dar adesão de nosso espírito. Isso significa
do indivíduo — ou seja, a lei é imposta que elas valem objetivamente, independentemente, a despeito da opi-
ao indivíduo, e exterior a ele. nião e do querer dos obrigados.
Já a autonomia vem do grego auto — Essa validade objetiva está além Diz-se que o Direito
própria e nomos — norma. das pessoas, das normas jurídicas, é heterônomo,
A Moral é autônoma, é de foro íntimo, as quais se põem, por assim dizer, porque aquilo
cada um tem seus próprios valores mo- acima das pretensões dos sujeitos
que juridicamente
rais e que, não necessariamente, são de uma relação, superando-as na es-
iguais aos dos demais indivíduos. trutura de um querer irredutível ao somos obrigados
querer dos destinatários, é o que se a cumprir é posto
denomina heteronomia. por um terceiro, o
Estado.
COMENTÁRIO
Nem todos pagam imposto de boa vontade. No entanto, o Estado não pretende que,
ao ser pago um tributo, se faça com um sorriso nos lábios; a ele, basta que o paga-
mento seja feito nas épocas previstas. Por outro lado, a adesão espontânea às leis
não descaracteriza a heteronomia do Direito.

DETERMINAÇÃO DO DIREITO E A FORMA NÃO CONCRETA DA MORAL


Manifesta-se mediante um conjunto de normas que definem a
DIREITO dimensão da conduta humana exigida, que especificam a
fórmula do agir.

MORAL Estabelece uma diretiva mais geral, sem particularizações.

A BILATERALIDADE DO DIREITO A UNILATERALIDADE DA MORAL


As normas jurídicas possuem uma Já a Moral possui uma estrutura mais
estrutura imperativo-atributiva, isto é, ao simples, pois impõe deveres apenas.
mesmo tempo em que impõem um Diante dela, ninguém tem o poder de
dever jurídico a alguém, conferem um exigir uma conduta de outrem. Fica-se
poder ou direito subjetivo a outro apenas na expectativa de o próximo
alguém (outrem). Daí se dizer que a aderir às normas.
cada direito corresponde um dever.
Enquanto o Direito é bilateral, a Moral é
Direito Civil
unilateral.
Há um dispositivo expresso do Código
Civil (art. 112, CC) que declara que os
ATENÇÃO contratos devem ser interpretados se-
gundo a intenção das partes contratan-
Chama-se a atenção para o fato de que este critério diferenciador não se baseia na
tes. No mesmo Código Civil, verifica-se
existência ou não de vínculo social. Se assim o fosse, seria um critério ineficaz, pois
que os atos jurídicos podem ser anu-
tanto a Moral quanto o Direito dispõem sobre a convivência.
lados por dolo, erro, coação ou fraude
A esta qualidade vinculativa, que ambos possuem, utiliza-se a denominação alterida-
(arts. 138 e ss., CC).
de, de alter, que significa o outro.

COMENTÁRIO
Não é correto estabelecer uma “muralha” entre Direito e Moral,
pois o Direito não se preocupa só com a exteriorização e a Moral com
os aspectos interiores. A Moral também necessita da prática exterior da COMENTÁRIO
intenção. O Direito, por sua vez, em determinadas ocasiões, questiona
as intenções de quem comete certos crimes, notadamente os dolosos e Linhas Diferentes
culposos. Enquanto a Moral se preocupa pela vida
De maneira idêntica, pode-se dizer que o Direito Civil não prescinde interior das pessoas, como a consciên-
do elemento intencional. cia, julgando os atos exteriores apenas
Foi a garantia da liberdade religiosa que levou pela primeira vez a como meio de aferir a intencionalidade,
diferenciar-se o Direito da Moral; embora a teoria da exterioridade fosse o Direito cuida das ações humanas em
errônea, teve grande valor histórico. primeiro plano e, em função destas,
O Direito se caracteriza pela exterioridade, enquanto que a Moral, quando necessário, investiga o animus
pela interioridade. Com isto se quer dizer, modernamente, que os dois (intenção) do agente.
campos seguem linhas diferentes.

CONCEITO
Coercibilidade do Direito e incoercibilidade da Moral
Coercível
Uma das notas fundamentais do Direito é a coercibilidade. Capaz de acionar a força organizada
Entre os processos que regem a conduta social, apenas o Direito é do Estado, para garantir o respeito aos
coercível. seus preceitos.
A via normal de cumprimento da norma jurídica é a voluntariedade
do destinatário, a adesão espontânea. Ou seja, o certo é que todos cum-
pram a lei espontaneamente. Mas, se isso não acontece, a coação se faz
necessária, essencial à efetividade da norma.

A Moral, por seu lado,


não possui este elemento A coerção somente se
coativo. É incoercível. Nem manifesta na hipótese
por isso as normas da Moral de não observância dos
social deixam de exercer cer- preceitos legais.
ta intimidação. Consistindo
em uma ordem valiosa para a sociedade, é natural que o descumprimen-
to de seus princípios provoque uma reação por parte dos membros que
integrem o meio social.
CONCEITO
Moral ATENÇÃO
Moral é o conjunto de normas ou regras
destinadas a regular as relações dos in- Esta reação, que se manifesta de forma variada e com intensidade rela-
divíduos em uma determinada sociedade, tiva, assume caráter não apenas punitivo, mas exerce também uma fun-
em um determinado momento histórico. ção intimidativa, desestimulante da violação das normas morais.

Distinção quanto ao conteúdo


De início, percebemos que a matéria do Direito e da Moral é comum a
ação humana. Contudo, o assunto foi colocado das mais diversas ma-
neiras pelos juristas através da História.
Ao dispor sobre o convívio social, o Direito elege valores de convivên-
cia. O seu objetivo limita-se a estabelecer e a garantir um ambiente de
ordem, a partir do qual possam atuar as forças sociais.
O sistema de legalidade oferece
consistência ao edifício social. A A função primordial
realização individual, o progresso do Direito é de
científico e tecnológico, o avanço
caráter estrutural.
da humanidade passam a depen-
der do trabalho e do discernimento do homem.

DIFERENÇA ENTRE MORAL E ÉTICA


A Moral visa o aperfeiçoamento do ser humano e por isso é absorvente, estabe-
lecendo deveres do homem em relação ao próximo, a si mesmo e segundo a Ética.
O bem deve ser vivido em todas as direções.
Ética é teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, ou
seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano.

Ética e Moral em Kant

Kant, na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, reconheceu, pela


primeira vez em uma ética filosófica, que todo ser racional possui um
valor absoluto.
Mesmo considerando-o como um ser finito e limitado, Kant ressal-
vou que o ser humano possui o privilégio de reger-se por leis assumidas
livremente por sua própria razão.
A isso, Kant denomina racionalidade moral. Estar livre para esco-
lher e agir é o que caracteriza o ser humano, o que o filósofo denomina
de autonomia moral.
A ação humana, para Kant, não está submetida às leis da natureza,
mas às leis que o próprio ser humano escolhe seguir, por isso, é um ser AUTOR
moral e não simplesmente um ser da natureza. Para Kant, a racionali-
dade moral é o argumento definitivo para entender o ser humano como
absolutamente valioso.
Para o autor, somente é moral uma ação que seja praticada em função
dela mesma, independente de qualquer outra motivação externa a ela.

ATENÇÃO
Para o filósofo alemão, imperativo categórico é o dever de toda pessoa agir confor-
me os princípios que ela quer que todos os seres humanos sigam, que ela quer que
sejam lei da natureza humana.

O imperativo é categórico se a ação determinada por ele possui va- Immanuel Kant(1724-1804)
lidade em si mesma, não depende de outro objetivo que seria atingido Filósofo alemão. Fundador da filosofia
pela ação. crítica.
O imperativo categórico é enunciado por Kant com três diferentes Kant nasceu, viveu e morreu em Konis-
fórmulas: berg, uma cidade da Prússia Oriental
(Alemanha).
“Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, Sua obra é dividida em dois períodos
IMPERATIVO CATEGÓRICO
por tua vontade, lei universal da natureza.” fundamentais: o pré-crítico e o crítico.
"A máxima do meu agir deve ser por mim entendida
IMPERATIVO UNIVERSAL O primeiro (até 1770) corresponde à
como uma lei universal, para que todos a sigam.”
filosofia dogmática.
“Age de tal modo que possas usar a humanidade, tanto
O segundo período corresponde ao
em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro,
IMPERATIVO PRÁTICO que ele mesmo denomina despertar do
sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca
apenas como um meio.” "sono dogmático" provocado pelo im-
pacto que nele teve a filosofia de Da-
A moral é histórica e acompanha o devir no mundo da vida, enquan- vid Hume. Escreve então obras como a
to modo de comportar-se específico do homem em determinada épo- Crítica da Razão Pura, Crítica da Razão
ca. Ao longo da história, Direito e Moral se aproximaram e se afastaram Prática e Critica da Faculdade de Julgar,
conceitualmente, em razão de diferentes correntes de pensamento. em que demonstra ser impossível cons-
É inegável a existência de diversas questões sociais que ao mesmo truir um sistema filosófico metafísico
tempo são jurídicas e de ordem moral, ou o contrário. antes de ter previamente investigado as
formas e os limites das nossas faculda-
EXEMPLO des cognitivas (do conhecimento).

O amparo material que os filhos devem dar aos seus pais quando são necessitados
é um exemplo de questão social que é ao mesmo tempo jurídica e moral. Esta é uma
questão regulada pelo Direito (Direito de Família) e com fundamento na Moral.

Por outro lado, existem temas relativos exclusivamente à Moral.


CURIOSIDADE EXEMPLO
As leis que permitiam a escravidão no Um ato de gratidão feito a um benfeitor.
Brasil eram normas jurídicas imorais. A
norma que aceite a segregação racial Assim também, há problemas tão somente jurídicos que não pos-
também é uma norma imoral. suem qualquer relevância moral (amorais), como por exemplo, os pra-
zos processuais.
Pela força do ordenamento jurídico, para todos os efeitos, considera-
CURIOSIDADE se justa aquela norma que seja ao mesmo tempo jurídica e moral.

Qual a diferença entre imoral e amoral?


Imoral — O que vai contra a moral.
Amoral — Aquilo que não possui um
senso moral, que não contém aspecto
moral.
Moral Direito

A principal diferença entre a Moral e o Direito está objetivamente na


sanção (punição).
A moral, em razão do fim a que se destina, só permite sanções de foro
íntimo (remorso, arrependimento, desgosto íntimo, sentimento de re-
provação geral). Mas, sob o aspecto social, essa sanção não é eficaz, por-
que não se submetem a ela aqueles que não tenham consciência ética.
O Direito, ao contrário, tem na sanção um mecanismo eficaz para
coagir os indivíduos. Sem esse elemento coercitivo, não existiria segu-
rança nem justiça eficazes para a humanidade.
É certo que o campo da Moral, por sua vez, inclui os deveres do indi-
víduo para com o seu Deus (seja qual for sua crença), para consigo mes-
mo e para com seus semelhantes, enquanto o Direito é mais limitado,
compreendendo apenas os deveres da pessoa para com os semelhantes
e a sociedade como um todo (por exemplo, o meio ambiente).

ATENÇÃO
É importante esclarecer que a Moral tem em vista que o indivíduo se afaste da prá-
tica do mal e pratique o bem, enquanto o objetivo do Direito é evitar que se lese ou
prejudique a outrem.

A moral dirige-se ao momento interno, psíquico, volitivo, à intenção


que determina o ato, ao passo que o direito se dirige ao momento exter-
no, físico, isto é, ao ato exterior.
EXEMPLO

O contribuinte deve comunicar à Receita Federal a


Norma jurídica somente.
mudança de endereço
Deves praticar a caridade Norma moral somente.
Deves ser grato ao benfeitor Norma moral somente.
Deves respeitar os mais velhos Norma moral somente.
Norma moral e jurídica - além de religiosa e de
Norma que proíbe matar
trato social.

A influência da Moral no Direito

Os campos da Moral e do Direito entrelaçam-se e interpenetram-se de diversas maneiras.


As normas morais tendem a converter-se em normas jurídicas.

EXEMPLO
Isso acontece, por exemplo, com o dever do pai de cuidar do filho, e com a indenização por acidente de
trabalho. Mas não há uma norma jurídica específica que prescreva que o pai deve ter afeto pelo filho, ainda.

Direito e Moral são instrumentos de


controle social que pertencem ao cam- Direito e Moral são conceitos
po da ética e que não se excluem. Ao próprios e distintos, mas são
contrário, se completam e se influen- inseparáveis.
ciam reciprocamente.

O Direito como instrumento de controle social

O ser humano é um ser gregário e político, vivendo em grupos, em sociedade. É natural que entre
tais grupos surjam conflitos, discórdias e interesses distintos entre si. Mas, outras características
do ser humano são sua necessidade de segurança e a busca pela harmonia social.
Para que a sociedade sobreviva é necessário que os conflitos sejam resolvidos (compostos) e
para tanto, os membros dos grupos sociais dispuseram de vários meios com o objetivo de estabe-
lecer limites às ações humanas e promover o equilíbrio à sociedade. Vejamos dois desses meios:

Por meio dela o indivíduo aprende os papéis que


assumirá na sociedade. Tais papéis implicam no
Socialização desempenho de várias obrigações que necessitam
de um controle social.

Visa cuidar que não se deixe de cumprir o


necessário para a manutenção do equilíbrio da
Controle social organização social. O Direito é o modo mais formal
do controle social.
Dessa forma, foram surgindo os instrumentos de controle e manutenção da ordem social.

ATENÇÃO
O Direito é um desses instrumentos, cujo principal objetivo é o estabelecimento de normas de conduta
visando prevenir o conflito e viabilizar a existência em sociedade, trazendo paz, segurança e justiça.

A Interação e a Ordem Social

Chamaremos de ordenamento social o fenômeno do regramento do convívio entre os ho-


mens, em um permanente processo de socialização do ser humano, por meio de métodos
e preceitos que vão sendo criados pelo grupo para padronizar a conduta individual, ade-
quando-a ao convívio.
A tarefa ou o conjunto de tarefas que o Direito desempenha, ou pode desempenhar na
sociedade constitui sua função que inclui promover a ordem, a certeza, a segurança, a paz
e a justiça.
O Direito aparece, desse modo, ao longo de um processo histórico, dialético e cultural,
como uma técnica, um procedimento de solução de conflitos de interesses e, simultanea-
mente, como um conjunto sistematizado de normas de aplicação mais ou menos contínua
aos problemas da vida social, fundamentado e legitimado por determinados valores sociais.
O conflito gera litígio e este, por sua vez, quebra o equilíbrio e a paz social. A sociedade
não tolera o estado litigioso porque necessita de ordem, tranquilidade, equilíbrio em suas
relações. Por isso, tudo faz para evitar e prevenir o conflito, e aí está uma das principais fina-
lidades sociais do Direito – evitar tanto quanto possível à colisão de interesses.

ATENÇÃO
Nesse sentido, as principais funções do Direito seriam solucionar conflitos e regulamentar e orientar a vida
em sociedade assim como, legitimar o poder político e jurídico.

O Direito atua para solucionar conflitos de interesses ou restaurar o estado anterior,


sendo, então, um instrumento de integração e de equilíbrio, oferecendo ou impondo re-
gras de comportamento para decisão que o caso sugere. O exercício de tal função não leva-
ria, contudo, ao desaparecimento dos conflitos, que são inerentes à sociedade.
O Direito também orienta o comportamento social, objetivando evitar conflitos. O cará-
ter persuasivo das normas jurídicas leva-nos a atuar no sentido dos esquemas ou modelos
normativos do sistema jurídico. O Direito observado desse modo surge como organizador
da vida social e instrumento de prevenção de conflitos.
O Direito apresenta ainda, a tarefa de organizar o poder da autoridade que decide os
conflitos, legitimando os órgãos e as pessoas com o poder de decisão e estabelecendo nor-
mas de competência e de procedimento.
CONCEITO

FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO


Disciplinamento social, estabelecendo regras de conduta, direitos e
FUNÇÃO PREVENTIVA deveres.
Socializador em última instância. Só é necessário quando a conduta
FUNÇÃO DE CONTROLE SOCIAL humana já se apartou da tradição cultural aprendida pela educação,
pela moral e religião e alcançou o nível do ilícito, ou do crime.

O conflito por vezes é inevitável e necessário se faz solucioná-lo. E


FUNÇÃO COMPOSITIVA aí está outra função social do direito: compor conflitos.

O Estado e a ordem social

O Direito existe, em tese, muito mais para prevenir do que para corrigir, muito mais para
evitar que os conflitos ocorram, do que para compô-los.

FUNÇÕES E FINALIDADES ESPECÍFICAS QUE COMPETEM AO DIREITO


Controle social.
Prevenção e composição de conflitos de interesses.
Promoção de ordem e segurança.
Resolução dos conflitos de interesse.
Repressão e penalização dos comportamentos socialmente inadequados.
Organização da produção e uma justa distribuição de bens e serviços.
Institucionalização dos poderes do Estado e da Administração Pública.
Realização da justiça e do respeito aos direitos humanos.

A sociedade humana tem uma estrutura natural sem a qual falhariam as tentativas de
organizá-la: as instituições.
As instituições são vigas estabelecidas pelo costume, pela razão e pelos sentimentos,
que alicerçam a sociedade, estruturando-a. A mais antiga das instituições seria a família e
a mais relevante de todas seria o Estado.
Cumpre ao Estado a tarefa de estabelecer o ordenamento jurídico, que é o conjunto de
normas de conduta juridicamente relevantes para o conjunto da sociedade, realizado por
meio de procedimentos próprios, no processo legislativo.
CONCEITO RESUMO
O Ordenamento Jurídico Vejamos um breve resumo do que foi apresentado neste capítulo:
Ordenamento Jurídico pode ser consi-
derado como a organização e o disci- A palavra direito traz em si uma infinidade de significados.
plinamento da sociedade realizada por O Direito é uma instituição fundamental para a manutenção da sociedade e do ser
intermédio do Direito, ou seja, concre- humano em seu convívio social.

tizados por meio de normas exclusiva- O direito é um fenômeno que afeta todos os aspectos da vida humana.
mente jurídicas. Há uma relação entre Direito e Moral que se modificou ao longo da história.

O Direito é um instrumento de controle social e de realização da justiça e do


respeito aos direitos humanos.

ATIVIDADE
1. Analise o significado da palavra direito colocada entre parênteses em cada uma
das frases a seguir e, depois, aponte a opção CORRETA:
I - O direito brasileiro não permite a pena de trabalhos forçados. (lei)
II - O Estado tem o direito de julgar os criminosos. (faculdade/poder)
III- É direito que todos sejam iguais perante a lei. (justo)
IV- Ananias é especialista em direito. (ciência)

(A) Todas as opções estão erradas.


(B) Todas as opções estão corretas.
(C) Somente a primeira opção está correta.
(D) Somente duas opções estão corretas.
(E) Somente uma opção está correta.

2. Não existe vida em sociedade sem direito. Nesta afirmativa o vocábulo DIREITO significa:
(A) Ciência
(B) Poder
(C) Norma
(D) Faculdade de agir
(E) Fato social

3. Marque, dentre as opções que se seguem, a única proposição verdadeira, tendo


como referência os conceitos de Direito e Moral.
(A) O Direito tem um campo de ação mais amplo que a moral.
(B) O Direito se interessa apenas pela ação exterior do ser humano, enquanto a
Moral está relacionada com o foro íntimo do indivíduo.
(C) A Moral, geralmente, estabelece sanções mais concretas e imediatas.
(D) A Moral sempre influenciou a criação das normas de Direito.
(E) Ambos, Moral e Direito são autônomos.
4. Leia as assertivas:
I - “O Direito não é o único instrumento responsável pela harmonia da vida social”. (Paulo Nader)
II - O conflito por vezes é inevitável, e necessário se faz solucioná-lo. E aí está outra função social do direito:
compor conflitos.
III - A Filosofia do Direito estuda o direito, o fenômeno jurídico, como um fato social, decorrente das rela-
ções sociais.
IV - A Ciência do Direito se preocupa com a normatividade do direito positivo – o dever ser.

Agora, assinale a alternativa CORRETA:


(A) Todas as opções estão corretas.
(B) Somente a primeira opção está correta.
(C) Somente as opções I, II e IV estão corretas.
(D) Somente as opções III e IV estão corretas.
(E) Todas as opções estão erradas.

5. Verifique no dicionário jurídico, quais são os conceitos de direito encontrados. Transcreva-os, indicando as
fontes consultadas. Exemplifique a diferença entre o senso comum e um conceito científico sobre o Direito.

6. Agora, com base nas experiências e conhecimentos até aqui adquiridos, para você, o que é o direito?

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